As Ilhas da Corrente

As Ilhas da Corrente Ernest Hemingway




Resenhas - As Ilhas da Corrente


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.Igor 29/03/2024

Kurt Vonnegut comentou em um ensaio que a literatura clássica americana geralmente segue alguns padrões básicos de enredo como, por exemplo, o protagonista que não tem nada mas consegue ao longo da história alcançar seus objetivos; noutro padrão, mais ousado por sinal, temos o protagonista bem sucedido e que perde tudo, para depois ir reconquistando seu antigo sucesso. Nesse livro, Hemingway pegou esse segundo padrão e tirou a parte final, ou seja, o protagonista tem tudo e perde tudo e passa a viver com isso.

É uma premissa difícil e amarga, e demorou um tempo para perceber que trata-se de um livro sobre o luto e sobre os arrependimentos do próprio autor.

Mas apesar disso tudo, não posso dizer que é uma obra ruim. Hemingway escreve incrivelmente bem, transformando, com seus diálogos ágeis e precisos, situações comuns em inusitadas e fascinantes. E ainda temos o mar, tanto cenário quanto personagem, sempre presente na vida do protagonista, abraçando suas breves alegrias e seu sofrimento silencioso.

Não foi uma leitura fácil, mas creio que esse era o objetivo do autor.
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Ash 10/02/2022

xoxo, anemico e frágil.
Decepcionante, amargo, xoxo, anêmico são as palavras que eu gostaria de usar para descrever esse livro de hetero coach.

Eu estava realmente animado para ler esse livro por ter visto-o em Banana Fish, assim como O apanhador no campo de centeio. No entanto, me encontrei frustrada lá pela metade da leitura por ter me tocado de algo que a narrativa continuamente tentou esconder: Thomas Hudson é um p*u no c*!

Ele é sempre pintado como bom moço, amante de mulheres, pai esforçado e respeitoso compatriota, mas mal consegue ouvir as reclamações de seu choffer sobre o sofrimento do povo cubano, não consegue passar duas linhas sem fazer um comentário extremamente ofensivo a qualquer pessoa. Além do racismo desmedido, da supremacia da elite e de todas as mulheres serem claramente feitas para o protagonista.

Não recomendo nem ao meu pior inimigo, é melhor que gaste seu tempo em outras coisas.
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Marcos Aurélio 03/10/2021

Thomas Hudson, varrendo as dores para debaixo da arte
A história é contada em três partes, que marcam os locais onde o romance acontece: Bimini, Cuba e No Mar.

Thomas Hudson é um homem forte, seguindo o perfil dos protagonistas de Hemingway. Um homem que vive dramas e aventuras. Alguém que tenta parecer sereno, convivendo com seus demônios. Lembranças, angústias, ansiedade, silêncio regados a whisky;

Em Bimini, recebe os filhos Tom Júnior, Dave e Andy. As férias dos meninos, são a oportunidade de tê-los perto e viver momentos mágicos na paradisíaca ilha do Caribe.

Em Cuba reencontra a ex-esposa, mãe de Tom Júnior. A culpa o atormenta e Thomas sente forte suas dores. A verdade que precisa ser contada, uma perda irreparável e desejo de tê-la para sempre. Ficar, ou partir e deixar-se ao sabor do destino?

A resposta virá, na travessia de um canal, no convés, sob o céu que ele sempre amara. No mar, a bordo de um barco patrulha, caçando submarinos nazistas durante a Segunda Guerra.

O livro é excelente, indico a leitura.

Ernest Hemingway, o gênio das "construções claras, frases curtas e poucos adjetivos". Descreve o mar e seus encantos como poucos, embora tenha afirmado que: "um escritor se serve, não descreve. Inventa ou constrói a partir do conhecimento pessoal o impessoal".

AS ILHAS DA CORRENTE
Autor: Ernest Hemingway
Círculo do Livro, 1970
422 páginas

Protagonista: Thomas Hudson
Co-protagonista: Tom Júnior
Personagens secundários: Dave, Andy, Roger Davis, Willie, Ara.


Outros títulos que já de Hemingway:
O Velho e o Mar;
O Sol Também se Levanta;
Ter e Não Ter.

