O corpo encantado das ruas

O corpo encantado das ruas Luiz Antonio Simas




Resenhas - O corpo encontrado nas ruas


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CharlesSouto 22/07/2023

Sou encantado por crônicas.
.... consumo como quem devora uma sobremesa.
Peguei esse saquinho aqui na Rua e estou colocando nessa encruzilhada virtual.

Em especial Simas é dono de uma linguagem que nos transporta para uma sensação de bate papo (na porta do butiquim) e essa obra em especial fala do Rio de Janeiro, um Rio que acontece nas ruas ou seja: uma delícia de leitura.

Recomendo, mas só se você quiser.
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priscillagovea 18/07/2023

Fazer essa leitura, após um período de ressaca literária, foi muito feliz. A cada página, eu sentia a nostalgia de ter crescido e ter vivido nas ruas do Rio. Senti saudade de andar pelo Mercadão de Madureira, de sair só com o dinheiro da passagem pelas ruas do Centro, de ir à praia só para ler um livro. Esse livro recordou fases da minha infância e adolescência em que tive contato com um sincretismo religioso muito forte e muito rico, que moldaram (e moldam) muito do meu caráter. Enfim, a cada página, cada capítulo, cada bairro percorrido (inclusive meu Campinho e minha Madu), eu rememorei o que compõe a essência do povo carioca, o que compõe a minha essência.
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Bibi Carneiro 17/07/2023

É um livro de crônicas que fala de magia, Rio de Janeiro, batuque, samba e Brasil. As palavras são mágicas e o sagrado se mistura com o profano (será que existe mesmo um profano?) no olhar do autor que tem uma musicalidade própria em suas palavras.
Chorei, ri e senti coisas ao ler, então recomendo. Muito.
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Cíntia 12/07/2023

Aí que delícia, que viagem no tempo, deu saudade das ruas de antigamente onde podíamos brincar, sentar no meio fio, aí quantas histórias maravilhosas, vale muito a leitura.
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Gabriel 22/06/2023

O sarapatel das encruzilhadas é a gramática do tambor
Antes de tudo é inevitável deixar de pontuar como a experiência desse livro é fundamentalmente carioca. A excelência e carisma da escrita do Luiz Antonio Simas (comparada com a de João do Rio logo no material de apresentação) é convidativa e fresca para qualquer um, mas possui um têmpero familiar a quem é de casa. Como ele mesmo se apresenta, é o primeiro carioca de uma família nordestina e esta mistura desde cedo lhe permitiu o olhar aguçado aos locais exatos onde os diferentes se costuram, se misturam. Malandro junto com trabalhador, homens nas mesas dos bares, camelôs vendendo, churrascos de gato na rua com santos baixando na porta bandeira. O Rio se define pela indefinição, o que não é tão fácil de se trazer em palavras. A contradição é uma condição natural de grandes centros urbanos, uma disputa sem fim entre poderes sobre a cultura, sobre a experiência coletiva e quem tem direito a ela. O que parece destacar a cidade do Rio nesse aspecto talvez seja a dimensão deste confronto, espalhada por todos os cantos, incontornável mesmo nas áras mais gentrificadas. Seus valores estão sempre em jogo.

O livro de Simas se desmembra em diversos pequenos textos breves comentando paralelos, observando cronologias e celebrando as ruas dos muitos Rio de Janeiro que existem, atentando pra natureza de seu samba, de sua religiosidade, dos eres, pombagiras e caboclos que olham por seus protegidos. Contemplações sobre o futebol, sobre o carnaval, sobre tudo que entra em ebulição no asfalto são a regra. Diversos aspectos sociais que são herança de uma mestiçagem forçada por incontáveis violências provam o sabor pela vida dos descendentes de uma história tão bruta. O que os apontamentos mais importantes de Simas trazem é como esta cultura popular é, cada vez mais, engenhosamente cooptada, domesticada e comercializada como artigo de luxo, capricho de mercado turístico de uma lógica coorporativa que vê nas manifestações mais espontâneas um recurso de gerar receita. É o movimento que encarece os estádios de futebol e promove carnavais privéé, vindo de um poder político que buscou desde o início do século passado uma máscara francesa pra disfaçar seus traços africanos e lusitanos.

