No Jardim do Ogro

No Jardim do Ogro Leïla Slimani




Resenhas - No jardim do ogro


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Ana Tambara 12/04/2020

Prende até o fim
Depois de gostar muito de canção de ninar, resolvi embarcar em mais um livro da autora. Excelente história, e te deixa curioso pra saber o que vai acontecer.
Recomendo.
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My 09/04/2020

Que triste!
Achei a narrativa confusa em determinadas partes, mas é um bom livro!
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Mila F. @delivroemlivro_ 13/02/2020

Bom, mas não superou minhas expectativas
Nesse volume vamos acompanhar a estória de Adèle que é, aparentemente, uma jornalista bem sucedida e tem uma família perfeita. Seu marido, Richard, é um médico conhecido e ambos tem um filho pequeno. Porém, diante dessa fachada de família perfeita e estável, Adèle esconde um segredo: sua compulsão por sexo, desejos exóticos e a vontade de correr riscos com seus casos extra-conjugais.

Durante No Jardim do Ogro vamos acompanhar os casos extra-conjugais de Adèle e seu medo de ser descoberta, sua vontade de parar de ser assim e ter uma vida normal, mas a dificuldade de parar. Ela vive um verdadeiro dilema e isso é extremamente visceral durante a narrativa.

Leïla Slimani, realmente, não poupa o leitor sobre os pensamentos mais cruéis e instáveis de seus personagens e na medida em que desenrola os fatos na obra, vai nos apresentando nas entrelinhas e através de flash-backs como era a relação de Adèle com seu marido, com seu filho, com seus pais, com seu emprego e com seus amantes, vamos tendo um panorama de tudo isso e construindo cada personagem com os fragmentos expostos pela escritora.

É através da narrativa fragmentada que vamos percebendo que Adèle não casou por amor, mas quase por uma obrigação de ser respeitada e admirada; vamos delineando a relação da personagem com a maternidade, seu caso de amor e ódio pelo filho que é fonte de alegria, mas ao mesmo tempo lhe roubou sua liberdade; percebemos que sua forma de ver a vida pode ser consequência da relação difícil que ela viveu na família.

No Jardim do Ogro é um livro que aborda muitos problemas psicológicos e não só os de Adèle, mas também do próprio marido: Richard. De certo modo, posso garantir que o volume é bastante cruel, real e tem uma beleza até certo ponto gótica.

Porém, mesmo tendo gostado bastante de No Jardim do Ogro preciso dizer que o livro não correspondeu minhas expectativas, porque eu esperava sentir a mesma emoção que senti lendo Canção de Ninar mas não. Não houve surpresas, Leïla não soube se reinventar e seguiu a mesma receita de Canção de Ninar (ou seria o oposto, já que No Jardim do Ogro foi publicado primeiro?).

O fato é que os personagens de ambos os livros: sua ações, pensamentos e comportamentos são praticamente os mesmos e/ou muito similares e isso não gera nada de novo, a não ser mais crueza aos pensamentos que internamente sentimos mas não temos coragem de falar em voz alta. A natureza dos personagens da escritora é nua e crua e isso faz com que nos identifiquemos com eles em vários momentos.

Outro ponto que acho válido ressaltar é a forma da narrativa de Leïla Slimani: sua narrativa é lenta, tem ritmo próprio e exige uma certa concentração do leitor, porém isso também é bom para melhor assimilar todos os pensamentos e sentimentos presentes na obra. Desse modo, mesmo que o volume não chegue a ter 200 páginas, pode não ser possível lê-lo rapidamente.

