Nathalya Porciuncula 16/12/2020Leitura de aconchegoÉ sempre uma satisfação pra mim ler um livro do meu querido Mario Quintana. É, assim, íntimo mesmo, porque sinto como se ele fosse meu, meu amigo, meu avô, sei lá. Um alguém que tá sempre ali me esperando, disposto a me contar uns causos, umas coisas da vida, de Porto Alegre dos anos passados. Ele fala de tudo, fala sobre o clima, sobre as ruas, pessoas que conheceu, noticias do jornal, faz até fofoca esse danado! E ainda por cima tem um humor ácido, uma ironia sempre na ponta da língua, digo, na ponta da caneta.
E faz tudo isso ora com poesia, ora com prosa. E eu adoro!
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"Não pretendo que a poesia seja um antídoto para a tecnocracia atual. Mas sim um alívio. Como quem se livra de vez em quando de um sapato apertado e passeia descalço sobre a relva, ficando assim mais próximo da natureza, mais por dentro da vida. Porque as máquinas um dia viram sucata. A poesia, nunca.
Poema intitulado "De uma entrevista para o boletim do IBNA" presente no livro "A vacabe o hipogrifo".