Resenhas - A mercadoria mais preciosa

Rodrigo1001 11/09/2023

Lembrar para nunca esquecer (Sem Spoilers)
Título: A Mercadoria Mais Preciosa
Título original: La Plus Précieuse des Marchandises
Autor: Jean-Claude Grumberg
Editora: Todavia
Número de páginas: 80

Procuramos os livros mais grossos, os livros que nos acompanham, as histórias mais extensas que nos convidam a entrar e nos transportam durante dias e semanas seguidas, absortos em nossos sofás, lendo, lendo e lendo enquanto o mundo se desfaz janela afora.

Ansiamos por personagens multidimensionais, multifacetados, profundos, desenvolvidos e envolventes. Narrativas que distorcem e reviram e movem a história continuamente para algum ponto no futuro distante, para algum ponto do passado longínquo. Buscamos por reviravoltas, por um final apoteótico.

80 páginas.

Isso foi tudo que Jean-Claude Grumberg precisou para entregar tudo o que descrevi acima, da forma mais economicamente singela que já vi em anos de leitura.

Condensou uma história gigante em um livrinho de 80 páginas, pasmem – em uma fábula!

Uma história que deveria ter sido mesmo só uma fábula, jamais uma realidade! Uma ficção de desumanidade, amor, bondade, resiliência, arrependimento, salvação, tenacidade e angústia.

Uma história que ressoa com sua brevidade necessária, ricamente estratificada em seus capítulos curtos. O epítome da simplicidade.

E cada capítulo deixando seu coração acelerado.

E cada capítulo deixando seu coração esfacelado.

E com uma história das mais difíceis de se escrever a respeito, mas, ainda assim, tão lindamente contada.

O núcleo desse livro é a tragédia do Holocausto. Isso deixa pouco espaço para o sentimento, para a compaixão - esmagadas pela brutalidade e pelo ódio sem sentido.

No entanto, nestas 80 páginas, há toda a compaixão e amor de que precisamos.

E o amor sempre vence, como bem sabemos.

Uma manhã de leitura que vai ficar comigo. Poderoso e comovente, em tão poucas palavras. E nenhuma delas foi desperdiçada ou supérflua.

Leia este livro, por favor.

Leva 5 de 5 estrelas cadentes.

Laura2415 09/09/2023

A mercadoria mais preciosa
Um livro muito necessário, gostei bastante, fala sobre coisas que eram reais mais dentro de uma ficção. O título já é autoexplicativo para aquela época onde se passa o livro. Gostei muito do pai da menina ter deixado ela como estava, pois ele sabia que ela já amava muito a lenhadora é que a vida dela estava boa daquele jeito, e ele dava que ele não iria conseguir criar um laço com ela

Roberta.Beira 07/09/2023

Lindo!
Depois de já ler e ver tanta coisa sobre os horrores do Holocausto, achei diferente e tocante ler uma fábula sobre o assunto. Dá a doce sensação de que todo aquele horror foi somente um pesadelo irreal, uma ficção infeliz inventada e que pode ser esquecida ao fechar de um livro. Pena que foi real.
Amor, doação, separação, superação, fé, dor, recomeço. Tem tudo isso nesse pequeno livro, nessas páginas carregadas de poesia cobrindo um pouco da realidade cruel de uma guerra. Só leiam!

Micaelly.Santos 07/09/2023

Vale a pena ler
Gosto muito de ler histórias sobre o holocausto, esse conto em poucas páginas conseguiu me sensibilizar de diversas maneiras. A história é boa, bem escrita, desperta indignação, amor, compaixão, pureza e me dá esperança. A mensagem final entra de encontro com o que eu mais acredito: o amor. Apenas o amor que sentimos e espalhamos importa e é real no final de tudo. Apenas isso é verdadeiro.

Karine 04/08/2023

Maravilhada
Gente que livro surpreendentemente lindo, poético, sensível, arrasador, histórico, comovente, triste, afetivo, especial? O autor conseguiu transformar a dor da perda do seu pai em uma obra de arte!!

Mari 04/08/2023

Curto, didático, tocante
Fiz a Marcha da Vida este ano, e escolhi esta fábula como um dos materiais preparatórios. O autor, de maneira delicada, lúdica até, mostra uma outra visão das pessoas locais que viveram durante a II Guerra, e presenciaram - sem nem entender bem o significado de tudo aquilo - os horrores do Holocausto. Uma fábula para adultos, sobre um tema tão sensível e pesado. Impossível não recomendar a leitura

Ina 30/07/2023

Uma fábula sobre o amor no tempo sombrio?
Em menos de cem páginas o autora relata uma estória de um casal de lenhadores que vivem perto de um trilho de trem bem estranho, onde não sabem muito bem o que transportam? Vencida pela solidão, a lenhadora passa a seguir os trens em busca de mercadorias ou milagres, até que um dia jogam um pacote à ela? E dentro dele a lenhadora encontra um bebê? Essa fábula é linda e muito triste. Recomendo à todos.

