Eichmann em Jerusalém

Eichmann em Jerusalém Hannah Arendt




Resenhas - Eichmann em Jerusalém


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Marcelo 06/03/2021

Eichmann não foi o genocida que a procuradoria apresentou e nem o peixe pequeno que a defesa gostaria que ele tivesse sido. Hannah Arendt analisa o julgamento , os papéis do réu e das lideranças judaicas na solução final e procura entender como um homem medíocre perpetrou tanto mal.
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Lela 16/02/2021

Um soco na cara
É claro que o livro é pesado e tudo mais.. Mas o soco vem nos detalhes, quando vc percebe que o antissemitismo começou bem antes de Hitler, a culpa da sociedade alemã e mundial.. É foda! Arendt faz vc rir, chorar, se espantar, tentar desistir do livro, mas é necessário continuar e encarar o que aconteceu.
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Andrew.Hammel 21/01/2021

Complacência
O livro é de uma riqueza surpreendente. Hannah Arendt é um dos vários nomes de filósofos que vemos em índices de livros de filosofias durante o ensino médio e evitamos, sem saber do que eles falam, e, se sabemos, é alguma palavra chave. O termo chave que atribuem a Hannah Arendt, muitas vezes, é o seu conceito de banalidade do mal, que é explorado nessa obra. A diferença entre o mal banal e o mal radical e o quanto a opção banal acaba por ser tirana no final das contas são pontos lindos do livro. Um outro conceito que recomendo a pesquisa aos leitores que ficaram encantados é o "Experimento de Milgram".
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Jéssica | @jehbreda 19/01/2021

Curioso relato
Um livro bem detalhado e com bastante informações técnicas sobre direito e julgamentos. Crua no assunto tentei absorver o máximo que pode e a leitura acabou sendo lenta e até repetitiva, mas acredito que a qualidade do livro seja impecável para quem sabe sobre o tema.

O mais impressionante é que sempre em livros que abordam esse assunto fica evidente o negacionismo dos nazistas (de estarem fazendo algo errado) e dos "obrigados" a seguirem ordens (que não podiam fazer nada a não ser segui-las). O fato dos judeus se deixarem levar com tanta facilidade e ilusão me deixam reflexiva sobre o atual momento em que vivemos como sociedade. É fácil pensar "como foram bobos", mas... 2021 e vivemos em uma sociedade que não sei não...
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Paula 11/01/2021

Trecho do recado que Arendt dirige à Eichmann: "E, assim, como você apoiou e executou uma política de não partilhar a Terra com o povo judeu e com o povo de diversas outras nações - como se você e seus superiores tivessem o direito de determinar quem devia e quem não devia habitar o mundo -, consideramos que ninguém, isto é, nenhum membro da raça humana, haverá de querer partilhar a Terra com você". Com esse trecho, é possível ter uma ideia do que esse livro revelador contém.
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Gabriela 31/12/2020

Um tanto prolixo
Li para realizar uma prova, no início minha leitura estava muito condicionada para capitar os detalhes passíveis de serem questionados no exame.

Com o tempo me esqueci de grifar cada frase de efeito e de fato fiz uma imersão no relato.

Me decepcionei com as voltas, esperava uma narrativa mais cronológica, mas è compreensível pois tais fatos históricos eram contextualizados de acordo com os depoimentos dados.
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Mari 30/12/2020

