O Sonho dos Heróis

O Sonho dos Heróis Adolfo Bioy Casares




Resenhas - O sonho dos heróis


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Mariana Dal Chico 18/05/2019

“O Sonho dos Heróis” de Adolfo Bioy Casares foi meu primeiro contato com o autor, título indicado por Javier Cercas aos assinantes da @taglivros curadoria.
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Confesso que quando recebi o livro fiquei com um certo receio, muitas vezes vi pessoas comentando sobre o quanto Bioy Casares tinha uma escrita estruturada, com histórias complexas e “difíceis”. Comecei a leitura cheia de expectativa, Gauna ganhou dinheiro em um aposta de corrida e resolveu gastar tudo com seus amigos nos três dias de carnaval, na última noite algo extraordinário e misterioso aconteceu, mas Gauna não guarda lembranças, apenas um sentimento forte e o desejo de relembrar a noite mais incrível de sua vida.

O primeiro terço da leitura fluiu muito bem, mas depois veio uma morosidade que se prolongou e fez com que eu deixasse o livro de lado por vários dias, todas as vezes que eu o olhava e tentava retomar a leitura, perdia a vontade e pegava outra coisa. Resolvi insistir, passado dois terços, a leitura voltou a fluir e cheguei ao final.

Compreendo que o “tédio” inserido no enredo é proposital, faz parte da vida, quando temos um período de euforia, o que vem a seguir parece ser sem graça, gera uma ansiedade por aquilo que foi perdido. Só que essa parte foi tão bem escrita, que a leitura arrastada quase me fez desistir de prosseguir a leitura.

É no terço final, ou mais especificamente, nas últimas páginas, que todas as peças começam a se encaixar e compreendi muitas coisas que estavam sendo construídas ao longo da narrativa. Gostei de ver as máscaras caírem e a forma como o autor demonstra que o desejo de reviver o passado ilusório pode minar sua felicidade do presente.

É aquele tipo de final que ao terminar a última frase, você quer voltar para os primeiros capítulos e confirmar que as pistas estavam todas lá.
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Gostei do livro, mas não posso dizer que a experiência de leitura me agradou em sua completude, gosto de degustar cada palavra do momento da leitura em si. Esse é um daqueles livros em que passei a apreciar mais depois que terminei de ler e refletir sobre sua estrutura.
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Debora 24/05/2019

Quem é o herói?
Na contramão da maioria dos leitores da TAG, que não gostou deste livro, eu gostei muito.
Sou apaixonada por literatura latinoamericana e, portanto, pelo realismo mágico vigente em muitos de nossos autores. No que todos viram um personagem machista, agressivo, um imbecil, enfim, eu vi um rapaz, na década de 20, vivendo no seu próprio meio, entre os pobres trabalhadores da Argentina. Um rapaz para quem os amigos parecem ser tudo, principalmente o "norte" da vida.
Larssen parece ser o único consciente do que quer e levar sua vida por si e não pelo grupo.
Ao se apaixonar, Gauna não sabe como agir, pq isso não faz parte do que ele viu/viveu até então. Mas Clara o conquista de forma a que ele lute contra o que ele acha que é o certo até então.
E o desfecho, para mim, é um resultado desta luta interna de Gauna que, na minha opinião, não é o herói. Mas uma figura do meio apenas.
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Pandora 30/05/2019

Fácil de ler, difícil de interpretar. Que livro rico. O livro tem 208 páginas, passei 207 sem saber para onde eu estava indo com essa leitura e "qual era a ideia de Bioy" na página 208 descobri e estou ?! Gente, esse livro é muito século XX! O sonho dos heróis é isso mesmo que Bioy narra, com riqueza de detalhes.... Seria mais envolvente se ele tivesse escolhido escrever um conto, mas se tivesse feito isso não obteria esse resultado.
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Pudima 10/06/2019

Sobre "O sonho dos herois".
O sonho dos herois é a morte heroica. Li essa frase recentemente e achei confuso porém intenso. Afinal, faz bastante sentido.
Não entendi onde o título se adequou à história do livro, ou o que havia de heroico em quaisquer dos personagens. Tampouco sei se consegui entender o protagonista na sua plenitude.
Achei Emilio bastante confuso, e o desfecho confunde-se, na mente, misturando realidade e fantasia. Ao mesmo tempo, seus sentimentos ambíguos por Clara me fizeram julgá-lo um tanto insano.
Penso que a história foi pouco explorada em alguns sentidos, e que falou algo que me fizesse viver o livro. Não me empolgou ou deixou marcas.
Paz, amor e bem.
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Alê Ferreira 18/06/2019

