Andrea Janaina 18/04/2024
Incrível
Recentemente, me rendi uma autora que ainda não tinha lido e me encantei completamente: Isabel Allende. Embora ela seja uma figura lendária na literatura estrangeira, confesso que o título deste livro me causava mais apreensão do que curiosidade.
No entanto, uma amiga querida insistiu que eu deveria dar uma chance, mencionando o amor apaixonado de Allende pelos livros. Assim, me vi mergulhando nesta obra e, para minha surpresa, fiquei encantada desde o primeiro capítulo!
O livro começa com a narrativa de Esteban Trueba, um jovem que à primeira vista parece ser romântico e benevolente. Porém, à medida que os capítulos avançam, você começa a desejar que ele desapareça completamente da história. Esse sentimento persiste por um bom tempo! A personagem Clara é quem traz um alívio cômico, até mesmo quando parece não o suportar mais.
Os três filhos de Esteban - Blanca, Nicolás e Jaime - seguem caminhos diferentes, mas todos compartilham a determinação de desafiar o pai, que se autointitula democrático. Blanca é a única que lhe dá uma neta, engravidando de um inimigo do próprio pai, o que resulta em um longo período de silêncio entre eles. No entanto, o amor que Esteban descobre ao conviver com a neta, Alba, é o amor que ele nunca conseguiu expressar completamente em relação aos próprios filhos, mesmo quando eles também o desafiavam.
A autora mescla habilmente elementos da realidade do Golpe Militar com a ficção, especialmente por meio dos personagens das famílias Del Valle e Trueba, criando uma trama envolvente e profundamente cativante.
Ah, os espíritos existem sim, mas são os que menos dão medo!