Pátria

Pátria Fernando Aramburu




Resenhas - Pátria


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ize 08/10/2020

Uma experiência maravilhosa. É um livro que me fez refletir sobre assuntos que eu não dava a atenção merecida. As personagens são muito bem escritas, passei raiva com algumas inclusive porque parecem ser tão reais. É uma ficção, contudo escrito de maneira tão realista que chega a ser chocante. Uma leitura excelente, sem dúvidas.
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André Vedder 07/10/2020

Excelente!
Ótima história com uma narrativa muito bem desenvolvida pelo autor.
Ele narra em forma de capítulos relativamente curtos, onde em cada é desenvolvido um personagem, que vai e volta no decorrer do livro, de uma forma não linear, onde as coisas vão se encaixando aos poucos.
Tem tudo que um bom livro precisa: história interessante, personagens bem trabalhados e uma narrativa que nos prende.

"Mas um homem pode ser um barco. Um homem pode ser um barco com casco de aço. Depois passam os anos e surgem rachaduras. Por elas entram a água da nostalgia, contaminada de solidão, e a água da consciência de ter errado e de não poder remediar o erro, e a água que corrói tanto, a do arrependimento que se sente e não se fala por medo, por vergonha, para não ficar mal com os companheiros. E assim o homem, já um barco rachado, vai a pique em algum momento."

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Vanessa.Perin 17/09/2020

Adorei!!
Escolhi o livro por algumas resenhas q vi. Não tinha grandes expectativas, mas adorei. Gostei da escrita do autor, o fato de não ser linear na cronologia, não me incomodou em nada. Adorei conhecer os personagens de forma tão intima já q cada capítulo é narrado por um personagem. Em alguns momentos desgostei de alguns, mas pra frente os intendi. Torci muito, vou sentir saudades deles.
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Thomás 04/09/2020

Maravilhoso
Mais que uma leitura, para mim, Pátria foi uma experiência! A escrita é única, me fez sair da bolha e é totalmente original. Não segue nenhuma fórmula ou clichê, conhecemos a história de duas famílias ao longo das décadas e o impacto do ETA e do nacionalismo extremista em suas vidas. Também adorei o final.

Vale muito a leitura! Agora quero ver a série que será lançada pela HBO.

Arantxa foi minha personagem favorita e Bittori em segundo lugar.
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Eliz 03/09/2020

"Pedir perdão exige mais coragem do que disparar uma arma, ou acionar uma bomba"
Emocionante!
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Mariana 30/08/2020

Pátria
Nunca li nada parecido.
O livro faz você entrar em outro contexto histórico, que sinceramente eu não conhecia, por isso minha dificuldade no começo, mas com o passar da história fui me indentificando (dei uma pesquisada por fora tbm hahaha.)
Recomendo essa história, é incrível.
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Lud 28/08/2020

A construção de personagens desse livro é maravilhosa. É o tipo de livro que te após finalizar a leitura é preciso parar e refletir para poder assimilar tudo que aconteceu.
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JoãoV.Castro 23/08/2020

O abandono
Pátria foi pra mim um livro daqueles que a gente enrola pra acabar porque tem pena. Foi meu companheiro de madrugadas por meses e eu desenvolvi um carinho por esse livro que só se compara ao chefe da minha estante Cem Anos de Solidão. Aquele carinho de cheirar as páginas novas com pequenas manchas do vinho que abasteceu a leitura e de se sentir acolhido pelo livro. Talvez eu seja meio louco, mas acredito que vocês que também se dão ao trabalho de estar nesta rede social não sejam muito diferentes.

Poucas vezes li um livro tão envolvente. Pátria realmente mudou a minha forma de ler, de enxergar a leitura. É um livro que me remete aos clássicos, que conta uma história densa e triste de uma maneira leve e nostálgica, mas é também um livro que - para mim - revolucionou a escrita literária.

Seus capítulos aleatórios e em alguns momentos quase repetitivos, a complexidade dos personagens e a tragédia de toda a história fizeram de Pátria um dos livros mais brilhantes que já tive o prazer de ler, e de Aramburu uma inspiração inesquecível na arte da escrita.

