O Idiota

O Idiota Fiódor Dostoiévski




Resenhas -


31 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


BeatrizLeone 12/04/2024

Dosto, né?
Amei a forma como foi construído o livro, me lembrou uma peça de teatro, com as cenas meio ?sobrepostas?, cheias de drama, e o narrador conversando com o leitor no início dos capítulos, deixou divertido!

Uma história sobre aparências, amores, bondade

Sobre o final: 50% de mim esperava e a outra metade ficou só o meme do John Travolta sem entender o que rolou

??????
?Colombo morreu sem quase o haver visto direito, e sem saber ao certo o que havia descoberto. E a vida que vale, que importa, a vida e nada mais, o processo, a maneira de descobrir, a tarefa perpétua e imorredoura.
E não a descoberta em si, absolutamente.?
comentários(0)comente



Erudito Principiante 24/03/2024

O Dom Quixote russo
Como seria um homem puro de coração, incorruptível, cavalheiro e com sólidos princípios éticos convivendo numa sociedade composta quase que totalmente por indivíduos maliciosos, corruptos até o tutano, sem escrúpulos, mentirosos e que priorizam apenas vantagens pessoais? Bem, descobrimos essa inusitada situação através da pena genial de Fiódor Dostoiévski (1821-1881) em sua obra O Idiota.
 
Lançado em 1869 na revista O Mensageiro como folhetim, O Idiota tem como protagonista o príncipe Liév Nikoláievitch Míchkin, um jovem de 26 anos que passou boa parte da vida em um sanatório na Suíça para tratar sua epilepsia. O livro começa num trem onde Míchkin, retornando à Petersburgo vindo da Suíça, conhece Parfión Rogójin. Daí por diante veremos como a personalidade dócil, ética e incorruptível do protagonista contrasta radicalmente com a da sociedade de "moral flexível" e corrupta (em maior ou menor grau).
 
Míchkin acabará por travar conhecimento e amizade com a família do general Iván Fiódorovitch Epantchín, em cuja residência se depara com um retrato da enigmática e bela Nastássia Filíppovna, por quem se apaixonará. A personalidade singular do príncipe fará com que os outros o vejam como um idiota (daí o título da obra), ingênuo a ponto de ser tido como figura exótica e vítima de toda malícia que o rodeia.
 
Os personagens do livro são bem interessantes, como não poderia deixar de ser em se tratando de Dostoiévski, mas quero chamar a atenção para um em especial: Ippolít Tieriéntiev. Esse jovem niilista de 18 anos é responsável por algumas das passagens mais marcantes do livro pois está às portas da morte devido à tuberculose em estágio avançado e acaba, assim, por trazer profundas reflexões existencialistas e sobre vide e morte.
 
Na época de seu lançamento O Idiota estava longe de ser uma unanimidade, diferente de Crime e Castigo, que foi um total sucesso. O seu "Dom Quixote russo" não agradou tanto assim. Mas o tempo e um melhor entendimento da proposta da obra fez com que O Idiota entrasse para cânone ocidental, segundo crítico americano Harold Bloom. Até mesmo Dostoiévski escreveu o seguinte numa carta: "Estou descontente com o romance, não expressei nele sequer a décima parte daquilo que queria expressar; no entanto não o renego e amo a minha ideia malsucedida até agora...".
 
Tentando expressar o ideal cristão e humanista no príncipe Míschkin, um misto de Dom Quixote e Cristo, Dostoiévski nos mostra o quanto nos distanciamos dos princípios mais básicos do que é bom e correto a ponto do seu protagonista ser ridicularizado e criticado o tempo todo simplesmente por querer fazer o que é certo (sem relativismos!). Honestidade, ética, firmeza de caráter e bondade tornaram-se exóticos, como um animal à beira da extinção em um zoológico.
comentários(0)comente



Prof Alex 25/12/2023

Excelente
Sinceramente eu ainda preciso me esforçar para ler Dostoievski mas a cada livro dele que leio consigo ir melhorando essa habilidade.
É incrível como ao mesmo tempo que os personagens conversam entre si o autor conversa conosco.
comentários(0)comente



elainegomes 20/12/2023

O Idiota - Fiódor Dostoiévski

O livro é dividido em 4 partes, sendo a primeira sensacional, mas o ritmo fica um pouco mais lento a partir da segunda, o que é absolutamente comum em calhamaços, mas neste livro a sensação de ler páginas e mas páginas de assuntos e personagens completamente alheios a trama, tornaram a leitura desinteressante em alguns momentos, mas não tive vontade de abandonar a leitura em nenhum momento, e o fim da quarta parte com seu desfecho inesperado, desolador, fez valer a pena a experiência.