Em suma, No Jardim do Ogro é um livro assustadoramente visceral e cru, muito bem escrito e o estilo de escrita da autora realmente me agrada e mostra sua potencialidade, gosto da forma como ela aborda o amor como algo cotidiano e não supervalorizado, fico assustada com a visão de maternidade e relacionamentos pessoais dos personagens, admiro bastante a construção dos personagens e da forma como eles alimentam sentimentos tão dicotômicos, tanto entre eles como nos próprios leitores. Dito isso, é claro que não deixo de recomendar o volume, acredito que a leitura é mais do que válida.

site: www.delivroemlivro.com.br
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Laura Brand 29/01/2020

Nostalgia Cinza
Depois de Canção de Ninar, Leïla Slimani retorna com mais um lançamento capaz de tirar da zona de conforto até o leitor mais "preparado". No Jardim do ogro é um romance visceral sobre um corpo escravizado por seus impulsos, representado pela história de uma mulher e sua sexualidade. Uma leitura impactante e intensa, para tirar seu fôlego e te deixar com um nó na garganta.
Se tem algo que aprendi desde Canção de Ninar é que é impossível se manter indiferente ao ler um livro de Leïla Silmani. A autora tem uma habilidade ímpar de trazer algumas das características mais incômodas da personalidade das pessoas para seus personagens. Ela sabe como criar um enredo que cutuca nas feridas do leitor e o desperta para aquilo que ela busca tratar. Leïla Silmani, tanto em Canção de Ninar, quanto em No Jardim do Ogro, fala sobre pessoas aparentemente normais, com uma reviravolta que as devolve para a ficção, sem perder a verossimilhança de uma narrativa poderosa e impactante.
No Jardim do Ogro tem como protagonista Adèle, uma mulher com uma carreira sólida, com um núcleo familiar estabelecido, personalidade forte e aparência física atraente. Apesar de ter uma vida aparentemente perfeita, Adèle sobre com um transtorno banalizado e romantizado com frequência: a ninfomania. O desejo sexual hiperativo é um transtorno psiquiátrico que faz com que a pessoa tenha um desejo sexual compulsivo, que pode afetar seus relacionamentos, seu trabalho e sua família. Todos esses elementos são trabalhados com clareza à medida que o leitor vai conhecendo mais da rotina de Adèle e com o desenvolvimento da narrativa.
A princípio pode parecer difícil desvincular o comportamento de Adèle de seu caráter. Entretanto, ao mostrar o poder de um transtorno psiquiátrico, Leïla Slimani carrega o leitor por uma história de sofrimento, tortura e escravidão causada por impulsos. No Jardim do Ogro é um livro visceral, sem filtros ou amarras. A forma como Adèle é exposta é desconfortável e, mesmo sendo uma obra de ficção, o contato tão cru com a personagem torna a leitura extremamente rica, mesmo que seja intensa.
É difícil se sentir conectado à protagonista por causa de sua doença, mas esse é justamente um dos pontos altos do livro. Ao tirar o leitor de sua zona de conforto de forma tão impactante, é preciso criar uma empatia para com a protagonista e vê-la como humana, como uma mulher perdida em seus próprios impulsos.
Adèle vê esse comportamento como aquilo que a define. Ela não consegue se desvincular de sua compulsão sexual e a rotina que estabeleceu com base nesses impulsos inegáveis. Então por mais que ela perceba todos os problemas e erros envolvidos em suas atitudes, ao afetar as pessoas ao seu redor, renunciar a esse padrão seria renunciar a si mesma e ela não sabe quem é sem essa bagagem.
A escrita da autora é algo que me conquistou desde Canção de Ninar. Assim como no seu livro de estreia, em No Jardim do Ogro Leïla Slimani faz uso de poucos diálogos e opta por trabalhar a psique de seus personagens da forma mais intensa possível. Mesmo sem escrever livros grandes - tanto Canção de Ninar quanto No Jardim do Ogro têm menos de 200 páginas - as histórias de Slimani são profundas, bem escritas e exploradas de maneiras bem interessantes. É impossível se manter neutro e imparcial e essa inquietação atribui uma riqueza aos seus livros.
No Jardim do Ogro é um livro difícil de largar. Li o livro todo de uma vez e confesso que ele deixou marcas em mim mesmo quando passei a última página. Mergulhar de cabeça na confusão e nos delírios de uma mulher observada por si mesma e pela adrenalina de se encontrar no prazer sexual de outros homens não é algo fácil. É uma leitura que te prende pela intensidade e não pela forma como você se sente ao ler o livro.
No Jardim do ogro é um livro profundo, intenso e perturbador. Não é uma leitura recomendada para qualquer leitor e acredito que seja preciso estar preparado para o que vai encontrar nas páginas de No Jardim do Ogro. Leïla Slimani sabe trabalhar com maestria todas as nuances da mente humana em seus momentos mais perturbadores e a leitura pode acabar disparando alguns gatilhos no leitor mais sensível à temática abordada.



