Zorba, o Grego

Zorba, o Grego Nikos Kazantzakis




Resenhas - Zorba, o grego


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Leituras do Sam 18/01/2017

Alma livre
A sinopse é bem simples:
Um homem grego resolve deixar o mundo dos livros e escrita de que tanto gosta para viver na prática. Nesta viagem - que aqui deve ser lida tanto no sentido literal como no metafórico - ele encontra Zorbás, um velho grego com quem vive altas aventuras.
A escrita de Nikos é envolvente e me levou para a ilha de Creta todas as vezes que "devorei como uma cabra," as páginas do livro.
Um dos pontos negativos é o forte tom machista presente na narrativa, sem nenhuma tentativa de esconde-lo, mas se conseguirmos levar em conta a época que o livro foi escrito, poderemos adentrar nessa espécie de tratado sobre amizade, liberdade e coragem pra viver além do que nos está traçado socialmente.

"Isto significa ser homem, eu lhe digo: Liberdade!"

Este é o primeiro livro que leio desse autor e também da @taglivros e estou muito satisfeito com os dois.

@leiturasdosamm
Barbara.Luiza 25/01/2017minha estante
O machismo não te incomodou profundamente nesse livro? Porque, eu sei que estamos falando se um escritor do século vinte mas, eu nunca havia lido um livro que me lembrasse com tanta frequencia o quão machista ele era.




spoiler visualizar
Barbara.Luiza 25/01/2017minha estante
E a misoginia do livro, não se sentiu incomodada por isso?




Lucas 12/08/2016

Meio decepcionante
Achei o livro devagar, sem muitos acontecimentos, e repetitivo. Fiquei pensando por que esse livro ser taot clássico. Acabei não gostando.

Porém, não deixei de me emocionar com a forte amizade de Zorba com o personagem principal. Os estilos de vida diferentes, as experiências de vidas contraditórias, poderiam resultar em ambos não se darem bem, mas foi o contrário. Essa relação entre os dois é realmente de se emocionar, e o quanto ambos aprendem um com o outro.
Barbara.Luiza 25/01/2017minha estante
Também achei o livro decepcionante. Achei que eles passariam por varias aventuras, mas pra mim, o que eles fizeram foi: falar de mulheres. Apenas no penultimo capitulo houve esse relacionamento bonito que vem na sinopse do livro, os dois dançando juntos na praia. Isso sem falar na misoginia, não havia um capitulo em que eu não me irritasse com o modo como ele fala com e sobre as mulheres.




Lucas 19/12/2015

Desenvolve o velho embate entre o apolíneo e o dionisíaco, mas com uma narrativa pouco envolvente e previsível.
Barbara.Luiza 25/01/2017minha estante
A narrativa é bem lenta né? eu esperava grandes aventuras e nada aconteceu. Isso sem falar no machismo insuportavel do livro, o autor não me deixou esquecer por um minuto o que ele pensa das mulheres




Joana 18/09/2015

Maravilhoso! Tinha visto o filme antes, que é tão bom quanto o livro.
Barbara.Luiza 25/01/2017minha estante
Joana, como você se sentiu lendo esse livro tão machista? Se pararmos pra pensar não há nenhuma mulher importante e nenhuma que é, sequer, tratada com respeito por Zorbas e seu patrão... você sentiu isso durante a leitura? (digo apenas durante a leitura porque ainda não vi o filme, mas fique a vontade para falar sobre ele também :))


Barbosa 14/02/2017minha estante
Estou adorando o livro. Mas essa "Babs", justiceira social, não cansa de importunar a todos com sua ideologia feminista. Cresce, menina!




Yussif 16/05/2012

Zorba é um cântico à liberdade do ser humano que vê na existência terrena seu único esteio antes da completa aniquilação.

Focando apenas um dos aspectos do livro, a história vai ganhando um sabor específico a cada página, cada fato vai se transformando numa espécie de rito de despedida.
Barbara.Luiza 25/01/2017minha estante
Você não acredita que o livro é um cântico de liberdade do homem? Zorbás questiona diretamente a liberdade da mulher. O machismo nesse livro é tão presente que me impedia de saborear a boa escrita do autor.


