Carta à rainha louca

Carta à rainha louca Maria Valéria Rezende




Resenhas - Carta à rainha louca


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jamilidepaula 26/01/2024

Estranhamente atual
Maria Valeria Rezende é intima das palavras e as usa com maestria nesse livro.
o começo parece lento, meio bagunçado, sem rumo... até que, junto com a narradora, a história vai ficando mais organizada e fica impossível largar o livro. com resgastes históricos a história quase confunde com a atualidade.
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Lurdes 14/12/2023

A Rainha Maria I, mãe de D. João VI, avó de D. Pedro I, ficou conhecida como Maria, a louca.

É para esta Rainha Louca que Isabel Maria das Virgens, entre 1789 e 1792 escreve as carta que compõe este livro.

Mas não é exatamente um romance epistolar.
Isabel, na verdade, faz um grande desabafo, mesclado com pedido de ajuda e mensagens de solidariedade pois, assim como a Rainha, ela também foi considerada louca e alijada da sociedade.

Sabemos o quanto o artifício de decretar a loucura das mulheres que fogem aos padrões ou que se tornam inconvenientes é, ainda hoje, prática comum.
Imagina naquela época, (e até bem recentemente), as pobres mulheres não somente eram taxadas de loucas, como encarceradas em hospícios, dos quais muitas nunca conseguiam sair.

A protagonista não somente conta sua estória e todas as dificuldades enfrentadas, os maus tratos no Convento e no hospício, o descaso de que é vítima, como aproveita para denunciar os desmandos da corte e o abuso de poder.

A opressão às mulheres assumindo faces sórdidas. Mulheres que "perdiam sua pureza", mesmo que fosse por estupro", mulheres que engravidavam, que traiam ou eram suspeitas de traição, outras que eram inconvenientes em disputas por heranças ou terras, ou qualquer outro motivo, estava sujeita a ser enviada para conventos ou hospícios, que não diferiam muito, já que em ambos os casos, o destino era uma prisão eterna.

A premissa é bem instigante e gosto muito da escrita da autora.
Entretanto me frustrei um pouco por ter achado algumas partes um tanto repetitivas, quase tediosas.
Mas, de qualquer forma, foi uma leitura interessante.
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alex 03/11/2023

Carta à rainha louca, de Maria Valéria Rezende (2019)
Livro em formato de cartas escritas por uma mulher branca e pobre da 2a parte dos 1700 à rainha Maria, de Portugal, como um desabafo e lamento a respeito das dificuldades por que passa, especialmente sobre aquelas inerentes ao fato de ser uma mulher.

O livro engrena a partir de certo ponto e termina bem. Gostinho de boa leitura.

Um ponto: chama atenção o fato de Isabel, nossa narradora protagonista, terminar sendo tão parecida com o farsante e picareta Diogo Lourenço (que lhe desperatava amor e ódio). Ambos inventam personagens, histórias e dão golpes para sobreviver.
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Daniel 28/07/2023

Romance ou realidade?
Numa mistura de vocabulário de época com atual, a leitura me transportou, e isso, por si só já vale a nota. Me senti como se pudesse ler Machado de Assis sem tantas consultas ao Houaiss.
A história é envolvente e o recurso de riscar partes do texto funcionam como um sublinhado ao sarcasmo.
Mais importante que tudo, a autora pincela a realidade do racismo e de uma sociedade patriarcal e machista, beirando a misoginia.
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Marcus 20/07/2023

Vale a pena insistir!
A primeira metade do livro é enfadonha e arrastada. Não sei se pelo texto, propositalmente arcaico. Mas na segunda metade, a história ganha fôlego e se reconhece a maestria de Maria Valéria Rezende.
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Lau 23/04/2023

Uma leitura sensacional! Adorei o estilo e a história, uma união do clássico com o moderno, cheio de ironia, desabafos e denúncias. Recomendo muito a leitura! Buscarei mais da autora, foi uma grande surpresa para mim.
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Nicole710 22/04/2023

Super longo pra 144 páginas
Primeiros 50% é só lamuria e reclamação escrita de forma super cansativa, dali até uns 90% fica levemente interessante, depois para de desenvolver a história e acaba. Bem chato, parece que tentou forçar conteúdo com uma ideia mal projetada de enredo
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Lucikelly.Oliveira 12/04/2023

Empolgante
Um livro curto mas para com uma leitura mais truncada pra quem não ta habituada com uma linguagem mais clássica da literatura. Eu achei fantástico como a escrita mescla a linguagem clássica com a atual sem comprometer a história!