O texto de Simas é muito adequado e pertencente à cidade, tornando a leitura um passeio tão sofisticado quanto é ordinário em seu carinho pelo comum, pelo que surge da vontade corriqueira e não do mercado financeiro. O único desafio maior na leitura é que a sua tese sobre "o encantamento das ruas estar em crise", que é o ponto central, se espalha pelos diversos textos com as mesmas palavras, as mesmas conclusões, os mesmos chavões, ao ponto em que parece mais um vício literário de arrematar todo capítulo com uma grande frase de efeito quando a narrativa por si só já era o bastante. Fica a sensação de que esses textos mais foram enfiados juntos pela proximidade temática do que coordenam uma linha de raciocínio, tornando boa parte da leitura meio redundante, ainda que tenha menos de 180 páginas.

Reforço, é uma leitura agradável, cheia de pesquisa e cuidado acerca da história do Rio e suas mais modernas contradições e disputas de símbolos. É só que ele se repete demais, causando impressões equivocadas de que não há tanta confiança no leitor ou de que não há tanto a se dizer (não parece ser nenhum dos dois casos, mesmo). Enfim, uma leitura adequada para os que são letrados na gramática do tambor.
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Lua 06/06/2023

Excelente! Livros que perpassam a história do subúrbio carioca sempre têm um cantinho especial no meu coração!
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Luísa Anjos 13/05/2023

Eita que essa leitura demorou pra sair, mas saiu!! Tô feliz por ter concluído mais essa. Encontrei nesse livro crônicas sensíveis e cheias de fé sobre as ruas do Rio, as crenças, as realidades esmiúçadas e universalizadas com muita atenção e respeito. Pausei essa leitura por alguns meses mas retornei com força total até terminar. Sendo uma criança crescida nos subúrbios da Baixada Fluminense e que circulou por muitos espaços e crenças, me vi um pouco nesse livro também. Recomendo fortemente se você tiver interesse ou se sentir próximo do tema?

Ler muitas crônicas aqui foi como achar meu doce favorito do saco de São Cosme e Damião; a capa deixa essa alegria bem evidente, o coração acalentado que o que se vive pelas ruas, esquinas, encruzilhadas e terreiros é lindo, digno de palavras bonitas, atenciosas, cheias de fé e registradas por quem conhece bem o Rio
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Geisi9 20/04/2023

"Desconfio sinceramente dos que acham que ela precisa ser consertada. O Rio de Janeiro precisa de um concerto", Luiz Antônio Simas.

O encontro que tive com "O corpo encantado das ruas" me permitiu rememorar a infância na década de 80 de um modo singular. Simas descreve ações cotidianas que dão sentido à vida, que promovem o encontro, que "desgourmetizam" a interação e propõem o resgate de laços que foram se perdendo com o tempo. Tudo isso sendo contado em diferentes bairros do Rio de Janeiro.
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gablues 11/04/2023

SINCERAMENTE eh um bait alivro de vdd uma aula de historia e cultura mas eu comecei ele esperando algo completamente diferente :/ me recomendaram falando que era um livro de contos e eu fui nessa expectativa ?POREM livro daora de dd aprendi MUITO
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Kari 28/03/2023

Para mim, o melhor livro de Luiz Antônio Simas
Esse se tornou um dos meus livros preferidos. Abordando temas que amo, falando sobre terreiros, macumbas e encantos do dia a dia, ele foi uma leitura que me fez ver a vida com outros olhos.
Caso seja leigo no assunto das macumbas, recomendo começar a ler as palavras de Luiz Antônio Simas por outro livro, pois este tem uma linguagem um pouco mais avançada e pode ficar difícil a compreensão.
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Gio 19/03/2023

Sobre brasilidades e um Rio de Janeiro histórico
Não é o tipo de leitura que costumo ter, mas ainda assim muito fluida e instigante.