Brilhante relato jornalístico de um julgamento
O livro de Hannah definitivamente não ficou em cima do muro. A autora teceu um relato jornalístico impiedoso e extremamente crítico, levantando questões como competência da corte de Jerusalém, parcialidade e conivência de parte dos próprios líderes judeus em todo o processo de expulsão da comunidade judaica da Europa.
Foi a primeira vez que li como os judeus americanos enriqueceram por conta do câmbio - altíssimo - que ofereceram para os judeus ricos que conseguiram se refugiar na América por exemplo.
Poucas pessoas entendem que a imparcialidade muitas vezes desagrada. Vi uma entrevista da autora muito desgostosa em ter que explicar determinados trechos do seu livro. Justamente por ser judia, Hannah jamais poderia ter ?passado pano? em relação ao regime - COMO JAMAIS O FEZ. Mas isso não significa que ela necessariamente tenha concordado com a específica ação de rapto e julgamento de Eichmann. Inclusive, entendo que ela desenvolveu um raciocínio livre do apego emocional a todos esses temas, tendo conseguido se ater aos fatos em relação ao processo dele.
Acredito que sempre estive imersa no tema do horror do holocausto sob o ponto de vista histórico. Justamente por isso achei o livro extremamente interessante, especialmente do ponto de vista jurídico, que aborda questões técnicas, sob as quais nunca havia pensado.
Mas aviso aos navegantes: não é uma leitura fácil.
Tendo isso em mente, aproveitem.
Marcelo Rissi 29/01/2021minha estante
Excelente resenha, Mari. Ótima análise e texto exemplarmente escrito. Parabéns! A sua resenha me deixou ainda com mais vontade de continuar avançando nessa leitura!!




Laura 02/12/2020

Leitura difícil, não pela escrita adotada por Hannah Arendt, mas pela crueldade e atrocidade narrada pelas ações cometidas no extermínio do povo judeu. Leitura obrigatoria, recomendo.
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Tatta 28/11/2020

combateram nazismo com nazismo
um livro bem minucioso que relata o julgamento de Eichmann, sujeito que trabalhou para os nazistas por anos e que foi condenado à morte 15 anos após a guerra, em Jerusalém.

muitas reflexões para um texto só rs. Hannah Arendt foi uma filósofa que estava em Jerusalém para fazer uma reportagem. essa narrativa, contudo, foi realizada pela escritora - uma de suas melhores nuances.

é interessante que a percepção dela te tira de um senso comum. não há o mau e o bom, e sim uma análise histórica bem estruturada. explica-se que Eichmann não foi um chefão do nazismo, muito menos um sádico cruel. na verdade ele é o homem-médio, suscetível ao cumprimento de qualquer ordem superior. usei isso no meu TCC hihihi

essa avaliação de 3/5 não diz muito a respeito do livro em si - caso fosse, teria que ser 5/5 - e sim minha experiência de leitura. talvez, ler isto mais de meio século depois torne alguns dados apresentados inteligíveis e muito específicos daquela antiga Jerusalém. contudo, por seu conteúdo da banalidade do mal, não deixa de também ser atual.

por fim, juridicamente o livro é impecável. p quem não sabe muito de Direito, a autora previu a criação da Corte de Haia, só que 40 anos antes de concretizada.

enfim, a conclusão que ficou é o título da resenha.
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Sayonara 15/11/2020

Eichmann em Jerusalém - Hannah Arendt
Em "Eichmann em Jesuralém", Hanna Arendt comenta sobre o julgamento de um oficial nazista diretamente implicado na elaboração do sistema de transporte que conduzia judeus para os campos de extermínio.
Contido, o relato da filósofa em momento algum recai no drama quase inevitável diante do assunto . Até o final, percebemos seu empenho em descrever Adolf Eichmann exatamente como ele era: um homem despojado de imaginação que servia ao Reich de acordo com uma concepção deturpada da lei.
Confesso que esperava um estudo mais pormenorizado sobre o conceito de banalidade do mal, porém como a própria elucida no pós-escrito da edição que possuo da Companhia das Letras, não era a intenção; além do que, isso não invalida o excelente trabalho bibliográfico que realizou a respeito, por exemplo, das deportações nos países da Europa e os diferentes tipos de reações que os homens de Hitler encontraram ali.
Indico!
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Thiago Amorim 26/10/2020

O silencioso monstro entre nós
O livro fala sobre o julgamento de Eichmann, um dos responsáveis pela "Solução final" contra os judeus da Europa no regime nazista. A história narra a vida do homem "comum", meio patético até, que controlou os trens e as vidas de todos aqueles que foram para os fornos nos campos de concentração. A história é repleta de "flashbacks", com detalhes da ascensão e queda do criminoso de guerra, bem como comentários da autora sobre a forma como o julgamento foi conduzido.
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Otávio - @vendavaldelivros 24/09/2020

