Pedagogia da Autonomia

Pedagogia da Autonomia Paulo Freire




Resenhas - Pedagogia da Autonomia


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Fabio Shiva 22/01/2020

“Não se pode falar em educação sem amor.”
Uma vez que os livros de Paulo Freire passaram a vender mais durante o governo Bolsonaro (https://epoca.globo.com/guilherme-amado/venda-de-livro-de-paulo-freire-aumenta-durante-governo-bolsonaro-23918581), resolvi aderir à moda e ler essa que é uma de suas principais obras. Li com o objetivo de sanar uma dúvida minha. Afinal, um pensador do quilate de Paulo Freire, que obteve tanto reconhecimento na área da Educação (da qual nosso país é tão carente) a ponto de ser estudado nas principais universidades do planeta, deveria ser um herói nacional, reverenciado por todos os brasileiros e recebendo honrarias pelo menos iguais às reservadas aos ídolos do futebol. Por que cargas d’água, então, justamente os que mais gostam de dizer que são patriotas parecem ter verdadeiro horror a Paulo Freire? O que há nas ideias do Professor que incomoda tanto Bolsonaro e seus filhotes?

Não precisei ler muitas páginas de “Pedagogia da Autonomia” para encontrar a resposta. Imagine, por exemplo, um livro que fala dos benefícios da luz solar para a saúde do corpo e da mente, sugerindo exercícios diários ao ar livre e enfatizando como é sempre melhor examinar as coisas sob a luz direta do sol... Então imagine como um livro desses seria recebido por uma comunidade de vampiros!

Nada mais natural que Bolsonaro tenha medo de Paulo Freire como o Drácula foge da cruz. Cada frase desse livro é um desmascaramento da feiura e injustificável malvadez de todo autoritarismo. Com sua fala mansa e heroica, o professor Paulo Freire denuncia implacavelmente a vilania e o cinismo que tantas vezes se disfarçam como discursos em defesa da “moral e dos bons costumes”.

Desafio qualquer um que considere Paulo Freire um “energúmeno” a refutar suas ideias, não pela grosseira dos xingamentos ou pela violência de botas e cassetetes, mas pela força lógica de argumentos contrários. Creio que ninguém ficaria mais feliz com esse debate que o próprio Paulo Freire, esse grande brasileiro defensor da democracia.

“Não se pode falar em educação sem amor.” – Paulo Freire

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2020/01/pedagogia-da-autonomia-paulo-freire.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Sandro 22/01/2020minha estante
O que você espera de quem chama Olavo de Carvalho de mestre?


Fabio Shiva 22/01/2020minha estante
Pois é...


Nathi Nates 22/01/2020minha estante
concordo em tudo que disse!!! Paulo Freire é temido por propor uma educação que tiraria do poder todo o regime ao qual estamos submetidos, isso é perigoso demais pra eles.


Elyene 22/01/2020minha estante
Coisa linda de ler!


Fabio Shiva 22/01/2020minha estante
Oi Nathi e Elyene! Gratidão por sua Luz somando!


Marlana.Kiewel 04/02/2020minha estante
Grande Paulo Freire, admirado em varios paises do planeta. Orgulho desse brasileiro que atou incansavelmente pela educacao reflexiva, critica, enfim que liberta o ser humano das amarras da dependencia.


Fabio Shiva 05/02/2020minha estante
Viva Paulo Freire!


Sandro.Gomes 26/02/2020minha estante
Fabio não te conheço pessoalmente, mas já li várias resenhas tuas.
Tu é o cara!


Fabio Shiva 29/02/2020minha estante
Salve, amigo Sandro! Gratidão por essa energia boa! Tudo o que você viu em mim é porque certamente existe em você! Abração!


Macartiney 11/04/2020minha estante
Que amargura seu coração deve sentir quando voce escreve suas resenhas se preocupando em criticar o governo atual,
que irá perdurar por muitos anos ainda podendo ou não afundar o país como a ala esquerdista o fez, mas não fique se
martirizando por isso, é só a sequência natural de qualquer coisa que deu errado na vida ou na política. Já fui defensor de
muita coisa futil que andaram fazendo nos ultimos 16 anos tambem, hoje me sinto liberto. Desculpe qualquer coisa. Abraço


Leo 03/09/2020minha estante
"Então imagine como um livro desses seria recebido por uma comunidade de vampiros!"

