O Espião que Saiu do Frio

O Espião que Saiu do Frio John le Carré




Resenhas - O Espião Que Saiu do Frio


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Maria.Luiza 04/03/2019

A dolorosa saida do frio
Considerado pela crítica literária mundial como o melhor romance de espionagem do século XX. Mas que isso, sendo consideraro um classico do sec. XX compondo coletânea como o exemplar que li que fazia parte de uma Coleção antiga da editora Abril "Classicos Moderos".

Colocalo para além de um clássico do gênero espioagem o elegendo como clássico do sec. XX talvez se deva não só ao estilo elegante do autor, mas principalmente as pontuais reflexões a cerca da condição humana.

O espião que saiu do frio traz em seu titulo a expressão “Sair do frio” significa na linguagem da espionagem se aposentar, sai dessa perigosíssima profissão (o frio).

Lançado em uma época em que o genero fazia sucesso e encantavam com outros personagem como James Bond, de Ian Flemming. Sem glamurosos que 007 e diametramente diferente deste. Le Carré cria um novo gênero de romance de espionagem, talvez influenciado pela sua própria história, ele cria algo proxima da realidade da espionagem.
Nesse romance seu personagem Alec Leamas tem características humanas e criveis é introspectivo e reservado, sem fazer uso de armas espalhafatosas e fantasiosas, com diálogos precisos, e movimentações calculados, é um personagem com profundidade humana e trassa uma trama psicológica do início ao fim fazem o leitor a devorar o livro na ansia de saber onde termina.

Publicado originalmente no auge da Guerra Fria, da aos leitores uma amosta do que seria os bastidores da luta pela informação, uma guerra trava na obscuridade com riscos as vezes maiores que os de conbate declarado. Alec Leamasum espião britânico, que chefiava um grupo de agentes que agiam no lado soviético de Berlim, se vê em um momento devastadoramente dificil em sua carreira, quando o último agente da sua rede é morto na sua frente ao tentar fugir para o lado ocidental da cidade. Derrotado e desiludido, ele volta para Londres. Mas não consegue sair do frio. Apegado a sua guerra. E Acaba voltando ao combate.

E no jogo da espionagem internacional ninguem escapa fogo cruzado das mentiras, traições e dissimulações, mesmo entre aliados e dentro de um mesmo órgão reina segredos e os espiões que pensam serem os jogadores desse xadres não passam de peças.

Le Carré pode ter um olhar talvez cínico e desencantado, mas que sem duvida é também extremamente humano

Esse não é um livro sobre espiões, mas sobre homens e as complicadas e difíceis decisões e escolhas inerentes a vida.


site: https://instagram.com/maria_pas000
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Heitor.Hissao 13/05/2022

Descrevendo, são ótimas as qualidades do escritor. Para organizar a narrativa, ele vira bastante deficiente. Há grandes momentos, em seus melhores vira um grande romance de investigação e paranóia, mas quando as coisas precisam ficar realmente sérias, tudo se perde bastante. O romance é bem conduzido, a maioria das relações são bem conduzidas, só que sua parte política é péssima, quando ela decide se assumir como bizarra, vinda de um homem fútil (o protagonista), ela fica boa, mas o Le Carré decide adotar um tom moralista que fica presente até na forma em que o narrador conta a estória, ficando cansativo e ruim, muito ruim.
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Inlectus 19/04/2009

Bom livro.
Uma interessante aventura de espionagem, um pouco massante, mas vale a pena ler.
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Bernardo Brum 25/07/2016

Espionagem sem glamour
John Le Carré entrou para a história como uma espécie de um anti-Ian Fleming. De fato um membro da Inteligência britânica antes de se consagrar como romancista, seus livros acabaram com o tempo por desmanchar certos clichês do gênero.

Alec Leamas, o protagonista central dessa narrativa, é um espião que vive "no frio", como diz seu superior Control. Nesse mundo, não acontece ação constante, não se mata com uma mão amarrada nas costas e não há romances troféu para condecorar as habilidades de seus personagens.

