Úrsula

Úrsula Maria Firmina dos Reis...




Resenhas - Úrsula


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Heloisa 09/05/2024

Amor lindo e trágico
Histórias repletas de amor, ciúme, pureza e malícia.
Um fim trágico mas que reflete bem o fazer e das formas do ser humano interagir com seus semelhantes.
Ao fim me fez sentir triste pelos personagens. Mas a riqueza da poética, comparações, metáforas e analogias são belíssimas. Vale muito a leitura.
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Pedro Angeli 05/05/2024

Úrsulando
Não sou muito fã de leitura abolicionista, não gosto da temática. Me foi prometido que esse livro seria um exemplar especial desse tópico, entretanto, resumir Úrsula a um simples romance abolicionista seria uma tolice.
Esse livro retrata muito bem o sentimento humano e a diferença entre paixão e amor.
Gosto da esperança de arrependimento até mesmo em face de um ser desprezível, achei especial também a retratação da situação do escravo, revela que eles não são mecanismos para uma história ir adiante, são personagens, todos tiveram suas lutas e sentimentos, são humanos.
Maria Firmina tem um dom destacável quando se trata de descrições, poucos são os autores que são capazes de trazer um mundo tão belo aos olhos e mentes dos leitores, me remete ao lendário Tolkien.
Nota do pedrao
História bonita e mt triste/10
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Gabriel1994 04/05/2024

Uma boa introdução à literatura
O ponto forte são as pequenas camadas dadas aos escravos, visto que nessa época, eram descritos como irracionais que apenas obedecem.
Por outro lado, faltam camadas aos protagonistas e antagonista. Tudo acontece de forma corrida, me soou como um bando de emocionados, que não pensam nas consequências.
O único que me agradou foi o Túlio, que por ser coadjuvante, não precisava de muitas camadas, mas por explorarem seu passado e sentimentos, acaba se destacando do resto; afinal é o único que foi totalmente desenvolvido.
Romance básico, não chega a ser clichê, mas carece de enredo. Recomendável para quem está querendo criar hábito de ler, por ser leve, simples e direto.
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Cara de castanha 03/05/2024

O livro faz parte da minha meta de 30 livros antes dos 30 anos, foi o primeiro, escolhi por ser emblemático o primeiro livro escrito por uma mulher negra e MARANHENSE como eu ksks.

O livro é bom a escrita é padrão do século XlX com muitos floreios e poéticos, mas eu esperava que a questão da escravidão, do negro na sociedade fosse o protagonismo, mas é apenas um pano de fundo pra um romance muito açúcar branco, ao meu vê os personagens negros são meros acessórios pra o casal principal, enfim esperava uma coisa mais revolucionária, o que pra época foi e tem seu valor.
Também pode ser que não tenha me agradado tanto por gosto pessoal, mas valeu a leitura.
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Paula1882 03/05/2024

Faz tempo que queria ler esse livro por ser o primeiro livro publicado de autoria feminina e ser ainda de uma mulher negra em um período que escravidão ainda não tinha sido abolida no Brasil.

O enredo principal, que é das personagens brancas, é chato em algumas partes. Mas as partes em que as personagens negras falam sobre o sofrimento da escravidão e principalmente a parte em que Suzana fala sobre sua vida na África antes de ser sequestrada compensam. Inclusive é bem interessante como a personagem chama os brancos de bárbaros em uma época que bárbaro era o adjetivo dado aos não brancos.
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Matheus Luckas 01/05/2024

Uma obra fundamental para o Brasil
Não esperava que fosse ficar tão impactado com a leitura como fiquei. Enquanto amante da literatura clássica e do romantismo, estava tranquilo e tudo ia bem até que a autora chega com pontos de vistas, diálogos e construções complexas que balançaram minhas estruturas por completo. Seja pela beleza da escrita, seja pelo suspense da obra, seja pelo caráter abolicionista e revolucionário, esse livro me marcou profundamente e acredito que deveria ser uma leitura fundamental em todas as escolas. Maria Firmina dos Reis vive!
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Bea. S 01/05/2024

Prometeu nada e entregou tudo
Não tenho muito o que falar, exceto que eu gostei dms do livro.
Amo os livros do romantismo, gosto de absolutamente tudinho sobre eles.
Apesar de ser um dos clássicos, a escrita é super fácil de entender e a história é muito boa.
Até fiquei chocada com o final, mas parando para pensar foi um final clássico dos livros do romantismo KKKKKKKKKKKKKK

Gostei do livro desde a primeira página, e eu realmente n estava dando nada para ele, e simplesmente amei.