Essa é a melhor definição que já li sobre a obra do mestre! Permite que eu compartilhe? (com os devidos créditos, é claro)




Leonardo.H.Lopes 16/02/2019

Por que ninguém critica Paulo Freire?
É engraçado o status que o patrono da educação brasileira possui. Paulo Freire se tornou ao longo dos anos um ser inalcançável e ai daqueles que ousarem criticar o “grande” pedagogo. O Pedagogia da Autonomia é o sétimo livro escrito por Freire, sendo a base de muitos pseudo-professores desde que fora lançado. A presente resenha, mais uma espécie de desabafo e talvez a única aqui presente que ouse criticar mais profundamente a obra, foi redigida por alguém que sempre quis ser professor e que o dia o será; por alguém que viu Freire com olhos grandes até conhecer seu pensamento.

Começando pela essência, a “autonomia” faz parte do pensamento de Freire e, até mesmo por causa do título, é um dos pilares desse livro. Em dado ponto, por volta da página 107, o autor discorre sobre a autonomia que as crianças devem ter, autonomia essa que passa por cima da vontade dos pais. Uma criança não tem a capacidade de distinguir as coisas, de ter bases para, de modo autônomo, criar o seu próprio conhecimento. Se, segundo o grande Paulo Freire, ninguém educa ninguém, se os homens se educam entre si de modo autônomo, então qual o motivo de existir escola e professores? Bastaria largar as crianças, adolescentes e adultos no pátio dos colégios e universidades que eles se educariam entre si “mediatizados pelo mundo”. Se o que o professor deve valorizar é o que o aluno traz de casa, se para Freire o professor apresentar sua cultura “burguesa” para seus alunos é autoritarismo, então, pergunto mais uma vez, qual o motivo de existir escolas?

Em segundo, é uma prepotência de Paulo Freire julgar que apenas o caminho que ele aponta é o caminho correto. Nas páginas 26 e 27 ele escreve que ‘" faz parte de sua (do professor) trajetória docente não apenas ensinar os conteúdos mas também ensinar a pensar certo" - o que seria esse ensinar a pensar certo? Existe um jeito certo para pensar? Ao ler o texto, fica bem claro o "jeito certo de pensar" para Paulo Freire e com certeza o pluralismo não está embutido ali. Freire deixa bem claro aqui que quer impor seu modo de pensar, fato que é evidenciado também logo no início do livro quando ele escreve que os "saberes sobre a prática educativo-crítica ou progressista [...] devem ser conteúdos obrigatórios à organização programática da prática docente". Não existem outros caminhos para o autor que não o que ele projetou.

Além disso, Freire fomenta o ódio explicitamente na página 40 em que escreve que “está errada a educação que não reconhece na justa raiva um papel altamente formador” e na página 79 em que declara que “uma das questões centrais com que temos de lidar é a promoção de posturas rebeldes em posturas revolucionárias que nos engajam no processo radical de transformação do mundo”. Que tipo de educação é essa que quer fomentar raiva e ódio em detrimento de fomentar o conhecimento? Que quer galgar os caminhos da luta de classes em vez de tentar pensar uma igualdade?

Outra coisa que enfurece extremamente é a doutrinação pregada ao longo de toda ideologia freiriana. O bom professor para o patrono é aquele que traz o aluno para o íntimo do movimento de seu pensamento (do pensamento do professor), que o professor, “por respeito” aos alunos, não deve se omitir que deve revelar com facilidade sua maneira de ser e pensar politicamente (página 96). A educação, justamente por respeito aos alunos, deve sim tomar uma postura mais neutra, um professor numa sala de aula é como um presidente de uma assembleia, não pode tomar partido para não guiar as discussões para uma área que irá exaltar certo ponto de vista em detrimento de outro, seja esse ponto de vista qual for. Não é certo que professores façam de salas de aula palanques políticos, centro de desabafos e coisas afins. Professores não têm liberdade de expressão em sala de aula, um professor de matemática não tem a liberdade de chegar na classe e ministrar uma aula de português ou química ou fazer discursos dos mais diversos. O professor de matemática, assim como o de português ou química ou qualquer outro, possui liberdade de cátedra para escolher o melhor método de ensino, até mesmo o freiriano.

O produto desse tipo de pensamento vemos na decadência da cultura no país, na decadência da situação política e na decadência da própria educação. Hoje o meio acadêmico, em especial a licenciatura, está impregnado com essa linha de pensamento progressista e ninguém possui coragem para criticar esse método socioconstrutivista. A educação com certeza só voltará aos trilhos quando Paulo Freire deixar de ser reverenciado, for deposto do título de patrono e, uma grande sugestão, for substituído por alguma pessoa como o professor Pierluigi Piazzi.



“O sistema educacional brasileiro faz descer a escada. Qualquer Pedagogia baseada em Vygotsky, Piaget e Paulo Freire é uma desgraça." Pierluigi Piazzi
Bruno D W 16/02/2019minha estante
Parabéns, cara. Posso não concordar contigo em tudo, mas essa resenha certamente mexeu bastante com as minhas crenças.