Não nego que em minha maluquês, terminado agora o livro, reside uma cruel sensação de abandono.

Pátria reavivou meu amor pela leitura, que andava meio cambaleante nos últimos tempos, mas também me convenceu de que não lerei algo tão envolvente tão cedo.

Por hora, ficam o gostinho bom de ter lido um bom livro; a imagem criada dos personagens na cabeça; os amores e aversões políticas; a dor pela dor das famílias; e a paixão por um ou outro personagem.

Fico feliz de ter lido esse livro em um momento que minhas ideias políticas estão equilibradas, maduras e fortes o suficiente para rejeitar a violência. Anos atrás, minha interpretação da obra poderia ser bem diferente. Mas tudo bem. Pátria fatalmente entrou para a lista das futuras releituras - lista curta, onde acompanhará Chico Buarque, García Márquez e pouquíssimos outros.
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Ladyce 21/08/2020

Por motivos profissionais de meu marido, passei algum tempo na antiga Iugoslávia, saindo de lá na semana em que a Guerra da independência dos estados e eventualmente da Sérvia contra a Bósnia começou. No período que estivemos lá um dos mais incompreensíveis comportamentos que testemunhamos foi o ódio de uns pelos outros muitas vezes por crimes acontecidos há dois ou três séculos, quando aldeias inteiras de um grupo guerreavam contra aldeias de diferentes religiões ou etnias. Lembro-me de acreditar que sentimentos de ódio de tal maneira entranhados na cultura de um lugar são mais tipicamente encontrados na Europa do que em qualquer país do Novo Mundo. A razão é simples: imigrantes que vieram do Velho Mundo deixaram para trás não só a terra natal, mas os hábitos e os ódios centenários para se adaptar a novas realidades. Ler Pátria de Fernando Aramburu [tradução de Ari Roitman e Paulina Wacht] lembrou-me dessas características do Velho Mundo, quase inexplicáveis para aqueles que de lá emigraram. Rusgas políticas, ódios e desprezo podem e frequentemente tomam conta de aspectos vitais do relacionamento social de grupos étnicos, principalmente quando imaginam que na conta está a identidade nacional, mesmo que esta seja mais teórica do que prática.

Pátria trata do movimento terrorista separatista do País Basco, uma região que cobre parte da Espanha e da França, que um quarto da população fala uma das mais antigas línguas do mundo e que se imaginava capaz de ser um país independente. Lugar pequeno, com língua esdrúxula, população de dois milhões, mas portador de um ego extraordinário, imaginando-se possuidor de importância. Se independente teria que competir com países vizinhos, na indústria, na educação, na saúde e em tudo aquilo que os identificava. Conseguiriam? Não. Contavam, claro, com uso pleno de enormes fundos da Comunidade Europeia. Ou seja, impostos pagos pelos alemães, franceses, ingleses, espanhóis e demais para que eles, os bascos, mantivessem sua identidade independente. Fantasia. Desvario socio-cultural. Impossível de justificar-se. Nem a eles mesmos o ETA [Movimento separatista] conseguiu captar a imaginação de toda a população. Apelaram, então, pelo recurso da milícias: ou você participa do nosso plano pagando uma mensalidade ao movimento separatista ou morre. Nenhum movimento de independência pode ter sucesso desta maneira. É preciso incendiar imaginações. É preciso oferecer realidade melhor do que a existente. Eles tampouco tiveram, desistindo oficialmente da separação em 2018.

Para mostrar o exagero miliciano do movimento separatista basco, Fernando Aramburu foca em duas famílias, cujas matriarcas eram as melhores amigas desde criança. Casaram-se, tiveram filhos. Cada qual cumpre seu destino: uma enriquece através do sucesso empresarial do marido, outra se dedica ao movimento separatista: são pobres e invejosos. As amigas se separam. Passam a se odiar. Quando o assassinato do empresário ocorre, a viúva encontra problemas ao voltar para o lugar em que moravam. É nesse ponto que encontramos pela primeira vez os principais personagens de Aramburu. A trama é envolvente. Com capítulos curtos vamos e voltamos no tempo cobrindo aquilo que foi acontecendo dramas físicos e emocionais dos personagens.