site: https://www.nostalgiacinza.com.br/2020/01/resenha-no-jardim-do-ogro.html
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Malucas Por Romances 09/12/2019

RESENHA COMPLETA NO BLOG
Esse é o segundo livro que leio da Leïla Slimani, e assim como o anterior, ela já mostra para que veio logo nas primeiras páginas.

Esse livro vai contar a história de Adèle, uma mulher de 37 anos, jornalista, que mora em Paris junto com seu marido Richard que é médico cirurgião e com seu filho pequeno. Aparentemente uma família perfeita, só que Adèle é compulsiva sexual, então tudo que ela vive é uma farsa. Por causa dessa compulsão Adèle organiza seu dia e suas mentira para casos extraconjugais, formando aí uma rede de mentiras que está deixando-a cada vez mais na corda bamba.




De primeiro momento eu não consegui me conectar com Adèle, mesmo sabendo que essa compulsão é uma doença. Me conectar com Adèle demorou um pouco, mas a autora consegue aos poucos nos envolver com os personagens tornando eles mais humanos, e com isso sentir os medos dela e a tristeza. Além de lidar com a compulsão sexual Adèle acaba tendo que lidar também com sua compulsão alimentar, senti que como uma forma de penitência que ela fazia isso, além disso Adèle também mostra as dificuldades que ela tem na maternidade.

"Adèle fez um filho pela mesma razão que se casou. Para pertencer ao mundo e se proteger de qualquer diferença com os outros. Ao se tornar esposa e mãe, ela se cercou de uma aura de respeitabilidade que ninguém pode lhe tirar. Construiu para si um refúgio para as noites de angústia e um recuo confortável para os dias desregrada."

Richard em nenhum momento me encantou, mesmo antes de muitas bombas surgirem, o comportamento dele machista me tirava do sério e é como se eu sentisse que não podia confiar nele. Mas realmente eu acabei o livro sem saber o que sentir por ele, porque ao mesmo tempo que senti empatia e entendi diversos sentimentos dele, muitas atitudes me fizeram ter raiva, então diferente de Adèle que demorei para criar empatia e a autora foi construindo isso, Richard até agora não sei que sentimentos tenho por ele.

No Jardim do Ogro está aí para mostrar as dificuldades da compulsão sexual, que diferente de muitos livros que lemos onde isso é normalizado como algo bom, aqui a autora destrincha a verdade e mostra o quanto isso é difícil para quem lida com a doença e até mesmo para quem convive com a pessoa.



site: http://malucaspor-romances.blogspot.com/2019/12/resenha-no-jardim-do-ogro-leila-slimani.html#axzz67dgB0sBR
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Vivi 27/10/2019

Adéle tinha tudo para ter uma vida perfeita. Casada com um médico, um marido perfeito, tinham un filho.Ela tinha um bom emprego era jornalista. Mas ela não nasceu para ser uma mãe / uma esposa do lar. Tudo ao seu redor ela conseguiu desmoronar.
Ela tinha uma compulsão sexual e alguns outros vícios. Sua maior prisão era esse seu grande segredo. E sua vida tão tediosa sempre a levava querer mais e mais. O romance todo é bem tenso e fica aquela ansiedade do que pode acontecer. No fundo até o próprio marido que é tão perfeito demonstra um certo masoquismo com toda a situação. E o final... cada um fica com o seu.
Sinopse: O aguardado novo livro da autora de Canção de ninar Adèle tem a vida perfeita: é uma jornalista de sucesso em Paris, onde vive com seu marido cirurgião e seu filho pequeno em um lindo apartamento. Mas, debaixo da superfície, ela está entediada com seu trabalho e seu casamento ? e consumida por uma necessidade insaciável de sexo a qualquer custo. Movida menos pelo prazer que pela compulsão, ela organiza seu dia em torno de casos extraconjugais, chegando atrasada ao trabalho e mentindo para o marido, até se enredar definitivamente em sua própria armadilha. No jardim do ogro é um romance visceral sobre um corpo escravizado por seus impulsos, o vício sexual e suas consequências implacáveis.
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Jaque - Achei o Livro 30/07/2019