Nosso herói Míchkin é uma mistura de Jesus Cristo com D. Quixote, sua bondade e ingenuidade pode tê-lo levado a ruína moral e social, ou seria seu não pertencimento nesta nova sociedade russa contaminada de misérias morais, capaz de apodrecer até uma boa alma? São perguntas que ecoaram durante a leitura, e com o desfecho me fizeram refletir sobre o papel predeterminado que compete a cada indivíduo inserido nesta máquina social que sobrevivemos, onde o dinheiro é o atual mestre e Deus dominador.

O livro começa com uma viagem de trem, marca da modernidade, conflito entre Rússia tradicional e a ocidentalização europeia, a ruína da espécie humana, marcante em diversos livros russos do século XIX, inclusive este início conversou muito com outro livro que acabei de resenhar - A sonata a Kreutzer de Tolstói.

E diferente de outras obras de Dostoiévski, em O Idiota o protagonismo feminino é muito maior, especialmente representada por Nastássia e Agláia e suas diferentes maneiras de alçar sua liberdade e autonomia.

Diversos temas são trabalhados, mas destaquei passagens incríveis sobre a pena de morte, religião, ateísmo, niilismo, moral, natureza humana, morte, impossível não se sentir participando dos debates, que me fez lembrar outro clássico russo Pais e Filhos de Turguêniev.

Existem dois momentos que Dostoiévski descreve em detalhes dois quadros, o primeiro sobre o olhar e expressão do rosto de um homem em seu cadafalso em seu último e longo instante de vida e o segundo um quadro de Cristo descido da cruz, um ex-homem. O que me fez refletir sobre o que é a esperança. Essas descrições foram experiências inesquecíveis, eu não apenas vi o quadro, mas senti todo seu sufocamento. E se conectam com o desfecho do livro (que não vou contar aqui) mas tive ao final uma terceira experiência do culto ao mórbido, da contemplação à putrefação.

O amor pode salvar?
O amor pode enlouquecer?
comentários(0)comente



Mariana_Dalmaso 09/10/2023

BOM
O Idiota é um dos meus livros preferidos do Dosto, e aviso, é uma leitura que fica gravada profundamente na mente. A história do Príncipe Míchkin nos leva a uma jornada emocional intensa.
Por vezes, vc pode sentir uma mistura avassaladora de compaixão e frustração em relação ao Príncipe. Sua ingenuidade e bondade parecem contradizer o mundo traiçoeiro em que ele está imerso. Você se pega querendo sacudi-lo para que acorde para a realidade, mas ao mesmo tempo, é difícil não admirar sua pureza de coração. Mas eu quase um sensação de: ser 100% bom te faz um idiota. O livro não é apenas um mergulho na psicologia dos personagens, mas também uma exploração profunda da natureza humana em seus mais variados sentidos. Ela nos faz refletir o conflito entre o bem e o mal, e a maneira como a sociedade pode corromper ou preservar a integridade moral. Vale muito a leitura!
comentários(0)comente



Chanaisa 24/08/2023

Amei? Amei. Mas acho que tenho muito pra entender da obra.
Me identifiquei com o príncipe logo nas primeiras páginas! E como não haveria de identificar-me? Ele responde com sinceridade a qualquer pergunta que lhe seja feita e, óbvio, recebe críticas e deboches mas também faz amigos leais justamente por ter essa característica tão peculiar para a sociedade russa no século 19.

Pronto a perdoar. Nesse aspecto, eu poderia ter maior semelhança com o "idiota".

Traz diálogos filosóficos incríveis.

Essa foi minha primeira leitura de um autor russo. Amei! Parecia uma novela no estilo "Chocolate com Pimenta".
comentários(0)comente



ealveselis 08/08/2023

?
Dosto compreende muito a diferença do sofrimento de uma pessoa ?normal? e de alguém com doenças incapacitantes.
Intenso, muito profundo de te deixar sem fôlego!!! Ele consegue me deixar presa em alguns trechos e críticas bem fortes!

Eu tô apaixonada na literatura de Dosto! ?


O sentimento de bondade pode ser muito danoso pra quem carrega essa necessidade de ser ?bom?
comentários(0)comente



Indiano 07/04/2023

Quem realmente é o idiota?
A forma como Dostoiévski aborda a dualidade de significado de idiota como doença e ofensa é simplesmente genial, o modo como vemos o personagem idiota se deparar com uma sociedade doente e se sentir deslocado como se ele fosse de fato a única pessoa saudável e o fato de não se adaptar é muito bem escrito, você acaba por se apegar demais ao protagonista e o sofrer dele te machuca muito, é um livro doloroso mas que é uma experiência maravilhosa.
comentários(0)comente



Adeilton.Espindola 17/02/2023

Apesar do porno principal do livro ser a relação de uma pessoa bondosa e ingênua numa sociedade moderna, ele também pesa em mostrar como um personagem encara a morte que já está a espera dele.