Reinaldo Valdez 27/07/2017minha estante
Chamar o livro de Nikos Kazantzakis de machista, é, no mínimo, anacrônico. Livro maravilhoso! Um dos meu preferidos!




Leonel 05/01/2011

Minha mãe sempre insistiu que eu lesse esse livro, nunca entendi bem. Agora eu sei. É uma verdadeira obra-prima! Não existe outra expressão pra definir essa história que tem como tema central a amizade e, acima de tudo, a capacidade dos seres humanos de desperdiçar o tempo que lhes é dado.
Aqui, Zorba é a personificação do "Carpe Diem": um homem que aproveita o presente, sem se preocupar com o futuro, muito menos o passado. Ao longo do livro, a voz do personagem nos presenteia com frases célebres e ensinamentos maravilhosos, daqueles que você pode guardar na mente para sempre. "Zorba, o Grego" é, além do mais, um manual de como aproveitar a vida. Duvido que alguém, após a leitura, veja o tempo de sua vida da mesma forma. As perguntas que ficam são: será possível viver como Zorba? Estamos mais para o "patrão" ou para o grego dançarino? Como alcançar a eternidade na efemeridade da vida?
Acho que nunca me deparei com tamanha obra de arte, sincera, profunda. Não há como não se emocionar com este grego que nos ensina tanto; sim, tornou-se meu livro mais querido!
Uma grande frase que me marcou muito no livro: "Todos os homens têm a sua loucura, mas a maior loucura me parece que é não ter nenhuma".
Fábio 02/04/2012minha estante
Muito bom, sua mãe é uma sábia :)


gilmar.guimarae 13/11/2014minha estante
Vou ler! Há dias estou na expectativa. :)


Barbara.Luiza 25/01/2017minha estante
Leonel, quando li a sinopse do livro que prometia um acadêmico passando por grandes aventuras com seu amigo grego, Zorbas, achei que o livro seria ótimo. Quando comecei a ler algo me incomodou.. eles não tiveram aventura nenhuma, pra não ser injusta houve a visita aos monges, se é que aquilo pode ser chamado de aventura. O resto do livro são dialogos de Carpe Diem e dois homens machistas falando sobre mulheres. Mulheres esteriotipadas, carentes, sangue-sugas, etc, etc. Eu acredito que a premissa do livro seja ótima, mas o autor não cumpre o que promete e, eu, após a leitura sinto que foi um tempo desperdiçado. Como eu disse a premissa é ótima, o modo como ele escreve é bonito, mas o livro é tão misogino, que eu não conseguia esquecer por um estante essa grande caracteristica e tão lento e previsivel..




Cabelo 03/08/2010

Zorba, o Grego
Posted by Cabelo on May 11th, 2010 filed in dia do leitor

Dois homens e uma amizade. Um vive e escreve o seu próprio destino, o outro luta para não se deixar empurrar pelo próprio destino. Entre eles: a liberdade. Estas duas experiências muito bem exploradas pelo autor permeiam todo o livro, que retrata uma jornada de dicotômicas almas que se encontram e se separam durante a vida.

Zorba, o Grego é a obra mais conhecida de Nikos Kazantzakis e data de 1942, quando a Grécia lutava contra a ocupação nazista. Georges Zorba era um operário que o escritor conhecera ao acaso e com quem, em 1917, tentara explorar uma mina de carvão. Após 25 anos, a convite do mesmo, repetiu a experiência, que foi curta e desastrosa, mas inesquecível, sobretudo devido à personalidade de seu companheiro Zorba. Ele era a encarnação do homem livre, do autêntico aventureiro, amante da vida intensa, de espírito límpido e isento de preconceitos, inspirando a personagem Alexis Zorba, o grego.

Este livro, sem dúvida, carrega alguns traços autobiográficos observados na caracterização do patrão, narrador personagem, o “mastigador de papel”, e o próprio Alexis Zorba, na medida em que representam uma relação de ego e alterego da personalidade do autor. O patrão polido e ponderado, apesar de toda a bagagem cultural adquirida nos livros, passa a aprender e se inspirar nas lições de Zorba, o qual assimilou e interpretou as próprias experiências de vida sempre norteadas pelo impulso.

