Resenhas - Columbine

Andre.28 24/05/2024

A cultura armamentista e a chocante tragédia americana
Simples, de acessível leitura, porém muito chocante e com partes profundamente perturbadoras. Os EUA vivem de defender uma cultura de autodefesa através do livre comércio de armas, muitas vezes beirando ao absurdo do perigo. O mais triste dessa história foi como os indícios foram claros, e a negligência tanto da família, como o despreparo da polícia para agir durante o Massacre dentro da escola, além dos ouvidos moucos da direção escolar diante de uma cultura de bullying e ausência de plano de prevenção e assistência a saúde psicológica de alunos e professores. Os adolescente que fizera essa barbaridade eram claramente psicopatas, especialmente o Eric Harris. A mente desse adolescente é de uma profunda ausência de consciência humana, coisa perturbadora que beira a insanidade. A Swat cagou na cabeça das vítimas, tratando-as como qualquer coisa durante e depois do Massacre em Columbine. O David Cullen fez uma extensa reportagem, esmiuçando cada detalhe e cada personagem. Só achei que ele exagera em dar atenção a personagens mais secundários e a percorrer demasiadamente sobre características que não acrescentam tanto a narrativa principal, ao fato em si. A leitura, nesse sentido, cansou um pouco. O texto poderia ser enxugado em pelo menos 25%, mas creio que o autor fez um exímio trabalho. O livro é pra quem é forte psicologicamente, por causa da profundidade e ser pesadíssimo.

mary_raiodeletras 04/05/2024

Eu tentei, o máximo possível, não me apegar a todas as informações que constam no livro, já que muita gente me avisou sobre as inconsistências, mas foi difícil. A escrita é arrebatadora.
Me senti angustiada pelas vítimas, pelas famílias, por todos que foram impactados por essa tragédia.
Agora, vou começar as pesquisas para ver outros pontos de vista. E, também vou procurar ler uma coisa bem leve na nova leitura!

Ched 28/04/2024

Relembrar para não repetir: 25 anos de Columbine.
Destaco 3 pontos cruciais no livro: 1) atuação policial (antes, durante e após o ocorrido); 2) atuação da mídia e suas repercussões a nível local e nacional; 3) o perfil psicológico dos dois responsáveis.

1) na atuação policial, o que me pareceram erros grosseiros e não intencionais no início depois se mostraram como tentativas bem sucedidas (por um tempo) e sádicas da polícia encobrir a merda que fez.

discordo que ignorar sinais claros de que Eric e Dylan tinham sim potencial específico (e declarado em alto e bom som até) para cometer algo muito pior, pois também poderia ser o que desencadearia a raiva necessária a planejar e executar o ataque.

mas todo o resto, como demorar horrores para entrar na escola, ajudar as vítimas e encobrir a maioria das pistas do jeito mais ridículo e na cara possível é um desrespeito com as vítimas e com a comunidade em si. como se soubessem que sairiam impunes disso. é nojento.

2) sobre a atuação da mídia: compressível a necessidade insana de noticiar tudo em primeira mão, independente de se fosse verdade ou não. horrível? ÓBVIO, mas infelizmente acontece muito (o Caso Eloá, por exemplo).

dentre todas as coisas mais sem noção que fizeram, a maioria tendendo ao sensacionalismo e à espetacularização da violência, a PIOR foi: a mídia distorceu a realidade das testemunhas. a narrativa criada pela mídia. pessoas que já estavam num processo pós-traumático, sabe. isso, pra mim, é imperdoável.

o oportunismo religioso DESCARADO também foi péssimo mas, o que esperar de uma situação horrível em que todos estavam tentando tirar o máximo proveito pessoal? a religião, que deveria acolher e ser um conforto aos sobreviventes se aproveitou ainda mais deles. nada de novo, mas minha decepção permanece.

3) quanto ao perfil psicológico de ambos. o mais marcante é o quanto as personalidades deles eram diferentes. Eric com seu ódio por tudo e todos, Dylan com uma depressão imensa e um desejo tão grande quanto por amor.

o ego IMENSO de Eric e a autoestima baixíssima de Dylan. como ser diferente era bom para um, e ruim para o outro.

a tentativa de diagnosticar Eric numa escala de psicopatia pode até não ser garantia de sucesso em prevenir acontecimentos parecidos no futuro, mas é uma ferramenta para tentar, e trabalhamos com o que temos. esse tema foi muito bem esclarecido. como pessoas assim nem sempre vêm de lares ruins, alguns apenas o são. e ainda é bizarro como podemos conviver sem identificá-las.

me incomodou bastante foi (e aí é a cobertura do caso no geral, não do autor?) pintarem Dylan como mero seguidor de Eric, como se a responsabilidade não fosse compartilhada quando AMBOS decidiram isso, e AMBOS o fizeram. são meios diferentes com o mesmo fim.