Desejo ler:
Por quem os Sinos Dobram;
Paris é uma Festa;
Do Outro Lado do Rio, Entre as Árvores;
Adeus às Armas;
Verdade ao Amanhecer...
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Rsollberg 14/09/2021

Hemingway, que homem!
Esse livro te nocauteia em três rounds.
Há muito de Hemingway e seus mais sombrios pesadelos.
O autor de convida para passar férias e te prende nas tormentas do seu alter-ego.
Na parte técnica, uma aula de como abraçar o leitor e não soltar mais. Os diálogos são precisos, diretos e convincentes. O protagonista é ambíguo, hermético, por vezes, indecifrável.
Para impressões mais completas acesse o canal do Youtube "Adorei! Nota 2".

site: https://www.youtube.com/watch?v=vneBgjdJv64


Julio.Argibay 30/03/2021

Obra póstuma
Vamos a eles - Thomas Hudson: é um pintor bem conceituado, inclusive internacionalmente, que mora na Flórida. Ele gosta de viajar, vive de rendas, além é claro de pintar e é divorciado. Ele ainda gosta da primeira mulher, a famosa mãe de Tom, seu filho mais novo. Ele possui quatro filhos ainda garotos. Todo ano eles vão para sua casa na ilha passar as férias. Joseph, o caseiro, é uma figuraça. Thomas tem vários amigos, o mais chegado é Roger, das antigas, ele é escritor e bem sucedido Teve várias namoradas, bebe demais, briga demais, mas é gente boa, resolveu sair de Paris e passar um tempo na propriedade de Thomas para dá uma relaxada. Os outros amigos são: Frank, Johnny e alguns nativos da ilha. Boby e Eddy, cozinheiro, trabalha no barco e com o material de pesca, um cabra bem solícito. Já Louis trabalha na casa. É o velho Way de sempre: praia, amigos, mulheres, bebida e aventuras. Um bon-vivant. Os quatro meninos chegam, depois de um tempo vão pescar de arpão, mais encrenca, pois rolou um stress daqueles. Eles voltam para casa e no dia seguinte vão pescar de barco. O menino mais velho, Davi, fisga um belo peixe e a luta segue o dia inteiro. O velho e o mar... Depois de um dia cansativo com muito aprendizado eles voltam para casa. Detalhe, este foi o último livro de Papa e por coincidência ou não, pela primeira vez eu li na obra dele algo sobre o tema do suicídio. Tô falando isso, porque como é de domínio público o autor se matou. Esta é uma obra póstuma. Eles foram tomar uma e fazer uma resenha no bar de Boby, Chegando lá conheceram uma moça, Audrey, mas ela é uma velha amiga de Roger, muito bonita, por sinal. Eles a convidaram para almoçar na casa de Thomas. Então é isso, o tempo passa, as férias acabaram e os meninos partem para a Europa. Roger segue para a fazenda e Thomas fica novamente só, pintando e bebendo. Mas acontece o pior, uma tragédia da zorra. O tempo passa, o tempo voa... Agora, Thomas está em Cuba, tomando todas. Na sua casa ele mora com uns seis gatos e uns dois cachorros. Ele adora os animais. Como disse, ele tá tomando todas, também é muita coisa ruim acontecendo o tempo inteiro. O cara é resiliente. Ele tem contatos com gente importante em Havana. Thomas conhece uma mulher chamada Honest Lil, que é uma figura. Eles se dão muito bem, o papo rola sem dificuldades. Chega então uma relação do passado, a mãe de seu filho Tom. Eles vão para casa e ficam juntos, daí ele dá uma notícia bem triste pra ela. Já estamos na terceira parte do livro, acontece um plot twist. A estória acelera e temos uma virada brusca na vida do pintor. Por algum motivo ele é chamado para uma operação secreta e sai de barco, já à noite e mesmo com o tempo ruim. Ele segue para essa missão com alguns camaradas dele, de outras missões. Mistérios. Bom, agora eles estão perseguindo uma tripulação de alemães deixada no litoral cubano. Se ainda não falei, estamos no período da II Grande Guerra. Estes grupo está escondido entre os mangues e esperam ser resgatados. A caçada é difícil e perigosa entre os mangues, as marés, as aves e os insetos. Show de bola. Viva Hemingway.

