O beijo no asfalto

O beijo no asfalto Nelson Rodrigues




Resenhas -


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Gerson91 21/08/2022

Clássico!
Nelson Rodrigues, assim como Rubem Fonseca, consegue criar situações inusitadas em um contexto complexo utilizando poucas páginas. É gênio! Desenha o cenário, reforça os personagens com diálogos curtos e surpreende na trama. O Beijo no Asfalto é divertidíssimo!
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Mariana Dal Chico 04/02/2022

O beijo no asfalto
Encenada pela primeira vez em 1961, baseado em Arandir, um homem casado que beija outro homem que foi atropelado e está morrendo. As frases dos personagens são curtas, muitas vezes interrompidas, o que confere uma agilidade impressionante para a leitura. As emoções começam a escalonar até que, por fim, temos o clímax.

O aspecto que mais me agradou foi ver como uma “fake news” muda completamente a vida de uma pessoa e o quanto um beijo pode ser mais chocante que uma morte por atropelamento.


site: https://www.instagram.com/p/CZkbOpHvF2Y/
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Leio, logo existo 25/06/2022

Estou desconfiada que Nelson Rodrigues é um dos meus autores favoritos, este é o 3º livro dele  que leio e gosto bastante.  O texto -  como sempre polêmico - suscita um debate importante sobre homossexualidade. Ele também faz  uma crítica mordaz à imprensa marrom e a corrupção policial. Já estou aqui querendo aumentar minha lista de livros lidos de Nelson Rodrigues, qual será o próximo título que vai me fisgar?

Recomendo a leitura!?
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Julio.Gurgel 28/04/2020

Fake news
Essa peça de Nelson Rodrigues para o teatro tem todos os componentes de sua obra: mal estar social, mulheres à beira de um ataque de nervos, masculinidade tóxica e degeneração moral (sede de sangue) das sociedades suburbanas cariocas.

O Beijo no Asfalto gira em torno de um simples beijo que um homem dá no outro no momento da morte, após um atropelamento. A partir dessa cena, vivenciada por um repórter-abutre, começa a se desenrolar o enredo. Prepare-se, porque a leitura pode gerar desconforto em quem é sensível a cenas de abuso de autoridade, abuso psicológico e homofobia.
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Pedro.Gondim 28/08/2023

Um ato de humanidade dentre selvagens
?AMADO ? (furioso) - Escuta! Se um de nós, aqui, fosse atropelado. Se o lotação passasse por cima de um de nós. (Amado começa a rir com ferocidade) Um de nós. O delegado. Diz pra mim? Você faria o mesmo? Você beijaria um de nós, rapaz? (riso abjeto. Arandir tem um repelão selvagem)
ARANDIR ? - Era alguém! Alguém! Qu morreu! Que eu vi morrer!? (p. 41)
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Beto | @beto_anderson 20/09/2021

Interessante
O texto traz um tema que na época era, talvez, um tabu ainda maior do que hoje. Gostei do texto, apesar de já imaginar o final. Talvez por ser uma peça teatral, achei que ficou um pouco truncada a história, no sentido de que não entendi bem qual era a do repórter sugerir a situação. Mas tudo bem.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
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Matheus 29/08/2022

O beijo é lindo!
Para Nelson Rodrigues "a ficção, para ser purificadora, precisa ser atroz. O personagem é vil para que não o sejamos. Ele realiza a miséria inconfessa de cada um de nós."

Em "O beijo no asfalto", o célebre dramaturgo nos apresenta a um recorte fictício de fato atroz da vida de um homem comum engolido por monstros travestidos de bons cidadãos.

Na obra, Aprígio é testemunha de um atropelamento acidental e, ao ir em auxílio do homem ferido, se vê diante de um inesperado pedido. O moribundo, à beira da morte, pede a Aprígio um beijo.

A cena de um beijo entre dois homens numa via movimentada do Rio de Janeiro é suficiente para acender um barril de pólvora. Liderados por um jornalista desonesto e um policial corrupto, vários boatos sobre a curiosa cena começam a incendiar a imprensa carioca e a transformar a vida do pobre Aprígio num pesadelo.

Mentiras e fatos enganosos começam a ser espalhados por toda a cidade. O singelo "beijo no asfalto" aos poucos se transforma num crime passional cujo principal suspeito é o jovem Aprígio.

É a partir desse acúmulo de mentiras e distorções dos fatos que a obra te apresenta figuras desprezíveis como o jornalista Amado e o delegado Cunha, além de vários outros personagens que parecem incapazes de pensar com a própria cabeça ou agirem sem interesses escusos.

