As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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Isis.Borges 16/03/2021

Live and let die
Numa virada de ano, chateada por ser detestada pela humanidade, a sra. morte fez uma greve. Somente num determinado país ela desapareceu. No primeiro dia do ano ninguém morreu nesse país e eles comemoraram a incrível coincidência ou benção.
Com o passar dos meses o sumiço da morte se revelou um grande problema. Crise nos serviços funerários e de pensões, congestionamento nos hospitais, pessoas levando enfermos e idosos pra morrer nas fronteiras, um caos moral, político e religioso.
As pessoas diziam "se não voltarmos a morrer não temos futuro".
Após 7 meses de greve, a morte escreveu uma carta que foi lida em rede nacional...

Interessante como o ser humano costuma enxergar a morte com péssimos olhos e não perceber o quanto ela é necessária e mais interessante ainda é ver o outro lado, como a morte nos enxerga.

Meu Saramago de 2021, reflexivo e bem humorado, amei.
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Gabi Sagaz 03/08/2020

A morte hoje não apareceu.
O livro é riquíssimo em reflexões sobre o morrer e a morte, um livro essencial para esses momentos mórbidos.
Existe mortes diferentes? O que fazer caso ela não venha mais? É bom não haver mais mortes? Ou pode ser algo muito ruim? Um país fictício recebe o "privilégio" de não ter mais nenhuma pessoa morta por um tempo e aí está o desfecho do livro.

Mas o que isso causa? O que nos faz pensar sobre morrer?
Saramago é sensacional como sempre e me fez ver o quanto a morte faz parte da vida. O quanto ela é sinônimo de vida mesmo sendo recebida como antônimo.
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Marcia 26/03/2021

As Intermitências da Morte
Este foi o meu primeiro Saramago.
Antes de qualquer coisa tive que tirar uma dúvida com amigos: "estou lendo esse livro em formato digital e gostaria de saber se é isso mesmo, o texto é corrido sem pontos finais e interrogações". A resposta: Esse é o jeito Saramago de escrever.
Uau! [1]
Imagina você em um país onde ninguém morre. Você definha de velhice ou doença, mas não morre. Pode imaginar isso? Sem contar os inúmeros problemas em decorrência com a não morte das pessoas.
Uau! [2]
E você devora o livro num crescente, estilo thriller de suspense.
Ahhhhhhh
E termina o livro com um gostinho de: poxa, é isso?!
Gostei do meu primeiro (de muitos, certamente) Saramago.
@pedacosdeu
Edu 26/03/2021minha estante
Não sei se eu leria, mas gostei da sua resenha


Marcia 27/03/2021minha estante
Obrigada! ? Mas leia sim, vc vai gostar.




Breno 28/07/2021

"No dia seguinte ninguém morreu"
Eis o meu primeiro contato com o autor e sua escrita, que sem exageros, é única. Pensar sobre a morte o ou melhor, sobre a AUSÊNCIA dela nas nossas vidas, por mais irônico que seja a frase, não é o paraíso que parece, não morrer trás problemas inimagináveis, e o Saramago via bem o quão estúpida a humanidade é em momentos de crise. (A pandemia do corona vírus prova tudo isso)
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Dani 21/12/2021

Divertidíssimo
Quem diria que um livro sobre a morte fosse tão engraçado?
Ele te faz refletir muito mas sempre com um sorriso na boca (e as vezes até uma gargalhada confesso!)
Kênia 21/12/2021minha estante
É muito engraçado! ??


Dani 22/12/2021minha estante
Aiiii gostei demmmmmaaaais




Lysa 16/01/2023

Espetacular é pouco!
Espetacular é pouco, o que eu penso sobre essa leitura ainda não tem nome!
Essa é a primeira vez que leio José Saramago, e me amarga um ressentimento e uma pergunta; porque não li antes? O encontro com a obra as Intermitências da morte foi demais postergado e confesso que só sei que já deveria ter lido , pq ele é Maravilhoso.
Mas, sem mais delongas vamos à resenha:
Se a morte pudesse ser definida e personificada, com certeza seria a pessoa de uma mulher jovem, bela, atraente e misteriosa. Inteligente, perspicaz e emocionalmente lábil, daquelas que por coisa qualquer se melindram e é difícil reverter o seu humor.
Nesta obra, a morte cansada de ser injustiçada , indesejada e malquista, resolve privar um pais inteiro de seus ?serviços? . Ao início de um ano, tal qual uma mãe ressentida, a morte resolve dar as costas a um país inteiro, de modo que se instala um verdadeiro caos social , muito pior que a morte. Ao longo do enredo, munido de seu brilhantismo singular Saramago nos mostra as consequências da falta de morte em todas as áreas da sociedade. É curioso como todos logo constatam que ? antes a morte, antes a morte do que tal sorte? , pois a vida a qualquer custo está longe de ser um sortilégio e , pior que isso tem seus ônus implacável. Mas, como toda jovem mulher , a morte tem suas paixões? leia e se delicie com a escrita irretocável desse autor, merecidamente premiado!
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Ramiro.ag 20/03/2023

Antes a morte, antes a morte que tal sorte
E se a morte deixasse de matar? Cansada do descaso, ódio e aversão pela sua figura, a mais natural desde que o mundo é mundo, a morte (com m minúsculo), decide parar com as suas atividades.
A obra de Saramago nos diz muito sobre o comportamento do homem em relação ao outro, muito mais do que em relação a morte, mostrando o quão tênue é a linha que leva o homem à corrupção e baixeza moral.

