O Caso Morel

O Caso Morel Rubem Fonseca




Resenhas - O Caso Morel


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lais.barbini 15/05/2021

Um dos melhores romances de Fonseca que já li. Gosto de como o narrador e personagens se fundem ao longo da história, de como o escritor-"criminoso" Morel (Morais), o detetive Vilela e o próprio Rubem se misturam numa espécie de crítica violenta que intimida o leitor. Gosto das sutilezas dos diálogos. Gosto da ficção urbana cru e amarga.
"Who is not engaged in trying to impress, to leave a mark, to engrave his image on the others and the world?
We wish to die leaving our imprints burned into the hearts of others."
Joao 15/05/2021minha estante
Esse cara é espetacular porém eu conheço mais os contos dele. Romance eu só li um


lais.barbini 15/05/2021minha estante
João, eu sou apaixonada pelos contos! Dos que eu li até agora, O Cobrador foi o livro de contos que eu mais gostei.


Joao 16/05/2021minha estante
Laís, esse eu não li mas sei da fama dele heheh. Eu amo Feliz Ano Novo. Cada conto é um soco




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Vellasco 18/03/2021

Absurdo e crível
Paul Morel está preso, um artista pessimista que está escrevendo sua biografia, onde um ex-delegado esta editando e em paralelo buscas pistas e mergulha na vida de Paul Morel.

Todos os personagens são críveis por mais absurdo que a história possa parecer em alguns pontos, isso torna a leitura melhor.

Rubem Fonseca escreve de forma que pode confundir alguns, nomes e descrições se você não prestar atenção poderá deixar passar.
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Aécio de Paula 21/11/2020

O Caso Morel - Rubem Fonseca
Primeiro romance do escritor, em 1973. O livro foi censurado por conter descrições sexuais exageradas. Orgias sexuais, surubas, masoquismo, com uma linguagem cruel, seca, etc. Mas isso não me incomodou e tem partes bem engraçadas. É um romance que ninguém presta, ninguém vale nada. Eu achei um pouco confuso, com retalhos de memória, ligando acontecimentos (por isso a nota baixa). Um homem (Morel) é acusado de matar uma das amantes e começa a escrever um livro bibliográfico na cadeia.
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Carol T.S. 14/11/2020

Cru. Seco. Fascinante.
Sentada, aqui, tentando compor essa resenha, ainda entorpecida pelo efeito da leitura em mim. Rubem Fonseca sempre me deixa nua, no chão. Faz o que quer comigo. E quem não entende essa afirmação, ainda não sabe do que a literatura é capaz de fazer. Mas, sobre o livro em si: Romance, ou um conto aumentado? Não sei. O Caso Morel, de 1973, obra do principal do gênero "noir" no Brasil, é uma espécie de ?epopeia urbana?, ou um ?conto sobre a sexualidade proibida e suas consequências degeneradas?, ou algo do gênero.
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Henrique Fendrich 22/09/2020

Foi o primeiro livro que li do Rubem Fonseca, há quase 15 anos, e me impactou bastante. Eu desconhecia aquela crueza toda e a força que ela tinha. Fiquei muito marcado por essa leitura.
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Garcia 02/09/2020

“‘Um filósofo grego, instado a exemplificar o que era difícil e que era fácil, disse que fácil era dar conselhos e difícil era conhecer-se a si mesmo. Como não posso dar conselhos, estou tentando me conhecer', diz Morel, sarcástico.
'Eu invejo você’, diz Vilela, 'nesse aspecto, de poder parar de pensar, para pensar’.
'Espero que não me diga que há males que vêm para bem.'"

