Michelle Trevisani 21/07/2019
Muito bom!
Quando decidi ler O homem inocente, não imaginava o quão profunda e envolvente essa obra seria. Primeiramente, nunca havia lido uma obra de John Grisham, mas acabei percebendo, depois de ler a biografia do autor na aba do livro, que um dos meus filmes favoritos, Tempo de Matar, é baseado em um livro dele (que eu nem sabia que existia!). Se vocês nunca viram esse filme (com Sandra Bullock, Matthew McConaughey, Samuel L. Jackson, Ashley Judd), vejam. É forte, impressionante, tocante, e a fala final do advogado (McConaughey) é extremamente tocante. Bom, O homem inocente já estava me impressionando, depois que descobri a relação entre os dois livros, sabia que só podia esperar que o livro ficasse cada vez melhor.
Este é o primeiro livro não-ficção que li. Fiquei completamente encantada. Fui uma criança que lia a página policial e que gostava de assistir a filmes baseados em fatos reais (mesmo ficando com medo depois), uma adolescente que assistia Linha Direta, programa da Globo, uma jovem adulta que assistia a séries como Without a Trace, C.S.I., Law and Order, Criminal Minds, Os Arquivos do F.B.I., e hoje assisto ao canal Investigação Discovery. Sempre achei o trabalho policial e de perícia algo impressionante. Sempre achei incrível ver como chegavam ao culpado, como solucionavam crimes, como a ciência evoluía e contribuía para encontrarmos a verdade. Achei importante dizer tudo isso para justificar a minha visão sobre o livro.
A história de Ron Williamson e Dennis Fritz é tocante e revoltante. O livro é narrado com poucos diálogos. É realmente uma narração, um relato de tudo o que aconteceu. John Grisham escreve maravilhosamente bem. A escrita é de uma coesão ímpar. Os fatos são conectados, amarrados e costurados como se ele estivesse tecendo uma rede ou mesmo o fio até chegar ao tecido, que é o trabalho final. Mesmo quando ele insere outros casos ao longo do texto ele consegue voltar ao ponto em que estava sem confundir o leitor, e de modo que mais adiante ele entenda o porquê daqueles “parênteses” dentro da narrativa.
Não é uma leitura fácil. Na verdade, em muitos momentos, mesmo querendo saber o que aconteceria, tive que deixar a leitura de lado porque já não aguentava mais ler tanta injustiça. É extremamente difícil saber (e ler) de tanta injustiça e imaginar o final da história sem recorrer ao Google (esperei terminar o livro para pesquisar os nomes dos envolvidos). Apesar de tudo isso, a leitura vale muito a pena.
Leia o restante da resenha no meu blog >> LIVRO DOCE LIVRO
site: https://meulivrodocelivro.blogspot.com/2019/07/resenha-o-homem-inocente-de-john-grisham.html