selvadelivros 01/05/2020
Ainda melhor que O Sorriso da Hiena
Moradores de rua começam a desaparecer e ninguém se preocupa com isso. Jovens fazendo trabalhos escolares. Detetive Artur Veiga (de férias) entra em ação.
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Provavelmente você vai passar o livro inteiro com o coração na boca e se perguntando se vai conseguir juntar todos os caquinhos que vão sobrar no fim. É dando nenhuma esperança de que você vai se recuperar depois que ler esse livro que começo a resenha.
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O livro é relativamente grande, mas vem recheado de acontecimentos bombásticos a todo momento, além de envolver as histórias de vários personagens, então ele não fica monótono e a leitura flui bem.
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A escrita do Ávila não deixa a desejar. Pra ser sincera eu estava com altas expectativas pra esse livro já que tinha gostado bastante de O Sorriso da Hiena. E como eu já disse no início, o desespero pelos personagens se manteve intacto, e parece que os plots vieram ainda com mais força dessa vez.
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Dessa vez o autor também trouxe alguns “devaneios” de suma importância no decorrer do livro. Inclusive, ele traz críticas sociais fortíssimas! Vale a pena ler Quando a Luz Apaga só por esse fato.
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Detetive Artur chega a ser cômico em algumas cenas. Inclusive a personalidade "inocente" dele me lembrou muito a do Sherlock da série da HBO. Conseguiu me cativar ainda mais do que no livro anterior (tenho uma queda por detetives, isso é notável).
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Os capítulos finais são um misto de enrolação com euforia (mistura exótica, mas quem leu sabe do que to falando). Certamente a intenção do autor era aumentar a ansiedade pro gran finale, porém fiquei me questionando se precisava mesmo uma coisinha ou outra...
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E também, na minha humilde opinião, faltou um borogodó numa questão do final, mas o restante do livro é tão fenomenal que isso não afetou no meu amor por ele.
“O mal é assim, se esconde, se esconde, mas não gosta de ficar na coxia todo tempo.”