24 horas na vida de uma mulher

24 horas na vida de uma mulher Stefan Zweig




Resenhas - 24 Horas Na Vida De Uma Mulher


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Marker 14/08/2017

Só depois de terminar a leitura dessa pequena novela de Stefan Zweig eu fui descobrir que ela foi editada pela editora Zahar num volume chamado Três Novelas Femininas, e fico com a impressão de que a leitura mais extensa, acompanhada por outros textos no mesmo recorte temático, teria me deixado com uma melhor impressão nesse primeiro contato com a obra do austríaco.
O problema se dá basicamente porque a trama proposta por Zweig -por conta de um caso de adultério ocorrido em seu hotel, senhora de certa idade revela a um desconhecido um fato que marcou seu passado- tem um caráter quase anedótico em sua construção, e o imenso abismo social e moral que dividem aqueles e os nossos tempos ficam marcados de maneira quase caricatural quando se lê esse livro em 2017. Certamente se acompanhado, como ocorre no volume da Zahar, o diálogo com outras tramas poderia ter ajudado na experiência.
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Monica.Pinheiro 05/05/2017

Pequena joia de uma grande paixão
Neste livro, que mais se aproxima do formato de um conto longo, Zweig descreve o desenrolar de 24 horas na vida de uma viúva rica e distinta que se entrega inesperadamente a paixões jamais vividas antes. A história nos é revelada pela própria senhora, mais de vinte anos depois de ela ter tido um encontro improvável e apaixonante sobre uma mesa de jogo do cassino de Monte Carlo. O ritmo da narrativa se assemelha ao próprio ritmo alucinante da roleta, onde a bola, depois de lançada pelo crupiê, esbarra freneticamente em todos os lados, sem qualquer controle aparente e sem prever onde irá pousar no final da rodada. Genial. É daqueles pequenos livros que a gente lê num só dia e depois nunca mais esquece.
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DanuzaEosLivros 25/09/2015

Munitions Bon!
Tradução de Lya Luft, o que pra mim já garante qualidade na escrita. Um livro de poucas páginas, apenas 170, o que se lê em uma tarde de folga. Mas, em compensação, a história é densa e conta sobre como uma paixão, proibida ou não, pode mexer profundamente com a vida de uma pessoa, no caso do livro, uma mulher. Um tema atual que pode acontecer com qualquer um. Ninguém comanda o coração e suas vontades, muitas vezes impróprias. Leia e tire suas conclusões. Eu gostei.
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Ronaldo 08/02/2013

Um livro fantástico em edição de bolso.
Não conhecia Stefan Zweig até ler este livro, e me arrependi do tempo perdido. É um excelente escritor, a trama é ótima e parecemos ver os personagens como se estivessem na nossa frente, de tão humanos que são. É uma pequena novela a partir de uma pergunta: uma mulher pode decidir deixar tudo o que construiu na sua vida em apenas 24 horas? A LP&M está com uma fantástica coleção de livros de bolso para acabar com a desculpa de que não se lê no Brasil porque livros são caros. Este é um livro maravilhoso, pequeno e barato.
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Paula 30/12/2012

24 HORAS NA VIDA DE UMA MULHER

Stefan Zweig
Tradução de Lya Luft

"Stefan Zweig entende perfeitamente a vida que está descrevendo, com grandes sacadas analíticas."
Stephen Spender

Em um hotel em Monte Carlo, em meio a um grupo de ricos viajantes, o caso de uma respeitável mulher que abandonou o marido por um sedutor domina a discussão. Uma das senhoras presentes acaba fazendo uma confissão sobre as 24 horas mais importantes da sua vida: um dia ocorrido décadas atrás, em que ela conheceu e se apaixonou por um jovem que havia perdido tudo no jogo e que pensava em suicídio.

Sigmund Freud tinha predileção por 24 horas na vida de uma mulher, um dos textos mais difundidos de Stefan Zweig (1881-1942). Nesta novela, Zweig demonstra sua habilidade para mergulhar na existência alheia e aborda magistralmente temas que lhe eram caros e que permanecem atuais, como compulsão, obsessão e paixão.
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Simone de Cássia 27/04/2012

Livro interessante. Leitura fácil e sem grandes promessas de surpresas, mas, traz em si um convite à reflexão impossível de passar em branco. Durante a leitura a gente se pega pensando em fatos que também marcaram assim a nossa vida, em decisões que tomamos impulsivamente movidos pelos sentimentos... sentimentos que acabam marcando de forma indelével a nossa história. Em um primeiro momento a personagem pode parecer insensata e irresponsável por se deixar levar.. mas, é aí que mora a pergunta: quem de nós nunca agiu por impulso ?? Ou por amor??? Voilá!!
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Katiana 08/04/2012

