Resenhas - Capitalismo e escravidão

vitor.resende.5 18/01/2022

Um livro necessário
A perspectiva histórica de Willians é objetivamente ousada. O capitalismo se criou na escravidão e acabou com ela quando não mais era interessante aos seus propósitos. Uma leitura necessária para não perder de vista o que o sistema em que vivemos faz para se garantir, usando pessoas e legitimando qualquer atrocidade em nome do lucro, da produtividade e do poder. Por ser um livro com muitos dados e referências, pode ser cansativo. É sim, denso, mas a escrita não é enfadonha.

Alice Vazarin 02/12/2021

li esse livro com o propósito de aumentar meu repertório pra minha iniciação científica e mesmo sendo meio difícil (chato) o resultado final é bem proveitoso

BiCarrie 18/08/2021

Só Inglaterra
Eu gostei bastante do livro e do conteúdo em si, mas quando comprei, pensei qie abordaria mais temas relacionados ao capitalismo e escravidão em si, mas o que encontrei foi a história do comércio britânico com as Índias, seus conflitos com a França, e pouco se trata sobre a escravidão. Com a narração, é possível perceber a transição do capitalismo mercantil para o capitalismo industrial, a importância do açúcar e do algodão, conflitos acerca do livre-comércio, a escravidão e um pouco das revoltas que ocorreram, entre outros.
Por fim, minha nota para ele é devidamente baixa pelo motivo de que pensei que fosse abranger não só a Europa ? especificamente a Inglaterra ?, e falar mais sobre a escravidão que esteve sempre presente, mesmo após a primeira R.I., onde passou a haver trabalho livre e a o sistema escravocrata concomitantemente.

Fábio Perrucci 02/11/2020

Uma retrospectiva da relação capitalismo x escravidão
A obra relata a coexistência e correlação entre o capitalismo e a escravidão no mundo ao longo dos cinco últimos séculos. Achei a leitura um tanto quanto cansativa, talvez por ser bastante detalhista.

M Del Rey 24/08/2020

O problema é a estrutura
Serei breve na minha colocação aqui. O livro não aborda a origem do racismo, não aborda as diferenciações de tratamento social - não com tanto aprofundamento, mas aborda a importância e as contradições do comércio escravo entre os sécs XVII E XVIII e a luta pelo seu fim no século XIX.
Quando hoje falamos em ?racismo estrutural? usamos essas duas palavras como cortina de fumaça para um problema maior, a estrutura que originou e perpetua esse fenômeno até os dias de hoje: a estrutura capitalista.
Precisamos entender que sem o sangue negro e a exploração de povos aqui nas Américas não seria possível o desenvolvimento da Europa, principalmente na Inglaterra, a mesma que depois de usurpar o sangue e a força de trabalho de negros e nativos trouxe o ideal de um liberdade e humanização desses povos - não unicamente por piedade, mas principalmente por custos. Entender a o papel desses países na origem do capitalismo como vivemos hoje junto com todos os reflexos sociais atuais, principalmente na população negra e mais pobre , é essencial para nos compreendermos e organizarmo-nos como sujeitos revolucionários e por fim a esse sistema.