Eichmann em Jerusalém

Eichmann em Jerusalém Hannah Arendt




Resenhas - Eichmann em Jerusalém


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Rocier 22/09/2022

Arendt ensina que o mau não é monstruoso
Gostei muito do livro justamente por conta do título que coloquei na resenha. Na obra, Arendt, ao descrever e nos mostrar como ocorreu o julgamento de Adolf Eichmann evidencia que a banalidade do mal acontece aos nossos olhos, que atrocidades são cometidas por pessoas comuns que simplesmente acreditam cumprir ordens, sem considerar o peso de seus atos, e, além disso, sem carregar nenhuma culpa pelo que fazem.
Ela traz notas e explicações sobre quem foi esse homem e o seu verdadeiro papel na Solução Final, como ele foi julgado, conta sua visão sobre alguns erros do julgamento e sobretudo, fala sobre a figura de Eichmann, um homem que não tem nada de extraordinário a não ser, ser comum e insignificante (como pessoa) até demais.
Vale demais a leitura da obra, o Epílogo é ótimo.
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joaoggur 14/12/2022

Quantas vezes banalizamos o mal?
Com o terminar da guerra, o mundo ficou atônito com as atrocidades ocorridas por toda a Europa. Figuras como Adolf Hitler e Benito Mussolini logo padeceram, - porém, inúmeras personalidades nazistas ficaram perdidas, com o paradeiro desconhecido. Vários grupos foram formados para a procura e captura de tais Oficiais, tal qual o MOSSAD (serviço secreto Israelense), que em 1960 prendeu o criminoso Adolf Eichmann, que estava recluso no interior da Argentina. Para seu julgamento em Israel, o jornal The New Yorker mandara sua jornalista Hannah Arendt, que era judia, para acompanhar os desdobramentos.

A sociedade judaica (e todas as entidades e/ou pessoas que de alguma forma foram afetadas diretamente pela guerra) chocou-se com os relatos de Hannah. Relatou que, ao invés de vislumbrar um sadico carrasco, lidou com um homem baixo, calmo, que parecia não entender a brutalidade de seus atos. Parecia não entender tudo que fez: apenas seguiu ordens dadas por seus superiores. Isso ela nomeou de ?banalidade do mal?: mediocrizar a sua própria racionalidade em prol de seguir ordens vigentes. Diante dela não estava um homem mal, e sim um ser alienado, que banalizou a morte de milhões de pessoas apenas para seguir ordens.

Esse conceito, infelizmente, ainda é atual. Quantas vezes banalizamos o mal? Banalizamos o mal todos os dias. Hoje é normal ver pessoas praticando vandalismo em nome de seus ideologias e propagando notícias falsas apenas para diminuir o outro. E quantas vezes NÓS já praticamos da maldade sem nem perceber? Fica o questionamento.

"O problema com Eichmann era exatamente que muitos eram como ele, e muitos não eram nem pervertidos, nem sádicos, mas eram e ainda são terrível e assustadoramente normais. Do ponto de vista de nossas instituições e de nossos padrões morais de julgamento, essa normalidade era muito mais apavorante do que todas as atrocidades juntas, pois implicava que como foi dito insistentemente em Nuremberg pelos acusados e seus advogados- esse era um tipo novo de criminoso, efetivamente hostis generis humani, que comete seus crimes em circunstâncias que tornam praticamente impossível para ele saber ou sentir que está agindo de modo errado...", palavras dela.
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bruna 27/04/2021

Eichmann em Jerusalém
Mais uma leitura acadêmica que realizei no Clube do Livro das Relações Internacionais. Um livro pesado e instigante, que te faz questionar situações cotidianas consideradas ?habituais? mas que depois de uma compreensão mais profunda, conseguimos entender sobre o conceito de ?banalidade do mal?.
Possui declarações profundamente pesadas, explícitas, e necessárias para um entendimento real da história judia na Alemanha Nazista.
O livro deve ser lido com muito atenção porque certas partes são um tanto traiçoeiras, já que a autora é abertamente conservadora, mas no geral, para um maior entendimento do julgamento de Eichmann e da situação de diversos países europeus nesse contexto, é uma leitura bastante proveitosa.
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bleble 15/08/2022

