bizinhavieira 06/02/2011
Rubro
Primeiramente, quero dizer que o livro é legal, me diverti lendo, tem partes muito engraçadas, não muito por piadas, mas pela forma que os personagens se comportam. Então espero que entendem que o que eu vou falar a seguir é só porque acho que este livro pode sair do "legal" e ir para o "muito bom" com um mínimo de esforço.
** DAMPIROS:
Essa é parte que mais me incomodou. Talvez eu que não tenha entendido corretamente, mas aqui vai. Eles são filhos de humanos com vampiros, certo? Eles juntam o melhor das duas raças, são mais fortes, mais bonitos, mais tudo. Como se teme o que pode nascer de uma mistura Dampiro+Vampiro, se proibiu todo e qualquer envolvimento entre as duas raças. Mais adiante no livro se explica que vampiras não podem ter filhos, sendo que dampiros nasceriam de relacionamentos dampiro+dampira ou vampiro+humana.
Agora o que me incomodou: primeiro, se eles nascem, então eles começam bebês, certo? E se começam bebês e depois viram aqueles homenzarrões enormes, então eles envelhecem. Se envelhecem, como eles podem ser imortais? Não se explica em nenhum momento porque eles param de envelhecer na idade de, sei lá, 20 anos.
Além disso, porque é proibido que vampiras (notem o a, no caso as "fêmeas") seriam proibidas de se relacionar com dampiros se elas nunca vão parir? Porque se a proibição é por causa dos possíveis filhos, pra elas isso não valeria.
** SANGUE:
Isso é só uma constatação, digamos, técnica. De acordo com o livro, vampiros têm sangue. Okay, diferente, mas nenhum problema nisso. Só que se insiste que o coração não bate. Bem, se o coração não bate, então ter sangue não serve pra nada, porque ele acaba não circulando. Apesar disso o sangue acaba sendo extremamente importante pra história já que ele cura e tudo mais.
** VAMPIROS AO SOL:
Esse é só um exemplo, tem também o lance da igreja e tudo mais. Sei que está na moda essa história de tirar essas limitações vampirescas. Mas se o vampiro pode sair no sol, conversar livremente com os humanos e eles não se apavorarem ou simplesmente virarem "zumbis" que de tão encantados fazem o que quer que seja pelo vampiro, podem comer alho e rezam na frente da cruz tomando banho de água benta, qual o problema de se tornar um? Ser vampiro deixa de ser uma maldição e eles passam a ser super-humanos sem qualquer ponto fraco. Se esse é o objetivo, beleza! Mas se não é, é preciso achar qual seria o calcanhar de Aquiles.
Esses são os principais pontos. Eu não gosto muito dessa história de "olhei e me apaixonei" nem muito do apego a descrição de roupas, mas é só a minha opinião. Adorei o jeito que vocês escrevem, ficou bem leve nas partes que assim deveria ser e mais pesado nas cenas mais intensas.
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