Leonardo.H.Lopes 16/02/2019minha estante
Obrigado.


LisboaPB 16/02/2019minha estante
Concordo com voce em todos os aspectos. Quando li esse livro vi que Paulo Freire nao representou nem um pouco um lider educacional. E quando o critiquei em sala de aula, fui acusado de "traição" pelo o que parecia. Um absurdo. Como só por que possui um titulo não quer dizer que não possa ser criticado negativamente. Um absurdo.


Leonardo.H.Lopes 16/02/2019minha estante
Um absurdo. Quando eu terminei de ler esse livro, comecei a prestar atenção em certas coisas que começaram a me incomodar. Um dia vi uma postagem no facebook de um ex-professor de História, por quem nutria um grande apreço, e essa postagem me deixou bem incomodado. Comentei e critiquei Paulo Freire, foi o meu fim. Disse que eu não tinha autoridade suficiente para questionar, que eu deveria estuda, quem eu era para dizer um "A" contra Freire, fui chamado até de idiota.


Mi 16/02/2019minha estante
Curti a critica, embora precise ler sobre ele para tirar minhas conclusões e poder argumentar com mais informações. Se me permite o atrevimento o que você pensa sobre a metodologia Montessoriana?


Leonardo.H.Lopes 17/02/2019minha estante
Oi Mi, obrigado. O método montessoriano também prega uma autonomia, um desenvolvimento natural das características e conhecimentos das crianças e, embora eu acredite que devemos sim ter uma certa liberdade para nos construir e nos colocar no mundo, não acredito que quando crianças somos autônomos no sentido de construir o conhecimento sozinhos. A pedagogia montessoriana acredita em uma classe com alunos com idades variadas e some com a figura do professor, literalmente é as pessoas se educando entre si mediatizadas pelo mundo e critiquei isso na minha resenha. Além disso, nessa metodologia cada aluno tem oportunidade de escolher o trabalho e assunto que mais lhe interesse e eu acho isso meio perigoso. O que uma criança ou adolescente acharia interessante? Será que se não houver uma certa "pressão" para que crianças e adolescentes, até mesmo adultos, estudem português e matemática ou química, física e história eles vão estudar por conta própria? Eu não sei você ou quem está lendo isso, mas se eu não tivesse sido cobrado, se não tivesse medo de ser reprovado na escola eu não teria chegado onde cheguei e talvez nem gostasse tanto de ler e estudar como hoje. Quando somos crianças e jovem não temos muita noção das coisas, creio que devemos aprender o básico para aprender a pensar, aprender a ler direito, a escrever mais ainda, a fazer contas e etc, nem que obrigados. A gente só dá conta de que aquilo é importante quando alcançamos uma maturidade X, aí sim que a autonomia surge. Uma casa é erguida em alicerces, o conhecimento também. Acho que são essas minhas considerações e as questões que devemos fazer ao analisar esses tipos de pensamentos.


Mi 18/02/2019minha estante
Concordo contigo em partes penso que uma base "genérica" no sentido de que deve ser generalista e ter um pouco de tudo deveria ser comum a todos, como saber das possibilidades sem tomar conhecimento das mesmas. O processo de aprendizado é uma via de mão dupla a criança pode deve e é natural que faça descobertas no campo empírico, mas ainda sim vejo necessária a presença de um mediador, o professor não transmite apenas conteúdo mas valores , presença, e afetos sim isso mesmo visto que passamos mais tempo da nossa vida/infância no ambiente escolar do que com familiares muitas vezes a escola é uma pequena sociedade. Só acredito que o método aversivo e punitivo de ensino, pensado pelo lado de evitar as consequências, como nota baixa e reprovação não deveria ser o motivador do empenho do aluno a se aplicar aos estudos, infelizmente isso é que mais ocorre na nossa realidade brasileira perde-se muito por querer apenas passar na prova, mas acredito que a questão de educação é cultural e sem querer causar politica também, o que funciona na Noruega pode não funcionar aqui, por questões estruturais, sociais e culturais, mas acredito que devemos olhar com carinho e tentar absorver o que é bom sempre, a educação publica brasileira está indo muito mal, valorização do corpo docente então nem se fala e isso não é bom, mas acredito que a conscientização e o pensamento critico assim como você expôs na sua resenha, além da revindicação dos diretos para a classe seja o caminho para reparar os danos. Fazer as coisas mudarem de rumo requer trilhar novos caminhos, repertórios inéditos sobre as coisas antigas já tentadas antes e que não deram certo já sabemos. resta-nos modificar a realidade que temos hoje para colher novos frutos mais a frente!