A perturbadora análise da banalidade do mal
Nesse livro a autora descreve e reflete acerca do julgamento de Adolf Eichmann, funcionário público que teve participação nas atrocidades do holocausto.
O olhar atento de Hannah Arendt aponta diversas incoerências, tanto da corte quanto do acusado, desde a captura e transferência do réu até a execução da sentença.
Um dos pontos mais chocante trazido pela filósofa é o estrago que pessoas medíocres (não no sentido depreciativo, mas de pessoa média, comum) podem trazer à sociedade. Como no caso de Eichmann, que diferente do esperado, não era um monstro impertinente, mas um funcionário assombrosamente comum, incapaz de refletir profundamente sobre seus atos.

"Trata-se de um caso exemplar de má-fé, de autoengano misturado a ultrajante burrice? Ou é simplesmente o caso de um criminoso que nunca se arrepende, que não pode se permitir olhar de frente a realidade porque seus crime passou a fazer parte dele mesmo?"
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Babi.Dias 22/02/2018

Maravilhoso!
Um dos melhores que já li na minha vida inteira!
Andresa.Lima 17/01/2019minha estante
Senti a mesma coisa quando terminei! Incrível!




Pamella 09/07/2020

Banalidade do mal
Se fossemos traçar o perfil do ser humano capaz de comandar o massacre de milhões de pessoas, certamente não descreveriamos as características de Eichmann. O livro nos mostra que ele não passava de um burocrata, seguidor irrestrito de ordens superiores e incapaz sozinho distinguir sua ações como boas e más. Ele admite sua participação nas atrocidades cometidas pelo Estado alemão, porém segue com sua consciência tranquila. Deixo a reflexão de uma frase dita em sua sentença: "Política não é jardim de infância; em política, obediência e apoio são a mesma coisa."
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Lela 16/02/2021

Um soco na cara
É claro que o livro é pesado e tudo mais.. Mas o soco vem nos detalhes, quando vc percebe que o antissemitismo começou bem antes de Hitler, a culpa da sociedade alemã e mundial.. É foda! Arendt faz vc rir, chorar, se espantar, tentar desistir do livro, mas é necessário continuar e encarar o que aconteceu.
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Andrew.Hammel 21/01/2021

Complacência
O livro é de uma riqueza surpreendente. Hannah Arendt é um dos vários nomes de filósofos que vemos em índices de livros de filosofias durante o ensino médio e evitamos, sem saber do que eles falam, e, se sabemos, é alguma palavra chave. O termo chave que atribuem a Hannah Arendt, muitas vezes, é o seu conceito de banalidade do mal, que é explorado nessa obra. A diferença entre o mal banal e o mal radical e o quanto a opção banal acaba por ser tirana no final das contas são pontos lindos do livro. Um outro conceito que recomendo a pesquisa aos leitores que ficaram encantados é o "Experimento de Milgram".
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Gabriela 31/12/2020

Um tanto prolixo
Li para realizar uma prova, no início minha leitura estava muito condicionada para capitar os detalhes passíveis de serem questionados no exame.

Com o tempo me esqueci de grifar cada frase de efeito e de fato fiz uma imersão no relato.

Me decepcionei com as voltas, esperava uma narrativa mais cronológica, mas è compreensível pois tais fatos históricos eram contextualizados de acordo com os depoimentos dados.
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Andresa.Lima 18/01/2019