Pelo contrário: aqui tudo é duvidoso e sombrio, muitas vezes tedioso, mas um tédio que pode acabar de uma hora para a outra, em um ato de violência breve e decisivo feito um relâmpago.

A introdução, onde Leamas perde um de seus melhores homens de supetão após uma construção atmosférica de várias páginas, dá a tônica para o resto do romance, que além de espionagem, fala da natureza humana de maneira pouco confortável: temas como o alcoolismo frustrado, a relação sem futuro com Liz Gold e a solidão desesperada na qual vive Alec são alicerces importantíssimos para alcançar o tom pretendido.

O Espião que Saiu do Frio não é sobre "tirar o fôlego" ou "vidrar os olhos". A narrativa, por vezes, é confusa em sua profusão de nomes, fatos e datas; se o James Bond de Fleming era um homem de ação, os agentes de Le Carré como Leamas e George Smiley são mestres da burocracia, da cortina da fumaça, do caminhar nas sombras. Mesmo o leitor, muitas vezes, é alienado do que realmente está ocorrendo, o que só reforça o clima de dubiedade, dando em suas páginas uma tortuosa amostra de indivíduos cujo trabalho é viver na linha tênue entre rotina e segredo, entre a violência e isolamento.

O Espião que Saiu do Frio, no fim das contas, é uma bela i ntrodução ao estilo singular de Le Carré, que ofereceu ao mundo uma nova percepção sobre o mundo da espionagem. Sendo ele mesmo um espião que "saiu do frio" quando exposto por um agente soviético, o livro foi escrito com grande propriedade, costurando um universo com um ineditismo ainda pouco apreciado pelo mainstream do gênero em sua totalidade.
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Fábio Valeta 02/06/2016

Pelo que me lembro, a primeira vez que ouvi falar em John Le Carré foi a partir da adaptação de “O Jardineiro Fiel” por Fernando Meireles. E apesar de ter gostado do filme, não havia me motivado o suficiente para ir atrás de seus livros.

Anos mais tarde, fico sabendo da edição comemorativa de 50 anos de um de seus primeiros livros. E por se tratar de uma história de espionagem que não só se passa, mas que também foi escrita no auge da Guerra Fria, resolvo dar uma chance para conhecer a obra.

O ponto mais importante sobre a obra, é entender que ela é bem diferente de outras histórias famosas de espionagem (a lá James Bond). Não há ação propriamente dita, perseguições, tiroteios a cada instantes. Existe apenas um grande jogo de gato e rato psicológico em que tanto os personagens quanto o leitor fica na dúvida sobre quem é o rato e quem é o gato.

O começo do livro acaba sendo meio tedioso e parado, mas a medida que a história avança, vai ganhando ritmo até chegar ao ponto de não querer parar de ler.

É uma boa história, elaborada de forma inteligente. O suficiente para dar vontade de procurar outras obras do autor e coloca-las na cada vez maior e interminável lista de livros para serem lidos no futuro.
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Fabio Vergara 21/01/2014

Dica de livro: O Espião que Saiu do Frio (The Spy Who Came in from the Cold. UK. 1963)
Sinopse: Após fracasso em Berlim, Alec Leamas é procurado por comunistas para agir como agente duplo.

Nota (0-10): 10.

