spoiler visualizarErica.Regiani 20/06/2022
Década de 1900, Ana Delgado, bailarina espanhola, 17 anos, é seduzida pelo marajá Jagatjit Singh de Kapurthala (Índia).
No início ela resiste e então ele oferece um dote considerável que ajudaria e muito a sua família. O pai vê a possibilidade da filha ter tudo que ele não pôde lhe oferecer e a mãe se encanta com oportunidade de nunca mais passarem por apertos.
De personalidade forte, nunca quis viver no harém junto as outras esposas de Jagatjit, então moram os dois em um dos palácios do marajá. Ela vive na Índia por quase 20 anos, e só é obrigada a sair quando o raja descobre seu romance com um de seus filhos.
Anita passa por solidão, abandono, todo tipo de angústia e humilhação antes de se envolver com o filho do raja, se justifica a traição isso eu não sei, mas é a Índia onde os homens podem tudo. (será que mudamos como sociedade nos dias atuais?)
Com muita destreza Javier Moro narra a história de Anita junto a tudo que acontecia na época dos reinados dos marajás, se atentando aos costumes religiosos, descrevendo as castas, os acordos políticos e o domínio inglês, passando pela primeira e segunda guerra e pela gripe espanhola quando cita as viagens dos personagens.
Em determinado ponto do livro me desliguei da história dos personagens principais e antes mesmo de Gandhi ser citado (e isso era inevitável) refleti sobre sua luta expondo, combatendo arduamente e pacificamente o domínio da Inglaterra que agia em conluio com os marajás.
Mais de dois meses saboreando esta leitura, e é compreensível quando um romance histórico bem escrito.