é uma história que não dá pra ler e continuar inerte. são detalhes de uma crueldade imensa, especialmente quando vemos que eles queriam fazer isso e não tinham um pinto de remorso. no geral, a pesquisa foi tão boa que, pra mim, desfez várias incoerências em textos e podcasts que já tinha ouvido sobre o tema.

em certo trecho, o autor diz que nenhuma legislação sobre controle de armas foi alterada em resposta a Columbine, mas a atuação policial sim. e isso me conforta, de certo modo.

após terminar o livro, fui atrás de fotos do memorial e vi uma com a seguinte frase:

"isso deixou a nação de joelhos, mas agora que nos recuperamos, como as coisas mudaram; o que aprendemos?"

não tudo o que poderíamos, claro. mas espero que um dia seja o suficiente para Columbine não ser apenas sinônimo da tragédia, mas de força e resiliência, como os sobreviventes tanto desejaram.

IsacSL 27/04/2024

Perturbador e revelador, mas talvez nem tanto
O livro trata muito mais sobre o que aconteceu depois, do que antes e durante o atentado e isso me frustrou um pouco. Minha expectativa era saber como foi e como eram os assassinos, e o livro realmente se aprofunda bastante em alguns capítulos do livro sobre como foi, mesmo que em sua maior parte seja sobre a perspectiva de quem estava de fora da Colégio.
Ele nega também que os assassinos eram "parias", apesar deles se retratarem assim por diversas vezes. A opinião do autor não me passou confiança numa passagem pontual que ele fala sobre a Palestina.
Mas fora isso, da pra descobrir muitas coisas sobre Columbine, uma visão mais humana das vitimas, assassinos e dos pais dos envolvidos. Tem um capitulo super interessante também sobre psicopatas. No geral eu recomendo, porem fiquei em duvida qual o viés da opinião do autor, e senti falta de mais detalhes do que ocorreu no dia dentro da escola. Além disso tem paginas do diários dos assassinos, descrições das fitas de porão, desmente vários mitos e cita fontes confiáveis. Mas fora copias de paginas, não possui imagens.

Graziela 21/04/2024

ESCLARECEDOR
Ontem fez 25 anos desse Massacre e algumas dúvidas rondavam na minha cabecinha quando eu me interessei em ler o livro.
O autor nos coloca dentro do cenário com este livro riquíssimo em detalhes.
Eu confesso que alguns capítulos dão gatilhos?
O começo não é tão legal, ele fica interessante perto da centésima página.
Esclareceu muitas dúvidas sobre o ocorrido.
Fico incrédula que tem ?seres humanos? que querem reproduzir tal ato.

Carla.Cristine 17/04/2024

Pesado
Brutal
Real
Uma leitura extremamente necessária!
Uma imersão pelas mentes de dois jovens que marcaram o final do século XX com seus atos.

Ana Prado 16/04/2024

Muito bom!
O livro é bem denso, achei ele bem rico em detalhes, em algumas partes um pouco cansativo e por isso nao li no ritmo que gostaria. Mas é uma historia tragica e o livro traz muita informação sobre.

Nicole 31/03/2024

O melhor livro já lançado pela Darkside
No dia 20 de abril de 1999, dois estudantes invadiram a escola de Columbine e deixaram um rastro de 13 mortos e 21 feridos.
Neste livro, observamos todos os passos que Dylan Klebold e Eric Harris fizeram para consumar o massacre em sua escola. Além disso é abordado por Culen a raiva, o medo e os traumas que todas as vítimas sentiram após o ocorrido.
Durante a leitura é possível observar as imagens dos diários dos garotos e toda a ficha criminal que ambos passaram antes de cometer a tragédia que ficaria marcada na história dos EUA.

Paulo474 31/03/2024

A verdadeira história por trás de um fato tão conhecido
Um livro pesado pelos assuntos que trata, mas muito revelador sobre os fatos de 20 de abril de 1999, em Columbine, mostra um linha do tempo muito precisa e fiel aos fatos, na medida do possível, quebrando mitos sobre os autores de massacre serem excluídos e vítimas de bullying, o que não era o caso de Eric e Dylan, eles não eram os mais populares de Columbine, mas eram bastante sociáveis, mas que escondiam algo sobre aquela máscara, Dylan escondia sua Psique frágil tendo ataques de fúria ocasionais, expondo em seus textos e trabalhos aquilo que muitos não conseguiam ver, assim como Eric, que usava de seus trabalhos escolares para expor seus mais profundos desejos.
O livro também faz críticas à jornais que usavam de todos os artifícios possíveis para sair na frente nas corridas pelas vendas, além de criticar o departamento de polícia de Jefferson que recebeu diversas denúncias antes dos ataques serem perpetrados, e mesmo assim, preferiu não investigar, fazendo-nos pensar, se a polícia fizesse o trabalho seguindo todos os procedimentos, o ataque a Columbine poderia ter sido evitado? O fato é que nunca saberemos essa resposta.
Outro ponto que o livro levanta é: os pais de Eric e Dylan merecem ser culpados? Pois é inegável que estes foram afetados de diversas formas, perderam os filhos e ainda foram culpados por não evitarem algo que eles sequer tinham noção. Os Harris e os Klebolds são tão vítimas quanto qualquer pai, e é entendivel qua a raiva seja direcionada a alguém, mas será que eles poderiam de fato ter notado alguns sinais?
O livro nos faz pensar sobre todas essas coisas, e nos mostra novas camadas antes desconhecidas.