"[...] dizíamos, que já não seriam possíveis maiores baixezas morais. Infelizmente, quando se avança às cegas pelos pantanosos terrenos da realpolitik, quando o pragmatismo toma conta da batuta e dirige o concerto sem atender ao que está escrito na pauta, o mais certo é que a lógica imperativa do aviltamento venha a demonstrar, afinal, que ainda havia uns quantos degraus para descer."

O livro traz críticas sobre as grandes instituições que controlam a sociedade; o governo, cuja principal preocupação são resoluções rápidas para não atrapalhar o funcionamento do sistema e não interferir na situação econômica; a religião, que, sem a presença da morte, perdeu toda a sua base e sentindo, se vendo obrigada a lançar filosofias rasas e neutralizar o espírito curioso dos fiéis; a mídia, que sugou até a última gota possível da situação.
Além disso, a moral foi completamente posta de cabeça pra baixo, haja vista que, o respeito pelos "entes queridos" foi completamente substituído pela necessidade de se livrar de um problema eterno.

Quando a morte volta, o foco da narrativa vai para suas ações, e ela acaba ganhando uma identidade humana para resolver um problema de "logística". No entanto, exposta aos sentimentos e convivência humana, ela, declarada maior inimiga da humanidade, se apaixona, e em um ato "egoísta", a morte para com as suas atividades novamente.

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Alan.Schecter 23/06/2020

Saramago é muito doido.
Meu primeiro contato com o autor. Confesso que não foi uma leitura fluída, dado a escrita dele sem pontuações nos diálogos, mas de extrema inteligência e sensibilidade. A primeira parte do livro é bem densa. A partir do meio já começa a ficar mais cômica e suave. E o final é simplesmente lindo. Me peguei devorando o livro nas últimas páginas. Pretendo com certeza ler mais do autor. Merece destaque.
MatheusA 10/08/2020minha estante
Os diálogos tem pontuações. Só não são as convencionais.




Guilherme Amin 11/06/2023

Um exercício fabuloso de estilo e criatividade
Uma semana depois de concluída a leitura, e ultimado o saudável distanciamento que amorna nossas naturais inclinações a derramar elogios adverbiosos no calor do fechamento do livro, recordamos a experiência de ler "as intermitências da morte", nosso primeiro contacto com a escrita de josé saramago, como o testemunho de um exercício fabuloso de estilo e criatividade pela pena do escritor merecidamente laureado com o prémio nobel de literatura, e sem embargo de respeitosamente nos irresignarmos com o facto de o luso ter sido o primeiro e até este dia único autor de língua portuguesa a receber a referida condecoração, Como que guimarães rosa não foi galardoado antes, protestam certos críticos brasileiros, Ou então a insigne lygia fagundes telles, inconformam-se outros, Mas por que não pelo menos machado de assis, que ainda era vivo quando da criação do nobel, levantou em boa hora um distinto professor de feliz memória, sem embargo, pois, de semelhantes polémicas, temos a confessar que quedamos absolutamente apaixonados por esta obra, a despeito das previsíveis dificuldades iniciais de carácter formal com que, em geral, exasperam-se seus leitores de primeira ocasião. Ao fim e ao cabo, agora em apertada síntese, este romance nos fez pensar criticamente, rir constantemente e, ao final, derramar uma contida lágrima ante o desfecho emocionante. Obrigado, saramago!
Gustavo Kamenach 11/06/2023minha estante
Resenha brilhante, Guilherme!


Guilherme Amin 11/06/2023minha estante
Muito obrigado, Gustavo! :)




Helena 16/08/2020

Saramago foi um gênio, e ninguém pode negar
Com "As Intermitências da Morte", 6o livro de Saramago que li, ele continua cravando seu posto como meu escritor favorito. Esta obra configurou o primeiro lugar em minha predileção, ganhando dos clássicos, famosos e consagrados "Ensaio sobre a Cegueira", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" e "Memorial do Convento". Por que demorei tanto para ler esse? Para quem nunca leu Saramago, comece por aqui!

Nesta obra, Saramago faz um estudo de sociedade: como nos comportaríamos caso ninguém mais morresse? Como seriam as estruturas sociais, como agiria a política, a economia, o sistema de saúde, a religião, a filosofia? Em uma país sem morte, o caos se instaura em todas as esferas! Saramago é genial e traz tudo de forma natural e convincente. Cada página é aflitiva, pois reconhecemos as possibilidades acontecendo exatamente como ele previu. O que seria macabro, Saramago transforma em humor e sarcasmo. Ele traz uma mistura de sentimentos pavorosos (mas muito jocosos!). Chega a nos fazer pensar, de fato, o quanto a humanidade precisa da morte para mantermos nossos equilíbrio como sociedade?
Esteja preparado (a) para uma mudança de tom e dinâmica a partir da segunda metade.