"Sei que pouco vale este romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem o trato e a conversação dos homens ilustrados, que aconselham, que discutem e que corrigem, com uma instrução misérrima, apenas conhecendo a língua de seus pais, e pouco lida, o seu cabedal intelectual é quase nulo.
Então por que o publicas? perguntará o leitor.
Como uma tentativa, e mais ainda, por este amor materno, que não tem limites, que tudo desculpa ? os defeitos, os achaques, as deformidades do filho ? e gosta de enfeitá-lo e aparecer com ele em toda a parte, mostrá-lo a todos os conhecidos e vê-lo mimado e acariciado."
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cecis 16/04/2024

?
Meio chato, mas acho que é ranço por ter sido a professora que me mandou ler, acho que se eu tivesse lido sem obrigação eu teria gostado mais. a leitura é muito facil de entender, não é desconexo, mas tem algumas coisas confusas no inicio do livro como a origem de alguns personagens, mas durante a leitura dele voce acaba descobrindo melhor tudo sobre o universo.
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Izabella.BaldoAno 08/04/2024

Essa é a terceira vez que leio Úrsula, agora através do clube de leitura @autorasdobrasil.

no ano passado, quando fiz minha primeira releitura, escrevi uma resenha dizendo que, diferente do primeiro contato, eu tinha amado muito o livro. refleti, inclusive, sobre como minhas bagagens de leitura e de vida influenciam na recepção dos livros que leio em determinados momentos. nesta terceira leitura, acrescento que, mesmo achando que já tinha muita intimidade com o livro, tive uma experiência mais uma vez completamente diferente.

acho que essa é a magia de fazer leituras em espaços compartilhados com outras pessoas, poder pensar sobre os livros coletivamente, discutir, perceber que cada pessoa é tocada por um ponto diferente, fazer desses diferentes olhares também lugar de partilha.

o livro nos apresenta, a princípio, a história de amor entre os protagonistas, cheia dos impedimentos comuns a uma narrativa ultrarromântica. em torno desse romance se revelam questões familiares extremamente complexas e também outras questões sociais, tendo destaque entre elas a discussão sobre escravidão e liberdade do povo negro, à época ainda escravizado.

chamam a atenção os personagens Túlio e Suzana: ambos escravizados pela família da protagonista, são deles as reflexões mais profundas que aparecem nessa história. Suzana segue sendo minha personagem favorita e, nesta nova leitura, pensei muito sobre tudo que ela representa: suas falas em torno da liberdade, a própria vulnerabilidade da sua condição, os papéis e símbolos que ela assume ao longo da história.

eu achei que Úrsula não seguiria sendo um favorito justamente pela escrita ultrarromântica, mas, depois de conversar sobre o livro com outras pessoas, vi que ele tinha tanto pra ressoar em mim e me ensinar que mais que um favorito do ano, acredito que tenha se tornado um livro pra lembrar pra vida.

"sei que pouco vale este romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem o trato e a conversação dos homens ilustrados (...). quando menos, sirva (...) de incentivo para outras".
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lacklusterstarchild 06/04/2024

A primeira mulher era negra e maranhense
Com uma prosa tão certa de si, parece até piada dizer o que o gênero estava apenas engatinhando no Brasil quando este romance foi publicado em 1859. Em folhetins destinados a burguesia maranhense, Maria Firmina dos Reis destoa do tom nacionalista ufânico - típico dos romances de sua época - e se utiliza da estética ultrarromântica para construir uma narrativa com todos os elementos românticos: amor, morte, obsseção com a pureza e Deus.

Porém a autora também repudia, não tão sutilmente, tanto a escravidão quanto o patriarcado presentes no Brasil, trazendo uma abordagem de resistência ao seu livro apesar do tom trágico de seu fim. A escrita é belíssima e, apesar de um pouco antiquado, a relevância histórica desse romace e sua autora, que de mesquinho e humilde nada têm, nunca poderá ser subestimada.
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Dora ð 05/04/2024

Morro dos Ventos Uivantes brasileiro?
Esse livro narra a história de Úrsula, uma jovem moça que vive com sua mãe doente, porém um dia Túlio, um dos escravos, leva para a casa um homem moribundo que encontrou caído na estrada, e Úrsula tendo de cuidar desse homem, graficamente se apaixona pelo mesmo. Entretanto nada é simples, e eles tem de lutar contra muita desgraça no caminho, principalmente contra o amor e ódio de Fernando, tio de Úrsula.

