No Jardim do Ogro

No Jardim do Ogro Leïla Slimani




Resenhas - No jardim do ogro


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Lais David 28/02/2023

Todas nós já visitamos o Jardim do Ogro
Adéle é uma jornalista na casa dos 30 anos que, por trás das aparências da vida boêmia parisiense, é completamente viciada em sexo. Ninfomaníaca, a protagonista enfrenta uma encruzilhada de mentiras para atingir o clímax. Mais do que apenas prazer, ela enxerga na atividade sexual uma maneira de escapar de si mesma.

Por vezes grotesca, incômoda e intimidante, a prosa de Slimani consegue instigar até o leitor mais puritano. Isso acontece justamente por 'No Jardim do Ogro' passar longe de ser um livro recheado de erotismo. Muito pelo contrário: a obra se consolida ao narrar as mesmices que antecedem o perecimento de Adéle: um casamento tedioso, uma maternidade sufocante, um emprego desvarolizado e uma protagonista decadente.

Depois dessa leitura, passei a considerar Slimani uma das melhores autoras dos últimos tempos. Para mim, não existe nada melhor que uma escritora que sabe detalhar, nos pequenos momentos, a complexidade que entorna o ato de 'ser mulher'.
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c a r o l 25/02/2023

A insustentável leveza de ser Adèle.
Leïla Slimani me fez viver uma montanha-russa de emoções por causa da vida decadente de sua protagonista. Adèle me deixou exausta, aterrorizada e angustiada com sua vida dupla, seus egoísmos e obsessões. A compulsão sexual misturada a procura incessante de se sentir viva a prejudicaram amargamente.

Conhecendo mais a Adèle me surpreendi ao me identificar com algumas de suas fragilidades e inseguranças. Nada tão alarmante, mas desde o início eu achava que nós duas não tínhamos nada em comum. Por reconhecer certas coisas na história que tenho lutado para não ceder, esse livro tornou-se um lembrete de que preciso continuar lutando para prejudicar ainda mais a minha vida.

Depois de conhecer Adèle intimamente, iremos conhecer outro personagem que parecia ser uma pessoa tranquila, mas logo mostrou suas asinhas. Tive até que pausar a leitura porque a situação que ela criou me deixou angustiada e sufocada.

É louco ver o que as pessoas fazem para tentar preencher o vazio que há dentro delas, ver como acontecimentos "chaves" na infância os moldaram para chegarem até ali.
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Sandra.Pogalski 12/02/2023

Desconfortável e viciante
Li em um final de semana. É um assunto delicado, polêmico, falar de compulsão sexual do ponto de vista de uma mulher, casada, com um filho? é dolorido demais de ler, há partes que causam uma tristeza e desconfortos que nunca senti, vendo as situações que Adele se submete pela doença. Os capítulos são curtos, escrita maravilhosa da autora e por mais desconfortável que seja o tema, a leitura me prendeu demais! Vale muito a experiência dessa autora! Já quero ler Canção de Ninar! Obs: E o Final foi aberto ou não? Me digam.
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Rodrigo 12/02/2023

Humanização
Uma mulher que precisa de ajuda para controlar seus mais intensos instintos e ainda ser mãe, esposa, profissional, filha.
Adorei a escrita, o enredo e a maneira como a autora humanizou a personagem.
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Debs 06/02/2023

Até gostei do livro, mas achei meio morno...

Já tinha lido "Canção de Ninar" da mesma autora na época em que ele estava fazendo muito sucesso e lembro de ter gostado bastante, mas esse apesar de eu ter gostado desse retrato cru dos instintos humanos, senti que faltava um desenvolvimento melhor da história
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Henrique Fendrich 20/12/2022

Confesso que escolhi esse livro graças ao sucesso do Marrocos na Copa, porque então me dei conta de que nunca havia lido nenhum autor de lá. Como neste ano leio mulheres negras, escolhi então esta. A experiência foi um tanto interessante, mas, no final, não chegou a me agradar.

Acho que o livro começa muito bem. Apresenta um tema difícil de abordar, que é a compulsão sexual de uma mulher, que é casada, mas vive uma vida dupla para sustentar o seu vício. Vamos entrando aos poucos no universo dessa mulher, ao mesmo tempo em que tomamos conhecimento do marido, que nem suspeita o que existe por baixo dos panos do seu casamento.

Mas há um momento em que há uma certa virada no livro, quando as coisas deixam de sair como o planejado pela mulher, e eu sinto que é aí que a história perdeu um pouco, pois, por mais que então tenhamos passado a compreender melhor a mentalidade atormentada do marido, já não há o mesmo impacto e talvez nem a mesma força narrativa.