Leonardo.H.Lopes 18/02/2019minha estante
Acho a questão de pontos um pouco complicada. Já fui crítico do sistema, mas, para o bem ou para o mal, pessoas reagem a incentivos e precisam de um reforço para fazer determinadas coisas; sem contar que as coisas precisam ser medidas em um certo ponto senão fica tudo muito subjetivo e o que já está ruim fica pior.
Super apoio a ideia de que precisamos de novos pensadores na área da educação para reformar as coisas que já não deram certo. Alguma coisa precisa mudar e acho esse tipo de conversa que estamos tendo, mesmo que não sejamos da área educativa, é superimportante e um começo para se abrir para o novo e só de pensar que já causei questionamentos, como o Bruno que já se manifestou aqui e você que conquistou todo meu respeito pelas trocas de ideias aqui no Skoob, já fico feliz.


Gustavo 19/04/2022minha estante
Leonardo, li sua resenha e sinto que nossas leituras do livro foram um pouco diferentes. Antes de expor o que discordo em relação aos seus comentários, quero deixar claro que foi a única obra dele que eu li completamente até o momento. Pode ser que no resto das obras ele siga um caminho diferente do que o que compreendi aqui. Espero que você se lembre o suficiente desse livro (apesar de ter lido há 3 anos) para que consigamos debater um pouco!
Em relação ao "ninguém educa ninguém", meu entendimento é que o educador é incapaz de transferir totalmente sua forma de compreensão de um tema. O educador pode (e deve) trazer o conteúdo, mas ele não tem que trazer algo "pronto" que o aluno só internalize (ou memorize). Ele deve dar bases para o aluno compreender o assunto. Por exemplo, dar bases sobre a montagem da Guerra Fria e permitir ao aluno que escolha, ou não, um dos lados para defender. E é aí que entra o "pensar certo". No primeiro capítulo, para mim ele deixou claro que "pensar certo" é pensar criticamente: não é só aceitar o que o professor (ou a televisão, a propaganda) diz como a verdade universal, mas sim questionar aquilo. Questionar o porquê de tal formulação da visão de mundo. Compreender essas razões de ambos os lados (o favorável e o crítico a tal visão) e, a partir disso, escolher o que te parece mais adequado. Em nenhum momento ele dá a entender que o pensar certo seja algo diferente disso. Como ele diz na página 15 (final do tópico 1.1), "uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiado certos de nossas certezas" - ou seja, questionar/duvidar de tudo. Apesar de sua posição explícita contra o neoliberalismo (que pode ou não ser visto como um "deslize" na própria epistemologia dele), em vários momentos ele dá a entender que o aluno pode escolher apoiar o que quiser, inclusive visões de direita. A questão é ter claros os motivos para isso e não se recusar a ouvir o outro lado.
Quanto ao seu comentário de que "Freire fomenta o ódio explicitamente", ele faz o exato oposto. O parágrafo que você citou termina com a frase "O que a raiva não pode é, perdendo os limites que a confirmam, perder-se em raivosidade que corre sempre o risco de se alongar em odiosidade" (p. 40). A "raiva", nesse trecho, me parece assumir muito mais o sentido de uma inconformação com a desigualdade do que um ódio. É claro que, sabendo das opiniões políticas do autor, podemos depreender que para ele essa inconformação resulta no engajamento de uma luta de classes (porque ela já existe, dentro da teoria socialista, ela não "se cria" em um determinado momento). Mas, tirando esse fato, essa "raiva" pode também levar a uma busca pela igualdade que não passe pela teoria socialista. Independente de qual vertente política você siga, se inconformar com as situações de vida degradantes de determinados grupos da sociedade me parece ser uma mínima expressão de humanidade. E é exatamente nesse caminho que surge a crítica dele ao neoliberalismo: o sistema nesse momento passa a naturalizar a pobreza e a miséria, lidando com eles como um fato que não pode ser solucionado - na minha opinião, uma visão que de fato nega a condição de humanidade.
E, por fim, quanto à neutralidade, meu entendimento é que o Freire pede que o professor não assuma uma suposta neutralidade que disfarce o discurso. Por exemplo, impor o discurso neoliberal do "fim da história" sem expor que você é de direita, ou expor apenas os absurdos de guerra dos EUA e não mencionar os da URSS sem previamente se colocar como alguém de esquerda. É impossível transmitir conteúdos de forma totalmente neutra. A comunicação está embutida com as ideologias e visões de mundo de quem comunica. O professor pode (e deve, como o próprio Freire diz) estar aberto a ouvir os dois lados e trazê-los para a sala de aula, mas deve também deixar clara sua posição política. O que o Freire diz é justamente o discurso dos defensores da baboseira denominada "escola sem partido": o professor não deve fingir ser neutro em algo que ele não está sendo neutro. Se os seguidores dele usam esse postulado dele para outra coisa, aí é uma crítica que cai sobre a prática, e não sobre a teoria.
Eu não sou freireano, porém sinto (de novo, apenas pela leitura desse livro) que ele é muito mais aberto à pluralidade do que muitos crítico dele dizem que ele é. Ao longo de todo o livro ele assume a postura de que você pode, sim, ter uma opinião política, mas deve estar sempre aberto a ouvir o outro lado e a mudar de opinião.