Gabriela.Gratival 22/07/2023

Delicado e igualmente doloroso
Uma fábula simples, mas com muitas camadas.

A frase final acabou comigo:
É isso a única coisa que merece existir nas histórias como na vida verdadeira. O amor, o amor oferecido às crianças, às suas como às dos outros. O amor que faz com que, apesar de tudo o que existe, e de tudo o que não existe, o amor que faz com que a vida continue.

Lauracnh 17/07/2023

Um conto muito emocionante e impactante dentro do contexto do Holocausto. Apesar de poucas páginas, a história e os personagens são bem desenvolvidos, sendo possível sentir o sofrimento daquela pobre lenhadora. Lindo e triste na mesma medida, esse livro impacta o coração de quem lê. Recomendo demais.

Vania.Cristina 13/07/2023

E assim, nos tornamos menores
Pequena novela estruturada como uma narrativa tradicional popular, levemente inspirada em O Pequeno Polegar. Conta a história de um casal de lenhadores que vive numa mata, num país do leste europeu, num rigoroso inverno, durante os tempos difíceis da Segunda Guerra Mundial. Eles passam fome e tudo falta. A mulher sonha em ser mãe mas já estão maduros e isso nunca aconteceu. Ela é fascinada com um trem que passa naquela região afastada e que supostamente leva misteriosas mercadorias. Sonha que esse trem cheio de bens pode ser um enviado de Deus, e que a qualquer momento pode lhe deixar um presente. Um dia, isso acontece... Essa fábula foi escrita em 2019 como se fosse um conto antigo. Na verdade, trata de uma triste história recente da humanidade: a perseguição aos judeus, tão disseminada e normatizada em tempos de dor e miséria. A história revela como os povos podem ser manipulados e contagiados por essa narrativa de ódio e preconceito.E como cada vez que isso acontece, a humanidade fica menos humana... menor.

Sabrina 09/07/2023

Tão breve e tão triste. Uma pequena fábula sobre a transformação que o amor é capaz de fazer mesmo em meio às trevas do holocausto. O transporte das ?mercadorias? para os campos de concentração nazistas, a dor das famílias desfeitas, o desespero e a luta pela sobrevivência, a crueldade dos que ?tem coração? e desde sempre matam em nome de Deus. Lindo, comovente e dolorido.

Anna 09/07/2023

Sem nome
Pobre lenhadora, pobre lenhador e a pequena mercadoriazinha
Chorei um pouco durante o livro, a convivência dos personagens e a situação em que estão em si são muito tristes, mas a gente sente uma ponta de felicidade durante algumas páginas. Livros do holocausto sempre me interessam, e todos doem da mesma maneira.

Fred Zanitti 25/06/2023

Comovente, triste...
É impossível imaginar a dor, o sofrimento, o desespero de todas as pessoas que viveram esse episódio tão repugnante da história mundial. Extremamente triste abrir mão do seu filho na esperança que ele tenha uma vida melhor, profundamente doloroso você sobreviver a isso tudo, perder sua esposa, encontrar sua filha, ela não lhe reconhecer, e o pior, você saber que o melhor é deixar assim como está, pois você não tem esperanças de conseguir lhe dar uma vida digna. Você sofre antes, durante e depois dessa guerra maldita. Como consolo, a Pobre Lenhadora conseguiu proteger sua mercadoriazinha e com muito amor, recomeçar a vida na esperança de dias melhores.
Essa fábula foi de cortar o coração, é apenas um pequeno retrato que não representa nem uma pequena porção de tudo de desumano e humilhante que várias pessoas tiveram que suportar (ou não).

Dani 16/06/2023

O holocausto
A mercadoria mais preciosa de Jean-Claude é um livro pra emocionar ...
Um "pobre"casal de lenhadores,nutri por anos o desejo de serem pais ,sem nunca o alcançarem..
No entanto,nessa epoca,em q judeus eram massacrados,um pai judeu joga seu bebe de um trem em movimento com o intuito de salva-lo de seu tragico destino...
A"pobre"lenhadora,tem a sorte de o encontra-lo,e acreditando serem suas preces atendidas pelos "deuses"do trem,recebe essa criança como á teu proprio filho..
Apartir de entao,acompanhamos a jornada desse casal em meio a guerra e aos horrores q os judeus estavam sofrendo.Enfrentam muitos desafios para manterem esse bebê judeu em segurança ,e para alimenta-lo qnd a comida era tao escassa ou quase q inexistente nessa epoca tao sofrível ...
Enfim,o livro é uma reflexao sobre a natureza humana,e a importância da compaixão e da empatia em tempos dificeis,e principalmente para refletirmos sobre o que podemos fazer para tornar o mundo um pouco melhor...
Ps:fiquei curiosa sobre o q estava escrito nos papeis q a "pobre"lenhadora recebia lançados pelas maos dos "Deuses "do trem,aos quais ela guardava por nao saber ler...

Marlos6 26/05/2023

Comovente
Ainda há quem negue ou sequer saiba o que foi o holocausto. Arrebatador e comovente. Será que a humanidade aprende com a sua história?