A partir disso constrói-se uma bela e consistente amizade, muito embora ambos configurem-se quase opostos. Em comum fica evidente nas personagens o aspecto do machismo, tanto no autocontrole das emoções por parte do narrador, que reprime seus sentimentos, quanto na concepção de mulher tida por Zorba. Ilustra-se o exasperado machismo na explicação de Tio Anagnosti, influente cidadão da aldeia cretense onde se passa a história, a respeito de seu nato problema de audição: “E isso não é nada - disse ele - pois ela podia ter me feito cego ou débil mental, ou corcunda, ou então - que Deus me guarde - ela podia ter me feito mulher. A surdez não é nada, e eu me prosterno diante das graças da Virgem Santíssima!”

Em busca de novo ambiente, paisagens e explicações para sua busca interior, Kazantzakis passou quase toda sua vida em constantes peregrinações, assim como a sua personagem Zorba. Em 1923 na Alemanha, realizou uma excursão pelos lugares freqüentados por Nietzsche, cujo livro Assim Falou Zaratustra acabara de ler e que exerceu profunda influência sobre seu espírito. Na mesma época, em Berlim, conviveu com intelectuais ligados ao marxismo e passou a abraçar a idéia do socialismo, marcando sua vida. Em Zorba, o Grego nota-se a veia socialista do autor em uma oração do narrador, por exemplo: “E eu fazia projetos românticos - se a extração de linhita caminhasse bem - de organizar uma comunidade onde todos trabalharíamos, onde tudo seria comum, onde comeríamos todos a mesma comida e vestiríamos a mesma roupa, como irmãos. Criava dentro de mim uma nova ordem religiosa, gente de uma nova vida…”

Sua vasta obra, que retrata em parte as condições de vida da população grega, bem como a angústia do destino de sua própria vida, está permeada ora de misticismo, ora de forte realismo, acompanhada também de acentuado pessimismo. Em Antibes, pequeno porto da França, ao lado da segunda esposa, companheira inseparável, escreveu diversos romances, além do seu poema Odisséia, em 33.333 versos, que constitui um relato épico da inquieta trajetória de sua vida. Publicou ainda ensaios filosóficos, tragédias, livros de viagem e outros poemas. Kazantzakis notabilizou-se também por numerosas traduções para o grego de clássicos da literatura ocidental como a Divina Comédia de Dante Alighieri e Fausto de Goethe.

O escritor nasceu na ilha grega de Creta em 1883 e testemunhou desde pequeno situações de violência, opressão e injustiças no ambiente familiar e fora dele, que marcaram profundamente sua vida. Em casa, o próprio pai era extremamente autoritário, embora corajoso defensor da liberdade de seu povo contra a dominação turca. Fora do ambiente familiar, a violência e a contradição manifestaram-se, primeiro em Creta, devido à miséria do povo e a luta pela libertação da Ilha, só conseguida em 1897. Depois, em 1912 eclodiu a Primeira Guerra Balcânica, que opôs a Bulgária, a Sérvia e a Grécia à Turquia, na qual Nikos Kazantzakis participou como voluntário. Além disso, trabalhou como correspondente para um jornal de Atenas na Guerra Civil Espanhola (1936-39), e na Segunda Guerra Mundial engajou-se na resistência grega contra a ocupação nazista.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, foi convidado a participar do governo de seu país, na pasta do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Ocupou o cargo por pouco tempo e preferiu voltar à atividade literária. Instalou-se em Antibes, onde se entregou de imediato a uma intensa produção literária, sua fase mais produtiva. Em 1957, apesar da leucemia e dos 74 anos, Nikos decidiu empreender nova peregrinação ao Extremo Oriente, em companhia da esposa. Porém, no dia 26 de outubro, faleceu em Freiburg, na Alemanha, e seu corpo sepultado em Creta.