Paul Morel está preso por um crime que afirma não ter cometido. No cárcere, começa a escrever um livro e solicita a visita de Vilela para ler sua história, pois das muitas profissões que Vilela teve (policial, advogado, detetive) a atual é ser escritor. Toda a semana Morel entrega as páginas ao outro, que as lê, datilografa e as devolve para o autor. No texto, uma semiautobiografia é escrita e as revelações de sua prisão vão sendo desvendadas.
Paul Morel é um conhecido artista plástico do Rio de Janeiro, entregando todo mês uma arte diferente e até recebendo prêmio na Bienal. Sua história é narrada em primeira pessoa, uma vez que tudo que está escrito faz parte do livro que pretende lançar. Seus relacionamentos com 4 mulheres distintas, o erotismo de suas obras, o medo da impotência sexual e as críticas sobre o mundo da arte são os temas principais de sua autobiografia.
Os capítulos são intercalados entre os trechos do livro e as conversas que possui com Vilela, onde dialogam sobre a história contida naquelas páginas, os pedidos que Morel faz e uma investigação que Vilela conduz.
O enredo é cheio de momentos irônicos, trechos viscerais e sexuais, além de colocar a moral da arte sob uma perspectiva crua e direta. Morel possui suas convicções e deixa claro que acha seu próprio trabalho detestável, mas sabe que é o que a sociedade quer comprar naquele momento. A investigação de Vilela revela alguns fatos interessantes e é concluída numa reviravolta que pode livrar Morel da prisão.
Uma história que num primeiro momento possui uma narrativa simples, porém, interessante e muito bem construída. É uma leitura rápida e frenética que faz o leitor ansiar pelo final. 3,5/5.

site: https://www.instagram.com/p/CEpgsoBjssC/
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Catarine Heiter 21/08/2020

Morel, preso e acusado de homicídio, reconta a sua história através da ficção e apresenta sua produção a um escritor ex-policial, que se motiva a investigar este crime mal resolvido. E assim se desenvolve uma história através de uma linguagem bruta e repleta de violência e sexo. Iniciei a leitura deste livro sem nenhuma pista sobre a história e sem conhecer, anteriormente, nenhuma obra do autor. Inicialmente, o romance policial foi se desenrolando de forma confusa graças a sua narrativa fragmentada e a minha opção por realizar uma leitura intercalada com outras obras. No meio do caminho, optei por me dedicar totalmente a este romance e minha percepção mudou bastante, havendo total envolvimento com os personagens e toda a trama. A ordem inusitada de apresentação dos eventos, montando um perfeito quebra cabeça na mente do leitor, associada aos trechos críticos e filosóficos; foram o ponto alto da minha experiência de leitura.

Esta leitura foi motivada pelo Desafio DLL 2020, na categoria Capa de sua cor preferida
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André Vedder 07/08/2020minha estante
Rubem Fonseca é magistral!


Henrique Fendrich 08/08/2020minha estante
Até eu curti esse.




Iagne 08/05/2020

O caso Morel (Rubem Fonseca)
Quarto livro de Rubem Fonseca, primeiro Romance. O que esperar de um romance de Rubem Fonseca? Se espera um conto mais complexo nesse ambiente tão bem explorado por ele, com mais personagens e melhores desenvolvidos (trás de volta o Vilela do conto 'A coleira do cão')... acertou em cheio. Rubem apresenta um conto violento, cheio de personagens problemáticos e surpreende como uma história cheia de metalinguagem, citações e reflexões (mesmo sendo um livro de quase 50 anos).
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Natália 23/04/2020

Há tempos estava entre os meus planos a leitura de Rubem Fonseca. Dele, lembro-me apenas de ter lido alguns contos esparsos. Com a notícia de seu recente falecimento, resolvi reparar essa falta iniciando a leitura pelo primeiro romance publicado do autor, que até então era renomado e exclusivo escritor de contos. A narrativa mantêm os traços característicos principais de toda obra, uma narrativa policialesca em que os elementos, provas e personagens são todos dúbios e vão sendo desvendados de forma não linear e fragmentada ao longo dos capítulos. Achei inusitada a composição e união de diversos elementos numa estrutura policial de certa forma previsível, Fonseca parece subverter algo quando usa de uma fórmula que tinha tudo para ser batida, mas cujo resultado não é, de nenhum modo, bobo ou banal. Lerei mais Rubem Fonseca.
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Giovanna.Charrone 16/11/2019