"De tal modo agarrou-me o costume de viver no escuro que, mesmo quando não tinha cópias a fazer, ali entre os papéis e livros me metia pelas noites adentro, a ler tudo que me inspirava a fantasia e me permitiam os restos de vela roubados dos altares ou mesmo algumas brasas vivas que trazia do fogão numa concha de ferro. Aprendi assim a criar dentro de mim mesma lugares de uma vida livre, protegida pelas trevas, da qual ninguém mais podia suspeitar."
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Jane.FAlix 11/04/2023

Leitura interessante
Isabel está encarcerada e é tida como louca, por conta disso resolve escrever uma carta a Rainha Maria Primeira, pois ela também é chamada de louca. Com isso, Isabel tenta sensibilizar a rainha para que a liberte visto que na carta ela vai narrando os por menores de uma vida de sofrimento e os motivos que a fizeram prisioneira.
Em diversos pontos, podemos nos sensibilizar com fatos que ocorreram à protagonista e algo que me chamou bastante atenção foi a linguagem que é bem característica dos clássicos.
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Spolaor 07/04/2023

Ótimo!
O que acontece com uma mulher, pobre , sem família e sem dotes, mas que munida de sua habilidade de ler e escrever( uma habilidade perigosa para uma mulher) não desiste de enfrentar a vida ? É encarcerada, por homens, como louca em um hospício.
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Isabelle Lopes 12/03/2023

Uma narrativa , acidamente humorada, acerca das vulnerabilidades do ser mulher no Brasil colônia e do poder libertador do conhecimento.

"Desejava fartar-me , embriagar-me de letras e de palavras, de conhecimentos e de ideias e dos sentimentos que elas me haveriam de trazer".

"(...) ler meu único e precioso livro, aliviar-me de tudo o mais!".
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Luciano 01/02/2023

Os primeiros capítulos são bem chatos... só na segunda parte do livro é que as coisas ficam mais interesssantes.
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Thalyta Vidal 22/01/2023

Carta à rainha louca, Maria Valéria Rezende.
Um livro, talvez, atravessado por todos os outros romances já escritos por Maria Valéria Rezende. Dois pontos a mim se apresentam muito fortemente e que não são novidades para a romancista: 1. A escrita como meio de libertação das prisões; 2. As agruras sofridas pelas personagens mulheres que decidem ir de encontro àquilo que lhes é imposto.
Não é novo, em Rezende, o tom autoficcional de suas narrativas, o conhecimento religioso e as movências das personagens femininas são aqui reiterados. A obra se passa no ano de 1789 e se apresenta como uma autobiografia da protagonista que, através de uma carta endereçada à Rainha, irá descrever as situações que vivenciou nas prisões pelas quais passou e nos poucos momentos em que esteve liberta. Embora sejam incontáveis os trechos de violência, dificuldades e sofrimento, o tom crítico e irônico da narradora se faz presente tornando a leitura envolvente e mais leve. O que mais me chamou atenção - uma novidade exclusiva de Carta à rainha louca - são os fragmentos que se encontram riscados no romance, todos eles soam como um desabafo, um grito que se pretende sair daquela que escreve e atravessar oceanos rompendo com todas as violências encaradas pelas mulheres, mas, ao passo que é riscado, se mantém silenciado por meio de um autocontrole em obediência e respeito à coroa. Portanto, mais uma leitura satisfatória que M.V.R. nos presenteia e na qual a linguagem diferenciada, que une o arcaico e o moderno, deixa sua maior marca.
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Kirla 09/01/2023

Uma mulher presa num convento, a espera de uma nau que a leve de volta a Portugal para ser julgada escreve uma carta a rainha explicando sua vida e pedindo clemencia. Esse é o início do livro. Os primeiros capítulos são um caos, mas isso demonstra a total confusão mental em que ela se encontra e depois a leitura flui melhor. É um retrato triste da vida das mulheres no período do império, mas achei o relato até leve se comparado com o que realmente aconteceu e acontece com as mulheres pobres no Brasil. Foi uma leitura de férias, mas não acho que seja uma grande leitura.
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