As Intermitências da Morte

As Intermitências da Morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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Jeff_Rodrigo 16/02/2024

Tive várias sensações ao ler esse livro. Em alguns momentos, ri. Já em outros, fiquei melancólico.
No fundo, também fiquei com vontade de que a morte faça greve na minha hora derradeira.
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Bela 15/02/2024

Intermitências
?Compreende-se facilmente, um pouco de imaginação bastará, que o posto de trabalho da morte seja porventura o mais monótono de todos quantos foram criados desde que, por exclusiva culpa de deus, caim matou a abel. Depois de tão deplorável acontecimento, que logo no princípio do mundo veio mostrar como é difícil viver em família, e até aos nossos dias, a cousa tinha vindo por aí fora, séculos, séculos e mais séculos, repetitiva, sem pausa, sem interrupções, sem soluções de continui-dade, diferente nas múltiplas formas de passar da vida à não-vida, mas no fundo sempre igual a si mesma porque sempre igual foi também o resultado. Na verdade, nunca se viu que não morresse quem tivesse de morrer.?

Esse é o segundo livro que leio do Saramago, muito motivada pela primeira leitura que foi O Homem Duplicado, da qual gostei muito. O mote de As Intermitências da Morte eu já conhecia pela fama do livro e do autor, mas o desenrolar da história não era o que eu esperava, superou minhas expectativas.
O que eu mais gostei da história é que ela parece ter sido escrita em duas partes: primeiro o acontecimento e suas consequências; depois a motivação da morte. Quando li a primeira página, não pensei em metade das complicações que a ausência da morte traria, e a cada uma que o autor incluiu na narrativa, eu ficava mais e mais interessada pela leitura. A construção da personagem morte também é incrível. A descrição varia entre rasa e profunda, sendo o suficiente para deixar a imaginação trabalhar.
A única coisa que eu não achei excelente foi o recurso utilizado para finalizar o livro, que achei muito similar ao de O Homem Duplicado. Mesmo assim, recomendo demais a leitura!
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Marina 15/02/2024

Conto bem-humorado sobre a morte
Humanizar a morte e nos fazer rir com ela é um desafio que poucos conseguiriam superar com tanta facilidade quanto Saramago.

Não foi meu preferido dele, achei um pouco longo para o tema, caberia melhor em um conto. Vale a pena ler pela escrita, mas se fosse escolher um, leria ensaio sobre a cegueira ou sobre a lucidez.
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Lê Paiva 10/02/2024

As intermitências da morte
É um livro muito bom, mas a estrutura é um pouco diferente. Ele não tem travessão nas falas, então você tem que prestar bem atenção para entender quem está falando com quem.
O tema é muito bom e com certeza daria uma série de umas 3 temporadas muito boa!!
Black mirror está perdendo de fazer pelo menos um episódio inspirado nesse livro.
E o plot twist final é incrível, fiquei chocada!
Minhas 3 estrelas são mais por conta da estrutura que achei um pouco difícil por não ter sinalizações de diálogos clara
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Poliana 10/02/2024

As facetas da morte
Amei como esse livro começou e também de como terminou, eu nunquinha imaginei que as coisas fossem se encaminhar para esse tipo de final então acabou deixando a jornada ainda mais fascinante. O livro é muito divertido e fiquei admirada de como o autor teve trunfos para expandir o assunto da morte ou da falta dela, e de como tudo isso implicaria nas nossas instituições terrenas e também nas espirituais.
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Andréia 10/02/2024

As intermitências da morte realmente são fatos que não paramos para pensar em tudo que poderia acontecer se a morte não mais existisse. Excelente escrita, bem humorada e irônica da forma de se reinventar das pessoas da comunidade.
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LorenaFontes 10/02/2024

Saramago tem uma forma única de escrever sobre a sociedade, os temas são únicos, e deles Saramago transcreve tão bem como a sociedade se portaria a cada condição imposta. Apesar de cru, me senti menos desconfortável com esse tema. Mesmo assim não deixa de ser uma leitura que requer mais atenção e jamais indicaria para uma pessoa que quer conhecer as obras de Saramago. Senti bastante dificuldades em alguns pontos da leitura, principalmente na segunda parte.
O final também não me deixou muito satisfeita, mas no todo é uma obra brilhante e original.
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Leticia Arenhart Canal 04/02/2024

Saramago não decepciona
Uma fábula divertida, interessante e por fim reflexiva sobre algo tão natural: a morte. Vale a leitura.
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Mark 03/02/2024

Um grande desvio na rota do desfecho esperado!
Antes de qualquer desenrolar de escrita, quero pontuar que aqui neste texto não me debruçarei em escrever exatamente sobre a história do livro, com riqueza de detalhes, pois meu foco aqui será abordar minha experiência de leitura e tecer alguns comentários sobre pontos específicos que grifei durante este processo.