Ainda assim, a leitura não é má, e eu estava disposto a dar três estrelas, um bom meio-termo, mas, sinceramente, o final foi suficiente para me fazer reduzir a nota. Não me pareceu que fosse ali o momento de terminar o livro, muito menos da maneira com que terminou.

Seja como for, já li alguém do Marrocos =).
anaartnic 20/12/2022minha estante
Esse final em aberto é o estilo da Slimani mesmo, quando li esse já esperava por algo assim por já ter lido "Canção de ninar" (que eu recomendo demais caso queira dar mais uma chance para a autora)


Henrique Fendrich 20/12/2022minha estante
Opa, vamos ver, posso vir a ler, sim =).




Pamela.Pugliano 04/12/2022

"As pessoas insatisfeitas destroem tudo em volta delas."
Este é daqueles livros que não tem um começo linear, nem plots significativos, nem uma continuidade que leve para um fim absoluto. Ele descreve a vida de um casal, e tudo que se desenrola a partir de suas ações e modo de vida. Revela tudo e te faz pensar em tudo, seguindo a linha de pensamento da autora.

Bom, temos a história de Adele, que é viciada em sexo, mas totalmente consciente de que sua vida, como é, não tem sentido nenhum - um casamento, um filho, uma casa e um emprego que não a satisfazem em nada, a levando a monotonia da qual ela busca escapar transando com homens conhecidos ou estranho para tentar simplesmente sentir algo. É tudo sobre apatia total. Seu marido Richard, sabendo ou não, sendo apaixonado por ela ou não, se mostra tão passivo com tudo, com uma consciência de posse sobre Adele que parece inexplicável. Ambos são tão dependentes um do outro e ao mesmo tempo se mostram tão desnecessários um para o outro, que é estranho acompanhar esse relacionamento. Ambos apenas apenas existindo, sobrevivendo.

Enfim, leiam. É uma leitura rápida, que em certo momento te prende simplesmente pela curiosidade de onde tudo vai chegar. É diferente, de uma maneira que sua cabeça começa a pensar sobre tudo que a autora aborda. Leitura recomendada. Aproveitem.
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DéboraMP 24/11/2022

Tinha potencial, mas...
O livro conta a história de Adèle. Ela é casada com Richard, que é médico e vive em plantões, mas dá à Adèle uma vida bastante confortável.

Adéle é jornalista e foi bem sucedida, teve bastante sucesso. Porém, secretamente, está entediada com sua carreira e casamento.

Ela é consumida por uma necessidade insaciável de sexo a qualquer custo. Ela trai o marido, se atrasa no trabalho, perde reuniões, deixa de lado o próprio filho. E assim sua vida vai desmoronando.

O livro traz passagens do presente e também do passado de Adéle, que foi conturbado. Desde que descobriu o desejo sexual, ela não conseguia parar de pensar nisso. Pelo que deu a entender, Adéle chegou até a competir com sua mãe (que também parecia ser uma mulher sexual).

Eu gostei da premissa da história, da ideia de mostrar um pouco do drama de alguém que tem compulsão por sexo.

Porém, não gostei da escrita da autora, principalmente, de uma passagem que achei bem machista e falava que era feio/ errado mulheres terem desejo sexual, como se isso não fosse para nós, só pra homens.

Uma coisa que me chamou atenção, e não sei se foi proposital, é a frieza dos franceses. A maior parte da história se passa em Paris e a autora é francesa. Consegui perceber nos personagens a frieza - um comportamento sempre seco, rude - e diferença de comportamento quando comparo com personagens brasileiros ou de ficção americana.

Já tinha ouvido falar dessa autora, que os livros dela não eram muito bons, mas queria tirar minhas próprias conclusões. Provavelmente, não vou ler outro livro dela, principalmente porque a forma como ela narrou a história não me agradou.

Ainda assim, sugiro que você também leia e tire suas próprias conclusões.
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Jéssica Libranumo 16/11/2022

O aguardado novo livro da autora de Canção de ninar Adèle tem a vida perfeita: é uma jornalista de sucesso em Paris, onde vive com seu marido cirurgião e seu filho pequeno em um lindo apartamento. Mas, debaixo da superfície, ela está entediada com seu trabalho e seu casamento ? e consumida por uma necessidade insaciável de sexo a qualquer custo. Movida menos pelo prazer que pela compulsão, ela organiza seu dia em torno de casos extraconjugais, chegando atrasada ao trabalho e mentindo para o marido, até se enredar definitivamente em sua própria armadilha. No jardim do ogro é um romance visceral sobre um corpo escravizado por seus impulsos, o vício sexual e suas consequências implacáveis. ?Escrito em prosa de neutralidade elegante, mas sem nunca deixar de botar o dedo na ferida, No jardim do ogro leva os leitores através do labirinto do desejo em direção a uma compreensão da solidão, do isolamento e da busca pela autenticidade como nosso destino comum.?
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anaartnic 29/09/2022

Uma leitura dilacerante e perturbadora
Conheci a autora por meio do premiado livro "Canção de ninar", o que mais me impressiona no retra que Slimano faz da vida comum é deixas às claras a mediocridade, a insatisfação e abordar sem rodeios o quão não necessariamente uma vida familiar normal é o normal.