Numa narrativa ágil, costurada por diálogos afiados e fluidos, Nelson Rodrigues escancara a hipocrisia comum ao cidadão médio e a miopia daqueles que parecem incapazes de defender seus princípios e convicções sem serem manipulados pelo efeito manada ou a circulação de notícias falsas.

Aqui, um beijo se torna um suspiro de alívio em meio a uma coleção horrores. O ato genuíno de solidariedade e afeto de um homem é sentenciado pelo tribunal dos tolos a uma punição severa, a qual embora inflinja sofrimento a seu principal alvo, não o faz se arrepender de sua escolha.

Como disse Aprígio: "Lindo beijar quem está morrendo. Eu não me arrependo, eu não me arrependo!".

Com seu tom ácido e satírico, "o beijo no asfalto" demonstra que numa sociedade opressora um ato de verdadeiro altruísmo ou amor pode se tornar revolucionário.
Danilo 04/11/2023minha estante
Adorei?




Shirley.Peixe 25/08/2023

Legal
Primeira experiência com Nelson Rodrigues. A leitura foi interessante e as críticas à sociedade em cada um dos personagens é certeira.
Senti certa dificuldade de concentração nesse formato textual com as descrições das reações de cada personagem, mas nada impossível de acompanhar.
Ainda me sinto muito verde para captar todas as intenções do autor, mas estou aberta a novas oportunidades de leitura da obra do mesmo.
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Rodrigo Scarabelli 16/07/2022

beijo no asfalto, retrato da hipocrisia à brasileira
Fake news, cancelamento público, truculência policial, imprensa sensacionalista, machismo, homofobia, falsos moralismos, assédio. Beijo no asfalto, de 1961, fala do Brasil contemporâneo.
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Luciane.Gunji 22/03/2022

A primeira impressão é a que fica
Minha primeira experiência com obras teatrais não poderia ser melhor. Não à toa, Nelson Rodrigues é aclamado na literatura brasileira e se faz importante neste cenário. Escolhi esta narrativa por ter menção à Fernanda Montenegro, mas quem faz a mágica acontecer é Arandir.
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Ana 19/05/2020

Uma obra surpreendente.
A forma que a obra fora escrita é tão envolvente e instigante que em alguns momentos cheguei a me desesperar com o personagem principal. Tantas sensações foram sentidas neste livro que nos leva a uma época onde o racismo, a misoginia e a lgbtqfobia era mais aceita. O autor fez questão de bagunçar nossas mentes para dar-nos um desfecho impactante e maravilhoso.
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Fran 05/03/2023

Anular um crime para julgar um beijo
O livro da peça "o beijo no asfalto" é bem fininho e eu não esperava o tanto de riqueza que é desenrolada em toda história. Fica muito explícito o quanto a sociedade se preocupa mais de julgar um ato de empatia como imoral (o beijo dos homens) e esquece a verdadeira imoralidade que tem acontecido no início do livro. E também como a mídia tem grande poder para isso, mas já que é a sociedade que consume e dá gaz para isso não se tem a quem somente colocar a culpa. As mentiras, manipulações e provocações sempre com o intuito de horrorizar uma pessoa mas que justamente fez o contrário para nós leitores, que nos fez gostar ainda mais do Arandir.
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Teu 27/03/2021

Denúncia social.
Primeira obra de Nelson Rodrigues que li e não tenho palavras para expressar o quanto achei necessária, impactante e corajosa!
A denúncia e a crítica social é muito bem construída.
Nelson simplesmente arrasou nesta obra e estampou a realidade não só da década de 1960 como a atual também.
Falta de ética da imprensa e da polícia, dramas familiares e preconceitos são alguns dos temas abordados na peça.
Grande obra!????????????????
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Luísa Anjos 30/08/2023

Primeira peça de Nelson Rodrigues que leio e, apesar de ter achado boa, ainda esperava mais por conta de todo o estardalhaço que existe ao redor dela. Ler com a mente de um leitor do século XXI também não ajudou muito, como acontece com outras obras mais antigas.

Fiquei intrigada com alguns aspectos da peça, como a frequente interrupção das frases e o enredo acelerado, me pergunto se isso é uma marca do escritor ou se ocorre apenas nesta peça. Confesso que esse estilo não me apeteceu muito, nem me deixou com vontade de ler mais obras dele.

Existem muitas informações e mensagens nas entrelinhas, algo comum na literatura, mas eu só fui entender mesmo com o texto de apoio ao final do livro, mas a essa altura eu já estava convencida que o livro não tinha me tocado muito. Acontece!
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