Antifa

Antifa Mark Bray




Resenhas - Antifa


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Zé Wellington 12/08/2020

Obrigatório nestes tempos de neofascismo
Se no auge da modinha do selo antifascista você recebeu este livro, faça um favor a si mesmo e o leia.
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Pedro Luiz da Cunha 03/08/2020

"Tem gente que só compreende a brasa quando ela entranha nas profundezas da carne."
Mark Bray, historiador norte-americano, escreve o "Manual Antifascista" em um contexto de avanço global da extrema-direita. Aqui, o antifascismo não é definido como mera negação do fascismo; o autor explora uma corrente existente da interação entre socialistas e anarquistas, que possui um horizonte maior, de superação da sociedade capitalista.

Partindo da constatação de que "desde que existe o fascismo, existe o antifascismo" o autor faz uma exposição sobre o período "clássico" do movimento na primeira metade do século XX na França, Alemanhã, Itália e Inglaterra. Depois, analisa as táticas antifascistas no período pós-guerra para chegar, finalmente, no movimento antifascista contemporâneo, fruto da resistência contra o avanço da extrema-direita, dos supremacistas brancos e da onda anti-imigratória na Europa e Estados Unidos.

Apesar de discordar de algumas análises do autor, o livro traz importantes reflexões sobre liberdade de expressão e "lições históricas para antifascistas". Uma dessas lições diz respeito a como os fascistas alcançaram o poder legamente, através das instituições: "historicamente o fascismo ganhou acesso aos corredores do poder não derrubando seus portões, mas convencendo seus porteiros gentilmente a abri-los" (p.252). A segunda lição chama a atenção para o fato de que o fascismo não foi levado a sério até que fosse tarde demais.

O livro, como um manual, serve para guiar a prática, e assim deve ser lido. O combate ao fascismo é um compromisso civilizatório. Interpreto o título dessa resenha, uma frase de Chico Buarque, como um alerta para que não aguardemos que o avanço da extrema-direita no Brasil - com elementos fascistas - entre nas profundezas de nossa carne e a reação seja tarde demais.
Decfalter 26/01/2024minha estante
AntiFa!




valentina 29/07/2020

bom livro introdutório para quem está começando estudos sobre política, bem didático e fácil de entender
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Nata 30/06/2020

Livro extremamente necessário em todas as épocas. Não trata do Brasil, porém fascista é fascista em qualquer lugar do mundo.
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Ari Phanie 29/06/2020

"Fascismo não se debate. Fascismo se destrói."
Mark Bray é um historiador que viu crescer na onda de ódio racista contra minorias nos Estados Unidos, e no resto do mundo, um alerta de que precisávamos estar preparados para o fascismo novamente. A maioria não leva à sério o fascismo nos dias de hoje, já que os grandes inimigos de outrora estão mortos. Mas os supremacistas brancos nunca deixaram de existir. E a luta contra esses supremacistas e a extrema-direita reside no movimento Antifa e como ele funciona.

" (...) a Antifa pode ser descrita como uma espécie de ideologia, uma tendência, ambiente, ou uma atividade de autodefesa. Apesar dos vários tons de interpretação, a Antifa não deve ser entendida como um movimento único. Em vez disso, é simplesmente uma das várias manifestações da política socialista revolucionária."

A partir de uma investigação bastante detalhada, Bray nos mostra que a luta antifa existe desde o século XIX e também apresenta o que ela é hoje. Para isso, ele fez uma pesquisa através de material de imprensa, e com entrevistas com antigos e atuais antifacistas de várias partes do mundo.

Esse apanhado de informações que ele traz de anos e anos de luta e lutadores contra nazistas e fascistas é muito extensa e muito densa, e no final de alguns capítulos focados nisso, eu fiquei espantada como tão pouco eu sabia sobre essas coisas. Na realidade, era quase nada. Percebi que a mídia tem uma culpa extrema nisso. Os antifas são sempre encarados como "agitadores", "subversivos", que provocam destruição e só. Nunca ouvem o lado deles, e a população acaba não entendendo ou ficando contra essas pessoas. No entanto, todo mundo ouve falar dos supremacistas, neonazistas, etc. A maioria não concorda com eles, felizmente. Mas a mídia costuma cobrir essas manifestações racistas, sem normalmente dar o mesmo foco ao outro lado de forma justa. E acho que isso cabe na teoria antifa de "não dar nenhum palanque" para fascistas. Mesmo que de forma negativa, é a eles que dão foco. E isso os alimenta e também a outros que pensam igual. A mídia sempre estar ouvindo-os. A exemplo disso são as reportagens com Richard Spencer, supremacista branco e apoiador do Trump que chegou até a falar em público "Hail Trump". Mark Bray fala e eu concordo, não existe liberdade de expressão quando se trata de nazistas e fascistas. Eles simplesmente não deveriam ser autorizados a discursar em público e ferir a liberdade e a existência de outros.

Depois da história de como grupos antifa foram formados em diferentes partes do mundo, normalmente em resposta a um grupo nazista/fascista, Mark Bray aponta como a xenofobia contra os imigrantes refugiados soou um novo alerta para a mais recente onda do fascismo. E nesse capítulo ele aborda como partidos de extrema-direita que pregavam o nacionalismo exacerbado e atacavam, e marginalizavam os refugiados fizeram crescer movimentos e grupos neonazistas. Mas para além do nacionalismo aliado a xenofobia, militarismo e machismo, está a supremacia branca. Quem não se lembra daquela horrenda manifestação de supremacistas e neonazistas em Charlottesville, Virgínia, nos Estados Unidos, em 2017? Eu lembro de que quando vi a reportagem e as fotos daqueles homens brancos com tanto ódio em seus rostos, fiquei chocada e com medo. Me pareceu cena de filme sobre a KKK ou o Nazismo. Foi bem ali que eu percebi que eles eram tão fortes como sempre foram, e ao contrário do que todo mundo falava, não tinham acabado.

Para finalizar, algo muito importante que o Bray nos lembra, é sobre fascistas e nazistas chegando ao poder de forma legal. Não precisaram de revoluções. As pessoas os colocaram lá. Exatamente como aconteceu aqui com o nosso fascistinha tupiniquim. E isso diz muito sobre o que estamos enfrentando. Ele também fala dos subgrupos dentro do movimento antifa, como o fantifa; grupos de antifas feministas.

O que fica ao fim da leitura é que o movimento antifa está aliado a todo movimento que luta pela existência e liberdade das consideradas minorias, e que o movimento é cada dia mais necessário, e não pode acabar mesmo quando não há ameaças fascistas. Sempre vai haver, e é preciso lutar contra essas ameaças do jeito que se pode. Que nunca mais se menospreze o fascismo e o nazismo de novo.
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Rafael.Almeida 22/06/2020

Manual Antifa
Livro muito bom e necessário pra épocas em que o fascismo está prestes a ressurgir. Embora seja restrito aos EUA, à Europa e Austrália, o livro apresenta táticas e experiências antifa que podem ser aplicadas na luta moderna na contenção da escalada do fascismo. Recomendo a todos os antifa e antirracistas do mundo.
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