Resenhas - o caderno rosa de lory lamby

Letícia 11/04/2021

Foi estranho ler esse livro, pelos motivos mais óbvios possíveis. Já tive uma experiência parecida lendo Hoje eu sou Alice, mas ali foi retratado da forma certa. Aqui foi retratado de uma forma repulsiva e que faz o leitor ficar desconfortável.

Um livro pequeno que ficou menor ainda, pois pulei algumas partes. Não é um livro que eu queira ler de novo.

Minhas teorias sobre o livro em si, são: Lori inventou o sobrenome fazendo uma alusão ao que ela mais fazia na história, que era lamber. Lamby é uma alusão perfeita a "Lori lambe".

Sem falar que alguns acreditam que o livro foi escrito, na verdade, pelo pai dela. Mas essa ideia me deixa mais desconfortável ainda, pensar que um pai colocaria a filha nessa situação, mesmo que só em pensamento. Então para mim, quem escreveu foi de fato a Lori, influenciada pelo o que via em casa (seus pais falando sobre sexo abertamente) e pelos textos que leu no escritório do pai. Sem falar que o vizinho ela nomeou como José de Alencar, um nome facilmente visto nos livros do pai.

E a tal casa de repouso para qual os pais vão no final, é na verdade cadeia. Alguém encontrou o caderno rosa, achou que as coisas ali eram verdadeiras e os pais foram presos. Dessa forma, os tios apenas amenizaram a situação dizendo que era uma casa de repouso.

Ray 01/09/2020

Nem tudo que parece é
Leitura acaba sendo meio inquietante e nos incomoda por retratar coisas sexuais com crianças.... Li para uma redação e a crítica é muito valida e reflexiva

Camila.Guntzel 21/07/2020

Inesperado, desconstrutivo e reflexivo
Para ter todas essas características tituladas aqui o leitor deve se permitir questionar para além do óbvio apresentado no texto. Buscar entender o porque da escrita e principalmente conseguir ir até o final da leitura para verdadeiramente entender a história, que ?aparentemente? supomos precocemente ja termos compreendido desde as páginas iniciais. Para além disso, deve ficar a reflexão quanto a influência que exercemos sobre crianças mesmo escondendo coisas delas. Entender que são pequenas esponjas e suas atitudes são um reflexo do que somos enquanto exemplos, e do que fazemos, não só o que falamos que é correto ou errado de ser feito.

Vale a leitura, mas principalmente vale a reflexão.

Thais 14/02/2020

O livro não é o que parece , rápida leitura

Rebeca Anastácia 26/08/2016

Rosa ácido.
É um pequeno livro extremamente impactante. Quem acha que vai ler as desventuras de uma menininha com seu caderninho rosa, engana-se... Bom, impactante, mas muito bom (minha avaliação foi de três estrelas, por que depois quero reler para melhor assimilar o que o livro diz).
Fala sobre pedofilia de uma forma ácida. Não é um livro que analisa e faz refletir, longe disso. Na verdade, ele te analisa. Faz-te arregalar os olhos e entrar em pane, por que você não acredita no que está lendo, que aquilo é real.
Eu fiquei impressionada com o que lia e o que sentia. Impactante, talvez não a história (somente), mas o que te faz (me fez) sentir.

Paulo 08/02/2015

Queria mais! O final ficou um tanto vago, mas foi o melhor - e mais plausível - desfecho, pois condiz com a ideia do narrador personagem sendo uma criança de 8 anos.
Sobre a escrita, adorei Hildona! Quero outros livros pra já! Um tema polêmico por um olhar inocente... Ela queria causar e causou meeeesmo, mas com classe, espantando e seduzindo o leitor, o qual tem que embarcar na história sem conceitos prévios, de mente aberta ao que tal leitura irá lhe proporcionar.
Ri horrores e me diverti mesmo com a leitura - que me trouxe uma torrente de sentimentos conflitantes, mas não me deixava "entrar em parafuso" com pequenas coisas. Talvez, se visto de outra maneira, seria apenas uma leitura espantosa.
No mais, o livro da margem a discussões interessantes, como exemplo - além da já citada acima, questionamentos acerca da produção textual e da recepção do público leitor.
Recomendadíssimo!

Jessica 26/06/2011

A história de uma menina de oito anos que gosta de ser prostituída e alimenta fantasias sexuais de pura depravação é, no mínimo, pitoresca.

Os mais sensíveis poderão abandonar a leitura alegando que a mesma é nojenta e perversa. Mas, antes de sair acusando Hilda de incentivo a práticas sujas com criancinhas, vá até a última página.

Lory nunca foi prostituída, simplesmente reproduzia uma série de histórias encontradas na biblioteca do pai escritor com o intuito de escrever um bom livro e tirar a família do vermelho.

Não sei se era a intenção da autora, ainda assim, o livro é uma forma interessante de conscientizar adultos a respeito de o quão curiosas e influenciáveis as crianças podem ser.

Quando eu fechei o livro fiquei com um gostinho ruim na boca, achei esse "aviso" uma maneira inteligente de se desculpar por sua obra; o que não altera o fato de ser um pedido de desculpas.

Camila_Andrade 07/06/2010

Hay que tener cojones...

Leia primeiro, pense depois! Se sua edição não tiver, procure a introdução feita pelo Alcir Pécora, que ajuda a compreender muito do que se passa no texto.