Chove nos campos de Cachoeira

Chove nos campos de Cachoeira Dalcídio Jurandir




Resenhas - Chove nos Campos de Cachoeira


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Rafa 30/07/2023

Achei melancólico. Realista, "pé no chão", apresenta de maneira inteligente e às vezes engraçada o cotidiano provinciano do interior do Pará, a vida do dia-a-dia. Mostra uma pequenez característica da vida da região.
Confesso que achei um pouco monótono; mas sempre válido por ser um clássico e por conhecer o estilo do autor, bem engenhoso, a propósito.
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skuser02844 25/05/2023

Uma verdadeira poesia
A escrita de Dalcídio é tão sensível e detalhada que em muitos momentos me senti pretendente àqueles cenários. O autor mostra as belezas do Marajó mas também mostra as dificuldades passadas pela população, e eu, como marajoara, me senti extremamente representada.
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Flavio.Vinicius 24/05/2023

O romance faz parte da segunda geração modernista, da qual fazem parte autores como Jorge Amado e Graciliano Ramos. O autor, Dalcídio Jurandir (1909-1979), era paraense, nascido no Marajó, e conhecido como “o romancista da Amazônia”.

Alguns personagens do livro são constituintes de uma elite local da cidade de Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó, Estado do Pará. Exemplos dessa elite são o Major e o Dr. Campos. Essa elite prefere se identificar com ideais europeus – e, assim, olvidar ou não enxergar de fato a Ilha do Marajó como ela é: veja, por exemplo, o Major, que passa os dias vendo as imagens nos seus catálogos, desejando que os campos da Cachoeira do Arari sejam os campos da Holanda.

As personagens mais pobres, principalmente aquelas com modos de vida mais ligados aos indígenas ou aos ex escravizados, são entendidos como detentores de um modo de vida de conflito mínimo com o meio ambiente, ou seja, conseguem conviver melhor com a Ilha do Marajó em si, sem pretender idealizá-la ou transformá-la num arremedo de um país europeu qualquer. É como se eles tivessem a chave para viver na Ilha, a partir da percepção da riqueza natural e imagética do Marajó. O exemplo mais perfeito é a D. Amélia, negra que acaba vivendo naquilo que atualmente chamaríamos de união estável com o Major Alberto.

É um romance, portanto, sobre certo bovarismo, que impede alguns cachoeirenses de amarem Cachoeira e a Ilha do Marajó pelo que ela é, e os faz idealizarem nas paisagens e pessoas uma sombra da Europa. Todos os que têm dificuldade de se verem como de fato são, no livro, vivem de sonhos e não se realizam jamais.

Achei a leitura arrastada, demorei bastante a terminar o livro. O autor é bastante repetitivo em vários trechos.
Sandra 30/01/2024minha estante
Tou achando arrastada tbm. Ainda tou em 14%. Espero que flua melhor daqui pra frente. ?????




Adriano 02/12/2022

Me entristece o fato de, somente em 2019, eu ter conhecido Dalcídio Jurandir e sua importância para a literatura da região norte e nacional. Agora em 2022, finalizo a leitura de sua primeira obra, publicada originalmente em 1941, e saio desta experiência feliz por tê-la tido.
Ainda que eu tenha demorado mais do que gostaria para finalizar a leitura, principalmente por achar alguns capítulos muito lentos, no geral, senti a história fluindo bem e de maneira cativante. A vila de Cachoeira (a protagonista do livro em minha opinião, ainda que personagens como Alfredo e Eutanásio se destaquem em relação à outros), com seus problemas, aflições e desigualdades sociais, me lembra muito o local onde vivo atualmente (uma cidade pequenina e desigual do interior do Amazonas), onde as pessoas têm muito pouco, mas vivem todos os dias superando os tropeços, e tentando não ceder às amarguras), e isso tornou a leitura um pouco mais especial.
Muito em breve, certamente, lerei mais obras do chamado Ciclo do Extremo-Norte de Dalcídio.
mpettrus 02/12/2022minha estante
Dalcídio Jurandir é um grande nome da literatura amazônida. As minhas obras favoritas do Ciclo Extremo-Norte são ?Belém do Grão Pará? e ?Passagem dos Inocentes?, este inclusive, atualmente, dificílimo de encontrar pra comprar. Que bom que gostou da narrativa Dalcidiana!!! ???