 
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cmbgtta 10/12/2020

Interessante
Minha introdução ao Hemingway. Primeira parte do livro é ótima, as quase 30 páginas para descrever a pesca são maravilhosas, junto com o final que me deixou boquiaberto. As outras duas partes não me chamaram tanta atenção, foram bem lentas.
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CaioHenrique 01/07/2020

Fantástico
Sem dúvida, um dos que mais gostei. É uma história baseada estritamente nos diálogos e nas relações. Nos mostra como é difícil lidar com a dor e com os traumas. Os locais onde se passam a história são muito bem descritos, as interações entre os personagens são ótimas e o final, emocionante.
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Fernanda 10/04/2020

Amo Ernest.
Amei
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Diego Rodrigues 27/03/2020

Como lidamos com os nossos problemas, traumas e perdas?
"As Ilhas da Corrente" é a primeira obra póstuma de Hemingway publicada após seu suicídio em 1961. O autor americano da "geração perdida" deixou mais de 300 manuscritos, dentre obras acabadas e inacabadas, uma delas se consistia nos três tomos que viriam a formar esse livro. Dono de uma personalidade complexa e depressiva, e de uma extensa lista de problemas pessoais e de saúde, Hemingway desenvolveu um estilo de escrita único e intrigante, sempre colocando muito de si nos personagens que criava. O protagonista de "As Ilhas da Corrente", Thomas Hudson, não foge à regra. Somos apresentados aqui a um típico alter ego do autor: melancólico, depressivo, beberrão e ermitão.

Na primeira parte do livro, intitulada "Bimini", vamos acompanhar a vida pacata do protagonista. Um pintor que depois de viajar o mundo afora, conhecer muitas mulheres e farrear bastante, decide ir morar numa ilha das Bahamas, onde se dedica a pintura e vida náutica entre um drinque e outro. Sua rotina é quebrada quando seus três filhos resolvem visitá-lo e passar um tempo com o pai. Essa primeira parte do livro se destaca pelos momentos de alegria e tranquilidade compartilhados por amigos e família à beira mar. É uma leitura leve e acolhedora, repleta daqueles deliciosos momentos de isolamento que só a literatura marítima é capaz de nos proporcionar. Mas depois da calmaria vem a tempestade... Hemingway soube muito conduzir lindamente a virada para a segunda parte do livro, intitulada "Cuba". Depois de cativar o leitor e fazer carinho, o autor o atinge com um soco no estômago que o deixa no chão. Ao fim do primeiro tomo eu estava complemente atordoado.

Fica difícil falar das partes dois e três sem contar o que acontece ao final de "Bimini", mas isso estragaria a leitura de qualquer um. E para se ter uma experiência completa dessa obra você leitor precisa sentir o mesmo baque que senti, isso é essencial para entender o comportamento do protagonista nos próximos capítulos. Na segunda parte do livro Thomas Hudson vai morar em Cuba, onde tentará lidar com seus sentimentos e antigos traumas. Alguns anos se passaram desde "Bimini" e encontramos nosso protagonista um pouco mais melancólico e retraído.

"No Mar", terceira parte e ato final da história, mais uma vez Hemingway basea-se em experiências da sua vida real para relatar a perseguição a um submarino alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Da mesma forma que Ahab perseguia Moby Dick, talvez não com a mesma ira mas com a mesma sede, Thomas Hudson assume o posto de capitão e lidera sua tripulação na caça aos alemães. Thomas faz da perseguição uma fuga dos seus sentimentos. Um pouco mais velho e enganosamente mais conformado, percebemos que o protagonista ainda luta para superar os traumas vividos nos capítulos anteriores.

"As Ilhas da Corrente" nos permite conhecer um pouco mais da personalidade de Hemingway e, mais que isso, é um ensaio do psicológico humano. O livo trata da forma como lidamos com os nossos problemas, traumas e perdas. Somos humanos e estamos expostos a decepções, tragédias e intrigas, ninguém está imunde a isso mas cada um reage de uma maneira. Muitas das vezes o modo como vivemos é um reflexo daquilo que sofremos...