Enquanto estava lendo, me lembrou muito o livro Morro dos Ventos Uivantes de Emily Bronte, ambos os livros contam um drama (e decadência) familiar que começa com a chegada de um estranho e os dois também tem uma linguagem muito poética e fascinante. Embora Úrsula não seja lembrado como um clássico da literatura, ele foi um livro muito importante para o romantismo brasileiro e para a luta abolicionista, por isso acho que todos devem ler essa belezinha.
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Comenta Livros 05/04/2024

Maravilhoso
Achei a historia bem escrita e contada de maneira tão simples e verdadeira.
Um retrato do que foi um dia a nossa sociedade machista e escravocrata.

site: https://comentalivros.com/ursula-maria-firmina-dos-reis/
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Fabi 04/04/2024

Ótima leitura
Úrsula, publicado em 1859. O livro é muito bom e ganha maior magnitude por ser considerado o primeiro romance de autoria negra e feminina no Brasil. Antiescravista, o livro dá voz às pessoas escravizadas e os mostram conscientes da sua condição e dos crimes cometidos contra eles. Maria Firmina dos Reis nos faz chorar com esses personagens, principalmente Susana: escravizada, mulher, negra, digna, leal, inocente e vítima. Eu já estava em frangalhos com a perspectiva do Túlio, quando chegou a parte da Susana eu me acabei. O comendador Fernando P. me fez esquecer até o ódio que eu já senti por outros personagens em outros livros. Minha raiva está toda canalizada nele nesse momento. Luisa B. Úrsula, Tancredo, Túlio, Susana, o feitor branco, o padre, "aquele que eu não menciono mais o nome", todos são usados para denunciar a barbárie da escravidão, do racismo e da opressão feminina. Um livro que merece ser lido e discutido sempre.
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Carla.Parreira 02/04/2024

Úrsula (Maria Firmina Dos Reis). Melhores trechos: "...Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros de infortúnio e de cativeiro no estreito e infecto porão de um navio. Trinta dias de cruéis tormentos, e de falta absoluta de tudo quanto é mais necessário à vida passamos nessa sepultura, até que abordamos às praias brasileiras. Para caber a mercadoria humana no porão fomos amarrados em pé, e, para que não houvesse receio de revolta, acorrentados como os animais ferozes das nossas matas, que se levam para recreio dos potentados da Europa: davam-nos a água imunda, podre e dada com mesquinhez, a comida má e ainda mais porca; vimos morrer ao nosso lado muitos companheiros à falta de ar, de alimento e de água. É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus semelhantes assim, e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura asfixiados e famintos!... Dia virá em que os homens reconheçam que são todos irmãos. Túlio, meu amigo, eu avalio a grandeza de dores sem lenitivo, que te borbulha na alma, compreendo tua amargura, e amaldiçoo em teu nome ao primeiro homem que escravizou a seu semelhante. Sim — prosseguiu — tens razão; o branco desdenhou a generosidade do negro, e cuspiu sobre a pureza dos seus sentimentos! Sim, acerbo deve ser o seu sofrer, e eles que o não compreendem! Mas, Túlio, espera; porque Deus não desdenha aquele que ama ao seu próximo... E o mísero sofria; porque era escravo, e a escravidão não lhe embrutecera a alma; porque os sentimentos generosos, que Deus lhe implantou no coração, permaneciam intactos, e puros como a sua alma. Era infeliz, mas era virtuoso; e por isso seu coração enterneceu-se em presença da dolorosa cena que se lhe ofereceu à vista... Tranquila no seio da felicidade, via despontar o sol rutilante e ardente do meu país, eu corria as descarnadas e arenosas praias, e aí com minhas jovens companheiras, brincando alegres, com o sorriso nos lábios, a paz no coração, divagávamos em busca das mil conchinhas, que bordam as brancas areias daquelas vastas praias. Ah, meu filho! Mais tarde deram-me em matrimônio a um homem, que amei como a luz dos meus olhos, e como penhor dessa união veio uma filha querida, em quem me revia, em quem tinha depositado todo o amor da minha alma. E esse país de minhas afeições, e esse esposo querido, e essa filha tão extremamente amada, ah, Túlio! Tudo me obrigaram os bárbaros a deixar! Oh, tudo, tudo até a própria liberdade!... O comendador P. foi o senhor que me escolheu. Coração de tigre é o seu! Gelei de horror ao aspecto de meus irmãos... os tratos, porque passaram, doeram-me até o fundo do coração. O comendador P. derramava sem se horrorizar o sangue dos desgraçados negros por uma leve negligência, por uma obrigação mais tibiamente cumprida, por falta de inteligência! E eu sofri com resignação todos os tratos que se dava a meus irmãos, e tão rigorosos como os que eles sentiam. E eu também os sofri, como eles, e muitas vezes com a mais cruel injustiça... Maldito vicio é este! E que não possa eu vencer semelhante desejo! Oh, acredita-me, Túlio, estala-me a garganta de secura. E como não há de assim ser? Desde que aqui chegou meu senhor que não mato o bicho. Arre! E nem uma pinga de cachaça! Nem ao menos uma isca de fumo sequer para o cachimbo..."
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