Ana 22/07/2017

Um comício em forma de livro
Sinceramente, mais de uma vez eu revirei os olhos lendo esse livro.
Ainda bem que são poucas páginas, tive que ler OBRIGADA.
Muita política e pouca pedagogia.
O autor também repete chavões, e a leitura é muito cansativa. Só pros fãs do Freire mesmo, o que eu não sou.
Joanna.Gama 15/09/2017minha estante
Concordo


Ana 09/10/2017minha estante
Isso explica muita coisa.


Ana 09/10/2017minha estante
Explica o motivo de tanta gente sair das faculdades mais preocupado com ideologias do que propriamente com a educação em si.




Luis Brudna 02/12/2010

Muita ideologia e pouca pedagogia
Digamos que o livro é 90% sobre ideologia (anti-neoliberal) e 10% sobre pedagogia. Seria bem mais interessante se fosse o contrário.

Não gostei.
Pipo 25/02/2016minha estante
Exatamente. Luis, diga-me, como pode alguém propugnar pela ´´luta de classes`` em vez de lutar pela língua portuguesa, pela matemática, pela história, entre outras matérias?


Vitor.Rossatti 14/10/2016minha estante
Eu jamais deixarei meu filho ser educado sobre os ideais de Paulo Freire.


Daniel.Martins 07/02/2018minha estante
Concordo totalmente com você. Esperava um livro mais técnico, não uma autoajuda disfarçada...




FNEVES 30/04/2009

O porquê que eu abandonei esse livro.
Eu poderia estar dizendo uma grande asneira, mas sinceramente eu não gosto do Paulo Freire. (Essa antipatia pelo Freire deve ser por causa do curso normal que eu fiz e que a maioria dos meus professores o venerava). A leitura não me cativou. Não esquecendo que opinião cada um tem a sua...

OBS: Para mim não existe livro ruim. Pelo menos ainda não encontrei nenhum. Por isso as duas estrelas.

gleica 27/03/2010minha estante
ta certa vc não é a primeira na minha sala 40% das meninas detestam este autor e também o livro, repeito a opnião mais um dia posso te convencer do contrario?


Rudy 03/09/2015minha estante
Estou lendo e você não está errada. Tanto nele como no Pedagogia do Oprimido, Freire não é um educador, é um ideólogo. Sua teoria é mais ideologia e palavrório auto-justificado sem apelo a fatos em si mesmo. A quantia de vezes de uso de cacoetes, "crítico", "oprimido", etc., não dá apenas sono, o que seria tolerável, causa mal estar. E toda pessoa que se diz oprimida ela tem que saber dizer o que a oprime, e quando vai-se discutir desapaixonadamente as causas do que ela pensa ser opressão, vê-se que não há opressão real, mas apenas sentida, e a discussão das causas alegadas de opressão demonstra que Paulo Freire, como seus adeptos, não convencem. Não é à toa que o principal teórico influência de Freire é Karl Marx, o pai teórico do genocídio político.




Joe Silva 25/08/2010

Não é auto-ajuda
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para desspertar a curiosidade e a críticidade de cada educando. O educador ultimamente tem sido apenas meros transferidores de conhecimento, mas o verdadeiro papel do educador é ensinar. Não existe docência sem discência, por que tanto o aluno precisa do professor, como o professor do aluno. Ambos são necessários para a busca do conhecimento. O educador tem que desenvolver a curiosidade em seus alunos para que eles por conta própria tenha a curiosidade de investigar e aprender coisas novas. Também o educador tem que respeitar os conhecimentos de cada educando, pois é através desses conhecimentos que se formarão seu carater. Paulo Freire, nesse livro tenta mostrar para os educadores como é importante a relação professor/aluno. Um livro que muitas vezes é tomado como auto-ajuda, mas que é muito util para pedagogos.
termocolantes 07/01/2018minha estante
O conteúdo do comentário me fez não entender o porquê da avaliação de uma estrela...


Rita423 30/10/2018minha estante
Concordo com @termocolantes. Quem chama de auto-ajuda é, no mínimo, desonesto ? não suporta perceber que a luta de classes está inerente em todos os espectros da vida, em especial na educação.




