Memórias Inventadas

Memórias Inventadas Manoel de Barros
Manoel de Barros




Resenhas - Memórias Inventadas


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Flavia.Santana 22/04/2020

Manoel de Barros
1916 ? 2014
Poeta das coisas simples
?Me procurei a vida inteira e não me achei
- pelo que fui salvo.?
O poeta conseguiu criar seu próprio dialeto, como ele dizia: Idioleto Manoelês e dizia que era a língua dos bocós e dos idiotas e é isso que cria um mundo absurdo e palpável em sua obra.
Viveu entre Campo Grande e o Pantanal e ali começou a ver o belo das coisas simples e versar sobre elas. Com essa sua visão simples do mundo, enquanto os outros poetas vislumbravam a imensidão ele gera um jeito novo de olhar o mundo visualizando no simples a grandeza.
Muitos artistas plásticos se inspiraram e ainda se inspiram em seus poemas para criar imagens sobre os poemas e das palavras criados em sua imaginação. Tinha o intuito de levar aos leitores o encanto das pequenas coisas, aguçar seu olhar, ampliar a visão, fazer com que os leitores voltassem seus olhares para o que, até então, se passava despercebido.
Inspirado em 1°, 2° e 3° infância neste livro ele pensa e expressa sobre as primeiras sensações, cheiros e sentimentos. Um deleite para imaginação trabalhar. Quem buscar a verdade na vida de Manoel de Barros só vai sair com uma imaginação muito fértil e cheio de questionamentos.
Absorveu com excelência sua infância e dela fez sua vida na poesia.
Seu relacionamento com a natureza, a conversa com o pato, a amizade com o rio, os questionamentos aos pássaros geraram frutos em sua imaginação que nos alegram em suas poesias.
Tinha a audácia de desenhar com a escrita.
Influência fortíssima em Charles Chaplin e chegou a fazer um poema citando isso.
Dom de olhar algo abstrato, criar com a imaginação e transformar aquilo em palavras.
Filosofia, razão e lógica não dão conta de traduzir as sensações e por isso suas poesias são tão extraordinárias pois completam esse raciocínio e nos deixa sem palavras mas com muito sentimento.
Sua filha Matha Barros fazia iluminuras para os textos do poeta.
Há um documentário extraordinário que assisti e usei como base que é talvez a única entrevista pessoal e gravada com o Poeta: Só dez por cento é mentira. Indico que vejam esse trabalho extremamente sensível que está disponível no youtube.
?Tudo o que não invento é falso.?
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MaluB612 07/01/2019

Memórias Inventadas(como não chorar?)
Olá, pessoal!
Como vão?
Estão a fazer o que?
Estão a ler o que?
EXPLOSÃO DE FOFURA

Sempre costumo me identificar com os textos de Manoel de Barros, às vezes até me sinto uma vagabunda por escrever e querer tal coisa como profissão. Mais uma vez, esse homem(já falecido, descansando em paz) não me decepcionou!
O lance de dividir os poemas e textos a parte em Infâncias foi genial, e isso começou a fazer mais sentido para mim quando chegou na segunda instância. Marquei post-its três vezes apenas, para marcar preferência nas infâncias criadas pelo escritor.
Objetos, pensamentos, laços,tudo que eu poderia ter notado quando foi a última vez. Uma vez vi uma charme na internet que me fez lembrar do livro ?Memórias Inventadas?: Já pensaram que brincamos pela última vez e nem notamos isso? Reflexão é algo gratuito e nobre.
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Edna 01/12/2018

Infância rica
Eu vi que o homem ñ tem soberania nem para ser um bentevi."
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Ler Manoel de Barros é entrar em uma plena harmonia com a natureza e tirar dela toda a plenitude que um ser humano é capaz e compartilhar com o outro.
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Ele fala nestas poesias das Três fases de sua infância pois com o ele disse são memórias inventadas mas das quais sinto saudades, então se deduz que viveu.
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A primeira infância foi a que mais amei por ter me identificado por ter vivido parte bem vivida.
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"Uso a palavra para compor meus silêncios"
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"Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis"
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Na segunda infância já cheio de malícias e reflexões comparativas e capaz de enxergar a beleza como uma gravidez de um pote à beira de um rio sendo visitado pela ação da natureza que a enxerta através de um passaro, una semente e contempla ao retornar tamanha magnitude de rosas brotando de dentro do pote velho esquecido:
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"Bocó é aquele que olhando para o chão enxerga um verme sendo-o!"
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Na Terceira infância já consegue ver a magnitude de um presente que na ausência de outros a Mãe presenteia-o com um rio e já sente o despertar de outros sentimentos que terá que conviver, a responsabilidade!
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Trisha 03/07/2017

Memórias Inventadas – As infâncias de Manoel de Barros – Manoel de Barros
Humanos lindo, e a leitura do mês de Abril erra Memórias Inventadas, e posso contar uma coisa para vocês?! Eu amei esse livro, como boa amante da poesia, como vocês sabem posso definitivamente dizer que esse livro me conquistou definitivamente.
Manoel de Barros, traz nesse livro uma coletânea de poemas que fazem você viajar por uma infância gostosa, e muito espoleta, ele transmite em cada palavra uma...

site: https://reticenciasevirgulas.wordpress.com/2017/04/27/memorias-inventadas-as-infancias-de-manoel-de-barros-manoel-de-barros/
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Miria80 10/07/2016