Sem palavras
O livro é cru e poético ao mesmo tempo. Mistura erotismo com poesia e filosofia. Se tornou um favorito por todas as reflexões que ele me causou sobre a relação das pessoas, sobre o sexo, sociedade e sobre a vida no geral. Teve uma premissa bem inovadora. É surreal a forma como as cenas de sexo algumas vezes incomodam e até assustam. Achei profundamente lírico as citações durante a narrativa de Paul Morel. A escrita é envolvente demais, te prende muito.
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Biblioteca Álvaro Guerra 11/01/2019

A história é contada da perspectiva do artista/criminoso/anti-herói. O foco narrativo transita entre a “realidade” e o texto de Morel. Conversando sobre o processo composicional do romance e lendo os escritos que chegam em suas mãos, Vilela tem seu lado investigador despertado, interessando-se cada vez mais pelo assassinato não solucionado. Não apenas isso: nota que trajetória e ideologia do artista são parecidas com as suas. Uma história real reconstruída com os nomes das personagens trocados, mulheres que fizeram parte da vida de Morel, relações violentas e libidinosas nas quais sentimento e rebeldia se confundem.

Fonte: https://homoliteratus.com/o-caso-morel-de-rubem-fonseca/

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788574024905
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Che 08/01/2019

NASCIMENTO, CÓPULA E MORTE
Quase foi dessa vez que topei com um livro do Rubem Fonseca que não me parecesse perfeito, por conta do recurso meio besta e pedante de ficar metendo mil citações avulsas de outras obras no meio da narrativa principal.

Mas ficou só no quase. Ao terminar a última página do último livro lido em 2018, no dia 31 de dezembro, sou obrigado a admitir que o primeiro romance escrito por Rubão é praticamente irretocável, mesmo o defeito apontado no parágrafo acima me incomodou pouco.

Especificamente em termos de 'brutalismo' (o sub-gênero de narrativa policial brasileira, catapultado pelo próprio Fonseca), sexualidade e violência, chega até mesmo a superar as versões mais lapidadas e maduras de seus quatro (brilhantes) romances escritos entre "A Grande Arte" e "Agosto", com reviravoltas de cair o queixo e uma narrativa que passa voando.

O (anti)herói da vez é um certo Paul Morel, escritor satiromaníaco que faz o 'Serra comedor' do famoso vídeo humorístico de 2010 ("como ele, como a mãe dele, como a Vânia, como a Andreia, como o Damião, como a Dona Maria") parecer um virgem na zona. Morel não pode ver um buraco feminino que já quer logo preenchê-lo, ainda que seu desejo seja mais fugidio e inseguro do que parecerá à primeira vista.

A partir da apresentação do personagem, já encarcerado, vamos conhecendo sua tragédia pessoal e suas glórias sexuais com diversas mulheres, todas personagens interessantes, na qual se destaca a masoquista "Joana", que rouba a cena como uma espécie de materialização da mulher perfeitamente submissa (em mim, pelo menos, teve esse efeito), do tipo que topa até dividir o cara com as outras sem esboçar queixa.

O universo de Rubão, sempre concentrado em metrópoles urbanas (via de regra, Rio de Janeiro) é uma espécie de incursão na literatura noir ao mesmo tempo em que a transcende, porque tem uma dose ainda mais direta de violência e, principalmente, de sexo. Tenho um orgulho imenso de ser conterrâneo desse cara e saber que o erotismo contido aqui, explorando toda a glória do idioma português, dificilmente seria traduzível com metade que seja das nuances pra qualquer outro idioma. Privilégio nosso, nativos da língua, que podemos contemplar tudo isso direto na fonte.

Ah, e vou acabar lendo em breve o Chandler pra ver se é de fato melhor que o Dostoievski "e ninguém tem coragem de dizer", como Morel deixou escapar em determinado momento...
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