As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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Alcinéia_az 13/07/2015

“A morte conhece tudo a nosso respeito, e talvez por isso seja triste.”

A morte decidiu oferecer aos seres humanos que tanto lhe detestam uma pequena amostra do que seria viver para sempre, isto é, eternamente, e, no dia seguinte ninguém morreu...
Não há no dicionário palavras suficientes para descrever este livro, até a metade ele é maravilhoso, daí para o final é muito melhor. Nesta obra Saramago critica a Igreja, o Estado, a mídia a e hipocrisia do ser humano, e, ao mesmo tempo nos emociona com um incrível romance... Perfeito!!!
Na primeira parte do livro a morte nos é apresentada como fatal, aquela que decide, e se com sua presença a humanidade sofre, em sua ausência esta definha. A morte passa de odiada, a desejada. Na segunda parte, a morte não perde o seu poder, mas ela conhece o único sentimento que lhe é mais forte e o qual não consegue vencer... o amor.
Emocionante!!!
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@raizaxavier 25/07/2015

Saramago surpreendendo
Um dos finais mais lindos que já li na vida!
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Laura.Mota 26/07/2015

Intermitências da morte
Saramago coloca mais uma vez em prática aquele tipo de pensamento que às vezes temos, do tipo "e se de repente o mundo....", que invocam o absurdo. Mas em Saramago o absurdo se torna possível e aqui a morte dá um chilique e resolve parar com seus serviços por um tempo. O que parecia uma dádiva logo se mostra um problema: a igreja, as funerárias, os filósofos, o governo se põem a pensar: E agora? O livro, que poderia ser trágico ou sinistro por conta do tema da morte se mostra leve e de algum modo divertido a partir do momento em que o narrador vai mostrando seu lado irônico e em que o leitor pode interagir com ele. A morte, agora personagem, (mesmo com o 'm' minúsculo, como ela mesma quer) se mostra mais humana do que poderíamos imaginar.
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Felipe Lima 24/08/2015

Nada Mais Humano Que a Própria morte
A cada livro que leio de Saramago mais surpreso e impressionado fico. Comprova-se claramente que sua fama é merecida, mesmo tendo alguns obstáculos (forma de escrita modernista e o idioma pt-pt) ainda sim, estes não conseguem ofuscar o brilho hipnotizante da obra do autor. "As Intermitências da Morte" trabalha sobre a figura da morte que assombra a todos os seres humanos. À medida em que Saramago humaniza a morte, ele também começa a desconstruir os temores humanos que a cercam, demonstrando que tememos ao que vem post-mortem e não a morte em si.
Extremamente sagaz e sutil, o autor lusitano consegue construir sua trama baseando-se numa antiga pergunta: "O que aconteceria se um dia nos livrássemos da morte?". A resposta mostra-se bastante crível quando o escritor passa por várias instituições humanas (como o Governo, a Igreja e a Famila) apontando como aquilo que o homem mais deseja, poderia levar a sociedade em que vive a uma situação de colapso. Depois de um breve momento de euforia, os homens percebem que a morte é uma parte vital do nosso ciclo de existência e que sem a mesma a vida torna-se quase impossível.
Num segundo momento do livro, após desconstruir o homem e sua relação com a morte, chega a vez da própria morte ser desconstruída pelo autor. Saramago consegue com maestria, dar feições tão humanas a morte (às vezes mais humanas que as das personagens humanas do livro) que é muito fácil para o leitor simpatizar com a ceifadora. Como todos a morte aos poucos sente, descobre e vivência sentimentos que são de características humanas (vaidade, culpa, pena), chegando ao seu clímax ao reconhecer-se de fato humana, quando a mesma se descobre falível. Até mesmo o violoncelista, que só tem destaque nos últimos 4 capítulos, consegue ter uma profundidade que nos cativa. Conhecê-lo por si e pelos olhos da morte nos dá uma chance de criar um carinho pela personagem que para alguns autores é difícil construir em poucas páginas. Encantado e satisfeito eu chego ao fim do livro, refletindo sobre as inúmeras questões postas pelo escritor as vezes de forma sutil, ora de forma irônica e outra de forma totalmente clara. Só mesmo Saramago para me fazer ler um capítulo inteiro e me fazer sentir diversas coisas: eu começava me divertindo no capítulo, no meio achava que o mesmo estava ficando maçante e quando chegava no final e eu tinha a ideia completa de onde o autor queria chegar eu pensava "Meu Deus... Isso é genial!"
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Luiz Gonzaga 17/09/2015

