E Se Eu Fosse Pura

E Se Eu Fosse Pura Amara Moira




Resenhas -


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Uri 29/09/2021

Importante leitura
Escrevendo essa resenha só pra dizer que estou irritado com a insensibilidade de alguns leitores que escreveram comentários aqui, teve gente até errando os pronomes da Amara, acusando-a de feminista liberal ou citando o ?nome morto?. Pessoas cis, vou pedir que tenhamos cuidado quando forem falar de uma obra tão potente como essa.

Aqui a autora traz um conjunto de relatos de suas experiências na prostituição, e eu confesso que esperava que esse livro fosse trazer alguma crítica ou defesa à prostituição de forma mais incisiva, mas no fim acabou sendo mais um diário mesmo. Em nenhum momento ela romantizou a vida dessas pessoas, só contou os motivos que a levaram a ser ?puta? e não se esquivou de mostrar a realidade do que passou. Muito importante se colocar no lugar dessas mulheres, mesmo que por alguns instantes durante a leitura.
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Lorraine 11/03/2021

Conhecendo Amara
"E se eu fosse pur(t)a" é uma autobiografia ou autoficção composta por relatos das experiências da Amara, travesti e doutora em Letras pela Unicamp, com seus clientes (os bons e os lixos). Com o decorre dos programas compartilhados com o leitor, entramos no mundo da prostituição em toda sua complexidade (prática e emocional). Acompanhamos um processo reflexivo da autora que começou a se prostituir, como ela diz, por "safadeza e carência". Ela nos provoca a pensar o que é a prostituição, pra quem ela serve, a quem ela acolhe, quem são essas profissionais, em que lugares ela acontece, quais os riscos, quais as sutilezas. O livro cria uma conexão por meio da transparência dos relatos, tudo é nu, inclusive as dores estão muito escancaradas. Uma leitura pra quem se permite repensar os moralismos mais enraizados, pra quem busca desconstruir. E aí "Programinha, amor?"
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Ali 17/04/2021

E se...
Histórias como de Amara Moira fossem cada vez mais expostas nas prateleiras de livraria? E se nós normalizássemos a profissão de pro no nosso país? Amara Moira traz um relato muito real do que mais da metade da população trans no Brasil passa, a vida na prostituição. A autora nunca se põe num lugar vitimado, muito pelo contrário ela está ali meramente por ganhar por aquilo que sabe fazer muito bem. Esse relato de Amara é muito impactante e durante a leitura me fez dar boas risadas e ter muitos momentos de reflexão.

Enfim recomendo horrores.
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Beatriz 18/04/2021

E se....
Gosto muito de aprender sobre universos que tenho pouco ou nenhum conhecimento sobre, e a prostituição e a vida de uma uma mulher trans se encaixam perfeitamente neste quesito. Estou muito longe de saber detalhadamente a vivência de uma, pois como cis nunca vou sentir na pele o que é ser marginalizada como transexual. Em algumas partes do livro eu senti a angústia dela em relação aos abusos, senti um desconforto absurdo lendo os relatos e uma imensa vontade de abraça-la.
É de livros assim que precisamos, de minorias escancarando como é viver sob a falta de atenção, sob o total desprezo da sociedade. Amara é uma mulher forte, e se eu fosse você, daria uma chance para essa leitura.
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Yara Prado 11/10/2020

Interessante
Com certeza me ofereceu uma perspectiva nova sobre o tema. Não concordo com tudo o que li, assim como não discordo de tudo. Foi uma leitura, no mínimo, interessante.
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@moniquebonomini 25/06/2021

Muito bem escrito
A autora no leva para o mundo da prostituição travesti, inserindo neste contexto gírias e vocabulário muito próprios mas que, em nenhum momento atrapalham a compreensão. Ela nos mostra o panorama da prostituição das ruas, sem o glamour surfistinha de flats e clientes endinheirados, aqui a gente vê e entende um pouco mais da realidade daquelas mulheres que vemos em esquinas durante a noite, sujeitas ao frio e a violência, batalhando seu sustento da forma que podem. A realidade dos clientes também dá muito o que pensar, porque as pessoas buscam o prazer pago é uma das reapostas que ela nos oferece. Um livro muito interessante, dá algumas voltas, mas propõe um debate importante.
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Zabély 02/07/2021

Real.
Essa frase já é meio batida mas define muito bem o livro: ele mostra a nudez, de corpo e alma.
O livro não vem com porcentagens e números que sempre te entendiam, mas te instiga a buscá-los, saber mais como é a vida da travesti, sendo puta ou não.
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Wanessa_Gabriela 03/07/2021

A realidade de ser quem se quer ser
O direito de ser quem se quer ser. E ponto.
Palmas para Amara Moira! A realidade de como as pessoas tratam as outras, é algo assustador.
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BrubsEstevam 11/07/2021

Um livro autobiográfico, de Amara que é uma travesti, prostituta e doutora em Letras pela Unicamp, nesse livro encontra relatos da vida de Amara nas ruas, algumas passagens são fortes, mas tem algumas situações engraçadas e Amara escreve pelo dialetos que os travestis falam, bem legal e indico a leituras a todos
Bernardo 22/03/2022minha estante
*as travestis, seria o termo correto, as travesti usam pronomes femininos.