Fabiano 17/08/2010

O necessário para as necessidades
Concisa, determinada e corajosa. Essas três definições servem para resumir o que é a injeção de inspiração e motivação da obra de Freire: pedagogia da autonomia. Incansável, o autor demonstra a sua preocupação não só com o método de ensino ou didática utilizada pelo professor; vai muito mais além, de forma profunda, busca diversos aspectos que fazem parte da relação entre educando e educador, os quais significamente podem produzir resultados na esfera cultural, social, econômica e política. Baseado na ética, na dignidade do ser humano, Freire nos mostra a importância da autonomia do ser, ao colocar em harmonia o humanismo e a educação.

Já no início do livro, primeiras palavras, o autor deixa claro que seu foco central é “a formação docente ao lado da reflexão sobre a prática educativo-progressista em favor da autonomia do ser dos educandos.”(FREIRE, 1996, p.13). No decorrer da obra, se identifica como, maravilhosamente bem, Paulo Freire consegue ismiúçar essa idéia com clareza através dos capítulos: Não há docência sem discência; educar não é transferir conhecimento; ensinar é uma especificidade humana. No primeiro dos três capítulos, o qual particularmente acho o mais interessante, destaca-se muito bem a idéia de politicidade da educação, mesmo que o termo seja usado no segundo capítulo, fica evidente que ao refletir e atacar o tecnicismo utilitarista defendida pelos neo-liberais, infelizmente ainda predominante na atualidade, Freire quer propor um algo-mais , uma proposta de elevação para devolver o sentido da educação ao homem, aquele que um dia pôde identificar que era possível aprender, e logo após, identificou o ato de ensinar.

É encantador encontrar em sua obra, assuntos como o de fomentar e não reprimir a curiosidade por exemplo. Um ato admirável , o de perceber algumas características simples do homem, que com toda complexidade imposta e exigida do educando, acaba-se perdendo no meio do processo ou até mesmo antes de ele se iniciar. Outro ponto que me chama atenção, é a questão de “se perceber”. Talvez um dos grandes erros ao longo do percurso da educação, seja o excesso de culpabilidade direcionado ao indivíduo na posição de aluno, do seu não-progresso, do seu insucesso no aprendizado. E aí, o autor foca na grande questão de se perceber, pois, ao se perceber, estabelecemos nossos limites, nossos erros e defeitos e assim se pode trabalhar e moldar um projeto melhor, mais eficiente, não apontando o insucesso do outro como culpa, só e somente dele, mas sim fazer parte integrante desse resultado e arriscar-se, desafiar os próprios limites que foram identificados ao se perceber e assim alcançar a superação.

Entre tantos outros assuntos, me vejo na impossibilidade de não falar da relação que trás o autor, ao abordar também a idéia da soma. Soma no sentido de somar conhecimentos, conteúdos, culturas, etc. Se ver na posição de “aprendente” enquanto ensina, que o processo é de troca, e não uma mera passagem, uma transmissão de conteúdo. Que não existe um sujeito ativo e um passivo, um falante e um ouvinte, mas é reciproco, um projeto conjunto que visa o crescimento dos dois indivíduos.

Talvez a única crítica “negativa” que tenho a fazer sobre a obra, o que não é fácil depois de se deparar com um conteúdo magnífico, é sobre a utilização da palavra “exige” em todos os subtítulos do livro. Ao levar para uma outra percepção (psicológica talvez) penso que a repetição de “exige” leve o leitor a entender num primeiro momento, e pensar somente na dificuldade desse processo de lapidação – o qual realmente não é nada fácil, e que isso possa interferir na leitura e interpretação da obra.

Enfim, tenho como indispensável o livro pedagogia da autonomia não só para professores ou futuros educadores, mas para todos que passam por esse processo de ensino e aprendizagem, para que tenham em mente a quantidade de fatores que o compõe. Paulo Freire é assim, necessário para as necessidades existentes no área educacional.

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.¹

¹ Wikipedia. Paulo Freire. Disponível em: . Acesso em 14 de 2008.
cilinha 16/09/2012minha estante
Gostei muito!


Thaisa.Pedron 20/11/2016minha estante
Muito bom a sua colocação!! preciso ler, mas se não der tempo já estou com o conhecimento central do livro. muito obrigada!