Nikos Kazantzakis é tido como o mais importante escritor e filósofo grego do século XX. Contribui para seu reconhecimento a adaptação para o cinema da novela Zorba, o Grego com grande atuação de Anthony Quinn – filme recebeu três estatuetas do Oscar em 1965.

http://literaturacotidiana.com.br/?p=3244

Paulo Cabelo Laubé
Barbara.Luiza 25/01/2017minha estante
Paulo, fiquei intrigada. Porque quatro estrelas para esse livro? o que te incomodou ou faltou nele?


pulinhoooogostoso 12/04/2022minha estante
muito bonito pau


pulinhoooogostoso 12/04/2022minha estante
gostoso d+ paulinhooooooooooo


pulinhoooogostoso 12/04/2022minha estante
melhor professor do terceirão




Lima Neto 21/10/2009

um livro de rara beleza e sensibilidade, com um personagem, Zorba, intenso e carismático.
Nikos Kazantzakis é um escritor genial, com uma escrita simples e direta e ao mesmo tempo forte e marcante. em "Zorba, o Grego", ele construiu uma trama na qual toda a história está inteiramente centrada no personagem Zorba, um homem que não conhece adversidades, que tem lembranças saudosas de um passado longínquo, com o qual não se preocupa, da mesma forma que não vive por um futuro que pode estar tão longe quanto o passado. Zorba vive intensamente o presente, aquilo que vive naquele só e unicamente naquele momento, como se aquele instante fosse o último de sua vida.
na história, deparamo-nos com um personagem forte e intenso, de raro caráter e carísma na literatura mundial.
a simplicidade da escrita e das situações pode nos levar a ter uma interpretação errada do livro, achando-o, por vezes, até simplório. mas não devemos nos enganar, pois o livro é inteiramente recheado de uma forte carta psicológica, com muitos questionamentos e visões de cunho teológico e muita filosofia.
um livro simples e magnífico, que não deve ser lido, mas sim degustado.
Barbara.Luiza 25/01/2017minha estante
Você descreveria o modo como Zórba fala de/com e trata as mulheres como sensivel e belo? O que você acha dos esteriotipos femininos do livro?


Eloiza Cirne 19/05/2017minha estante
Perfeitamente compreensíveis em um livro que foi escrito em 1940. O papel da mulher, na sociedade, principalmente na Grécia, era de submissão. Acho que isso não compromete a beleza da obra.


Rita Neta 28/03/2022minha estante
Comecei agora e já estou apaixonada. Que livraço!




Jeane 29/01/2009

Faz tanto tempo...
Emprestei o livro da biblioteca da escola, e faz bastante tempo que li o livro. Não lembro de tudo, mas marcou em mim a descrição da Grécia e seu cotidiano, a liberdade e filosofia de Zorba.As metáforas são bem legais, tais como nos trechos onde somos lagartas comendo folhas em uma árvore gigante, sem saber da existência de outras lagartas em outras folhas... ou quando Zorba da vazão a obsessão de comer uma fruta até passar mal apenas para não se tornar escravo desse desejo.Acho até que deveria reler o livro.Pena que só posso encontrá-lo se garimpar em algum sebo.Muito bom!
Caroline 10/03/2013minha estante
Jeane, eu também li há alguns anos, pude me lembrar dessas passagens agora. Obrigada!


Barbara.Luiza 25/01/2017minha estante
Jeane, a TAG enviou esse livro aos assinantes em janeiro, talvez você consiga um kit ainda. De qualquer modo, em sua releitura, preste atenção no modo como as mulheres são tratadas por Zorba, o que ele fala delas. Repare também na construção das personagens femininas: choronas, pedintes, sangue-sugas, etc.. Foi algo que me impediu de gostar desse livro. Sempre que o autor escrevia algo belo era seguido por algo grotesco. Como quando eles salvam a viuva da morte e Zorbas diz algo como 'tantos anos pra um corpo desses se formar, e eles a mataram.'


Jeane 24/04/2017minha estante
Realmente faz tempo que li este livro e esqueci de muitos trechos. Acredito que uma releitura me fará reconsiderar o quanto eu gostei do livro (prestarei mais atenção na próxima leitura). Obrigada pela dica Babs.




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