O melhor livro que eu li!!!
A captura de Eichmann prometia revelar ao mundo um assassino sanguinário, mas na medida em que o julgamento ocorre, percebe-se que ele era uma pessoa absolutamente NORMAL, um burocrata de inteligência mediana, incapaz de discernir sobre o que era certo e errado.
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O que mais me impressionou foi que, mesmo sendo judia, a Hannah Arendt conseguiu se afastar emocionalmente da situação e fazer uma análise extremamente técnica, apontando as falhas da defesa, os exageros da condenação e os problemas do julgamento-vingança.
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Ela fala sobre a automação e o que acontecerá quando as pessoas perderem a empregabilidade - problema retratado pelo Harari e por empreendedores do Vale do Silício, alertando para a possibilidade de novo genocídio, com a demonstração das inúmeras vezes que já aconteceu na história.
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No final, ela faz uma reflexão sobre o risco de as pessoas se tornarem meras engrenagens da máquina totalitária do Estado, tal como o Eichmann, desumanizando-se, essa seria a face da banalidade do mal, pois os crimes passarão a ser cometidos sem que as pessoas saibam exatamente o que estão fazendo, nesse sentido indica que Hitler começou os assassinatos em massa brindando os doentes incuráveis com uma "morte misericordiosa", a propaganda foi tão bem articulada que após a disseminação da limpeza étnica (solução final) os próprios integrantes da SS ficaram assustados com os horrores praticados e intervieram para que os assassinatos ocorressem de forma "civilizada".
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A atualidade do livro reside nesse trecho, onde muitos se conformam com soluções simples para problemas complexos, enganando-se com discursos de ódio e intolerância.
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Eu só consigo pensar que devíamos ter aprendido, para evitar a repetição desse tipo de história, mas parece que ainda não evoluímos...
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Avalio o livro como ótimo, uma vez que eu tinha dificuldade de entender o que tinha acontecido nesse período... Agora compreendo exatamente como são fabricadas essas ideias e só consigo pensar que o mundo é uma selva!
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Bizarro!
Joyce650 19/01/2019minha estante
Eu vi 1 filme sobre a história desse cara, não sei se foi inspirado nesse livro


Joyce650 19/01/2019minha estante
Me empresta? prometo que tomo cuidado e devolvo.


Andresa.Lima 20/01/2019minha estante
Ainda não vi o filme, vou procurar! Empresto sim, só que está com um amigo, assim que ele devolver eu te empresto! ;)


Joyce650 24/01/2019minha estante
O filme eu assisti na netflix, mas não lembro o nome ?


Alê | @alexandrejjr 22/07/2020minha estante
Andresa, dois anos depois ainda é o melhor livro? Curiosidade aleatória por aqui...


Andresa.Lima 01/08/2020minha estante
Oi, Alê! Estou lendo "Os miseráveis", do Victor Hugo, uma leitura avassaladora! Está entre os melhores, mas o da Hannah ainda fica no "top 5". Hahahahah Você já leu? Gostou?


Alê | @alexandrejjr 01/08/2020minha estante
Li sim, e esse da Hannah está entre os melhores livros que li em 2020.


Joyce650 06/08/2020minha estante
Eu amo "os miseráveis".




Gihwest 08/02/2023

Bom
É um livro bem pesado, para quem não é lá muito sensível, pois esse fato histórico é muito difícil de ler, mas nunca devemos esquecê-lo.
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Tatta 28/11/2020

combateram nazismo com nazismo
um livro bem minucioso que relata o julgamento de Eichmann, sujeito que trabalhou para os nazistas por anos e que foi condenado à morte 15 anos após a guerra, em Jerusalém.

muitas reflexões para um texto só rs. Hannah Arendt foi uma filósofa que estava em Jerusalém para fazer uma reportagem. essa narrativa, contudo, foi realizada pela escritora - uma de suas melhores nuances.

é interessante que a percepção dela te tira de um senso comum. não há o mau e o bom, e sim uma análise histórica bem estruturada. explica-se que Eichmann não foi um chefão do nazismo, muito menos um sádico cruel. na verdade ele é o homem-médio, suscetível ao cumprimento de qualquer ordem superior. usei isso no meu TCC hihihi

essa avaliação de 3/5 não diz muito a respeito do livro em si - caso fosse, teria que ser 5/5 - e sim minha experiência de leitura. talvez, ler isto mais de meio século depois torne alguns dados apresentados inteligíveis e muito específicos daquela antiga Jerusalém. contudo, por seu conteúdo da banalidade do mal, não deixa de também ser atual.

por fim, juridicamente o livro é impecável. p quem não sabe muito de Direito, a autora previu a criação da Corte de Haia, só que 40 anos antes de concretizada.

enfim, a conclusão que ficou é o título da resenha.
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Cora 17/04/2019

