Maria - Blog Pétalas de Liberdade 03/09/2019Resenha para o blog Pétalas de LiberdadePara escapar de ser morta com a família, Rose O'Kelly fugiu da Irlanda para a Inglaterra. Certa noite, ela se deparou com um bêbado que parecia querer atacá-la. Para se defender, ela o feriu com uma adaga.
Rose reencontraria esse homem e sentiria alívio ao ver que não o matou, mas ficaria chocada ao descobrir que ele era William, o temido barão Davon, um homem com fama de violento, que poderia exigir que Rose pagasse por feri-lo.
No livro anterior da série Família Davon, já conhecemos o barão, quando Robert, seu irmão mais novo, se apaixonou por Lisie, a mulher que o rei havia ordenado que se casasse com William.
Após a suposta morte de Lisie, o rei não desistiu de casar William e conseguir uma aliança vantajosa em tempos conturbados. Por isso, enviou uma nova pretendente para que ele conhecê-se. O problema é que William não ficou interessado nessa pretendente, mas sim em Rose, a mulher cujos olhos tinham uma cor incomum e que teve a coragem de feri-lo, e seu interesse foi correspondido. Porém, Margareth, a pretendente enviada pelo rei, com a ajuda da mãe, faria de tudo para conseguir esse casamento.
As armações de Margareth e Lady Gisela, o fato de Rose não ser uma nobre, o risco de contrariar as ordens do rei, além da má fama que William não merecia, mas que não fazia nada para combater, serão alguns dos vários desafios que William e Rose precisarão enfrentar para que o romance deles tenha um final feliz.
Eu estava muito ansiosa por esse livro, já que William foi meu personagem favorito do livro anterior. Em "A Rosa Selvagem", entendemos mais sobre o peso que ele carregava: as marcas que as maldades do pai e o destino trágico da mãe lhe deixaram, fazendo-o se esconder atrás da fama de violento construída ao longo dos anos. William começou a sentir o peso da máscara que usava ao ver que poderia ser ele a ter o casamento feliz que Robert tinha, se tivesse tido tempo de conhecer Lisie sem ser um barão temido por todos (inclusive pelo próprio Robert, que inicialmente quis proteger Lisie do irmão).
O fato de termos uma protagonista irlandesa é bem interessante, além de toda a determinação de Rose, ainda podemos ver um pouco da questão histórica da época como pano de fundo. Os personagens secundários também são bacanas: destaco os empregados de William que sabiam que o patrão não era o monstro que diziam, e Emma e seus filhos, os fofos Tomy e Madie, que acolheram Rose; já Lady Gisela e a filha Margareth são detestáveis.
"A Rosa Selvagem" tem um número maior de páginas do que seu antecessor, "A Noiva do Barão", ainda assim, eu confesso que gostaria que a história fosse mais desenvolvida (talvez seja só por causa da expectativa enorme que eu tinha sobre o livro ou pelo fato de eu estar lendo muitos romances no momento), o que não quer dizer que o livro não seja um bom romance de época medieval.
A edição da Ler tem uma capa linda! As páginas são amareladas, há detalhes na diagramação, além de margens, letra e espaçamento de bom tamanho. Há poucos erros de revisão, mas acho que expressões como "fulano sorriu, corou, sentiu um bolo no estômago" poderia ter aparecido menos vezes.
Fica a minha recomendação para quem procura um romance de época medieval, mas aconselho a ler na ordem de lançamento: primeiro "A Noiva do Barão", depois "A Rosa Selvagem", pois as histórias estão bem interligadas.
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