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Phillipe 16/03/2019

As ilhas da corrente
Não tenho palavras para descrever a incrível lição que esse livro me passou, praticamente você sente o que é ser um pai e um amante da arte, emoções profundas vivi lendo este, concerteza uma verdadeira obra de arte
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Celaro 25/07/2015

Uma autobiografia de Hemingway ?
Os amigos boêmios, os três filhos que o visitam nas férias, as amadas e amantes são alguns dos personagens que fazem parte deste romance, aparentemente autobiográfico, de parte da vida de Hemingway passada nas ilhas da Corrente (do Golfo), em Cuba e Bahamas, além de trechos vividos na Europa.
A perseguição à tripulação de um submarino alemão naufragado próximo à costa de Cuba, as pescarias embarcadas com seus filhos e as conversas com seus angustiados amigos entre um e outro copo compõe esta deliciosa narrativa.
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Gustavo 19/01/2015

“Procure compreender se não for difícil demais”
“As ilhas da corrente” de Ernest Hemingway (2ª ed. - Bertrand Brasil, 2014) reflete as agonias do pintor Thomas Hudson na Corrente do Golfo, durante as décadas de 1930 e 1940. Nos três blocos - “Bimini, “Cuba” e “No Mar”-, reunidos nesse único volume, o protagonista recupera suas memórias, buscando superá-las, em paralelo a seus sonhos, fatos, pessoas e paisagens apresentados no decorrer na narrativa: seus filhos numa ilha do Caribe, a prostituta Honest Lil num bar de Havana ou a tripulação de seu barco no litoral de Cuba durante a Segunda Guerra. Valendo-se de bem humorados diálogos, o livro é recheado de elementos tipicamente hemingwaynianos. Publicado em 1970, esse último romance de Hemingway é considerado autobiográfico. Thomas Hudson, alter ego do escritor, fala de solidão, perdas, deveres e dores; do desespero para sufocar o amor.
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Wilton 02/12/2014

A ação passa-se no Caribe para onde Thomas Hudson se mudou para tentar ser feliz. Antes, vivia em Paris, cidade que testemunhou seus dois casamentos fracassados. Esses matrimônios deram-lhe três filhos que morreram precocemente. Amargurado, em Cuba, Tom viveu e morreu como capitão voluntário servindo na Segunda Grande Guerra. Levava uma vida dupla, porque, para todas as pessoas de suas relações ele era apenas um bem sucedido pintor, um artista. O título do livro não remete apenas às correntes marítimas presentes durante todo o enredo. As próprias personagens apresentam-se como complexas ilhas de solidão cercadas de incompreensão por todos os lados. Não há amizade sincera. Tanto homens como mulheres vivem um inexplicável isolamento afetivo. As personagens, principalmente Tom Hudson, são ilhas impotentes lutando contra a implacável corrente da vida. Somente a iminência da morte deu a Hudson a sonhada paz.
Gustavo 19/01/2015minha estante
Wilton, Gostei da sua resenha! Acho que você poderia marcar que há spoiler. Abraço.




jota 17/04/2012

Sentimentos ilhados
Este livro é bastante volumoso (558 páginas) mas sua leitura é fácil e agradável. Passa-se em ambientes extremamente masculinos (pescarias, bebedeiras, bares, prostíbulos, caça a nazistas, etc.) e vem recheado de palavrões. Muitos palavrões; e cabeludos. Tem mais de chance de agradar aos leitores do que às mulheres, penso (mas costumo de enganar de vez em quando, sim).

Há uma curta (apenas quatro páginas) porém excelente Apresentação do escritor Luiz Antonio Aguiar, que resume a história com primor e ajuda a esclarecer alguns pontos do romance que porventura pareçam meio obscuros para o leitor – especialmente no que diz respeito ao comportamento do protagonista, Thomas Hudson, abalado por duas tragédias em sua vida.