Resenha sobre o livro Eichmann em Jerusalém: Um relato sobre o homem X monstro.
É nas entranhas da personalidade humana que conhecemos e velho e sucinto Eichmann. O livro, de natureza jornalística, abre as portas para um julgamento que, de muitas formas, foi um marco na história. Para os judeus, o que se percebe pelo relato da inteligentíssima Hannah, uma judia de espírito livre que busca, ainda que sentindo a dor do seu próprio povo, encontrar a melhor resposta para o julgamento de um homem que era mais humano do que monstro – mais do que muitos de nós.
“o que Eichmann deixou de dizer ao juiz presidente durante seu interrogatório foi que ele havia sido um jovem ambicioso que não aguentava mais o emprego de vendedor viajante antes mesmo de a Companhia de Óleo a Vácuo não aguentá-lo mais. De uma vida rotineira, sem significado ou consequência, o vento o tinha soprado para a História, pelo que ele entendia, ou seja, para dentro de um Movimento sempre em marcha e no qual alguém como ele – já fracassado aos olhos de sua classe social, de sua família e, portanto, aos seus próprios olhos também – podia começar de novo e ainda construir uma carreira. E se ele nem sempre gostava do que tinha de fazer (por exemplo, despachar multidões que iam de trem para a morte em vez de forçá-las a emigrar), se ele não adivinhou antes que a coisa toda iria acabar mal, com a Alemanha perdendo a guerra...” (p. 45)
Tudo começa com a captura, se é que podemos chamar assim, de Adolf Eichmann. Ele, levado para Jerusalém, é colocado perante um tribunal para ser julgado e condenado.
Eis que começa o problema.
O que percebemos é um júri formado massivamente por judeus, desde seus juízes até seu advogado de defesa. O que se torna visivelmente problemático ao percebermos que, ao longo de toda a narrativa, atitudes deixaram claro que Eichmann deveria ser condenado. Mas o que todos esperavam encontrar, na verdade se revela apenas um espectro. Da criatura fria, calculista e desumana, o que se revela é um homem comum, apaixonado pelo poder e que acreditava no sistema em que vivia. Acreditava tanto que, em momento algum, acreditou que o que estava fazendo era errado. E, se o fosse, nunca tinha sido apontado como tal pelo resto do mundo, que observava calado os atos nazistas.
Hannah tenta, com sua imparcialidade serena, mostrar que existe mais daquele homem em nós do que ousamos admitir. Talvez muito pior. Ele não é um psicopata, nem um maluco sem escrúpulos. Ele é apenas o burocrata que o partido nazista precisava, que amava seu país e seu partido e acreditava que o que fazia era certo.
“os assassinos não eram sádicos ou criminosos por natureza; ao contrário, foi feito um esforço sistemático para afastar todos aqueles que sentiam prazer físico com o que faziam” (p. 121),
Um homem que, em certo momento tenta trazer certo consolo ao povo judeu, ao invés de mata-los, deportou um grande número para longe. Quando não havia mais para onde manda-los, houve o extermínio. Hannah é clara ao apresentar a mudança solene do homem sob o peso de ordens e autoridades superiores. Nunca questionando de fato, pronto a aceitar qualquer comando e a executá-lo de forma rápida e precisa. Não negou os autos ao tornar-se executor e ordenar a morde de milhares e milhares de judeus nos campos de concentração.
A banalidade do mal se encontra na figura obtusa daquele homem. Seria ele mesmo um monstro, ou apenas uma marionete do Estado Nazista, cumprindo o dever que seu cargo exigia, ainda que para isso precisasse usar de uma violência homicida e uma frieza tão comum aos alemães?
Hannah deixa claro que vai muito além disso.
Em muitos momentos, sua serenidade assusta. Seria um carrasco ou apenas um funcionário obediente e cumpridor dos seus deveres, que não fizera nada além de cumprir ordens de um superior?
Ela mostra os dois lados.
O homem e o funcionário. Cada qual independente um do outro.
Eichmann nunca negou os crimes que cometeu. Nem pareceu arrepender-se deles. Mas foi incisivo quando lhe era aplicada culpa sobre o que não havia feito. Novamente, ele se via diante de uma cena da qual ocupava um lugar importante, bom ou mal, diante de todos. Dessa vez, porém, muito mais do que entre os grandes generais nazistas. O mundo o encararia mesmo depois de sua morte. Para ele, seu último grande ato. Para os judeus, uma forma de calar um ódio e desejo de vingança que se espalhou pelo coração de muitos.
A vida comum que levara na Argentina pouco deixava transparecer o homem apaixonado por poder. Apesar de nunca ter realmente se escondido, não havia nada naquela vida da qual lembrasse o velho homem. Talvez essa tenha sido sua única frustração.
Eis que Hannah nos convida a pensar e a questionar a veracidade daquele julgamento. Percebemos que existe mais por trás das cortinas do que querem que saibamos.
De todas as coisas relatadas e apresentadas no livro, talvez a que mais me assuste seja a proximidade da personalidade de Eichmann com a da grande maioria de nós, que nos julgamos cidadãos de bem. O discurso não se separa muito do que ouço pelos corredores da faculdade e até mesmo dentro da minha própria casa. Se existe um monstro, talvez todos nós sejamos monstros. Eu acredito na culpa, mas em momento algum acho que sobre ele caem todas as responsabilidades. Sabemos que houve amparo na lei e, de certa forma, do mundo, que se manteve em completo silêncio enquanto tudo acontecia. Todos temos culpa. Todos somos menos humanos do que nos pintamos em frente ao mundo.
Eis que termino com um último trecho do livro:
“Suponhamos, hipoteticamente, que foi simplesmente a má sorte que fez de você um instrumento da organização do assassinato em massa; mesmo assim resta o fato de você ter executado, e portanto apoiado ativamente, uma política de assassinato em massa. Pois política não é um jardim de infância; em política, obediência e apoio são a mesma coisa. E, assim como você apoiou e executou uma política de não partilhar a Terra com o povo judeu e com o povo de diversas outras nações – como se você e seus superiores tivessem o direito de determinar quem devia e quem não devia habitar o mundo -, consideramos que ninguém, isto é, nenhum membro da raça humana, haverá de querer partilhar a Terra com você. Esta é a razão, e a única razão, pela qual você deve morrer na forca.”
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Lari 01/09/2019