E a morte, onde está?
Saramago nos oferece uma ideia-armadilha: habitar um país cujo nome, por não interessar, não é mencionado; onde as pessoas mesmo não têm nome e onde, eis a armadilha, a morte se resolveu por interromper suas atividades por tempo indeterminado.
O que poderia representar o paraíso vai se convertendo no seu oposto à medida que nos damos conta de como nossos desejos - eu não queria morrer! - podem ser impensados e inconsequentes. Funerárias, hospitais, asilos, serviço de saúde e a própria igreja se deparam com a possibilidade de colapso enquanto os personagens, todos anônimos: o cardeal, o primeiro-ministro, o rei, o tocador de violoncelo; se agitam para entender e conviver com essa nova realidade, a falta que a morte faz. Então eis que, entre esforços para manter as aparências e disputas entre máphia e governo, a morte surge! É afinal a principal personagem, a que dá o tom, aquela que por suas decisões, indecisões e desejos, proporciona que viajemos para o mundo das pessoas sem nome incapazes de morrer, pra dentro de nós mesmos.
Saramago nos proporciona vários motivos e momentos de reflexão durante a leitura. Como as cartas de aviso que a morte resolve enviar, num rasgo de generosidade, aos seus próximos clientes alguns dias antes da hora fatídica: o que farão aqueles que souberem a data exata da sua morte?
A luta de interesses entre o estado em crise e o cidadão comum que, não pretendendo permanecer com doentes terminais eternos em suas residências, não vê alternativa que não seja negociar com a máphia o enterro dos seus entes queridos no estrangeiro.
O anonimato dos personagens que faz com que o leitor seja pressionado a comparar os dois mundos, o real e o imaginário, e concluir que afinal não são tão diferentes.
“As intermitências da morte” é um livro de perguntas: o que aconteceria se...? E ainda mais, um livro para reflexões: O que faríamos se...? É uma estadia no mundo dos sonhos.
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Luiz Bento 06/11/2015

Fôlego
Se tem uma coisa que Saramago sempre tira é o meu fôlego mental. E não é simplesmente por não separar os diálogos, por não dar nomes aos personagens, por não gostar de ponto final. Isso tudo ajuda, mas os diálogos que ele consegue produzir é algo simplesmente genial.

Incrível como esse livro começa de forma quase que tradicional saramagoniana, mas em uma segunda parte traz uma experiência completamente diferente que beira o non sense aliado ao humor. Em um primeiro momento achei que seria minha pior experiência com Saramago, mas é claro que a mudança de ritmo é algo planejado e meticulosamente calcularo. E ele sempre me surpreende e fecha a trama de forma magistral.
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Jonathan Hepp 14/11/2015

Vida, Morte e tudo o mais
"No dia seguinte ninguém morreu." Assim começa esta obra de José Saramago (primeiro escritor de língua portuguesa a ser agraciado com um Prêmio Nobel) que trata de descrever o que acontece quando em um país fictício, de um dia para o outro, as pessoas pararam de morrer. O que será das agências funerárias, dos hospitais, dos lares de idosos, das companhias de seguro, do governo e da Igreja (sim, da Igreja, pois
como o autor deixa claro, sem morte não há ressurreição, e sem
ressurreição não há religião) com esta aparente violação das leis naturais?
Não demora muito para que a criatividade e o improviso das pessoas, diante das dificuldades introduzidas pelo desaparecimento da Morte, resulte em situações inusitadas.
E assim, de absurdo em absurdo, o autor transforma este mote irreal em um dos mais realistas retratos da nossa Sociedade.
Saramago delega ao leitor a difícil tarefa de concluir que aquela que nos acompanha desde o nosso primeiro suspiro de vida, aquela que se faz presente mesmo no nosso momento mais solitário, que está no cerne do nosso medo mais elementar, ela, a Morte, é imprescindível à vida.
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Luis Cesar 24/12/2015