Nêssa 01/07/2015

Clássico de PAULO FREIRE
Li esse livro pra um trabalho da faculdade, obviamente já tinha ouvido falar dele, mas não havia interesse maior, até o momento em que se fez necessário que eu o lê-se, não vou mentir, foi uma crise concluir a leitura, apesar do número de páginas não ser grande, a principio o livro me pareceu um pouco confuso, talvez pela divisão em tópicos que não necessariamente eram o que eu esperava, não sei, houve dias em que li 3 páginas e já pegava no sono, quase abandonei a leitura, mas lembrei que não podia fazer isso, então segui a diante, e sim li muitas coisas interessantes, coisas que me acrescentaram, e que inclusive foram de muita ajuda para outro trabalho, e que ainda serão bem úteis tenho certeza. Nenhuma leitura é em vão ou sem importância, adquirir conhecimento é sempre bom e necessário.
Thaisa.Pedron 20/11/2016minha estante
Espero que esteja certa quando ''nenhuma leitura ser em vão''


Davenir - Diário de Anarres 31/12/2016minha estante
Se o livro é esteticamente desagradável a ponto de fazer dormir é o menos importante para livros deste tipo. Isso não é um romance...




Marcinhow 12/04/2021

Um tanto prolixo.
Encontro dificuldade ao escrever essa "resenha", falar de Paulo Freire requer alguns cuidados.
Há pessoas que o defendem com unhas e dentes, quando há outros que o atacam como a pior criatura que já pisou na terra.
Acredito que seja preciso saber separar a obra do "artista".
Nesse livro, Paulo Freire destaca a importância da empatia, do amor ao ensinar, e como isso pode trazer benefícios grandiosos à sociedade.
O que menos gostei, acredito que seja uma característica do autor, já que vi outras pessoas reclamando sobre isso, é o fato dele ser prolixo, muitos parágrafos compridos poderiam se resumir em apenas uma frase. Por vezes, pareceu me que, páginas inteiras giravam e giravam em torno de um tema, e não saia do lugar.
Acredito que antes de sair por ai falando mal de Paulo Freire, porque viu um vídeo no YouTube informando que ele é o mal responsável pelo precário sistema educacional do país, é necessário o ler, só para depois levantar alguma bandeira.
Luara.Carolina 12/04/2021minha estante
Ler Paulo Freire , está na minha lista. Valeu a dica


Marcinhow 12/04/2021minha estante
??




Clio0 09/09/2011

Pedagogia da Autonomia ou Como Boas Ideias Se Tornam Práticas Terríveis
Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire faz parte da sua proposta de Pedagogia do Amor,que é brilhante; almeja não o ideal grego, mas o arnarco-comunista.

As noções de curiosidade epistemológica são claras, mas o livro é obviamente mais um manifesto em favor de sua proposta e menos um estudo científico ou mesmo um manual de discussão das práticas proposta por Paulo Freire, como é vendido por algumas livrarias e proposto por algumas coordenadorias.

Esse livro foi escrito há quase 15 anos, qualquer um que leia o livro pode ver claramente as diferenças no que foi proposto e no que resultou a educação brasileira, particularmente a pública paulista.

Uma de minhas críticas ao livro é que ele é cheio de afirmações sobre a situação escola-sala e o resultado da proposta de PdA, porém não há quase nada sobre os métodos de ensino e absolutamente nada sobre a metodologia empregada na experiência. Se alguém ler esse livro esperando uma ajuda prática vai se ver na mão com um panfleto ideológico.

Em suma, para quem quer ler o livro, tenha em mente: o autor levou em consideração inúmeras variáveis, porém se esqueceu do principal - essa é uma pedagogia do Paulo Freire, para o Paulo Freire, com os alunos situados historicamente do Paulo Freire..., mas nem todo mundo é Paulo Freire.
Jerre 22/11/2021minha estante
Perfeito!
Ainda acrescento o absurdo contido na página 104, quando o autor aborda as decisões dos adolescentes. Ideia que tem que ser conhecida e repudiada por quem tem o mínimo de bom senso.


Anderson.Natanael 07/09/2023minha estante
Na realidade seu comentário foi válido no sentido de metodologia, mas posse te afirmar que é um equivoco falar que a educação paulista foi Freireana, pois sabemos que antes do plano nacional de alfabetização o educador foi preso pela ditadura militar e logo após foi exiliado na Bolívia. A ideologia ocorre em qualquer obra do Paulo Freire, pois sabemos que ideologia do opressor também atinge e camufla as classes sociais existente. Paulo Freire em sua obra da "Pedagogia da Autonomia" demonstra como vivemos em uma sociedade que é produto do processo histórico de exploração e violência contra a cultura que não seja a do continente Europeu. Uma pedagogia que desmistifica a realidade posta.




