DéboraMP 24/11/2022
Tinha potencial, mas...
O livro conta a história de Adèle. Ela é casada com Richard, que é médico e vive em plantões, mas dá à Adèle uma vida bastante confortável.
Adéle é jornalista e foi bem sucedida, teve bastante sucesso. Porém, secretamente, está entediada com sua carreira e casamento.
Ela é consumida por uma necessidade insaciável de sexo a qualquer custo. Ela trai o marido, se atrasa no trabalho, perde reuniões, deixa de lado o próprio filho. E assim sua vida vai desmoronando.
O livro traz passagens do presente e também do passado de Adéle, que foi conturbado. Desde que descobriu o desejo sexual, ela não conseguia parar de pensar nisso. Pelo que deu a entender, Adéle chegou até a competir com sua mãe (que também parecia ser uma mulher sexual).
Eu gostei da premissa da história, da ideia de mostrar um pouco do drama de alguém que tem compulsão por sexo.
Porém, não gostei da escrita da autora, principalmente, de uma passagem que achei bem machista e falava que era feio/ errado mulheres terem desejo sexual, como se isso não fosse para nós, só pra homens.
Uma coisa que me chamou atenção, e não sei se foi proposital, é a frieza dos franceses. A maior parte da história se passa em Paris e a autora é francesa. Consegui perceber nos personagens a frieza - um comportamento sempre seco, rude - e diferença de comportamento quando comparo com personagens brasileiros ou de ficção americana.
Já tinha ouvido falar dessa autora, que os livros dela não eram muito bons, mas queria tirar minhas próprias conclusões. Provavelmente, não vou ler outro livro dela, principalmente porque a forma como ela narrou a história não me agradou.
Ainda assim, sugiro que você também leia e tire suas próprias conclusões.