Adriano 03/12/2022minha estante
Gostei muito, ainda que eu tenha alternado alguns períodos relativamente longos sem ler, e outros onde eu lia dezenas de páginas por dia. Outra coisa: desde meu primeiro dia de vida, nunca saí da região norte, tendo nascido em Rondônia, e atualmente morando no Amazonas. Mesmo me considerando um leitor ávido, nunca havia ouvido falar da existência de Dalcídio, até ver a campanha dessa edição no Catarse. Não sei se a falha foi minha, ou da falta de valorização de autores da minha região... Mas antes tarde do que nunca. Lerei Dalcídio mais vezes.


mpettrus 03/12/2022minha estante
Como você bem pontuou: ?antes tarde do nunca?. Pode ser uma falha nossa como também a falta de valorização dos nossos autores regionais pela grande maioria dos leitores. Eu mesmo só descobri o Dalcídio quando me preparava pro vestibular da UFPA, o seu último vestibular antes do processo ser feito todo pelo Enem. E isso já tem uns dez anos. Desde então sempre procuro me inteirar de escritores da nossa região. Do Amazonas, indico a leitura do romance ?Cinzas do Norte?, do Milton Hatoum. Romance incrível que tem Manaus como cenário ??????????


Adriano 03/12/2022minha estante
Realmente, há esses dois pontos. E muito obrigado pela recomendação




Aylana Almeida 28/08/2022

Gostei mas esperava gostar mais
Primeiro contato com Dalcidio e acredito que não era o momento para conhecer esta história. Achei a leitura arrastada e não me prendeu. Vejo que o fato de estar lendo vários clássicos atrapalhou um pouco. Mas vale a leitura por trazer esse ambiente repleto de estórias engraçadas, diversas e e do cotidiano da vida no interior do Pará.
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Matheus 19/06/2022

Cachoeira do Arari aos olhos de Dalcídio
O livro apresenta as desigualdades sociais na região da Amazônia Marajoara de Vila de Cachoeira, hoje município de Cachoeira do Arari. Por meio das histórias de Alfredo e Eutanazio, que dividem o protagonismo do romance, não escondendo o sofrimento que permeia a realidade desse população até os dias atuais.
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Nathalia184 03/05/2022

Assim, não sei o que pensar direito sobre o livro.
Achei os primeiros 30% maravilhosos, a leitura ficou maçante durante um tempo e lá pelos 75% volta com um ritmo bom e eu estou incerta sobre ele.

Mas gostei bastante da escrita poética e do tom de crítica presente no livro, talvez eu dê uma segunda chance ao livro futuramente e releia (para continuar lendo a saga).
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fev 27/04/2022

Chove nos Campos da Cachoeira é um outro livro com aspecto de novela das seis. O que de certa maneira já é algo bem gostoso de ser e acompanhar. A meu ver Dalcídio Jurandir quis construir um livro em que o mais importante ali seriam as relações e as comunicações entre os personagens. Ele consegue fazer isso. Cria vilarejo no interior paraense com muitos personagens e vai narrando histórias que vão se entrelaçando. Todo mundo conhece todo mundo. Isso foi gostoso de acompanhar. No entanto, eu achei que faltou um enredo que apoiasse essas relações. Algo mais profundo. Os dois personagens mais presentes, Alfredo e Eutanázio, até possuem motivações mais concretas nessa história, mas não são desenvolvidas. Por causa disso em vários momentos o livro cai em um marasmo que atrapalha o andamento da história. O tédio bate com frequência. Se houvesse mais conflitos bem trabalhados envolvendo os outros personagens talvez ficasse mais interessante. Até existem, mas não foram tão bem trabalhados. Enfim, é um livro interessante que infelizmente possui deslizes. É claro que estamos falando de uma saga e talvez Jurandir tenha trabalhado melhor nos livros seguintes. Recomendo para quem quer sair do eixo Sudeste-Sul de literatura.
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Juliano.Ramos 18/03/2022

Esperava mais desse livro, em alguns momentos a história não se desenvolve, o que cansa o leitor, vale pela experiência da leitura.
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Gisinha 17/03/2022

Lindo, envolvente e... brutal!
Quaisquer outras palavras que eu usasse ficariam aquém da experiência incrível que foi ler uma narrativa tão única em conteúdo, sentimentos e alteridade. O leitor nunca mais será o mesmo depois dele...
Chove nos campos de cachoeira é o primeiro de uma série de dez romances que compõem a série Ciclo do Extremo-Norte, onde o autor conta a jornada de Alfredo, um garotinho que cresce na então Vila de Cachoeira, onde se sente esquecido, a localidade ficando pequena demais para os sonhos que tinha, nos quais se via crescendo em Belém, frequentando uma escola de verdade. E o momento não poderia ser dos menos propícios, já que a cidade natal de Alfredo - bem como o restante do planeta - foi assolada pela Gripe Espanhola.

