Eu Sou Alice

Eu Sou Alice Melanie Benjamin




Resenhas - Eu Sou Alice


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Erika 07/11/2010

Logo quando acabei de le-lo fui ver o filme. E como já de esperado, tudo fez mais sentido do que antes. Percebi que "Alice nos País das Maravilhas" além de ser um belo "conto" infantil e muito colorido, faz todo o sentido.
Leiam e vocês entenderam o que estou falando.
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Regiane 30/06/2010

Mais que uma biografia!!!
"Ai, meu Deus, estou cansada de ser Alice no país das Maravilhas. Será que estou parecendo ingrata? Acho que sim, mas é que estou tão cansada... " Alice Liddell”

Quem foi Alice Liddell? Será que a maioria das pessoas que conhecem o famoso clássico “Alice no país das Maravilhas”, questiona isso? Ou a maioria das pessoas nunca soube que a incrível personagem de Lewis Carroll foi inspirada em uma pessoa, que realmente existiu?

Diferente do que muitos pensam, a vida de Alice não foi nada fácil. Grande parte achava que ela seria sempre como a menina da história, não aceitavam o fato dela ser uma pessoa normal e que com o tempo, envelheceu e nada sobrou daquele mundo fantasioso criado por Carroll.

Charles Dodgson – mais conhecido pelo seu pseudônimo Lewis Carroll – foi um professor de matemática, que lecionava em Oxford, na Universidade Christ College. O pai de Alice era o reitor na época. O professor tinha um fascínio pelas irmãs Liddell, e sempre que podia, passava tardes na companhia delas, contado histórias, fazendo passeios de barcos e piqueniques, tendo muitas vezes aproveitado esses momentos para fotografá-las – já que isso era um de seus hobbies.

Numa dessas tardes, Dodgson contou uma história, onde uma menina que chamava Alice caia em uma toca de um coelho e assim, encontrava um mundo mágico e surreal. A partir desse momento, a pequena Alice insistiu ao professor que escrevesse e publicasse sua história – era assim que ela desejava.

Aos 11 anos, a família de Alice rompeu sua amizade com Dodgson - se tornaram quase desconhecidos. Já em sua juventude, ela conheceu o príncipe Leopold, e eles se apaixonaram. Infelizmente por causa da antiga amizade com o professor - algo que incomodou os costumes da época - eles não puderam se casar. Frustrada e desiludida, mais tarde, Alice casou-se com o primeiro homem que lhe pediu sua mão, tornando-se a Sra. Hargreaves. Com ele, teve três filhos, onde o segundo foi homenageado com o nome do príncipe Leopold – curiosamente ele também colocou o seu nome em sua primeira filha.

Alice cresceu, envelheceu e aos 82 anos, ela já estava farta de tudo aquilo, queria ser vista de outro modo, mas sabendo que isso jamais aconteceria - diante de tanta melancolia, tristeza e solidão - a única coisa que lhe restou foi se contentar de que ela era, foi e sempre seria, Alice no país das Maravilhas. Que ironia, não?

Melanie Benjamin, nessa grande obra, mescla a ficção com os fatos de uma forma poética e emocionante, levando-nos ao encontro da realidade dura e triste de Alice Liddell.
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Lorran 28/06/2010

WWW.SUBTITULO.COM.BR
Resenha publicada no blog Subtítulo - www.subtitulo.com.br

Quando falei aqui sobre Alice no País das Maravilhas, questionei sua complexidade e de como é difícil compreender a história por completo. Como já havia dito, o livro é muito bom. Faz uma crítica - através de uma visão infantil - do universo adulto e de seus modos aborrecidos e artificiais. Mas senti necessidade de procurar algo mais.

Encontrei algumas respostas no ótimo livro de Melanie Benjamin, Eu sou Alice. Trata-se de um romance baseado na biografia de Alice Liddell, a musa inspiradora de Charles Lutwidge Dodgson (Lewis Carroll) no livro que leva seu nome: Alice no País das Maravilhas.

O livro é narrado pela própria Alice e dividido em três fases: infância, adolescência/adulta e velhice. Acho que não preciso dizer que a primeira é a mais importante para entender a relação entre Alice e Dodgson. É de arrepiar a parte onde Dodgson conta a história que virá a se transformar no livro que conhecemos:

"Quem gostaria de ouvir uma história?" perguntou o Sr. Dodgson.[...]
"Eu! Eu!" Edith (irmã de alice) bateu palmas.[...]
"E você, Alice?" perguntou o Sr. Dodgson em voz baixa e gentil.
"Sim, por favor, conte-nos uma história", pedi.
E ele contou.
"Era uma vez uma menina chamada Alice." Foi assim que ele começou.

Preciso relembrar que o livro é apenas ficção, mas baseado na biografia de Alice Liddell, e que, de certa forma, nos proporciona um retrato da verdadeira Alice e de como sua amizade com Charles Dodgson inspirou o livro. Muitos dos fatos sobre a vida de Alice não são comprováveis, devido a falta de documentos - como o seu envolvimento com o príncipe Leopold, bastante explorado no romance.