Comentário: Se tem algo positivo na guerra é que ela sempre gera as mais inspiradas obras de arte. Picasso que o diga! Le Carré, no caso, aproveita-se da Guerra Fria pra compor esta trama excelente, cheia de reviravoltas. Ele escreveu várias obras nesse tema, e tem por característica o detalhismo e a complexidade aguda de enredo. Em OEqSdF, Le Carré adota uma fórmula um tanto mais simples que o habitual - conforme me disse um fã desse autor. A história é linear, quase toda focada em Leamas, e o texto é até rebuscado mas nada que desafie um formado no Ensino Médio. Quem for ler, muita atenção ao 2º capítulo, em que Leamas conversa com Control (seu supervisor). Há pontos chave neste diálogo que somente farão sentido ao final do livro. Outro destaque é o cap. 25, o penúltimo... mas este, se eu disser qualquer coisa, estraga!
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Eve Fowl 25/04/2012

Espionagem de verdade
O livro já começa tenso, temos como cenário o Muro de Berlim, um dos maiores símbolos da Guerra Fria, temos também um espião inglês a espera de um contato e de repente, a ação chega ao seu clímax e Leamas vê toda sua rede de espionagem chegar ao fim. Assim, ele volta a Londres e tem a chance de se vingar. O livro passa então a narrar seus passos rumo a vingança e desde o início o leitor é capaz de perceber isso, o quanto as ações do personagem são calculadas milimetricamente, tudo para que no final, ele fique cara a cara com Mundt, o vilão da história.

A história me prendeu do principio ao fim e foi uma leitura bastante agradável, em apenas um dia terminei todo o livro, mas o mais interessante é notar como tudo ganha uma nova dimensão quando as revelações finais são feitas. Tudo, tudo mesmo, passou em revista na minha mente diante do grande segredo revelado, e como disse antes, cada um dos detalhes deixados ao longo da trama vão se conectando e se unindo, te fazendo pensar em como não percebeu nada antes.

É um livro muito bom, com reviravoltas, um pouco de ação, romance e muitas mentiras. No mundo da espionagem não dá para se confiar nem mesmo em sua própria sombra…

Mais em: http://girlshotncold.wordpress.com/2012/04/14/resenha-o-espiao-que-sai-do-frio-john-le-carre/
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Mônica 02/10/2011

Espionagem de altíssimo nível
O lado ruim de se fazer uma resenha é que você sempre cai no risco de se empolgar e falar mais do que deveria [estragando, assim, a surpresa alheia].

Bem, eu vou tentar ser o mais sucinta possível e ao mesmo tempo falar porquê esse livro é bom.Vamos lá:

Ele é verossímil: vc realmente acha que é uma história que poderia ter acontecido "na vida real": as pessoas, tanto soldados comuns como os "tops" possuem seus medos, anseios e inseguranças.

Possui um enredo variado: amor, ódio, momentos sérios, momentos engraçados, momentos sarcásticos, momentos de reflexão.. tem de tudo nesse livro!

Gosta de livros de espionagem? Então NÃO DEIXE de ler esse! Trata do tema de modo extremamente engenhoso e inteligente, te contando tudo o que vai acontecer mas sempre te surpreendendo =)
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Didi 20/08/2011

Eis um excelente livro de espionagem, escrito com digna maestria.

Talvez seja mera mania minha, mas me senti transportada para o clima de espionagem e todo aquele ar de desconfiança e tensão que havia na Guerra Fria. A escrita transmite verdades através duma história fictícia, mas sem parecer falso ou distante - ponto para John Le Carré.

Detalhes, tramas e reviravoltas que seguram o leitor com o desenrolar da história - que cresce em qualidade a cada capítulo, fomentou minha curiosidade e me intrigou a cada parágrafo lido.
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Professor 18/07/2011

O Espião que saiu do frio (1963)
John Le Carré, apesar do nome é inglês e se chama David Cornwell. Ele foi professor de idiomas do tradicional Colégio Eton, onde estuda a realeza inglesa, nos anos 50, depois ingressou no serviço de relações exteriores, como espião, trabalhando em Berlim. Devido ele ser funcionário público nessa profissão, ele não pode revelar a sua identidade, inventando um codinome para resolver a questão. Ele escreveu o Homem que saiu do frio em 63, 3 anos depois Martin Ritt filmou com Richard Burton, talvez nenhum filme tenha falado melhor da guerra fria devido ao livro. O papel principal de Lamas(Burton) é uma antítese de James Bond. Bond tem uma profissão interessante, Lamas uma entediante. Bond namora mulheres belíssimas, Lamas a bibliotecária durante o disfarce. 007 é quase um super herói, Lamas um inseguro, um alcoolátra. Falar da guerra fria com propriedade e desfazer a mística em relação à profissão de espião estão entre os muitos feitos de Le Carré para a literatura Mundial.
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pato 05/01/2011