A narrativa é bela, mas também brutal, pois vemos a crueza e o abandono da vida nos rios da Amazônia, a luta pela sobrevivência, a falta de esperança e o conformismo mesmerizado, que faz com que a população apenas encare as situações vividas sem a percepção real das consequências.

O que mais doi ao acompanhar a jornada de Alfredo durante a leitura é ver os sonhos do garoto morrendo aos poucos, mortos pela própria situação de vida e a atitude do pai, escondido "atrás dos catálogos", a representação da inércia, conformismo apático e, bem lá no fundo, uma incompetência no ser pai. O único remédio para esse praticamente abandono é um carocinho de tucuma, no qual ele projeta uma realidade onírica, na qual alivia e compensa suas constantes frustrações.

É quase impossível conhecer essa obra grandiosa sem se envolver, o leitor fica encantado e mesmerizado diante da realidade bela e brutal, que prende o leitor, como só Dalcidio Jurandir consegue fazer.
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Gabriel Paixão 17/10/2021

Livro interessante que mostra o cotidiano de moradores de uma cidade na ilha do Marajo, nos anos 1930, 1940.
Leitura difícil e carregada de expressões regionais. Mas não deixa de ser forte e marcante.
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spoiler visualizar
Fernando 19/01/2022minha estante
Resenha muito boa! Da primeira vez que eu li o Chove, senti uma dificuldade muito grande com a quantidade de recursos narrativos utilizados, mas eu sabia que tinha nas mãos uma riqueza particular. Foi na segunda leitura que esse baú se abriu e eu pude desfrutar melhor dessa experiência.


asnmendes 24/01/2022minha estante
Não tem como, ainda mais em uma 2a leitura, não se encantar com o universo de Dalcídio, que, na verdade, é a realidade nortista ?




Valéria Cristina 02/03/2021

Reminiscências
Morei na região norte por 11 anos. A leitura desse livro fez-me voltar para as características tão marcantes da Amazônia.
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><'',º> 26/06/2020

SINOPSE:

O romance é ambientado na vila de Cachoeira e gira em torno de dois protagonistas: o menino Alfredo e de seu irmão mais velho Eutanázio. Alfredo sonha em sair de Cachoeira e ter um futuro grandioso, porém enfrenta a falta de interesse do pai no futuro do filho e as dificuldades financeiras para que seus pais possam enviá-lo à capital (Belém) para estudar. Alfredo possui um caroço de tucumã com o qual brinca e sonha em mudar situações ruins que observa em sua volta. Por outro lado, seu irmão Eutanázio (de 40 anos) é um sujeito destituído de sonhos e objetivos,que não vê sentido em nada do que o mundo real lhe oferece. Para ele, tudo no mundo real é absurdo, sem sentido e sem valor. Seu niilismo , aliado à sua relação problemática com a jovem Irene que o despreza, fazem Eutanázio ser constantemente atormentado por angústias e perturbações extremas.

Texto extraído do Wikipédia.
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Jota 31/05/2020

To bem feliz em ter terminado esse livro, fico feliz por ter tido esse primeiro contanto com a literatura paraense. O Dalcídio Jurandir é o um ator tão aclamado mas que passou despercebido por muitos, inclusive por mim.
Muito interessante poder me identificar com as historias que se passavam no interior do Marajó pelo livro, me trouxe uma memória afetiva muito boa do interior dos meus avós. Muitas histórias e expressoes me retomaram a esse lugar!
O livro retrata muito bem a desigualdade social, a luta que muitos cidadãos ainda enfrentam hoje em dia. É absurdo como, mesmo depois de tantos anos de escrito, a história ainda vive e pode ser vista em muitos lugares do Pará, pois a miséria ainda é uma triste realidade.
Ahh e adorei essa edição pois no final tem um dicionário de expressões paraenses que eu nem sabia que existiam, mostrei para meu pai e rendeu boas risadas dele relembrando dessas palavras!
Sinto muito orgulho de morar em um estado tão rico em cultura como o Pará ??
Jota 31/05/2020minha estante
Devia ter uma opção de editar o texto aqui no skoob kkkkkkkk só to vendo agora esse ?? no final do texto




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