Fim de leitura e aquela sensação de incompreensão, de surpresa e de estranhamento.
Ao início o livro pareceu-me uma história um tanto vazia, que não despertaria, grande interesse. Em alguns trechos senti-me confusa, em outros senti raiva do personagem principal, de sua futilidade de seu comportamento, misógino e machista, bem como de sua personalidade insegura, imatura e vacilante.
Aparentemente o livro revela-se em pontas soltas e descrições sem grande relevância, no entanto ao terminar a obra, finalmente é possível reconhecer algumas intenções do autor, é possível inferir algumas questões extremamente profundas, e no resvalar da literatura fantástica é possível também viajar no desfecho do livro e perceber que o autor criou uma atmosfera de mistério e torna-se impossível não divagar em reflexões sobre o sentido da vida, sobre as relações interpessoais, sobre o amor, a sua força, a sua complexidade.
Pareceu-me que a grande reflexão é mesmo sobre a futilidade, a vida tão sem sentido do personagem principal que passa a agarrar-se a um acontecimento tão sórdido como se fora algo incrível é maravilhoso, escondendo-se sob o manto da embriaguez. Considerei o final perfeito é inexorável, inevitável ante o comportamento da personagem de Gauna. Em nenhum lugar haverá salvação, quando o indivíduo carrega dentro de si a perdição e ninguém pode livrar aquele que a si próprio oferece ao flagelo.

Meu ig @viva_lendo
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Isa Nascimento 08/05/2019

Contradições evidenciadas
O livro que o começo não promete nada. O protagonista é chato e todos os personagens masculinos são completamente absurdos. Talvez um livro que pra época chocasse menos a descrição de seus pensamentos, hoje não consigo ver como algo minimamente aceitável. Mas é uma história que se desenvolve naturalmente, fluída. Depois que você engole o ranço inicial, você percebe uma história que vai além do óbvio. A personagem da Clara também deixa o livro muito mais interessante, e os desdobramentos da história são igualmente bem aplicados. Acho que o final do livro também é condizente com a história. O protagonista sendo sempre contraditório também é algo que me fez interessar um pouco mais por ele, essa dualidade de seus pensamentos, deixando-o mais palpável e humano, me aproximou um pouco mais deles, das formas como ele não sabe muito bem o que pensar, porque ele acreditava que o que ele aprendeu sobre liberdade e coragem eram contrários ao que ele sentia. E isso mina seus relacionamentos e o leva a um destino inevitável. Adorei o final do livro, me surpreendeu bastante, mais ainda que muitos livros que prometem algo e não entregam, nesse livro os mistérios se tornam a chave pra um livro acabar bem.
Graças a TAG pude ter essa experiência e estou grata por ter contato com esse autor.
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Anielly 03/07/2019

Uma redenção da narrativa
Li histórias do Byoi com narrativas mais ágeis, confesso q o meio do livro foi maçante mas, no q podemos dizer o terço final, qnd a fantasia mescla com as explicações lógicas para a conclusão, vc se sente arrebatada. Foi como se a narrativa estivesse se perdoando pelo marasmo anterior. Muito bom. Recomendo
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RafaelM 13/07/2019

O sonho dos heróis.
Primeira obra que li do Bioy e já fiquei fã do autor. Mesmo sendo um livro de época (1927) traz à luz fatos que permeiam a interação humana, como amor arrebatador, ciúmes, inveja, amizades perigosas... O melhor desse livro é que no decorrer dá história ele te leva por caminhos aparentemente desconhecidos, mas no final te mostra de maneira surpreendente um paralelo vivido até então, com um final original. Por essa já justifica ao autor o por que dele ser um dos maiores escritores argentinos.
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Fernando 14/07/2019

O final é interessante e/ou curioso
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isa.dantas 27/04/2019

Um certo estranhamento inicial e uma falta de digestão na parte final. É um livro que pede releituras, mas que sem dúvidas, é uma ótima leitura.
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daniloleitor 31/07/2019

Bom, não ótimo.
A trama toda gira em torno do carnaval de 1927 e dos acontecimentos ocorridos com Emilio Gauna naquelas 3 noites. O protagonista tenta se lembrar do que aconteceu, mas todo o esforço é em vão.

Como o livro tem 215 páginas, a leitura não chega a ser cansativa, mas creio que se tivesse mais 30 páginas já seria demais. A história é meio devagar, apesar de ser bem contada. Achei um pouco sem sal nem açúcar, embora o final surpreenda. Nota 3,5 de 5.
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Victor Vale 03/08/2019

Seria a obsessão o destino ou o destino obcecado guiando os passos de Gauna?
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