Durante a maior parte de sua vida, Alice preferiu ficar à margem do sucesso do livro homônimo. Apenas no final de sua vida, quando precisou de dinheiro - após a morte de dois filhos na guerra e do marido, pouco tempo depois - e resolveu leiloar o manuscrito que o Charles Dodgson havia lhe dado é que resolveu assumir seu papel na criação do clássico.

Essa opção se explica devido ao fato de a família de Alice ter rompido com o Sr. Dodgson pouco tempo depois da criação do livro. O fatos não são claros, mas Melanie procura se apoiar no que há disponível sobre Alice e Lewis Carroll e, como romancista, dá uma floreada em tudo.

A Menina Cigana, como ficou conhecida a foto de Alice tirada por Lewis Carroll, quando a menina tinha apenas sete anos (mesma idade da garotinha que caiu no buraco do coelho) mostra uma menina com olhos de mulher. A menina que inspirou o autor.

É exatamente essa fase da vida de Alice que é explorada na primeira parte do livro, e que nos revela o espírito captado por Carroll para criar sua grande obra.

O livro é realmente muito bom e uma excelente oportunidade para conhecer melhor a trágica e maravilhosa experiência da mulher que inspirou Lewis Carroll.
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Naty 09/03/2010

www.meninadabahia.com.br
Todos conhecem a pequena Alice que um dia caiu na toca do coelho e entrou no mundo das maravilhas. Mas quem foi Alice Liddell, a menina que aos 7 anos inspirou o Sr. Charles Dodgson a criar a história que depois assinou como Lewis Carroll? Esta Alice de carne e osso está aqui. Misturando ficção e realidade, Eu sou Alice reconstrói deliciosamente não apenas os bastidores da criação do livro Alice no país das maravilhas, mas a vida daquela menina travessa que no século XIX quase se casou com um príncipe de verdade. Sua biografia se mistura com o surgimento do clássico que encanta gerações até hoje. Por toda sua vida, ela carregou o peso de uma realidade que insiste em abafar a poesia. O romance eu sou Alice já nasceu um clássico e vai tocar o coração de todos com sua beleza. Entre nesse país das maravilhas.

"Ai, meu Deus, estou cansada de ser Alice no país das maravilhas. Será que estou parecendo ingrata? acho que sim, mas é que estou tão cansada... " Alice Liddell, por toda sua vida, viveu com o peso de ser uma eterna criança. E estava tão cansada disso. Cansada de ser lembrada como uma criança traquina, lembrada apenas por sua infância. Estava velha, enrugada, e não se sentia nada no país das maravilhas. A vida real não é um conto de fadas, a vida real é cruel, bombástica.

Alice era uma criança espevitada, com energia de sobra e o bondoso sr. Dodgson, professor de matemática da faculdade, da qual seu pai era reitor, era um amigo para todas as horas. Ele levava ela e suas irmãs pra passearem, contava histórias. O sr. Dodgson era um Deus para ela e suas irmãs. Numa das histórias contadas pelo sr. Dodgson, Alice pediu que ele a imortalizasse num livro.

O sr. Dodgson, pseudônimo Lewis Carrol, era um amante da juventude. Gostava de estar sempre rodeado por crianças, em especial Alice. E esse interesse todo fez com que os pais de Alice proibissem essa amizade. Mas o que Alice, não se recordava era que ela era apaixonada pelo sr. Dodgson, era ela quem o provocava.


Eu sabia fazer tremer o sr. Dodgson. Sabia como fazê-lo ir devagar. Sabia como fazê-lo esperar.


Com a proibição da amizade, Alice passou a odiar o inevitável, o crescimento, ela queria ser sempre a Alice dele, a eterna criança. Mas com o passar dos anos e início de sua juventude aparece um príncipe em sua vida, príncipe Leopold. E como num conto de fadas eles se apaixonam. Mas a rainha mãe não pode permitir que seu filho se case com uma mulher passível de escândalo, mesmo que proveniente de uma abastada família. O relacionamento de Alice com o sr. Dodgson nunca explicado poderia ser um escândalo para a nobre família.

E separados restou Alice se casar com quem a pedisse em casamento primeiro. Casou e colocou o nome de seu primeiro filho de Leopold, em homenagem ao seu amor. E a primeira filha do príncipe se chamou Alice. Alice teve três filhos homens, dos quais dois morreram na guerra. Com uma vida marcada por tragédias e correndo o risco de ficar sozinha Alice, finalmente decide quem ela quer ser: A Alice do país das maravilhas.

Eu sou Alice (ed. Planeta, 347 p.) é um romance envolvente que mistura realidade e ficção daquela garotinha, conhecida em todo o mundo, que vivia no país das maravilhas. Ser Alice é o sonho de toda criança. Recomendo!

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