Desnecessário!
Estou tentando entender à que veio esse livro. Uma leitura cansativa e às vezes confusa sobre a insatisfação pessoal e sexual de Adèle, casada com um médico e mãe de um garoto de 3 anos. Narrativa em terceira pessoa sobre suas traições e amarguras. Achei-a detestável. Amarga, tediosa, vulgar, que não se esforçava para nada.
Foi uma leitura que não me acrescentou, não trouxe nada de diferente pra mim, enfim, uma perda de tempo. O final foi preguiçoso, acabou do nada, mais frustante que todo o resto.

site: https://acheiolivroperdiosono.blogspot.com/2019/07/no-jardim-do-ogro-leila-slimani.html
Patricia 12/08/2019minha estante
Tenho que concordar.




Rittes 27/06/2019

Brilhante
Apesar de ser apenas o segundo livro que leio da autora, já posso dizer que virei fã incondicional. Como sempre, nunca uma leitura fácil ou confortável. Os assuntos que Slimani elege para seus escritos são sempre desagradáveis e, por isso mesmo, sua literatura deveria ser encarada como essencial. Se alguém disse que leitura é somente para entreter, pode rever seus conceitos. Slimani é desagradável, incômoda, chata... mas faz pensar quando toca o mais fundo da alma. Imperdível e imprescindível, sobretudo para as mulheres, que continuam lutando para ter voz! Recomendo, mas só para os corajosos.
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Adriana1161 22/06/2019

Chato
Como o outro livro da autora, Canção de Ninar, é uma leitura angustiante. No caso desse livro, achei a leitura chata...
O cenário e contexto são praticamente iguais ao outro livro. Chega a confundir.
Eu realmente não gostei do livro, não gostei dos personagens, achei a escrita fraca mesmo, bastante inferior ao outro livro da autora. Bom saber que ele é anterior ao Canção de Ninar, acho que melhorou!
Personagens: Adèle, Richard, Lucien, Xavier
IvanVenson 04/11/2019minha estante
Concordo, escrita é fraca.




Rodrigo 12/06/2019

NO JARDIM DO OGRO
Eu gostei muito.
Uma história sobre tédio, compulsão sexual, e a natureza das relações à dois.
Da mesma autora do Canção de Ninar, que eu também gostei bastante.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 09/06/2019

Primeiro Romance
?No Jardim do Ogro? é o romance de estreia da franco-marroquina Leila Slimani. Lançado na França em 2014, ele antecedeu seu grande sucesso, ?Canção de Ninar?, vencedor do Prêmio Goncourt quatro anos depois.

Sinteticamente, seu foco é a compulsão sexual e consequente decadência moral da protagonista, Adèle, uma jornalista casada com um médico bem sucedido e mãe de um filho pequeno. A fachada impecável para esconder seu vício é apresentada por um narrador neutro que, em paralelo, eviscera a arriscada rotina e a solidão que a persegue, problemas que remontam à infância.

Numa entrevista concedida para a Folha de São Paulo, em 31 de maio de 2019, Slimani afirma que o romance foi inspirado na acusação de assédio contra o político Dominique Strauss-Kahn, ocorrida há 8 anos. O ex-ministro foi tratado como ?viciado em sexo? pela imprensa francesa e como ela desconhecia a patologia, resolveu entrevistar tanto psiquiatras como portadores, encontrando um tema instigante para um romance.