Sensacional
"Foi como se naqueles últimos minutos estivesse resumindo a lição que este longo curso de maldade humana nos ensinou - a lição da temível banalidade do mal, que desafia as palavras e os pensamentos."

Sinceramente, amei! Um livro que, ao contar a história de Adolf Eichmann e seu julgamento na corte israelense, adiciona fatos ocorridos no Reich alemão na segunda guerra. Escrito com uma linguagem prática e com uma narrativa interessante, quando você vê, já leu um capítulo inteiro, e quer o próximo.
Na verdade, o livro contrariou minhas expectativas; achei que seria um livro chato, entediante, como alguns que já li outras vezes e também achei que ela se aprofundaria mais no conceito da banalidade do mal. Mas, ao contrário, o livro foi ótimo, o contexto histórico e os fatos muito bem colocados, de forma que seja interessante e, a banalidade do mal, não tão abordada, fazendo com que o leitor tire suas próprias conclusões.
É triste, após todo o julgamento, após conhecer Eichmann, seus feitos e sentimentos, conhecer a sentença que lhe foi dada. Na minha opinião, o conceito de banalidade do mal é, justamente, dois: Eichmann obedecia às leis que eram impostas - mesmo que fosse deportar judeus para campos de concentração - e percebe-se que ele as fazia porque era obediente às leis (mas também há momentos na narrativa em que isso se torna duvidoso) e, a segunda, é o fato de que a sentença de Eichmann é tratada com rapidez, sem mais enrolação, pois os juízes queriam fechar logo esse extenuante caso, e que Eichmann diz "clichês" - como é abordado no livro - na hora de sua sentença.
Realmente um livro que me surpreendeu de duas formas, mas que a boa se destaca mais que a ruim.
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Peachy 25/11/2019

Importante
Leitura pesada, mas que traz reflexões éticas importantes sobre a banalidade do mal. Eichmann se parece muito com o cidadão comum, talvez o "cidadão de bem". Importante reflexões sobre a relação entre legalidade e moralidade.
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