Em 'No Jardim do ogro' outro espetáculo é apresentado, com o teor intimista e perturbador que Slimani cultiva em suas obras. Adèle lida com uma compulsão sexual e sua vida se desregula por meio dela, suas relações pessoais são dilaceradas e é notável o nulo controle que ela possui pelos seus desejos. A tensão permeia cada linha e cada página e o leitor imerge neste marasmo que a protagonista vive.

A transição feita entre as percepções de Adèle e Richard sobre a situação são feitas de forma muito inteligente, gerando um exercício de empatia, pois não se trata de um desvio de caráter mas uma doença que afeta a mulher.

O mais interessante é que não se trata somente da afetação de Adèle em sua compulsão, mas de como Richard é afeta pelas pressões sociais. Ambos possuem conflitos e fixações de diferentes fontes, mas que levam ao desastre iminente que é a relação construída entre eles.

O final é especialmente perturbador, trazendo o que eu acredito que seja uma das maiores sacadas que Leïla Slimani traz em suas obras, devemos suportar este nosso destino comum sempre em conformidade com as pressões sociais?
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Maia 21/08/2022

Adèle inicia esta narrativa com uma vida que a olhos externos parece comum e banal, um bom marido, calmo e solidário, um filho pequeno e um bom apartamento em Paris.

Mas Adèle tem um segredo, uma fúria por se deixar consumir por desejos que são sexuais mas acima de tudo são desejos de ser usada, maltrada. Adèle procura sexo com a maioria dos homens com quem cruza e sendo bonita e bem resolvida sempre consegue o que quer.

Nesta busca infindável Adèle parece não se conformar com a felicidade, o que a satisfaz é a dor e a angústia, a preocupação constante em ser descoberta. Adèle só percebe sua existência no desejo do outro, é assim que ela se sente feliz, ao ser desejada, fora deste momento a vida parece um tormento insustentável.
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Geth 24/07/2022

Adéle ser ou não ser?!
Adèle, personagem densa, intensa, solitária e que não consegue entender o motivo que a leva a ter várias relações extraconjugais, questiona-se sobre tudo que acontece com ela, mas não consegue dizer não para esse necessidade insaciável, irascível e que em alguns momentos a deixa transtornada e sem rumo.
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Lena e Seus Mil Hobbies 17/07/2022

Tudo que eu precisava
Ultimamente eu estava sentindo falta de um livro que me corroesse por dentro, que me fizesse pensar sobre ele, que comesse minhas entranhas e mostrasse complexidade, o ser humano em sua forma mais viscosa e nojenta.
A obsessão, a compulsão, o caminho entre a velocidade aumentando e o trágico fim que viria inevitavelmente.
E esse livro me deu tudo o que eu precisava, alimentou minha alma e minha sede por pensamentos.
Ainda estou atordoada, enevoada na sensação da obra.
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@Evelivre 11/07/2022

Em uma trama envolvente somos apresentadas a uma personagem extremamente humana em suas falhas e impulsos. Adele nos inspira raiva, pena, nojo, desejo, e então, compreensão. Nos mostra a fragilidade de ser quem é, como está, se revela, sem meias palavras. Uma protagonista sincera... mas e o fim?
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Alan kleber 03/06/2022

Os infortunios da virtude e a prosperidade do vício.
"Não são os homens que ela teme, mas a solidão. Não estar mais sob o olhar de quem quer que seja, ser desconhecida, anônima, um peão na multidão. Estar em movimento e pensar que a fuga é possível. Não admissível, não, mas possível."

Adèle é uma jornalista de sucesso, vive em Paris com seu marido cirurgião e o filho pequeno deles, em um lindo apartamento. Visto de fora é uma vida perfeita. Mas, olhando de perto, ela está entediada com seu trabalho e seu casamento, consumida por uma necessidade insaciável de sexo a qualquer custo. Uma compulsão voraz, que não traz prazer e sim tormento, e que a faz mentir pra o marido, negligênciar o filho, e se ausentar do trabalho. Até se enredar em sua própria armadilha.
Esse livro é um romance visceral sobre um corpo escravizado por seus impulsos, o vício sexual e suas consequências implacáveis.

"No jardim do ogro leva os leitores através do labirinto do desejo em direção a um entendimento da solidão, do isolamento e da busca pela autenticidade como nosso destino comum.?
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