1º livro sobre espionagem que li...este autor tem uma escrita muito boa.
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WallanS 15/10/2009

Otimo livro de espionagem
Adorei esse livro! Quem gosta de espionagem vai gostar desse. Mesmo não tendo muita ação, a trama prende nossa atenção do começo ao fim.

Considero esse livro, junto com A Companhia e O Cardeal do Kremlin os melhores livros de espionagem que ja tive a oportunidade de ler.
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Kamilla 17/06/2020

Gostei, mas esperava um pouco mais de ação
Alec Leams é um espião britânico que atua na Alemanha Ocidental em plena Guerra Fria, ele é um espião infiltrado. Vive no frio, ou seja, trabalhando como espião e não podendo ser ele mesmo. Quando o último agente infiltrado morre, sobrando apenas o próprio Leams na missão, ele volta para Londres. Ao invés de finalmente sair do frio, o Control - chefe responsável por toda a rede de espionagem - o manda para uma nova missão, que tem tudo a ver com a missão anterior.

O Espião Que Saiu do Frio tem uma trama bem diferente de tudo que eu já havia lido, apesar do livro tratar sobre espionagem, não há nada de ação, brigas e tiros. A experiência foi satisfatória, mas alguns pontos me incomodaram.

A obra foi publicada pela primeira vez em 1963, então o tipo de escrita é bem formal e robusta e isso no começo foi um pouco desconfortável, depois me acostumei. Mas juntando isso ao fato do inicio do livro ser extremamente monótono e lento, foi um pouco difícil... no entanto isso só foi no começo, depois a história começa a ficar interessante.

Alec Leams é um personagem bem intrigante, ele aparenta ser um cara profissional e leal, mas no final foi bem claro pra mim que faltou um pouco de personalidade, do tipo que faz o que mandam porque é o melhor. Mas será que é? Vale tudo pra ter aquele resultado? Fiquei com esses questionamentos, apesar de ter gostado bastante dele, só teve umas falas machistas bem babacas vindas dele, que me deixaram bem irritada.

“Somos o preço, o preço ínfimo… Mas em toda parte acontece o mesmo, pessoas ludibriadas e iludidas, vidas inteiras desperdiçadas, pessoas fuziladas e presas, grupos e classes de homens eliminados por nada…”

O livro trás muito essas questões, sabe? Se passa durante uma guerra e nos foi apresentado alguns tipos de pessoas bem repugnantes: fascistas e preconceituosos. Então a obra nos faz questionar muitas coisas, apesar de antiga e fictícia, agrega muito. No entanto, não esperem uma obra cheia de ação, o foco é totalmente no jogo de espionagem, mentiras, intrigas e até traições. Não irei me adentrar, porque é uma teia tão complexa, que se falar algo pode estragar a leitura.

John Le Carré nos presenteia com uma obra curtinha, mas com um grande conteúdo. Os personagens são bem construídos, sem dúvidas o Leams foi um personagem bem singular e interessante de conhecer, mas destaco muito a Liz que acabou sendo jogado no meio desse esquema sem saber, mas que foi até o fim foi fiel com suas opiniões e ideologias. O final foi totalmente surpreendente e um pouco decepcionante, mas válido. Recomendo que leiam esse clássico, e ah, vale lembrar que o autor foi espião de verdade.

site: https://www.lendoeapreciando.com/2020/06/resenha-o-espiao-que-saiu-do-frio-john-le-carre.html
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