Surpreendente
Não conhecia o autor, mas saber que esse livro era o favorito de Sigmund Freud me instigou a curiosidade. Afinal,o que fascinou o pai da psicanálise nesse romance? Obsessão, paixão exacerbada, sentimentos vociferados nas personagens de "24 horas na vida de uma mulher"? Pode ser, afinal, Freud vivia de investigar a alma humana, sobretudo através da Literatura. No entanto, surpresa geral ao ler a biografia do autor, um europeu apaixonado pelo Brasil. E como ele idolatrou o nosso país...Suicidou-se em Petrópolis, mas não antes de escrever uma carta de despedida e agradecimento ao país que ele inquestionavelmente aprendeu a amar. Escreveu também Brasil, um país do futuro.Será? Louca para saber como vai ser esse nosso futuro no Brasil!Quanto ao livro, recomendo.
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Gustavo 23/02/2012

Texto publicado em http://gugs-gates.blogspot.com/2007/12/24-horas-na-vida-de-uma-mulher.html
A partir de um fato ocorrido em um hotel em Monte Carlo uma senhora inglesa de respeito remete a um dia em que toda sua convicção dos preceitos da sociedade ficou abalada.

Uma mulher, hóspede do hotel, abandona o marido e filhos para ir atrás de um jovem sedutor. Um dos viajantes no hotel não a condena e acha a atitude até razoável se a mesma estivesse apaixonada. Através dessa opinião o viajante desperta a senhora inglesa que não se contém até o momento que o chama para contar as 24 horas mais alucinantes emocionalmente de sua vida.

O autor Stefan Zweig já foi citado nesse blog. Ele escreveu a principal biografia de Maria Antonieta (ignorada por Sofia Coppola para a composição de seu filme). Seu texto é muito admirado por Sigmund Freud. A abordagem do desejo feminino é sempre o enigma para todos nós homens. E qualquer relato que se aproxime de algum sentimento feminino oculto já me desperta muito interesse. Já li também um livro que faz abordagem semelhante. “A senhora Beate e seu filho” também mostra a mulher. Viúva e com filho assim como Mrs. C (protagonista de “24 horas na vida de uma mulher”), a senhora é sufocada de desejos condenados pela sociedade.

Textos de internet, erroneamente atribuídos a Machado de Assis, dizem que as melhores mulheres pertencem aos homens mais ousados. É muito interessante como essa ousadia é esperada por Mrs. C em relação ao moço por quem se apaixona. Um trecho do livro diz assim:

“o que naquela vez me doeu tanto foi a decepção... decepção, porque... porque aquele jovem fora embora tão obedientemente... sem nenhuma tentativa de me segurar, de ficar comigo.. que ele obedecesse humilde e respeitoso à minha primeira tentativa de me afastar... em vez de tentar me abraçar...que me venerasse apenas como a uma santa posta em seu caminho... e não... não me visse como mulher”

Mas o livro vale muito por oferecer um esboço do que é o desejo feminino e suas implicações. E a senhora inglesa depois de ter passado por essa torrente de emoções busca maneiras de se estabilizar e acaba voltando para a racionalidade típica de seus compatriotas.

“Mas afinal o tempo tem um poder profundo, e a idade, um singular domínio sobre todas as emoções”
Simone de Cássia 11/09/2012minha estante
Gustavo, achei interessante a sua frase:

" Mas o livro vale muito por oferecer um esboço do que é o desejo feminino e suas implicações"

É exatamente assim... mas, o que torna sua frase interessante é saber que ela não veio de uma mulher... Parabéns pelo seu olhar apurado sobre o universo feminino.




Letícia 13/01/2011

Horas que mudam....
Sim, horas podem mudar a vida de uma pessoa, bem como alguns minutos, segundos. E nessa narrativa envolvente nos transporta para cada cena, como se ali estivéssemos. Zweig consegue em um turbilhão de emoções e fatos descritos nas 24 horas dessa vida que nunca será a mesma, nos colocar frente a frente com as nossas próprias emoções, escolhas, e a vida que temos diariamente.
Ao fim da leitura, me peguei pensando e sim, eu já tive 24 horas ou menos que mudaram a minha vida e que eu nunca mais fui a mesma depois disso.
Recomendo a leitura e a busca por outras obras desse interessante autor.
Ladyce 18/01/2012minha estante
Gostei muito dele.




Léo Araújo 23/07/2010

24 horas muda a vida de qualquer pessoa!
Stefan Zweig conseguiu condensar em 24 horas da vida de uma mulher sentimentos, como amor, paixão, desejo, euforia, carinho, ódio, egoísmo, vergonha e humilhação que a levaram a caminhos que não há volta.

A partir da decisão de uma mulher casada em fugir com um desconhecido, deixando marido e filho para trás, Mrs. C. sente a necessidade de expor o que a transformou, em apenas 24 horas, o que ela se tornou.

Leitura fácil, sem empolgação, mas é Zweig.



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TatianaTati 22/04/2010

De que mundo ela é? (contém spoilers)
Muuuuuuuito ruim.
Entendi o propósito de mostrar como um fato pode influenciar a vida de uma pessoa para sempre, mas pelo amor de Deus, que mulher estúpida, cara!
Primeiro, por que ela foi ajudar um completo estranho se ela tinha medo de ser mal-interpretada? Caridade?
Segundo, ela quer ajudar o cara, mas aí muda de ideia quando acorda no hotel com ele, dá a louca e resolve fugir?
Terceiro, por que ela não foi com o homem à estação para comprar as passagens para Nice? A reação insana dele quando viu o dinheiro dela não foi um sinal suficiente?
Quarto, não bastasse a babaquice de ir cumprir um compromisso familiar, ela ainda se faz de "educada" com a prima mesmo quando já está atrasada para ir à estação. Se ela ia largar tudo pra trás pra ficar com o cara, o que importava ela ficar ali sendo toda gentilzinha?