A infância, a natureza, a simplicidade e a poesia
Não sei como Manoel de Barros foi capaz de transmitir tanta beleza e simplicidade ao relatar sua infância nesse livro! Confesso que fiquei com vontade de voltar a ser criança. E fiquei com mais vontade ainda de ter sido uma criança da roça, do campo, ter levado uma vida muito simples, mas cheias de brincadeiras e aprendizados diante de nossa grande mãe natureza. Esse livro desperta essa vontade de retornar às coisas simples, de conhecê-las, mas principalmente de apreciá-las e valorizá-las. Manoel nos mostra que já nasceu com sua sensibilidade poética e que desde muito pequeno já dava sinais de que seria um grande poeta. É uma leitura muito prazerosa, rápida, com humildes ilustrações e eu diria que é até obrigatória às pessoas que apreciam a simplicidade das coisas ou que querem aprender a apreciá-las. Leiam Manoel!
"A importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem com barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós. Assim um passarinho nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que a Cordilheira dos Andes."
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Paula 27/09/2015

Todo amor!
Memórias inventadas foi neu primeiro contato com o poeta Manoel de Barros. Nesta obra o autor reúne as três fases da sua infância.
Usando uma sensibilidade incrível ele usa e abusa das palavras, brincando realmente como uma criança, com seu real significado. O livro possui uma escrita sinples e doce, que gerou em mim uma vontade insaciável de lê-lo em voz alta sentido a delicadeza do som de cada frase.
Nos faz voltar à infância e sentir com o autor as peculiaridades inocentes da infância, como por exemplo, observar formigas.
Enfim, um livro incrível que recomendo a todas as idades e em todos os momentos da vida. Não posso deixar de enfatizar meu poema preferido do livro intitulado: Bocó "Ouviu a palavra bocó e foi para casa correndo a ver nos seus trinta e dois dicionários que coisa era bocó. (...) É um que descobriu que as tardes fazem parte de haver beleza nos pássaros. (...) E ele estimou."
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Gigi 10/12/2014

Pequena homenagem ao grande mentiroso
Conheci o poeta pantaneiro aos 15 anos, quando ganhei de presente dos meus pais o livro "Memórias inventadas - Infância". A obra é literalmente uma caixinha com memórias e iluminuras (essas produzidas pela filha do poeta, Martha Barros)! As páginas são soltas e contam um pouquinho da infância de Manoel: como ele quis ser escovador de palavras, como aprendeu a admirar a terra e os seres desprezados com a avó, como descobriu que seu quintal era maior do que o mundo...

É tão difícil falar da obra de Manoel, porque as palavras são tão honestas e cheias de sutilezas, simplicidade e doçura. Como o próprio poeta apontou quando foi entrevistado no documentário Só dez por cento é mentira: "É preciso incorporar a poesia, e não entendê-la". E em Memórias Inventadas ele nos mostra o mundo a partir do olhar da criança. Nós vemos o pequeno, o ínfimo, a importância das coisas que são jogadas fora... Vemos que o olhar infantil transfigura o mundo, acompanhando a fala do coração e dos sonhos. A gente também descobre algumas invencionices infantis: o esticador de horizonte, o abridor de amanhecer, o alicate cremoso...

Nada é impossível para um homem que só teve infância e que admitia ser um "vagabundo profissional". O que faz um vagabundo profissional? O poeta contou no documentário que esse profissional fica à toa, ou seja, fica à disposição da poesia.

Porque a poesia é uma artesania que aumenta o mundo. Que liberta o olhar e ensina a gente a observar a vida com uma lente de aumento, percebendo todos os pequenos detalhes e momentos maravilhosos que vivenciamos todos os dias.

site: http://longedaquiaquimesmo.blogspot.com.br/2014/12/pequena-homenagem-ao-grande-mentiroso.html
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Carina 10/09/2013

Biografia poética
Inicialmente planejado como uma biografia, o livro de poemas/ poemas em prosa basicamente retrata o período de criança do poeta Manoel de Barros. Por quê? O próprio Manoel explica: "Eu só tive infância". Dividida em três partes (Primeira, Segunda e Terceira Infância), a obra segue uma linha cronológica sem muita lógica ou verossimilhança. Um Caeiro em seu tempo (mas muito mais interessante que o heterônimo pessoano), para Barros o tempo é escrito pela terra e não pelos calendários.

Um livro tão bom que é difícil falar por ele. Deixemos, então, que seu próprio autor se apresente neste jogo biográfico:

"Eu tenho um ermo enorme dentro do olho. Por motivo do ermo não fui um menino peralta. Agora tenho saudade do que não fui. Acho que o que faço agora é o que não pude fazer na infância. Faço outro tipo de peraltagem. Quando era criança eu deveria pular muro do vizinho para catar goiaba. Mas não havia vizinho. Em vez de peraltagem eu fazia solidão. Brincava de fingir que pedra era lagarto. Que lata era navio. Que sabugo era um serzinho mal resolvido e igual a um filhote de gafanhoto. Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação. Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um orvalho e sua aranha, de uma tarde e suas garças, de um pássaro e sua árvore. Então eu trago das minhas raízes crianceiras a visão comungante e oblíqua das coisas. Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina. É um paradoxo que ajuda a poesia e que eu falo sem pudor. Eu tenho que essa visão oblíqua vem de eu ter sido criança em algum lugar perdido onde havia transfusão da natureza e comunhão com ela. Era o menino e os bichinhos. Era o menino e o sol. O menino e o rio. Era o menino e as árvores."
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El Costa 20/03/2013

Livrinho doidinho!
Que majestoso é vivenciar com a imaginação as infâncias de alguém, ainda mais se forem infâncias inventadas!
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Nanii 19/07/2011

Uma bela obra!
Brincar com as palavras de uma forma sutil é uma característica marcante nesse autor. A obra é de fácil e rápida leitura, mas sua passagem não deixa de ser profundamente marcante.
Recomendo!
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