Este As Ilhas da Corrente foi publicado apenas em 1970 (nove anos após o suicídio de Hemingway) e é bastante autobiográfico, especialmente no que diz respeito à parte III do livro, a caça aos nazistas no Caribe, durante a II Guerra Mundial, em que se passa a maior parte da história. Mas a própria personalidade do personagem tem muito a ver com o verdadeiro Ernest Hemingway.

A história começa na década de 1930, quando o pintor Thomas Hudson (artista e aventureiro como seu criador) recebe, em sua ilha Bimini, no mar do Caribe (onde passa a corrente marítima quente do Golfo do México), a visita de seus três filhos adolescentes, Tom Jr., David e Andrew, frutos de dois casamentos.

Se não viaja com eles para Paris, uma vez por ano, durante cerca de um mês no verão, ele os recebe para passar as férias escolares na ilha. Hudson não gosta de viver cercado de muita gente, mas depois que os filhos vão embora, durante algum tempo ele sente muitas saudades dos três (também da mãe de Tom Jr., seu grande amor).

Depois passa, ele volta a sua rotina de trabalho, leituras, bebedeiras, pescarias, etc., tendo quase que apenas o criado e cozinheiro Joseph como companhia no restante do ano ou, eventualmente, a companhia de uns poucos amigos. Mas desta vez algo aconteceu depois da partida dos meninos. E vem uma notícia ruim, diretamente da Europa e ainda não é a guerra. É para lá que Thomas Hudson vai. E nisso termina a parte I do livro.

A parte II se passa quase toda em Cuba, já durante a II Guerra Mundial, depois do regresso de Hudson da Europa. Do mesmo modo que na parte I, em que quase toda a ação se concentrava numa pescaria em alto mar em companhia dos filhos e uns poucos amigos e empregados, a segunda parte, um capítulo único - depois de uma comovente declaração de amor ao gato Boise (e a outros animais, incluindo a cadela Negrita) -, é, na verdade um enorme diálogo (brilhante, pleno de humor, sutil) entre Hudson e uma velha prostituta, Honest Lil.

Essa parte termina com a chegada da ex-primeira esposa, uma estrela de cinema, mãe de Tom Jr. para uma breve visita de poucas horas. E fatos são revelados. Dolorosos...

A parte III se passa toda no mar, nas ilhas da Corrente. Aguiar nos informa que “num dos episódios pitorescos de sua vida, Hemingway, na Segunda Guerra, com amigos, armou e abasteceu um iate para ir à caça de submarinos nazistas nas proximidades de Cuba. Nenhum navio foi localizado pelo grupo, mas uma espantosa quantidade de bebida foi consumida a bordo em um curto período.”

Ao contrário da realidade, na ficção, a participação do personagem Thomas Hudson na guerra não se dá desse modo cômico, e termina de maneira trágica – ele se comporta como alguém que estivesse buscando a morte, o suicídio. Mais ou menos do jeito que Hemingway pôs fim a sua vida em 2 de julho de 1961.

Lido entre 13 e 17.04.2012.
Gustavo 15/11/2012minha estante
A resenha é bastante precisa, mas não entendo sinceramente como é possível gostar desse livro. O autor realmente passa esse realismo e consegue transmitir bem o sentimento de desolação do personagem, mas a leitura é simplesmente maçante ao extremo! A história é fraca, o personagem principal é tedioso e os dramas são forçados. Vejo Thomas Hudson como uma personificação romantizada do próprio Hemmingway, que no fracasso de suas próprias experiências tenta criar uma versão aprimorada de si mesmo.
Não recomendo o livro de forma alguma. Nunca abandonei a leitura de um livro, e foi apenas por orgulho que terminei esse. E pela esperança - frustrada - de um final que redimisse o restante do livro.


jota 15/11/2012minha estante
Gustavo: as histórias que lemos e apreciamos ou não, dizem respeito não apenas a elas mesmas e seus autores, mas igualmente a nós mesmos, a muito do que somos.


newton16 15/05/2014minha estante
Jota, feliz ou infelizmente esta é a mais pura verdade. Cada um se identifica com o livro de uma forma diferente.


jota 15/05/2014minha estante
Grato pelo comentário, Newton.




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