Mas, por mais que detalhes do dia a dia sejam retratados vemos que os personagens pensam sempre no passado, ninguém supera as maldades que sofreu ou que impôs aos outros. As família retratadas quase vivem em função uma da outra, alimentando o ódio assim como os habitantes da antiga Iugoslávia me pareceram fazer sobre acontecimentos enraizados há séculos nas aldeias do país. Ninguém consegue sair do passado. Ninguém consegue esquecer. Perdoar seria necessário para crescerem, para se livrarem. Resta saber se os personagens serão grandes bastante para fazê-lo.

No entanto, a leitura é dificultada por excesso de palavras em basco (realmente, precisamos de um dicionário no final de um romance?). É detalhada demais, o leitor atenta ao que pode ou não ser importante (se um vaso de planta é um gerânio, se as pedras de um bracelete são verdes) que podem ou não ser relevantes. Como tantos livros publicados nos últimos anos, faltou o trabalho de um bom editor que cortasse pelo menos umas cento e oitenta páginas dessa obra de mais de quinhentas. Não há necessidade disso tudo.

Fora isso é uma boa leitura. Não entendo o motivo de ter se tornado “leitura obrigatória da intelectualidade carioca”. Mas reconheço que em tempos de pandemia, todos com tempo de sobra, um livro com uma boa história, mesmo por demais longo, possa preencher as manhãs, tardes e noites de isolamento social. Aprende-se um bocado sobre o país basco, além das paixões humanas.
Patsy Z 21/08/2020minha estante
Vou me tornar redundante mas as melhores resenhas são suas. E olha essa bagagem cultural de ter vivenciado tanta experiência em outros locais. A avó do meu marido veio da Iugoslávia e a gente brinca que ninguém mais sabe onde fica isso. E afirmando esse ódio intrinsico, tenho um amigo muito querido que é alemão, e ele vem quase todo ano para o Brasil e sempre diz que aqui ele é bem vindo, que o mundo todo odeia alemão e no Brasil parece que não existe isso.


Ladyce 21/08/2020minha estante
Ah, Patsy, muito obrigada.




Susan.Kelle 18/08/2020

Adorei a maneira de escrever do autor, muito diferente do que eu costumo encontrar nos livros que leio. Adorei os capítulos curtos e a maneira rápida em que a história se desenvolve.
Eu realmente não acreditava que iria gostar deste livro (muito preconceito com o título e a capa que sinceramente não me atrairam muito) mas além da escrita do autor o tema totalmente desconhecido para mim me atraiu muito. Incrivel como um conflito com uma origem baseada em defender uma identidade cultural e um povo se distanciou tanto dos seus objetivos. Triste quanto jogos politicos interferem em familias inteiras, e quanto o extremismo e a luta cega por ideais roubam vidas. De maneira geral a dinâmica das familias me conquistou muito, o quanto são diferentes em personalidades e ideais. Com certeza na lista dos meus favoritos.
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Patricia.Olazar 08/08/2020

Maravilhoso
Pátria, um dos melhores que li até hoje. No começo foi confuso, muitos nomes rsrsrs, mas a leitura era viciante e logo me acostumei. Recomendo!!!
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Lores 27/07/2020

Pátria
Iniciei a leitura de Pátria no escuro, não tenho o costume de ler sinopses, por isso não sabia do que se tratava, e me surpreendi.
Muito mais do que um livro sobre opiniões políticas, é uma história sobre amor e perdão, sobre arrependimento, diferente de tudo que já li.
O início foi meio difícil de me conectar, mas conforme a história se desenrolava em presente e passado se tornou muito fácil de apreciar a leitura.
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Má Powzum- @entrelinhaslivros 26/07/2020

Pátria é uma obra que nos mostra o quanto conflitos de qualquer tipo impactam na vida das pessoas, o fanatismo pode dividir amigos, famílias e uma sociedade inteira! É uma leitura que essencialmente nos traz as relações humanas.