Ela também considera Adèle uma protagonista atemporal, semelhante a e tem mulheres da ficção que admira, tal qual a personagem-título vivida por Catherine Deneuve no filme ?A Bela da Tarde? (1967), de Luis Buñuel, ou no clássico da literatura ?Madame Bovary? (1856), de Gustave Flaubert, pois ambas têm aventuras sexuais extraconjugais em um processo de autodescobertas. ?Adèle poderia viver no século 19 ou na década de 50?, diz a escritora.

Por fim, cruel e exibindo personagens com qualidades e defeitos, nem bons nem ruins e dignos de compaixão, ?No Jardim do Ogro? coloca à prova a instituição do casamento, confronta amor e desejo e também arranha a fina camada de verniz que protege a classe média, deixando à mostra uma área cinzenta em que sexo e traição sempre foram parceiros.

Segue um trecho do livro:
?Faz uma semana que ela aguenta. Uma semana que ela não cedeu. Adèle comportou-se. Em quatro dias, correu trinta e dois quilômetros. Foi de Pigalle até os Champs-Élysées, do museu d?Orsay até Bercy. Ela correu de manhã nos cais desertos. À noite, no boulevard Rochechouart e na place de Clichy. Não tomou álcool e foi deitar cedo.
Mas, esta noite, ela sonhou e não conseguiu dormir de novo. Um sonho úmido, interminável, que se introduziu nela como um sopro de ar quente. Adèle só consegue pensar nisso. Ela se levanta, toma um café bem forte na casa adormecida. De pé na cozinha, ela balança de um pé para o outro. Fuma um cigarro. Sob o chuveiro, tem vontade de se arranhar, de rasgar o corpo em dois. Ela bate a testa contra a parede. Quer que a agarrem, que arrebentem seu crânio contra o vidro. É só fechar os olhos que ela ouve os barulhos, os suspiros, os gritos, os golpes. Um homem nu ofegando, uma mulher gozando. Ela quer ser homem nu ofegando, uma mulher gozando. Ela quer ser apenas um objeto no meio de uma horda, ser devorada, chupada, engolida inteira. Que belisquem seus seios, que mordam seu ventre. Quer ser uma boneca no jardim de um ogro.?

Nota: Comprei o e-book e recomendo.
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douglaseralldo 26/05/2019

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE NO JARDIM DO OGRO, DE LEÏLA SLIMANI, OU DAS TRAGÉDIAS DA CARNE
1 - A atmosfera de degradação humana numa espécie de tragédia da carne vivida pela protagonista de No jardim do ogro dá o tom opressor e amargo do romance, que no texto reflete-se no caráter enxuto do texto e na força das palavras escolhidas com grande pragmatismo capazes de trazer o drama sem metáforas, a angústia perceptível, prisioneira de si mesma, da sociedade, e das tantas instituições que se formam no viver social;

2 - Pra ser sincero, talvez a obra tenha muito das afirmações da mãe endurecida de Adèle que ao final do romance joga-lhe na cara que "as pessoas insatisfeitas destroem tudo em volta delas". Em certa parte o romance potencializa tal afirmação diante a derrocada angustiante da alma que não compreende o mundo, tampouco a si mesma;

3 - Entretanto, a insatisfação irascível da protagonista em muito tem a ver com a opressão provocada pelos condicionantes sociais que inicialmente parecem dar-lhe as linhas da existência, que a ela é sempre um incômodo, embora procure fingir viver de acordo com "as regras do jogo". Casa-se, e mesmo trabalhando, leva uma vida dependente a do marido, um homem gelado e não menos dotado de suas contradições e complexidades psicológicas. No entanto, ao perceber e revoltar-se contra este viver burguês, enquadrada num modelo idealizado, Adèle acaba não enfrentando o problema, mas tangenciando-o numa vida secreta, proibida, que não é menos opressora e deprimente do que a vida em sua parte visível;

Saiba +

site: http://www.listasliterarias.com/2019/05/10-consideracoes-sobre-no-jardim-do.html
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