@somaisumparagrafo 04/04/2020
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Há dez anos, 300 mil habitantes da Filadélfia foram transportados inexplicavelmente a Oblivion, uma dimensão paralela inóspita e cheia de criaturas bizarras. Por um tempo, o governo investiu no resgate de sobreviventes, mas as buscas foram encerradas. Porém, o cientista Nathan Cole não consegue esquecer as vítimas e arrisca sua vida voltando diariamente a Oblivion a fim de salvar quem cruzar seu caminho e com esperanças de encontrar quem ele realmente tanto procura.
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Com uma pegada pós-apocalíptica, essa HQ mescla elementos dos universos sci-fi e distópico. Esse primeiro volume é mais introdutório, apresentando os personagens e a ambientação de cenários. O foco é como cada grupo de sobreviventes está lidando com sua realidade. Temos os resgatados, que passam pelo processo de readaptação a antiga vida e lutam com os traumas causados por essa transferência dimensional. E também as pessoas que permanecem em Oblivion e precisam lutar para sobreviver em um ambiente hostil, mas que por algum motivo, não querem ser resgatadas. E em meio a tudo isso, temos Nathan Cole e sua busca incansável por sobreviventes.
Inicialmente, achei a trama bem confusa, pois pouco se é explicado sobre como essas pessoas foram transportadas para outra dimensão, quem foi o responsável por isso e como sobreviveram por uma década. Mas com o virar das páginas, o enredo foi ficando um pouco mais claro e o final, apesar de deixar ainda muitas pontas soltas, deixa um belo gancho para o próximo volume.
Sobre a arte, confesso que não curti muito, não agradou meus olhos. As criaturas são mesmo bem bizarras, mas parecia que as páginas estavam envoltas em um monge de gosma nojenta, nas quais eu não conseguia identificar muita coisa. Alguns dos personagens humanos não tiveram traços diferenciados, parece até que faltou um acabamento mais refinado, o que me fez confundi-los.
Entretanto, mesmo com ressalvas, a trama conseguiu despertar minha atenção a ponto de me fazer ansiar pelo próximo volume.