Aff horrível. Essa mulher é de outro planeta, eu hein.
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Ladyce 02/01/2010

Pequena obra prima
01/02/2009

Foi com ansiedade e saudosismo, que li ontem, de uma só sentada, 24 horas na vida de uma mulher – um dos trabalhos mais conhecidos de Stefan Zweig. Sempre me senti bastante familiarizada com o autor, não porque houvesse lido qualquer de seus trabalhos, mas porque seus livros faziam parte de uma pequena coleção de capa dura e letras pretas, talvez meia dúzia de volumes, que habitaram por muitas décadas as estantes da casa de meus pais. Lembro-me principalmente da vida de Maria Antonieta cujo volume recordo nas mãos de minha mãe, em leitura e re-leituras. E é claro, crescendo aqui no Brasil, quem não se lembraria pelo menos do título do volume Brasil país do futuro, expressão fartamente popularizada na política e peça de despedida do autor austríaco, que refugiado em Petrópolis, suicida-se em 1942 junto com sua segunda esposa. Meus pais eram leitores de Zweig, que admiravam. Mas, por razões desconhecidas, eu nunca o havia lido.

Em 2006, a New York Times Review of Books publicou um artigo, de Joan Acocella, acompanhando a re-edição de Zweig nos EUA, que lembrava aos leitores de hoje sobre a injustiça do esquecimento de Stefan Zweig, um escritor excepcional do início do século XX, cujos contos e romances ficaram conhecidos pelos retratos psicológicos dos personagens. Joan Acocella lembrou também da linguagem precisa do autor, de sua sutileza e gentil narrativa.

A tradução de Lya Luft, nesta edição da LP&M é maravilhosa. Não há nunca a sensação de que a obra foi traduzida. Há uma cadência, uma expressão lingüística que coloca de fato Zweig no meio dos escritores da Europa germânica, eslávica. Sua maneira de escrever, suas preocupações lembraram-me em muito os romances de Sándor Màrai. O estilo e as preocupações dos cidadãos do antigo império austro-húngaro são palpáveis nos trabalhos de ambos escritores.

Acho, no entanto, que pelo menos neste livro 24-horas na vida de uma mulher, dito um dos livros favoritos de Sigmund Freud, o retrato psicológico do jogador obsessivo, talvez mesmo, pela popularidade dos estudos psicológicos através do século XX, perde um pouco do viço, da novidade. A história é previsível. Ligeiramente datada. Mas o estilo, a maneira de escrever — ah! — estes aspectos estilísticos são fenomenais. Chega a ser difícil separar um único trecho, um parágrafo para ilustrar a beleza, a claridade do texto.

“…Nunca no teatro fitei com tamanha atenção o rosto de um ator como olhei aquele semblante, onde, como luz e sombra sobre uma paisagem, ocorria uma incessante alternância de todas as cores e sentimentos. Nunca segui um jogo com tamanha intensidade como no reflexo daquela estranha excitação. Se alguém me observasse nesse instante teria considerado meu olhar fixo como uma hipnose, meu estado se parecia com isso – eu simplesmente não conseguia afastar os olhos daquela expressão facial, e tudo o mais que havia no salão, luzes, rostos, pessoas e olhares, apenas me envolvia sem forma como uma fumaça amarela no meio da qual estava aquele rosto, chama entre chamas. Eu não ouvia nada, nada sentia, não percebia gente ao meu lado, outras mãos que se estendiam de repente como antenas…”

A maneira precisa e envolvente com que Stefan Zweig caracteriza seus personagens, nos faz presa fácil, incapazes que somos, de nos separar de seu estilo mesmerizante. Certamente encontramos no escritor um grande mestre da escrita. E se este pequeno romance é um bom exemplo do resto de sua obra, Zweig é com certeza um escritor que não merece cair no esquecimento.
Léo Araújo 24/06/2010minha estante
No momento em que me encontro, Zweig é o meu preferido, principalmente, pela sua estilística e narrativa. Sugiro a leitura da biografia de Fouche.


Wagner 03/11/2016minha estante
Excelente caríssima Ladyce.
Tenho três exemplares dessa coleção. Ganhei de presente toda coleção. Quando abri a embalagem simplesmente vários livros estavam totalmente destruídos pelas traças, conseguindo salvar somente os três que tenho comigo.
Obrigado e tudo de bom para você.




@julianapena.books 14/08/2009

Um romance leve, com uma aparência superficial, mas que aborda uma questão fundamental: sempre haverá um acontecimento chave na vida de cada indivíduo, apenas 24 horas, que é crucial para a vida. Às vezes nós tomamos decisões impulsionadas por intuição, paixão, ódio, impulso, sem estar plenamente consciente das consequências. Mas lembre-se que o momento é para sempre, de qualquer forma.
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