O autor possui uma escrita fluída, com capítulos pequenos e intercalados entre Bittori, Miren e todos os seus familiares. Com isso, conseguimos nos tornar próximos daquelas pessoas e sentir de perto as suas motivações e crenças.

Acredito que esse livro é complexo, denso e profundo justamente por isso. Acabou sendo uma leitura complicada para mim, vou explicar os meus motivos...
Às vezes a leitura dele me cansava, porque o autor em alguns capítulos se estende demais em fatos que não contribuem para a história. Ele também escreve em 1ª e 3ª pessoa, deixando a narrativa um pouco confusa. Além disso, o livro vai do passado ao presente sem aviso prévio, outro ponto que dificultou a leitura.

É um livro que me fez aprender muito sobre uma parte da História que eu desconhecia. Além de trazer temas tão atuais como fanatismo, extremismo, política e relações humanas.

Resenha completa no ig @entrelinhaslivros.
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Bárbara 09/07/2020

Romance histórico tocante e surpreendente!
A vida não é sempre certo ou errado, dia e noite, claro e escuro, concordam? Em muitos casos, os enredos não trazem apenas heróis e bandidos, como se fosse possível olhar para uma pessoa e saber se ela é boa ou má. Pátria é um exemplo disso; não há mocinhos nem vilões, mas apenas vítimas de feridas, palavras não ditas e ações impensadas, que feriram de morte uma amizade consistente e inabalável.

O livro acompanha a saga de duas famílias diante de uma tragédia: o marido de uma delas, Bittori, foi executado por alguém ligado ao ETA, uma organização nacionalista basca. Tal grupo, considerado por muitos países como terrorista, buscou a independência política e territorial do povo basco, localizado entre o nordeste da Espanha e o sudoeste da França.

Bittori e Miren sempre foram ligadas; quando mais novas, tinham planos de virar freiras, até que o destino mudou e formaram família. Muito unidas, eram vizinhas. E assim seguiram a amizade por muitos anos, vendo a chegada e o crescimento dos filhos. Tudo começa a mudar quando Joxe Mari, filho de Miren, começa a participar do ETA.

Em prol da liberdade, ações como imposição de pagamentos mensais e até mesmo queima de arquivos eram vistas como luta. Jovens foram aliciados e passaram a crer que o fim libertário justificava quaisquer meios empregados, ainda que fossem atentados à vida.

E é a partir daí que ocorre a cisão da amizade entre as duas famílias, que passam a ser inimigas. As famílias, e não apenas as matriarcas, passam a seguir caminhos diametralmente opostos: de um lado, uma família em luto, vítima do terrorismo; de outro, a militância. O enredo permeia também a vida dos demais membros de ambas as famílias, mostrando que todos - de uma forma ou de outra - foram atingidos no atentado a Txato, marido de Bittori.

Romance histórico bem construído, narrado em terceira pessoa de forma não linear, mostra que a vida tem várias facetas, e que o perdão às vezes é tão difícil quanto um cessar-fogo. De leitura imperdível, o livro ganhou o Prêmio Nacional de Narrativa de 2017 e foi adaptado para série da HBO, a ser lançada.

site: http://www.instagram.com/leiturasdebarbara
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@juju.beekind 04/07/2020

O primeiro de 2020: o livro a ser batido
Pátria vai acompanhar a história de duas famílias bascas afetadas de diferentes formas pelo grupo separatista ETA.
Antes muito amigas, agora Miren vive amargurada, com um filho membro do ETA, e Bittori sofre com a morte do marido, assassinado pelo mesmo grupo.

A escrita de Fernando Aramburu me conquistou desde o primeiro capítulo. Pode ser difícil de acostumar, pois o autor transita entre as diferentes pessoas da narrativa, mistura falas em pensamentos sem muita distinção e Nara a história fora da ordem cronológica. Mas a profundidade da narrativa e os capítulos curtos me prenderam do início ao fim.

Terminei a leitura apaixonada e grata por essa experiência literária. Difícil que algum livro ganhe deste para mim entre os melhores do ano.
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