Gabi 18/02/2021Primeira decepção do anoO primeiro livro da duologia de Crave a Marca eu realmente gostei, amei a ambientação e vi muito potencial neste tipo de temática, já que poucas ficções em que li se passavam no espaço, deste modo, o livro me entreteve bastante e dei uma nota boa no final, ficando muito curiosa com a sequência, mesmo tendo alguns clichês no meio. Mas infelizmente com o segundo Destinos Divididos foi só ladeira abaixo, eu tinha muita expectativa, já que a experiência com o primeiro foi boa, e se Veronica conseguisse explorar com maestria o universo que ela criou seria excepcional, porém não foi isso o que aconteceu.
O começo do livro foi muito devagar e chato, foram várias páginas "perdidas" em uma viajem no espaço só para mostrar o romance dos personagens principais, que não me cativou, na minha opinião a autora apagou muito o Akos, deixando todos os capítulos dele sem graça. Já Cyra percebi que desde o primeiro livros ela me lembra muito a Tris de divergente e lendo o segundo essa semelhança ficou muito mais evidente, faltando criatividade da autora, mas tirando isso ela teve uma boa evolução.
Outros personagens que para mim foram mal explorados, e que a autora se perdeu ao cria-los foi Isae e Ask. Isae foi uma pessoa muito influenciável e teimosa, coisa que uma rainha não deveria ser, a tornando muito chata, Ask nem precisava ter sido inserido na história que para mim não faria falta, ele só serviu para ser a má influência para Isae.
Sem contar a forma que o vilão foi apresentado, que no final não fez nada só foi papo e ainda caiu numa armadilha idiota.
Outro ponto a ser falado é que toda a trama é baseada em jogo político, e isso fez que faltasse ação, eu particularmente achei que neste livros teríamos guerras espaciais e tal, mas não ocorreu. Claro que a ambientação foi um ponto positivo, pois Veronica Conseguiu criar ecossistemas, culturas diferentes de maneira natural e de fácil entendimento. Quando os personagens principais chegaram em um planeta chamado Ogra foi o ponto do livro que mais me agradou e que fiquei mais concentrada na escrita, ficando até empolgada, mas como tudo que é bom dura pouco, essa empolgação logo se esvaiu, no qual, o jogo político abordado, estava fraco e previsível, E quando chegou na metade quase abandonei o livro, fiquei extremamente irritada com a forma que as fortunas de Akos e Cyra foram concluídas, sendo que no primeiro livro e mais a primeira parte do segundo só se falava nisso e na preocupação que os personagens tinham e como isso iria afetar a vida deles, e isso me deixou com muita expectativa de como a Veronica iria solucionar isso tudo sem causar uma morte (Já chega o trauma de divergente) e no final ela me surpreendeu, mas negativamente. Não gostei da forma que ela abordou a fortuna dos personagens, que em minha opinião foi banal, tirando a importância delas para a trama, me decepcionando.
Após isso os personagens se separaram e o modo que as coisas aconteceram na história foram chatas, previsíveis e sem ação, nem mesmo um luta interessante, mostrando que novamente a Veronica se perdeu na conclusão de sua obra, tendo um começo muito bom e o final nem tanto.
Mas Não é só de pontos negativos que essa resenha irá falar, como já mencionei acima a ambientação foi bem assertiva e bem construída, além disso a Veronica soube explorar e evoluir de forma positivas alguns personagens secundários, como Cici, Eijeh, Sifa e Teka (Que infelizmente não teve capitulo com sua visão).
O livro infelizmente não funcionou para mim, mas isso não quer dizer que aconteça com você que está lendo esta resenha, se tem curiosidade leia, sem levar em consideração outras opiniões e a partir de sua leitura tire suas próprias conclusões. Tenha uma boa leitura.