Que gosto dos livros do Saramago, não é novidade para aqueles que comigo convivem, no entanto, embora tenha apreciado outros livros do autor, este em específico me cativou desde a primeira página. Caso diferente do que me aconteceu ao ler o "Ensaio sobre a lucidez" que embora tenha sido uma excelente leitura, foi um processo de "paquera e conquista" até que me envolvesse de fato com a história.

Neste livro - que não me aterei em resumir, volto a destacar - Saramago cria um universo em que a morte resolve dar um pausa em seu trabalho, um país em que não se morre mais ninguém desde o dia primeiro de janeiro. No entanto, o que para muitos pareceu ser benção, torna-se um grande motivo de caos.

No que toca a isto, acho interessantíssimo que o autor nos traz problemas reais e pertinentes que assolariam qualquer sociedade em que tal caso se instalasse. Problemáticas como a questão dos hospitais, nos quais pacientes em estado terminal jamais morrem e acumulam-se aos corredores e demais salas, bem como questões previdenciárias, pois se ninguém morre, como poderá o governo sustentar infinitos aposentados no futuro? Ou até mesmo funerárias que agora se veem à beira da ruína por não terem mais clientes - e isto nos rende um hilário desfecho, que é a obrigatoriedade de enterros de animais de estimação, pois estes ainda morrem naquele país, para que se haja o sustento das empresas - e além disso, vem aqui um ponto muito interessante: a Igreja se vê desesperada diante da não mais existência da morte.

Isto me rendeu um bom trecho a ser observado pois tenho a característica de ser uma pessoa muito crítica à Igreja e seu sistema de governo. Desde menino, compreendo que o medo sempre foi uma das mais potentes armas que a religião - em termos gerais - usou contra aqueles que a seguem (e também aqueles que não a seguem). Sobre isto, Saramago (p. 36) denota

"As religiões, todas elas, por mais voltas que lhes dermos, não têm outra justificação para existir que não seja a morte, precisam dela como o pão para a boca."

Posteriormente, ainda na mesma página, o autor ao descrever sobre o medo e a morte, sob a abordagem da igreja, retoma que

"é para isso mesmo que nós existimos, para que as pessoas levem toda a vida com o medo pendurado ao pescoço e, chegada a sua hora, acolham a morte como uma libertação, O paraíso, Paraíso ou inferno, ou cousa nenhuma, o que se passe depois da morte importa-nos muito menos que o que geralmente se crê, a religião, senhor filósofo, é um assunto da terra, não tem nada que ver com o céu [...]"

No tangente a isto, creio que as palavras do autor, expressas pelo personagem, se bastem e não careçam mais explicações.

Para mais, acho muito interessante o modo como Saramago conversa com o leitor, por meio do narrador da história, fazendo comentários que explicam as curiosidades que ele mesmo, páginas antes, parece propositalmente nos evocar. Além disso, o autor também tem o hábito de se corrigir, de fazer notas e comentários sobre sua própria narrativa, o que traz ainda mais beleza ao escrito, pois sentimo-nos como quem ouve uma relato verbal, uma conversa à mesa.

Com o desenrolar da história, vê-se que a morte, outrora compreendida como a destruidora de futuros, agora é na verdade, como bem fala um dos personagens, aquela que, na verdade, promove a garantia de um futuro, quanto este comenta que "se não voltarmos a morrer não teremos futuro."

Embora saibas que isto nada tem a ver com a filosofia cristã, algo nesta frase me lembrou-a, uma vez que o Cristo, segundo os relatos dos apóstolos, destaca que - em síntese - devemos perder nossa vida para encontrar a verdadeira vida; devemos morrer (para o mundo) e renascer (para Cristo). Algo nesta relação me faz pensar um pouco que, embora o autor muito possivelmente não a tenha abordado, existe aqui no livro a lição de que é preciso morrer, é preciso que algo se finde para que algo novo se inicie. Quanto a este ponto não poderei guiar-lhes mais adiante, pois ainda é algo fresco em minha mente e sequer sei se virá a se sustentar em outras releituras deste livro. Deixo-lhes aqui a incógnita.

Já na altura da metade do livro, o autor parece resolver a questão central do livro - a "folga", assim digamos, da morte - e isto a mim gerou uma certa dúvida, pois, se o tema central do livro é solucionado, o que haveria de se desenvolver nas ainda outras mais de cem páginas restantes?

Bem, quanto a isto a resposta é simples: o autor parece nos inserir a uma história dentro da história. Agora vemos as dinâmicas, assim como os dilemas, da morte - agora retratada como um personagem propriamente dito do livro, e não mais como algo, uma ideia, uma filosofia.

A morte, com "m" minúsculo (aqueles que lerem o livro entenderão os motivos) agora, por meio das palavras do narrador, relata-nos com um certo tom engraçado, me permitam destacar, seu processo de matar as pessoas. No entanto, a ossuda depara-se com um teimoso, que insiste em não morrer e ela insiste em matá-lo. Esta rinha de gatos parece não ter outro fim senão a vitória da morte, mas algo completamente inesperado...