regifreitas 27/06/2019

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA (1996), de Paulo Freire.
“Primordialmente, minha posição tem de ser a de respeito à pessoa que queira mudar ou que recuse mudar. Não posso negar-lhe ou esconder-lhe minha postura, mas não posso desconhecer o seu direito de rejeitá-la. Em nome do respeito que devo aos alunos não tenho por que me omitir, por que ocultar a minha opção política, assumindo uma neutralidade que não existe. Esta, a omissão do professor em nome do respeito ao aluno, talvez seja a melhor maneira de desrespeitá-lo.” (p.69)
“Nas minhas relações com os outros, que não fizeram necessariamente as mesmas opções que fiz, no nível da política, da ética, da estética, da pedagogia, nem posso partir de que devo ‘conquistá-los’, não importa a que custo, nem também temo que pretendam ‘conquistar-me’. É no respeito às diferenças entre mim e eles ou elas, na coerência entre o que faço e o que digo, que me encontro com eles ou com elas” (p.132)

Essas ideias pertencem ao homem que os adoradores do antipresidente desejam excluir da educação brasileira. Somente o nosso mais renomado e respeitado intelectual lá fora, lido e estudado em diversas instituições de ensino no mundo. Alguém que pregou, sobretudo, o diálogo e o respeito, mesmo em relação às pessoas de posicionamentos diferentes dos dele. Também jamais se pôs a demonizar ou ansiar pela eliminação dos seus opositores, pois acreditava na pluralidade de ideias.

Diálogo e respeito, aliás, são duas coisas que esse governo passa longe de entender e praticar. Prefere o discurso autoritário e busca a eliminação da diversidade de pensamento. Com a falácia de combater a ideologia - sempre a da esquerda -, querem impingir sua própria ideologia - que de neutra não tem nada -, bem mais nefasta, visto que não considera o espaço do outro.
ElisaCazorla 27/06/2019minha estante
Adorei sua resenha e seus apontamentos!


Tatiane 15/06/2020minha estante
Devorei este livro hj. Acabei agora e vim aqui e vi sua resenha. Concordo plenamente com o que vc escreveu.




Adriano 08/09/2023

Muito mais do que nos trazer saberes necessários à prática educativa, Pedagogia da Autonomia explicita o amor que Paulo Freire nutria pelo ato de ensinar (e de aprender ao ensinar). Ainda que em certos momentos a leitura se torne levemente cansativa, na maior parte do tempo o texto flui enquanto somos expostos a pensamentos e conselhos fundamentais (que algumas vezes soam até mesmo óbvios), mas que deixamos de lado em nossa prática docente.
Pedagogia da Autonomia é um livro a ser lido não só por todos os educadores, mas também por cada indivíduo que deseje uma sociedade mais ética, justa e democrática.
Bruna.Cristina 08/09/2023minha estante
Excelente comentário


mpettrus 08/09/2023minha estante
Excelente ?




Rose 20/11/2010

Na introdução de Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire coloca em evidência a sua proposta, a qual se posiciona contra uma Pedagogia determinada e fatalista, opondo-se a concepção de que o educador deva adaptar seus alunos a uma sociedade injusta e neoliberal. Por isso, convida seus leitores, professores em formação, a refletirem sobre uma prática educativa que esteja baseada na ética, sendo de relevância suprema a sua efetivação e não “devaneio de sonhador inveterado”.
A prática educativa só é Pedagogia Ética quando esta estabelece “intimidade”, entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que os mesmos dispõem. Esta proposta está baseada na construção de um ensino voltado para o pensamento crítico, pois necessita de profissionais competentes, que pensem “certo” e que criam possibilidades de construção efetiva, opondo-se ao ensino de transferência de conhecimentos.
Carlos.Lyra 10/04/2020minha estante
Excelente livro. Com linguagem acessível e uma clareza ímpar, Paulo Freire apresenta um verdadeiro manual de como um educador deve atuar na relação com o saber e com o outro. Não há uma frase que se possa retirar ou pôr nesse livro, cada parágrafo é cheio de significados. Nada melhor do que aprender com um verdadeiro mestre na arte de educar.




Leon 03/08/2019

Doutrinação
Doutrinação marxista pura e simples. Não à toa nossa educação é a penúltima pior do mundo.
Leiam Desconstruindo Paulo Freire, ao menos para terem contraponto.
Vitor.Rossatti 16/08/2019minha estante
Ao menos um comentário lúcido aqui.




Célio 30/05/2011

Muita conversa e pouca prática!
Muito bonitas as coisas todas que ele diz, como devemos agir como professores em busca da educação/ensino perfeito que irá funcionar para sempre, mas todos sabemos bem que na prático nada é um mar de rosas! Boa teorias, mas difíceis de serem aplicadas!

Não consegui ler até o fim.
Davenir - Diário de Anarres 31/12/2016minha estante
Mas o livro é teoria, ele não pode fazer a prática por você.




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