Ler uma obra dessa em tempos de pandemia é certamente provocativo. Oras, afinal, temos aqui uma realidade tão oposta daquela em que infelizmente estamos vivendo...

O que dizer do melhor escritor em língua portuguesa? Um mestre.
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Ri :) 31/01/2022

-,-
O Saramago que menos empolguei. :( O enredo é excepcional, como sempre, mas não curti tanto o desenrolar.
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Pdrosaleitor 21/07/2021

Morte: ruim com ela, pior sem ela?
Porque a filosofia precisa tanto da morte como as religiões, se filosofamos é por saber que morreremos, monsieur de montaigne já tinha dito que filosofar é aprender a morrer.
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Karina Paidosz 22/06/2021

Genial
Uma grata surpresa!! Primeira leitura de Saramago!! E vou abusar dos pontos de exclamação e interrogação...hahahaha

Gostei de tudo um pouco neste livro, porquê??
Gostei da história e como nunca havia pensado na morte dessa forma.

O excesso de morte e a sua ausência nos trazem um bocado de transtornos.

Adorei as reflexões a que me trouxe e me sinto órfã!!! Quero um pouco mais dessa história ?
Em busca de um novo livro de Saramago.

Perfeito??? Achei que sim!!!
?
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Natália 21/08/2022

Incrível. Recomendo
Hoje finalizei esse livro incrível do genial José Saramago.
Teve um momento que a leitura se tornou um pouco arrastada e densa, mas de repente a história toma um rumo fascinante e a narrativa ficou tão interessante e fluida que eu nem senti a história passar.
Recomendo muito. Espetacular

Resenha:
E se a morte, cansada de ser odiada pelos humanos, resolvesse fazer uma greve e, simplesmente, parasse de matar?
Ao soar das badaladas da meia-noite do último dia do ano, em um determinado país, ninguém mais morreu. O que pode parecer maravilhoso à primeira vista, essa eternidade da vida se torna um problema. Como os doentes e idosos deixaram de morrer, as funerárias se tornam desnecessárias, podendo abrir falência. Os hospitais e casas de repouso se tornam super lotados. As companhias de seguro de vida entram em crise. A Igreja diz que "sem morte não há ressurreição e sem ressurreição não há igreja". E em meio a toda essa crise e caos, está o Estado de mãos atadas. Mas, na sua intermitência, e se a morte, a qualquer momento, retomasse os afazeres de sempre? O que vai ser da nação já habituada ao caos da vida eterna?
Nessa história incrível, o leitor é conduzido a uma leitura fantástica em que a própria morte se torna um personagem.
Fernanda 06/09/2022minha estante
Puxa, não fazia ideia que esse livro tem essa levada caótica social envolvendo a morte nesse sentido. Saramago surpreende muito.


Natália 06/09/2022minha estante
Saramago é incrível. Ele consegue ter umas ideias tão originais e que envolvem o leitor. Genial demais. Recomendo muito, Fer. É demais.




Anna.Beatriz 07/10/2021

a marca escura da tua irremediável humanidade.
"Apesar de tudo, a morte que agora se está levantando da cadeira é uma imperatriz. [...] olhando com benevolência o rebanho humano, vendo como ele se move e agita em todas as direções sem perceber que todas elas vão dar ao mesmo destino, que um passo atrás o aproximará tanto da morte como um passo em frente, que tudo é igual a tudo porque tudo terá um único fim, esse em que uma parte de ti sempre terá de pensar e que é a marca escura da tua irremediável humanidade."

Ler esse livro foi uma experiência singular para mim, pois sempre tive muita dificuldade de encarar, pensar e conversar sobre o tópico morte. A um tempo atrás seria incapaz de sequer começá-lo. E em cada uma de suas linhas aqui escritas Saramago me mostra o por quê desta aversão. É muito complexo e nos desencadeia muitos sentimentos intensos pensar sobre a finitude da própria existência. Entretanto o autor o faz de maneira tão poética e linda que nos encanta, nos emociona, nos transmite paz e leveza.

Ao contrário do que pensei que aconteceria, essa leitura não me trouxe melancolia ou sentimentos semelhantes. Me trouxe amor e encanto pela existência. O final me surpreendeu completamente, não esperei o rumo que a história veio a desencadear. O começo desse livro parece até mesmo "ser uma outra história", no meio achei que se perderia, mas ao fim todos os pontos se encaixaram e fizeram jus a esse ensaio digno de um vencedor do prêmio Nobel de literatura.

Essa foi minha primeira leitura de José Saramago, me falaram muito das dificuldades de sua escrita única. Mas, pra ser sincera, isso não foi um grande obstáculo pra mim. Me acostumei bem rapidamente com o seu modo de escrever, não tive grandes problemas em entender os diálogos. No começo pode haver um estranhamento, mas em poucas páginas você se acostuma.

Enfim, não tenho uma crítica significativa sequer a fazer. 5 estrelas.
Michelly 07/10/2021minha estante
Foi o primeiro livro que li dele e foi uma maravilha.




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