COMPLETAMENTE INESPERADO

... perdoem-me a interrupção gritante do texto, mas não poderia deixar de destacar meu espanto e ao mesmo tempo admiração pelo "desvio da rota esperada" que o autor nos encaminha, levando-nos a um desfecho jamais cogitado.

Este livro me deixou além de boas risadas, pois sim, trata-se de uma obra com um bom tom de humor, excelentes reflexões sobre a vida, sobre a morte, sobre a sociedade e, inclusive, sobre as palavras, pois como em mais de um momento o autor nos lembra: as palavras mudam, seus significados mudam, o que elas dizem, muda! e não devemos nos ater aos significados do passado apenas, mas compreender seus novos usos.

Com isto eu findo o meu relato desta leitura e espero deixar-vos com um leve desejo de ler e mergulha neste universo.

Um abraço e boa leitura.

site: https://umlinsqualquer.blogspot.com/2024/02/as-intermitencias-da-morte-jose-saramago.html
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Luana 02/02/2024

Pra mim foi uma leitura um pouco peculiar , a forma como ele escreve sem ponto final , sem exclamação, mistura os diálogos, às vezes torna difícil a leitura e é preciso reler para entender. A história em si é boa, sobre as consequências em um país em que a morte para de matar as pessoas, como isso afetou as funerárias, os lares de idosos , as famílias, a organização maphia que surgiu depois pra ajudar dar fim nas pessoas , o livro tem algumas partes arrastadas, porém um final muito bom.
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gibs28 01/02/2024

As intermitências da morte 01/02/2024
Nunca me senti tao burra lendo o livro,pensei em desistir diversas vezes porque os paragrafos imensos os dialogos sem marcaçao tudo me cansava,o livro começa a ficar melhor com a perseguiçao ao violoncelista,gosto muito das reflexoes filosoficas sobre como a morte é importante para viver,e tambem gostei de como ele relacionou a importancia da morte a igreja e crença,o livro é bom,mais cansativo
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Caroline457 31/01/2024

"No dia seguinte ninguém morreu."
Este foi o meu segundo livro do autor, tão complexo e bem escrito quanto ?Ensaio sobre a Cegueira?, por mais que não seja tão mórbido e pesado ao os compararmos. Nesta obra, conhecemos a morte sob a perspectiva criativa de Saramago, onde esta assume uma forma antropomórfica, fazendo com que todos inseridos naquele contexto se ponham a questionar sobre as implicações que a mesma gera enquanto a religião, filosofia, ética, entre outros campos de estudo.

As Intermitências da Morte foi uma distopia de altíssima qualidade, me fez refletir sobre o evento coletivo que aqui nos é apresentado através de uma bela escrita (por mais que difícil). Pretendo lê-la novamente para que, assim, possa ter uma experiência mais completa. 
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JuanComjota 31/01/2024

Das coisas que apenas Saramago seria capaz
Qualquer tentativa de descrever a força com que esse livro me atingiu seria inútil. José Saramago é dono de uma capacidade narrativa única, onde realmente se faz necessário esforçar-se para completar a leitura, mas a recompensa se não multiplicada, nunca ficaria abaixo do que se espera dele. Me causou uma grande ressaca literária, mas talvez seja proposital, preciso de alguns dias para refletir sobre a peça de arte que pude ter o prazer de conhecer.
Arte!
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Lili 31/01/2024

As intermitências do quase desistir, mas....
A morte fez valer o livro.

Não é o primeiro contato que tenho com o autor. Li Ensaio sobre cegueira e amei. O titulo do livro de "As Intermitências da morte" bem como a sinopse me chamou muito atencao. Fui com muito gás e expectativas ao livro e fui me decepcionando ate mais da metade com a história de uma forma exorbitante.

No início deste, em suma, na forma de relatos descritivos, com poucos diálogos ele mostra como os governos, as pessoas de forma geral e superficial, a igreja e sociedades criminosas foram lidando com o novo "normal".

Há um sarcasmo e crítica social que são ótimos de ler, questionamentos interessantes sobre as implicações das "férias " da morte em áreas q sequer imaginava como também o peso que a morte tem sobre aspectos do cotidiano de muitos, como da religião cuja base não vem de outro ponto senão da morte.

Estes aspectos te ajudam a prosseguir adiante na leitura. Pq no geral, "a primeira parte" do livro eu achei muito chata, morosa e pedante. E pensei em desistir várias vezes. Até mesmo pela linguagem rebuscada.

Mas eis que nos finalmente a história me prende com o retorno da morte, seu trabalho, sua personificação, o surgimento de um desafiante, de um violoncelista.

Parece que o livro são dois em um só, tamanha a diferença, ao menos para mim, de antes e depois deste fato. E com o aparecimento daquele que a morte não alcançou de fato, o envolvimento aconteceu. Rs e o livro me conquistou. Nós 45m do segundo tempo, fazendo-me dar as estrelinhas
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