site: https://wp.me/pfEQo4-1n

Thi 19/03/2024

Leitura pesada ?
??????????? ?????? ? ??????? ?? ???? ?Ã? ??????????? Q?? ?? ?Í????? ????????? ??? ?????????, ????? ?? ?????ÇÃ? ??????????.

?Á???? 325

20 de abril de 1999. Um dia que ficou para a história dos Estados Unidos, e provavelmente para o mundo. Essa foi a data que ficou conhecida como o Massacre de Columbine.
Com certeza foi uma leitura sofrida, e essa é a terceira vez que pego para ler e finalmente consegui concluir a leitura. O autor fez um excelente trabalho no perfil dos criminosos e também sobre as vítimas. As informações e cenas descritivas chocam e revoltam. Recomendo, mas com cautela, desperta muitos gatilhos.

#columbine

studies and whatever 12/03/2024

Na minha opinião é uma obra bem escrita, os dados apresentados possuem fontes e isso é importante porque traz uma credibilidade ao que foi escrito. Quanto ao conteúdo, em diversos momentos me emocionei, porque os acontecimentos narrados são de uma tristeza inimaginável.

babshenry 05/03/2024

Columbine
Todo mundo já ouviu sobre columbine. Não foi o primeiro, muito menos o último atentado escolar, e por incrível que pareça não foi o mais violento, mas o mais memorável. Mergulhar em tudo o que aconteceu foi esclarecedor, e chocante.

Luan Medeiros 03/03/2024

Surpreendente
Já tinha ouvido muito falar sobre o caso de columbine, mas nunca tinha ido buscar muitas informações relacionadas.

Basicamente fiquei muito surpreso com toda a informação e maneira de descrever presente aqui.

Livro muito importante e necessário, desmistificando muita coisa que é associado até hoje ao caso de Columbine e sendo direto e claro sobre todas as informações, sem encobrir nada.

Tigirina 28/02/2024

Interessante!
Indo direto ao ponto, adorei esse livro.
Fiquei bastante incrédula com o tempo que o Sr. Dave levou para juntar tantas informações para fazer o livro e que ficou perfeito, pq além de ele falar sobre muita das coisas que ocorreram no massacre, ele ainda conseguiu nos disponibilizar algumas partes (em fotos) dos diários dos assassinos para vermos. Isso é muito legal? kkkk.
Enfim, o livro em si é muito bem detalhado com relação aos acontecimentos e oq o pessoal levou à polícia para analisarem sobre o caso. É detalhado sobre o quão psicopatas os dois garotos eram, desde quando estavam planejando tudo oq fizeram, o quão sádicos eram, mostrar tbm a quantidade de pessoas que tiveram traumas, entraram em depressão, mas tbm as que tiveram as elevações e como foram.
Fico me sentido mal que esse foi um caso real e que muitas pessoas sofreram com o ocorrido, mas era um tema que eu nunca fui a fundo para saber e entender oq aconteceu nessa época de 1999/2000, e acabei gostando apesar de ser uma tragédia que acarretou diversos outros tipos de massacres?
Recomendo!

malucstlh 28/02/2024

Quem inventa aguenta?
A cadência da história, ainda que não seja 100% linear, cumpre um bom papel ao fazer com que a gente se importe com cada uma das vítimas a um nível pessoal e, mesmo sabendo o desfecho da história, torci pra que o massacre não acontecesse.

Vejo que a não-linearidade foi um artifício pra saciar a sede do leitor de uma narração do ocorrido sem perder a catarse do final sob o ponto de vista dos atiradores

Mesmo assim, acho que nem toda narração sobre o pós-evento era necessária, principalmente o foco enorme na comunidade evangélica. Caguei pras oitocentas passagens de discurso de pastor nas milhares de reuniões de homenagem.

Concordo parcialmente que o autor deu mais responsabilidade do ataque ao Eric do que ao Dylan, mas entendo também que um ?quadro? de psicopatia juvenil é mais interessante que uma depressão ou bipolaridade. Cabia ao autor fazer com que o segundo fosse tão cativante quanto o primeiro.