Esse livro traz muito de brasilidade, Rio de Janeiro e história, com muita reflexão sobre a cultura das ruas e como isso tem se perdido de uma forma irreversível.

Se agora li sentindo falta do que vivi e principalmente do que não vi, as gerações daqui pra frente só perdem mais ainda.

Me resta a vontade de tomar uma cerveja no Rio de Janeiro com o gigante Simas conversando sobre as brasilidades, a cultura e a história que ele retrata aqui!
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Diogo1909 03/03/2023

O saudosismo das ruas
Simas consegue nos transportar para as ruas de um Rio de Janeiro quase em extinção. Um Rio de Janeiro das crianças, do futebol, das brincadeiras ?analógicas?, do barzinho, das crenças, do carnaval original e não do Rio de Janeiro da insegurança, do trânsito atropelado e das catástrofes naturais e políticas. Me deixou com vontade de voltar ao Rio assim que possível, mesmo sabendo que o Rio que eu encontrarei não será o Rio saudoso que Simas nos descreveu!
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Cecí 23/02/2023

O explendor do corpo encantado em desencanto
"O mundo não é natural, é primordialmente sobrenatural, mas se manifesta como um espaço para o acolhimento das mulheres e dos homens que respeitam e se integram ao que não é humano através das palavras e do canto".

Luiz Antônio Simas dá voz a malandragem e a efervescência da rua de forma tão leve e saborosa quanto uma cervejinha de garrafa num sábado quente. Acomodada na cadeira de plástico na calçada desse bar pude mergulhar fundo na potência dos corpos que florescem nas frestras de uma civilização de concreto. Laroyê Exu!
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Fabio268 19/02/2023

A alma das ruas
O velho Maracanã, a Umbanda, Cosme e Damião... Das Pipas ao genial Wilson das Neves, uma homenagem à vida que se leva vivendo

Ô sorte!
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Aléxia 02/02/2023

Concretizando as contradições urbanas do Rio
Morar há quase um ano no Rio me deu uma experiência completamente nova do que é viver em cidade. Busquei no Simas uma forma de concretizar sentimentos e pensamentos abstratos que se misturam ao viver o que é próprio daqui, e que de vez em quando nos tiram uma lágrima no meio do samba, do bloco ou do por do sol.

Escolhi esse livro no dia que ouvi o Simas falando pela primeira vez, no evento de reinauguração da livraria Belle Époque - ambos entidades dessa cidade. E essas 42 crônicas me deram o que eu buscava, mas com uma sensibilidade insuperável para falar das contradições urbanas da cidade que, “fundada para expulsar franceses, resolveu ser francesa para esconder que era profundamente africana e lusitana”.

Se os temas que ele aborda são aqueles que a gente imagina serem o coração do Rio - rua, samba, carnaval, futebol, terreiros e bares -, é inédita a forma como isso reverbera nas suas próprias experiências. O tipo de livro em que tanta coisa é grifada é que até difícil saber o que não é destaque.

Com a proximidade do carnaval, essa leitura escancara as hipocrisias da cidade. “A ideia do que deve ser a festa sintetiza a disputa entre a cidade preta, rueira, subterrânea, pecadora, e a cidade que se quis europeia, civilizada”.

Felizmente, esse ícone acessível que é o Simas tá por tudo, e tudo que ele toca vira uma reflexão incrível sobre o Rio. Então aqui ficam duas sugestão de podcasts que ele participa falando sobre tudo isso um pouco:
* Encruzilhadas: https://open.spotify.com/show/6mj9Clq2kK3rbnIgaXkssp?si=a514fd9f6587454b
* Rio Memórias: https://open.spotify.com/show/4QGgPl6A2kOMeSyPNL5bMt?si=c030bfbc07694526
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