Fernanda Barroso 19/12/2020EncantadorHenry possui um má fama por toda a Sydney, onde mora, e por isso, quando os olhares dele e de Julie se cruzam em uma boate, sendo ela uma intercambista que não conhece aquele homem sedutor, é trabalho de sua amiga avisar que Henry Wright é problema com P maiúsculo e em alto nível. O boato é contado ali mesmo, às pressas, só restando a uma assustada Julie fugir.
Mas é claro que quando o destino decide juntar duas pessoas, ele dá mais oportundades, não é mesmo? E o caso de Henry foi justamente em um supermercado, onde ele pôde salvar Julie de um ex-namorado inconveniente. Naqueles minutos ele conseguiu mostrar que podia ser além do que falavam e, atraída como estava desde a troca de olhares, eles trocaram números de telefone.
A aproximação dos dois não foi física, mas foi mais forte do que achavam ser possível. Henry conheceu Julie como nunca conheceu ninguém. Julie se apaixonou mesmo à distância. Mas ainda havia a má fama de Henry. Ele poderia contar, insistindo que não era tão ruim quanto as pessoas diziam, mas ainda era ruim o bastante para que não quisesse arrastá-la para algo que ele planejava sair em breve.
Henry precisa decidir confiar em alguém que conhece há pouco tempo com o seu segredo, ou abrir mão de Julie de vez. O problema é que ele se conectou com ela de uma forma que não achava mais ser possível. E nós, mesmo sabendo que ele vai acabar cedendo, ficamos com medo de ele escolher o caminho mais longo.
A má fama do nosso protagonista é o que move a história dos dois desde o início, mas ela acaba se tornando também algo bem menor em comparação aos sentimentos que cada um sente. Eu adorei mergulhar na intensidade dos dois, na liberdade que tiveram e na conexão que era inegável e a gente quase consegue sentir ao ler.
Terminei a noveleta com o coração quentinho, apaixonada por um australiano e uma americana que tinha o coração australiano. Aline conseguiu nos entregar uma trama completa em poucas páginas, mas com a sua magia, também conseguiu me deixar ansiosa por mais, como se nunca fosse ser o suficiente!
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