O enredo gira em torno do Principe Michkin, Rogojin, Nastacya e mais tarde por Aglaia, tendo Gania um papel secundário mais importante que outros. Ippolit acaba aparecendo bastante também.

O fim é chocante, o autor já dava a entender que isso ia acontecer. O problema é que pra chegar no fim, é chão...

Muitos monólogos de muitos personagens, que são pontos interessantes do Dostoiévski mas que para a história em si, acaba não acrescentando muita coisa, deixando a leitura mais complicada.

A história em geral é ótima, os personagens são perfeitos (há muito desenvolvimento de personagem), mas não é uma leitura tão fluída (e convenhamos, essa edição não ajuda tanto né?)
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Alessandro232 06/02/2023

Um romance que desafia o leitor
"O Idiota" é um livro difícil de classificar. Em muitos trechos, ele lembra um romance ensaístico, no qual transparece a "voz" do autor, que comenta em tom pessimista sobre as mudanças sociais á época na Rússia. Também há trechos em que Dostoévski discute religião também dentro de aspecto crítico, e outros em que satiriza à elite russa e também o "niliismo" que aqui é representado pelo personagem Ipolit, que rouba à cena, com seus monólogos carregados de ironia e sarcasmo.
Além disso, próximo ao desfecho, o livro tem um forte aspecto que beira à tragédia. Ou seja, por sua escrita polifôrmica, que vem a ser uma das características mais marcantes do autor, o livro constantemente desafia o leitor.
O enredo concentra-se nas ações do príncipe Mychikin, descrito com traços que o assemelham em algumas características a Jesus Cristo - ele é dotado de uma bondade que parece ser infinita. Outro personagem que alguns aspectos se parece com o protagonista é Dom Quixote, uma vez que Mychikin de modo semelhante ao cavaleiro da triste figura também é visto, principalmente pelos membros da aristocracia russa como louco, "idiota" na maneira como vê o "mundo" .
Dessa mistura inusitada, Dostoiéviski dá origem a uma de suas mais notáveis criações, a altura em sua complexidade à Raskolnikov de "Crime e Castigo".
É por sua forma ingênua como vê a realidade que Mychikin, sem nenhum traço de maldade, que ele é tragado em uma série de situações confusas, nas quais até mesmo o leitor se sente um pouco perdido. Neste aspecto, o livro pode ser compreendido como uma crítica à hipocrisia da elite russa, que vive de aparências e marginaliza aqueles que não se encaixam dentro de suas discutíveis regras socias, a exemplo do protagonista, Myshikin.
Embora, alguns trechos tenham me cansado um pouco devido à profusão de monólogos, achei o livro muito bom e que suscita discussões sobre diversos assuntos. Novamente, nessa obra temos outra demonstração da genialidade de Dostoiévski, que soube captar muito o espírito de sua época, marcada por grandes mudanças sociais.
"O Idiota" é uma obra bastante complexa, um retrato "realista" e um tanto amargo do povo russo, com suas contradições e angústias existenciais que são bem exploradas na figura quase mística de Mychikin. É um livro muito interessante que vale a pena ser lido, no entanto, recomendo sua leitura para quem tem familiaridade com a escrita muito peculiar do autor.
Sobre a edição da Martin Claret. Eu gostei da tradução, embora ela seja indireta do francês, ela funcionou muito bem para mim. Tive alguma dificuldade de entender algumas palavras, mas nada que atrapalhe meu entendimento a respeito da obra. Também gostei muito do projeto gráfico.
comentários(0)comente



OssosDePapel - Instagram 08/01/2023

Que livraço! Terminei a leitura quase ouvindo meu coração aos pulos no silêncio da madrugada. Os últimos parágrafos me fizeram rir um pouco, mas a tranquilidade do meu sono foi irremediavelmente comprometida.

Dostoievski brinca com nossas mentes mesmo, é sabido. Porém, eu não estava preparado para tamanho suspense psicológico. Sério!

Com um protagonista inspirado em Jesus Cristo e Dom Quixote, eu esperava uma obra mais leve. E foi assim em sua maior parte, mas as questões filosóficas deram profundidade ao enredo, e as incursões pela psique dos personagens aceleram o ritmo de leitura. Em mais de setecentas páginas, não tive sequer um momento de tédio.

Foi divertido? SIM!
E edificante? TAMBÉM!
comentários(0)comente



Natan Falconi 05/01/2023

Um ano depois...
Eu sei que é até hipócrita da minha parte dizer que gostei de um livro que eu demorei (não ironicamente) um ano para terminar de ler, mas a verdade é que esse livro é sim muito bom.