Kau 21/07/2021

E se eu fosse p*ta
Achei excelente o trabalho da Amara, escrever sobre a própria experiência sem romantização, expondo a realidade de quem trabalha na prostituição.

E ainda é uma leitura fluida, daqueles que tu quer sempre ler o próximo capítulo. Recomendadíssimo!
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Matheus 01/08/2021

Muito bom!!!
Relato sincero e sem firulas de Amara, juntamente com as participações ilustríssimas, fizeram desse livro uma leitura que me agradou demais e surpreendeu também.
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Leo Vieira 31/07/2019

Apesar do título e do contexto, não é um livro de putaria (antes o título tinha a palavra “puta”, corrigida hoje com um “R” a fim de criar duplo sentido). Talvez isso dependa muito da ótica de quem for ler a situação, mas o ponto de vista do diário que era postado em um blog e que a seleção acabou se tornando um livro é de um drama. A autora era um homem gay que por um motivo pessoal ou para se identificar se tornou uma travesti. Vários relatos, acabou se tornando prostituta, como toda a vida difícil e com riscos que o ofício podiam oferecer, como doenças, agressões, maus tratos, hematomas sexuais (quase indo parar numa mesa de cirurgia), alto rodízio de homens durante a noite, envolvimentos e humilhação.
Em nenhum momento o livro passou uma impressão de vitória ou algo do tipo (atualmente a autora não vive mais disso e é Doutora em Letras pela Unicamp), mas ele é muito sincero e franco na questão de como é a vida na prostituição. Por esse aspecto ele mereceu leitura e também resenha. Um ponto interessante foi a questão do marketing da coisa, que se aplica no cotidiano. O produto (no caso a profissional do sexo) precisa estar atraente na primeira impressão e a partir daí o negociante precisa ser rápido na negociação e na arrematação. Isso também não se aplicaria para outros profissionais autônomos?
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Kaydson Gustavo 23/04/2020

E você, tá preparad@?
Ser pura.
Ser puta.
Prostituta.
Ser.
Gente.
Humana.
Decente.
Discente.
Docente.

Afogo-me nas primeiras páginas de Amara, velejo no seu barco de escritos e embarco em seu mundo louco e totalmente exposto aos bastidores da vida, as nossas fraquezas, desejos mais internos, intensos.

Habemus o mundo.
Não o mundo das novelas, não o mundo de prostitutas como Bebel, atuação da atriz Camila Pitanga. A única Bebel aqui é a torre, a queda. Mostrando as fraquezas e a demolição de formas, fôrmas e rótulos que tão facilmente colocamos. Na atuação de Camila Pitanga com finais felizes e champanhes em coberturas de luxo. Amara Moira expõe o mundo real, aquele que acontece quando a luz se apaga, quando o humano sai do casulo e mostra quem é, o que é, e como age.

Despe os homens, as mulheres. Estes expostos e nus.
De corpo, de alma, de sentimentos.
Seus relatos trazem tudo isso à tona, a masculinidade frágil e quebrável só com um vento forte ou fraco. Um sopro.

A escritora pariu ao mundo tudo aquilo que o mundo quer desesperadamente omitir, esconder e ofuscar.
Entre corpos, odores e aromas, objetificação de corpos, nudez e detalhes.
Ah, os detalhes, Moira como ninguém detalha tudo.
Traz peculiaridades, coisas que horrorizaria a família tradicional brasileira, mas só traria esse horror à tona quando visto em público, no claro e com platéia. Coitados! Coitadas! Mal sabem as esposas, as filhas, as irmãs, as mães o que seus entes queridos fazem quando a luz apaga, quando eles podem exibir o eu que habita escondido entre seus corpos e desejos mais peculiares e profundos.

Amara é pura, tão pura que torna cristalino suas palavras e a exata ideia do que quer dizer. Gritar.
Quando eu, convidado pela autora em uma dedicatória: A perder-me nas bagunças dessas páginas perigosas, fui questionado se estava preparado.
Apesar de achar que sim, não estava.
Agora, mais que preparado, releio sua obra.
Clássica.
Poesia.
Pura.
Puta.
Deleitar-se nessa obra é necessário.
Terminá-la fundamental.

E você, tá preparad@?
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