Resenhas - A Montanha e o Rio

Laura.Thais 09/06/2020

Final da personagem Shento
Eu estava lendo uma anotação que fiz no livro e eu anotei o seguinte "ele foi quem mais sofreu na história, durante a vida teve muita solidão. Ele merece a mulher e o filho com ele para que possa ter um recomeço, ter a chance de ser quem ele é de verdade e não quem o destino o forçou a ser"

A trajetória dessa personagem é muito marcante, ver ele indo para o "lando escuro da força" foi muito louco porque vendo as coisas que ele fez de mal eu lembrava de todo mal que ele sofreu, mas justifica? Não. Ele escolheu viver dessa forma, ele poderia ter desistido e morrido, mas escolheu viver e fazer coisas horríveis.

Vai fazer 2 anos que li esse livro e ainda não sei bem se acho QUE o fim dele foi merecido ou não.

Bella 06/06/2020

A Montanha e o Rio
Muito bonita e envolvente a história. Faz refletir bastante sobre o quanto os acontecimentos da vida e circunstancias podem influenciar em nossas ações, assim como as consequências de cada ato e escolha. porém mantenho minha crença que no fim a escolha é de cada um. Não existe preto e branco: temos empatia em algum momento por todos os personagens. Emocionante.

Thibu 26/05/2020

Simplesmente incrivel
História intrigante e magnífica, cheia de reviravoltas, excelente leitura.

Gilmara.Fernanda 26/05/2020

O livro dá inúmeras voltas. Acontecem tantas coisas que a impressão é que o autor se perdeu ao fazer o desfecho. Muitas partes são interessantes do ponto de vista histórico, porém os muitos acontecimentos por vezes são desnecessários.

Marcos.Santos 25/05/2020

Uma maravilhosa história cheia de ética social e revelando como funciona a China comunista. Gostei demais!! Um mergulho na cultura e história no que em breve se tornará o maior país do mundo!!

Ana Santos 07/04/2020

Duas vidas, um amor e uma história que supera as nossas expectativas.
“A montanha e o rio” conta a história de dois irmãos, apenas do mesmo pai e educados em lares e classes sociais diferentes. Pela força do destino um foi mais privilegiado, o outro, totalmente desfavorecido, apenas em oportunidades, pois o amor, a educação e o cuidado não lhe faltaram. Shento o desfavorecido, e Tan Lan o privilegiado.
O nascimento de Shento, ocorreu na relação Ding Long com uma aldeã, mas por força maior decidiu se suicidar, e seu filho ficou aos cuidados de um casal de aldeões.
E o nascimento de Tan Long, ocorreu de maneira tradicional dos chineses, na verdade, seus pais já se conheciam, facilitando a aproximação de ambos que resultou num namoro, casamento e constituição de uma família.
Os dois irmãos tinham um destino a percorrer, e percorreram... demorou um pouco, mas a concretização do destino chegou.
Depois do renascimento de Shento (pois aquela que lhe deu a vida, lhe tirou a mesma), ele foi salvo pelo casal de aldeões, que o acolheu como filho, e procurou o educar na idoneidade, justiça e amor. E com Tan não foi diferente, também foi bem educado, só que no caso dele houve mais luxo e oportunidades acessíveis e facilitadas.
Ao perder seus pais, Shento foi parar num orfanato, onde conheceu Sumi, e dali iniciou uma linda amizade, na verdade foi o seu primeiro amor e posteriormente, ela foi a mãe do seu único filho.
No orfanato sofreu muita perseguição, e em defesa da sua amada, se envolveu num assassinato, sendo condenado a morte, mas por causa de um colar que pertencia a um renomado general, foi salvo. Depois desta fase difícil foi instruído e direcionado a uma educação tradicional, e a vários outros tipos de ensinamento e orientações que mais tarde o levaram ao mais alto cargo da China, um cargo concedido por merecimento e conquista.
Diante de todo sofrimento, as situações que vivenciou, as verdades sobre o seu nascimento, o distanciamento do seu pai, só aumentou o desejo de vingança em relação a ele e toda a sua família. Vingança que resultou diretamente a Tan Long, seu meio irmão. E a vingança se tornou algo mais forte quando descobriu que sua Sumi estava prometida em casamento, a Tan Long, a quem ele odiava.
Shento fez tudo que podia para iniciar sua vingança, até machucou o amor da sua vida, pois o ódio o dominou, a ponto de prende-la e cortar a língua de Sumi. E o seu ódio só mudou quando teve contato com alguém muito importante, e o fez reconhecer que todo esse ódio e sentimento de vingança não o pertencia, e não fazia parte da sua essência. E Shento acolhe a sua mensagem, deixando para trás tudo que não faz parte dele (vingança e ódio).
Para Tan Long também não foi só um mar rosas, pois sua família sofreu um grande golpe político, tirando-os do posto mais alto que seu pai possuía, depois disso, foram obrigados a voltar a uma aldeia, e começar tudo de novo. E assim aconteceu. Recomeçaram, seus pais no ramo dos negócios, e seu avô como banqueiro da aldeia.
Tan Long fez faculdade, se formou em Direito. Conseguiu vencer.
Um livro maravilhoso! Primeiramente, pela sua escrita perfeita, objetiva e acessível em relação ao conteúdo (mesmo se tratando de diversos assuntos como a cultura chinesa, todo o seu conservadorismo, tradição e política). Segundo, podemos dizer que é uma narrativa cativante, pois consegue prender a atenção do leitor e superar todas as expectativas que possa existir, tanto em relação ao enredo, quanto à particularidade e subjetividade de cada personagem. Terceiro, se dá ao fato de o escritor conseguir unir o gênero romance com assuntos políticos, na verdade, não só unir, mas também enriquecer toda a obra com esta característica. E por último, mas não menos importante, o autor unificou a ficção e a realidade em todo o enredo.
Apenas um detalhe no livro requer a nossa atenção como crítica construtiva, pois nos últimos capítulos percebemos relatos sequenciais muito ficcionais e totalmente distante da realidade, relatos estes que não há conflitantes, mas apenas situações que desenrolam facilmente durante a narrativa. Apenas isso, e o restante da obra, tudo perfeito.
Diante dos fatos relatados acima (escrita perfeita, narrativa cativante, unificação do gênero romance com assuntos políticos e a junção da ficção com a realidade), o livro é recomendável para todos os públicos, com a sua leitura conseguimos tirar uma lição para a vida, que independente dos nossos erros, temos a chance de romper com um passado de erros e iniciar um recomeço. Basta querer e recomeçar.

Cello 12/03/2020

Grande pano de fundo
Uma novela previsível, melodramática e cheio de clichés. Mas o autor caprichou na pesquisa histórica tecendo um belíssimo pano de fundo, nos colocando na história e tradições da China dos anos 60 até os anos 90, tornando leitura bem aproveitável.

Diego Vertu @outro_livro_lido 07/03/2020

Livro bem construido
Não importa que deuses existam/ Nenhuma vida é para sempre/ Os mortos nunca se levantam/ E até os mais cansado dos rios/ Ruma seguro para o mar"
O livro conta a história de vida de dois meio-irmãos, durante a revolução cultural chinesa. Shento, filho bastardo do general Ding Long, cresce com pais adotivos no sudeste da China até que devido aos conflitos na fronteira com o Vietnã, Shento acaba indo para um orfanato onde conhece seu grande amor Sumi.
Ao outro lado temos Tan, filho legítimo de Ding Long que cresce com todo mimo em Beijing. Até que um evento faz com que a família Long precisa se mudar ao sudeste onde depois de muito tempo Tan também conhece Sumi, a mulher divinda entre o amor dos dois irmãos.
O livro começa de maneira encantada, divide um capítulo de Shento outro de Tan, tem uma linguagem clara e poética dando uma pegada realística a trama. Trás questionamentos sobre o machismo e sobre política. Gostei como o autor troca o papel das personagens onde elas mudam conforme a narrativa. Enfim um livro maravilhoso para ser degustado com calma.

Nat 02/03/2020

^^ Pilha de Leitura ^^
A Montanha e o Rio conta a vida dos irmãos Tan (filho legítimo, cresce com a família e pretende continuar o legado do pai) e Shento (filho ilegítimo, que cresce órfão e sem expectativas para o futuro). A história se passa na China pós Mao; ele havia morrido e não tinha deixado ninguém para seu lugar. Os irmãos são sempre rivais em tudo o que fazem e, portanto, se tornam inimigos. Gostei muito da história, principalmente por poder conhecer um pouco da China desse período.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat

Simone de Cássia 17/03/2019

Lindo! Me apaixonei por tudo. O mundo oriental não me atrai, então nem sei porque quis ler esse livro. Mas me encantei! Os personagens são muito bem construídos e a gente consegue viver direitinho os sentimentos deles; o pano de fundo que é a política da China foi muito bem explorado e a trama é de extrema criatividade. Para melhorar ainda mais tem algumas passagens belíssimas com a leveza da crença oriental. Confesso que o final me decepcionou, porém se o livro fosse real esse desfecho seria condizente... Independente disso tenho que elogiar e reconhecer que não conseguia parar de ler, totalmente presa na emoção das páginas. Ultimamente foram tantos livros ruins que estava mesmo precisando de algo que me tocasse. Valeu, Sane, amei!

LuCoury 06/03/2019

A Montanha e O Rio é um livro do Da Chen, um escritor chinês. A narrativa começa na China durante a Revolução Cultural de Mao Tsé Tung. Um dos generais mais influentes gera dois filhos: um com sua esposa e outro com uma camponesa. Os dois filhos crescem sem saber da existência do outro, até quando descobrem ter se apaixonado pela mesmo mulher. Quando comecei a achar que a história focaria muito no triângulo amoroso, me surpreendi vendo que seria muito mais! É um livro intenso e com muito sofrimento. O autor gosta de criar contextos exagerados, mas super interessantes, além de ter uma criatividade enorme para criar muitas reviravoltas no livro que são fundamentais para a mudança de perfil dos dois personagens principais. Incrível ir acompanhando como as tragédias os afetam levando para dois caminhos completamente diferentes: um que cresceu com todas as mordomias e perde tudo, e o outro que não tinha nada e conquista tudo, ou quase tudo, o que deseja. Também é interessante ver o cenário político da época e suas oposições.
Antes de começar o livro, li uma crítica falando que o final era ruim, mas imaginei que o enredo não tinha agradado. Porém, após terminar, fiquei decepcionada com o final. O autor encerra a narrativa sem dar uma conclusão para a história de nenhum dos irmãos! Fiquei aguardando algum final mais glorioso para o Tan pois, em determinado ponto da história, o avô Long conta que existia uma profecia dizendo que teriam dois imperadores na sexta geração dos Long! Mas encerra-se sem passar uma mensagem final, como se o autor tivesse estourado o limite de páginas disponíveis!
O livro vale a leitura, apesar dos últimos capítulos, pelos personagens complexos e por toda a história fantástica!

Ana Luísa 09/01/2019

Eu tinha bastante preconceito com a literatura oriental, mas percebi que estava enganada assim que li esse livro. Com narrações emocionantes e final surpreendente, "A montanha e o rio" é perfeito para quem espera sentir alegria, surpresa, dó etc.

ritita 07/06/2018

Como assim o melhor do WP em 2016?
No auge da revolução cultural da China - 1960, nascem dois meninos, um sozinho no meio de árvores e outro no meio de duas famílias poderosas e ricas - são irmãos. Tam cresce em Beijing (hoje Pequim), cercado de luxo, conforto e carinho. Shento é criado nas montanhas por um curandeiro velho que o adota como filho.

A narrativa é feita alternadamente pelos dois desde a infância, o que é ótimo para o leitor entender um pouco sobre a tal revolução e como interferiu na vida dos pobres e dos ricos.

Como todo governo ditatorial a lei é usada ao pé da letra somente quando interessa ao governo.

Sob a China de Mao onde "nossa posição é a de proletariado e das massas populares", os pobres são os que realmente sofrem - Quero fazer comparações não, mas me lembrei de alguns políticos brasileiros.

Na primeira parte do livro Tam e Shento contam sobre a infância e adolescência de cada um. Sofrimento, ódio e determinação para um e muita dedicação aos estudos, desilusão e determinação para outro.

Ainda na infância Shento conhece Sumi, uma linda chinesa pobre e órfã. Tam vai conhece-la um pouco depois. Os dois apaixonam-se por Sumi, cada um a sua maneira.

Na segunda parte o livro fica melhor ainda. Shento vira um homem poderoso, vingativo e inescrupuloso - objeto fim da lavagem cerebral sofrida pelo partido comunista e plenamente aceita como verdade.

Tam usa sua inteligência privilegiada para tornar-se biliardário num país que começa a abrir-se para o ocidente.

Adultos, os irmãos vivem realidades totalmente diferentes - um faz parte do partido comunista e o outro é um sonhador da liberdade chinesa e, sem saber, disputam o amor de Sumi.

Da Chen tem uma escrita vigorosa, até os detalhes (que eu normalmente pulo, viram poesia). A história é instigante, não dá para parar de ler, apesar de um pouco fantasiosa como todas as histórias passadas no oriente.

O final? Tive que ler, reler e triler - não quis acreditar. É ruim? Não! Apenas inesperado.

*como assim, se eu só o descobri agora?
FAVORITOOOO!

Higor da Cunha 15/01/2018

Boa história, mas não consegue manter
A história desde o início é boa, bem como a maneira como é contada, sempre em primeira pessoa, na perspectiva de cada personagem. Entretanto, parece que o escritor se perde no final, não consegue concluir de maneira satisfatória. Talvez por se estender demais, querer abranger muito, acaba deixando pontas soltas. Mas de maneira geral é um bom livro, vale a pena de ser lido.

Solange 30/11/2017

Muito bom, uma narrativa real acerca de um sistema tão fechado e arbitral, evidenciando as mazelas de uma cultura onde quem tem dinheiro e poder, difere-se dos demais. Mas o final me decepcionou, não vi um fechamento das histórias.