O "problema", pelo menos para mim, foi que ele é extremamente denso e cansativo. Como em outros livros do Dostoiévski, o foco não está na história, que serve apenas de pretexto e/ou plano de fundo para uma série de discussões sobre a vida, a morte, Deus e a própria existência.

Isso é bom, por um lado, porque algumas dessas discussões são interessantíssimas, principalmente aquelas sobre religião, mas é ruim, por outro, porque o fato de não haver uma narrativa que te prenda faz com que você se sinta pouco (ou quase nada) conectado com as personagens e com a história.

Eu sinto que deixei passar muita coisa e, para ser sincero, em diversos momentos eu estava "lendo por ler", sem nem entender o que estava acontecendo e como eu havia chegado ali. O fato de eu ter interrompido a leitura várias vezes contribuiu muito para isso também, mas enfim. Talvez seja uma leitura para retomar no futuro com mais foco e paciência. De qualquer forma, valeu a pena e rendeu muitas reflexões.

? | Citação: "Em segundo lugar, o catolicismo é até pior do que o ateísmo, na minha opinião. (...) O ateísmo apenas nega, ao passo que o catolicismo falseia o Cristo, calunia, difama, e se opõe ao Cristo. Prega o Anticristo!" (p. 628).
comentários(0)comente



Mateus 28/12/2022

O Idiota é uma obra um tanto quanto diferente de outras do escritor russo Fiódor Dostoiévski. Nela, somos apresentados ao príncipe Michikin, um jovem de alma extremamente inocente, e um caráter que valoriza as noções de bem, caridade, perdão.
Michikin volta a Rússia após ter passado cinco anos em tratamento na Suiça. Sua volta é justificada por ele ter uma herança, deixada por um antigo cuidador.
Logo no primeiro dia de sua volta, Michikin conhece diversas figuras, uma mais problemática que a outra, como Rogójin, os Espatachim, o general Iveologuin, Gania, entre outros. Cada personagem possui uma peculiaridade, um traço psicológico e filosófico que guia a sua existência ( ou só faz parte do mero discurso, mas não se reflete em ação). Contudo, a personagem mais emblemática, ( e talvez a mais irritante da obra) é Natássia , uma mulher com toda uma história de vida traumática, extremamente bela, e que não se acha digna de nada bom, pois se agarrou de tal forma aos seus pecados, aos seus defeitos, as suas falhas de caráter, que não vê outra forma de vida viável para ela.
E é por está mulher que Michikin se apaixona, primeiro platônicamente , mas depois, conhece e percebe a loucura de sua " amada".
O título da obra se refere ao príncipe Michikin, pois por ser alguém inocente, e que busca, repito, busca, mas muitas vezes não consegue, fazer o certo, é considerado idiota por aquela sociedade corrupta, cínica, desprovida tanto dos ideias e das ações de amor.
O livro é uma grande discussão da situação da sociedade russa da época, má acaba sendo muita mais que isso, pois penetra de forma profunda na psique e na moral dos indivíduos. É um romance de ideias, onde a noção de que " vale a pena ser bom " é constantemente atacada, as vezes diretamente, outras veladamente.
Antes de iniciar está leitura, ouvi muito sobre o príncipe ser uma figura "perfeita" em uma sociedade maculada. Contudo, não é está impressão que tive após finalizar a leitura.
A conclusão a que cheguei foi a de que, realmente, Michikin é uma figura destoante de seu contexto. Dostoiévski não desculpa ninguém, nem os pobres, nem os ricos. Os niilistas são criticados, ( aliás, que figura insuportável a de Ippolitt), por acharem que estão livres de qualquer limite, qualquer moral os ricos são criticados, por estarem alheios as questões fundamentais da existência, os medíocres, os mentirosos, os vítimistas, os hipócritas, os falsos cristão... E no fundo, até mesmo Michikin. Ele é a personificação de alguém inocente, mas não puro, pelo que fez com Agláia. Alguém que é motivado pela moral, pela verdade, mas somente como filosofia, como conceitos abstratos, e não ações para serem praticadas. A intenção de Michikin é boa, porém, a motivação por trás de sua bondade talvez não seja algo nobre, e sim sua inatividade, o seu estado inercial.
E Dostoiévski demostra que está inatividade, esse senso meramente intelectual do bem, é extremamente danoso, tanto para o próprio Michikin, mas também para os outros. Isso é demostrado pelo final da obra, extremamente mais pessimista do que a de Crime e Castigo, outra obra de Dostoiévski.
É interessante perceber que, enquanto para Raskhonikov , personagem de Crime e Castigo, há redenção para sua situação como niilista, para Michikin, a "redenção" parece ser muito mais complicada.
O que podemos tirar desta obra é: " Sejamos puros, mas astutos". Astúcia demais pode levar ao cinismo, e a deturpação da pureza pode ser usada como mera prerrogativa para a inatividade e covardia.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



31 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR