Canto da planície

Canto da planície Kent Haruf




Resenhas - Canto da planície


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Ivandro Menezes 26/04/2023

Em meu segundo contato com a prosa de Kent Haruf, chego à famosa trilogia que o consagrou. O autor, pouco difundido por aqui, era frequentemente comparado a Cormac McCarthy e Annie Proulx como arquitetos de uma prosa que mergulha na alma do americano interiorano, de tipos comuns e sem expectativas. Contudo, se McCarthy imprime um tom mais violento e nefasto aos seus romances, Haruf traz sutileza e um jogo de sombras, de diálogos lacunosos e de coisas para pressentir e perceber entre as brechas, de onde pode se ver alguma luz, deixadas propositalmente no texto.

Canto da planície, primeiro volume de sua celebrada Trilogia da Planície, cujo título remete às músicas vocais entoadas em uníssonos nos primórdios da igreja cristã e, mais tarde, passa a se referir a qualquer melodia ou ária simples e sem enfeites, é um mosaico de vidas fraturadas, vivendo um dia após o outro, sem esperanças de um novo alvorecer.

Apesar de cada capítulo recortar a perspectiva de um personagem, Holt, a pequena cidade em que vivem, destaca-se como constante e protagonista. Esse cenário bucólico das planícies do Colorado, demarcado pela passagem das estações (o livro vai do outono ao verão), é palco para solidões profundas, medos aterradores e conflitos. Cada personagem carrega sentimentos profundos alicerçados no silêncio e na solidão. A nudez e vulnerabilidade da paisagem no outono, antessala do inverno, é refletido nas tonalidades com que somos apresentados a cada um dos personagens.

Haruf é mestre em construir personagens tão francas e solitárias a ponto de aproximá-las do leitor, conduzindo o leitor à empatia e emoção sincera. Este é um daqueles romances cheio de nós na garganta, de risos melosos e contidos e de emoção frouxa. A densidade do enredo, a costura dos diálogos, a subversão dos tipos funcionam para dar ao todo a sua exuberância e profundidade.

Haruf é mesmo um mestre.
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Ale 31/01/2023

A beleza da simplicidade
A história de pessoas de uma cidade do interior, com vidas simples, mas profundas.
O livro é cheio de detalhes, mas é incrível. Uma escrita simples, sensível, que emociona, cativa, e transforma a leitura numa experiência incrível.

"O vento começou a soprar nas árvores, bem em cima, agitando os galhos mais altos.
As andorinhas apareceram e começaram a caçar o bicho-folha e formiga-leão no crepúsculo.
O ar tornava-se mais suave."
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Flavinha 02/12/2022

A vida cotidiana de uma cidade do interior, com várias histórias e personagens e que tudo se entrelaça no final. Ponto negativo que achei foi ele ser descritivo demais. Muito amor pelos irmãos McPheron??
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Isabel 07/07/2022

No começo não dei nada por este livro. Fiquei entediada com o excesso de detalhes e descrições. Mas insisti e logo percebi que essa foi a forma de que o autor se valeu para nos levar a uma viagem a Holt e conhecer bem cada um de seus personagens. Entramos aos poucos na leitura e logo nos afeiçoamos desses personagens tão humanos e reais. Sério! Parecia que cada um deles realmente existia. São dramas reais, nada mirabolante; coisas que podem facilmente acontecer a qualquer um de nós, mas contados de numa narrativa que o autor soube muito bem elaborar.
Estou curiosa para ler a continuação!
Bruna 20/04/2023minha estante
Também estou muito entediada com a leitura, vale a pena insistir? Estou na página 80, mas achei descritivo demais, meio cansativo




@wesleisalgado 01/05/2022

Pais, filhos, professores e corações solitários
A vontade de fazer as malas para Holt é real após fechar o livro. E espero que todos os personagens voltem no volume dois, mas uma lida na sinopse já me frustrou um pouco.

Que delicadeza e sabedoria de vida Kent Haruf consegue colocar nas suas palavras, já tinha lido o ótimo NOSSAS NOITES, e depois visto o filme na Netflix com o Robert Redford e a Jane Fonda, tão maravilhoso quanto.

Acompanhamos quatro núcleos, com histórias interligadas na fictícia cidade de Holt. Guthrie, professor recém separado da mulher em depressão, seus filhos Ike e Bobby, a jovem grávida Victoria Robideaux e os sisudos mas de bom coração irmãos Raymond e Harold.

Contar sobre os acontecimentos do livro seria estragar a leitura, que merece o deleite de cada página. Na história são abordados temas como fraternidade, amor, depressão tudo de forma muito delicada. E como o carinho está nos detalhes. Um pai que entrega os jornais cuja tarefa era dos filhos quando os mesmos não estão em casa, uma mentira inocente para amenizar um momento de medo, um professor preocupado, um assunto puxado pra quebrar um silêncio desconfortável.

Eu amei, e iria pro Colorado fictício agora se pudesse. Como não posso, já voltando para Holt no livro dois.
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Rittes 27/12/2021

A genialidade da simplicidade
É muito difícil ser simples, principalmente em se tratando de literatura. Kent Haruf surpreende ao tramar uma história aparentemente simples, narrada em diversas vozes, mas que vai cercando a gente de um jeito que não se quer parar de ler. Sentimentos como frustração, lealdade, carinho e outras formas presentes no amor são os personagens principais desta saga do homem comum. E como é bonito isso. Agora, é ler o resto da trilogia... mas só este volume já faz valer a pena.
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Sté.Souza 29/08/2021

Esperava mais
O livro é descritivo demais, de uma forma que me incomodou; a verdade é que eu fui com muita sede ao pote e fui decepcionada; claro que tiveram alguns personagens que me cativaram como os irmãos McPheron, espero que os outros me cativem mais.
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Fernanda Sleiman 23/05/2021

Que livro Fantástico
Queria nem parar aqui para fazer a resenha para ir correndo começar o segundo
da trilogia.. esse livro é tão lindo e me tocou de tantas formas que me falta palavras... e ele é tão leve, simples, mas tem um peso que deixa a gente com o coração quentinho...
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Mandark 20/03/2021

Delicioso
A narrativa despretensiosa de Haruf me pegou de jeito! Quanto mais lia, mais queria ler. Cada personagem tem seu encanto e todos eles me surpreenderam com uma sensibilidade tímida e real. Um livro sobre os silêncios da vida e a beleza das relações diárias. Da infância, da juventude, da maturidade e da velhice... Cada arco desse livro me envolveu e não me largou mais. Ansioso já pelo segundo volume dessa Trilogia da Planície!
Ana 23/03/2021minha estante
Aaaaaaa esse com certeza já tá minha lista!!! ?


Mandark 23/03/2021minha estante
Você vai amar muito!! ?


rana.castillo 10/10/2021minha estante
nunca tinha ouvido falar desse livroo, vai pra minha lista agora ?


Mandark 08/03/2023minha estante
Vai valer a pena ler. É um livro lindíssimo!!




Mari Pereira 26/01/2021

Uma história polifônica, onde vamos acompanhando a vida de vários personagens cujas histórias se entrelaçam. Um livro sobre as escolhas cotidianas, a dureza da vida, a solidão, mas principalmente sobre como ainda podemos encontrar bondade e solidariedade no mundo.
Narrativa envolvente, personagens carismáticos. Quando o livro acabou, ficou a sensação de que já éramos velhos amigos.
Tocante e encantador!
Ansiosa para ler o resto da trilogia.
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Marina.Castro.F 25/12/2020

Vida cotidiana
O autor escreve com uma clareza de detalhes que torna possível que o leitor veja as cenas do romance. Um romance sobre vidas que perpassam umas pelas outras na fictícia cidade de Holt. Narrando situações cotidianas e autor consegue fazer com que o leitor se identifique com os sentimentos de suas personagens, o que torna o livro envolvente e transformador.
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anselmo.pessoal 11/12/2020

Um dos livros mais delicados e sensíveis...
Com uma narrativa das coisas miúdas do dia-a-dia, momentos de extrema ternura e demonstrações de bondade extrema, sem nunca ser piegas, este é um livro encantador.
Me trouxe lágrimas aos olhos em muitos momentos com a doçura, tão rara hoje em dia, dos personagens. Sem grandes conflitos nem mocinhos e bandidos, um livro singelo, poderoso e inspirador.
Recomendo muito fortemente.
Já comecei a ler o segundo, No final da tarde, e estou adorando.
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Mateus Cristovão 19/10/2020

Haruf: minha última excelente descoberta!
Ike e Bob são pequenos demais para precisarem compreender e zelar pelos seus pais. Victoria Roubideaux é igualmente jovem para saber como criar e educar uma criança. Mas, por outro lado, os irmãos McPheron nos mostram que não existe idade para abdicarmos de nossas manias e rotinas, para aprendermos coisas novas e experimentarmos novos sentimentos.

É sobre a solidez e a autenticidade destas e de outras personagens que Kent Haruf nos convida a imergir no condado de Holt, com todos os seus símbolos e naturezas do interior do oeste americano.

Um romance que agrada pelo ritmo e pela leveza, sem abandonar a justa profundidade que requerem as histórias contadas paralelamente, por Haruf, neste primeiro volume da ?Trilogia da Planície?.

Já estou ansioso pela continuação.
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Ludhi 13/09/2020

O livro e escrito de forma simples e os episódios descritos são cotidianos. O livros e escrito de uma maneira tão bonita, ao final da trilogia fiquei com vontade de morar em holt e fiquei com saudad dos personagens
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