“O problema de Eichmann era exatamente que muitos eram como ele, e muitos não eram nem pervertidos, nem sádicos, mas eram e ainda são terrivelmente normais”. Adolf Eichmann era o responsável pela logística da chamada Solução Final no regime nazista. Cabia a ele ordenar os trens e transportes dos judeus para os campos de concentração e extermínio. Adolf Eichmann nunca matou um judeu ou qualquer pessoa com suas próprias mãos. Nunca puxou o gatilho por conta própria, nunca ligou o gás em uma câmara. Adolf Eichmann, porém, era uma engrenagem importante na máquina de morte de Hitler, mesmo sendo uma pessoa absolutamente comum e “normal”. O julgamento de Eichmann em Jerusalém registrado pela filósofa Hanna Arendt traz questões essenciais para entender como holocausto da Segunda Guerra aconteceu. Como o povo alemão não enxergava o que estava acontecendo? Se enxergava, por que concordava? A análise concisa sobre o próprio julgamento demonstra como o fato, acontecido anos depois do julgamento de Nuremberg e, dessa vez, em uma nação judaica com juízes judeus, pode ser enxergado como uma vingança contra os nazistas, do que algo que simbolizasse os preceitos normais da justiça.

Mas, como julgar crimes que nunca haviam sido categorizados como crimes? Crimes contra a humanidade, crimes contra um povo e crimes de guerra são diferentes entre si, com complexidades que nunca haviam sido analisadas. E, no meio de tudo isso, estava Eichmann. Um funcionário medíocre, com ambições de crescimento profissional e deslumbrado por uma visão messiânica de Hitler.

É assustador pensar que existem até hoje milhões de Eichmann no mundo. Do nosso lado, no vizinho, na fila do supermercado. Pessoas “normais”, que acreditam em políticos totalitários e messiânicos e estão dispostos a fazer o que são ordenados, sem peso na própria consciência. Judeus ou “esquerdistas”, o que importa é seguir as ordens para transformar o país em uma potência. Deutschland Über Alles e Brasil Acima de tudo são cada vez mais próximos. Que evitemos novos Eichmann.

site: https://www.instagram.com/p/CA1E16aHJDF/
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Julia.Ferraroli 26/08/2020

?Brilhante e perturbador?
Um livro que todos deveriam ler e que muda completamente a nossa visão sobre o nazismo.
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@PinkLemonade 22/08/2020

A banalidade do mal
Em mais de uma obra de Hannah Arendt a autora repete sua tese:a ausência de um pensamento crítico pode levar a grandes desvios nas ações humanas.

Em "Eichman em Jerusalém" Hannah nos mostra um servidor público que "apenas cumpriu ordens" e desejava tão somente "subir na carreira".

A leitura vale a pena, principalmente sob o aspecto da visão da escritora sobre o julgamento em si. (aspecto jurídico da acusação e defesa).
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Carla Verçoza 22/08/2020

Livraço!
"No Terceiro Reich, o Mal perdera a qualidade pela qual a maior parte das pessoas o reconhecem - a qualidade da tentação. Muitos alemães e muitos nazistas, provavelmente a esmagadora maioria deles, deve ter sido tentada a não matar, a não roubar, a não deixar seus vizinhos partirem para a destruição (pois eles sabiam que os judeus estavam sendo transportados para a destruição, é claro, embora muitos possam não ter sabido dos detalhes terríveis), e a não se tornarem cúmplices de todos esses crimes tirando proveito deles. Mas Deus sabe como eles tinham aprendido a resistir à tentação."

"(...) oferece uma visão notável da totalidade do colapso moral que os nazistas provocaram na respeitável sociedade européia - não apenas na Alemanha, mas em quase todos os países, não só entre os perseguidores, mas também entre as vítimas."
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