As Intermitências da Morte
Excelente! Jose Saramago conseguiu colocar leveza e bom humor em um assunto tão pesado como a morte. Livro de uma sabedoria incrível e que tira da morte esse peso de vilã, sendo ela divertida até. Temos críticas ao governo e a igreja. Uma leitura muito boa, um livro sobre morte, pela morte. Vale muito a leitura!
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Andressa C. 29/06/2018

"(...)palavras, se o não sabe, movem-se muito, mudam de um dia para o outro, são instáveis como sombras, sombras elas mesmas, que tanto estão como deixaram de estar, bolas de sabão, conchas de que mal se sente a respiração..."
Saramago é um mago das palavras. Ele sabe muito bem como jogar e elevar as palavras, tornando-as vivas devido a sua narrativa poética e, ao mesmo tempo, precisa.

Em As Intermitências da Morte, temos a história de um país onde não se morria mais. Com isso, ele vai nos mostrar como tal fato interfere na vida das pessoas deste país, trazendo à tona vários questionamentos sobre a necessidade de se morrer.

Saramago através do livro consegue nos fazer refletir sobre a morte, sobre medos, anseios e também sobre como a nossa sociedade se organiza e, por isso, ele é um dos mestres da literatura mundial.
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giovana 13/07/2018

ai ai saramago
quarto livro do saramago q eu leio e só consigo pensar pqp q homem. esse é engraçado, profundo e triste, tudo isso provavelmente na mesma página.
irônico demais demais demais e com umas sacadas incríveis
eu não sei mais oq escrever
saramago tudinho resto nadinha
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Mercurio2 14/06/2024

Que obra magnífica!
É um dos meus livros favoritos sem sombra de dúvida. E acredito que não vai ser o único entre as obras de Saramago.

Eu confesso que eu tive um pequeno receio da clara diferença de escrita do Saramago em relação a outros autores. Nada diferente aqui, acredito que todos passaram a mesma situação. Porém, me veio uma certa curiosidade em relação a isso e é isso que me fez ler uma de suas obras. Sua escrita é tão individual, que eu não consigo enxergar uma outra maneira de escrever essa obra além dessa.

A introdução a esse universo é bem dinâmico e você vai descobrindo as curiosidades e as peculiaridades do mesmo conforme a leitura vai fluindo. Ele não chega e te diz "nesse país, onde há um rei, um ministro...", não, você vai descobrindo conforme é necessário.

A história do velho e da criança sofrendo com as consequências da ausência da morte, e a família lidando com isso é um dos pontos mais fortes do livro, e que sinceramente? é a melhor parte do livro depois da última parte. Juro, essa parte mexeu MUITÍSSIMO comigo, tanto na questão filosófica (seria homicídio ou não?) e principalmente na emocionalmente.

A questão filosófica, religiosa e política é uma das partes mais chatas do livro PORÉM só pq é chata que não a faz necessária, é um dos pontos que me fizeram gostar dele, apesar de ser chata. Seria bem estranho se não abordasse essa parte.

O ROMANCE: confesso que não sou muito fã de romance, MAS esse conquistou o meu coração, 🤬 #$%!& , eu LERIA um livro só com a história desses dois.

Em resumo, Saramago trás questões importantíssimas e da o seu devido valor à elas. Com bastante humor e críticas sociais, nasce essa maravilha. A falta de explicação em uma parte, me deixa intrigado (SPOILER ALERT??!!) que é o pq só aquele país as pessoas são imortais?? pq não outros? enfim, apesar disso eu gostei bastante e tenho teorias sobre !! enfim, a obra é magnífica.
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Sara.Ferreira 17/12/2018

Tudo o que eu queria era ter conhecido a morte e o violoncelista mais cedo no livro. A história, na maior parte dela, me foi indiferente, achava interessante, mas no fim me apaixonei de um jeito que nem sei, fui pega de surpresa e até aumentei as 3 estrelinhas e meia que pensei em dar.
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Nath Moraes 18/12/2018

Depois de algumas tentativas e um sumiço na mudança, terminei esse com um sorriso no rosto.
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