Pedróviz 19/11/2023
Criação Imperfeita
Criação Imperfeita
PARTE 1- A UNIDADE DE TODAS AS COISAS
1. Criação
O autor contrapõe a noção de criação perfeita da Bíblia e o universo imperfeito em que vivemos. Para mim não foi consistente, pois creio que nesta questão de perfeição do mundo quem decide é o coração e não os sentidos, muito menos a ciência. De qualquer modo, nenhuma religião afirma que o mundo fora de um paraíso é perfeito e é para que o crente atinja novamente esse paraíso que as religiões servem.
Qual é a Primeira Causa e a Verdade Final? Os Campos Unificados ou Deus?
O autor acredita, talvez, que ciência e crença religiosa sejam antagônicos. Uma pena. Este primeiro capítulo foi tanto cientificista e encerrou melodramático.
2. Medo das trevas.
Ué... o autor, quando criança, à noite na sua cama, REZAVA para as criaturas imaginárias das sombras irem embora? Ele usou o verbo REZAR. Ué.
O capítulo é uma assertiva contra todas as formas de crença. Aparentemente o autor somente acredita no mensurável...
Entretanto, um bonito capítulo que aborda o sentimento do autor pela perda da mãe.
3. Transição
O jovem abandona a vida de morbidez e, entre os novos hábitos, começa a ficar atento para os fatos científicos, o que o faz começar (começar ?) a desconfiar da religião.
Livro que culpa a religião por atrocidases que foram cometidas em nome da religião. Esquece o detalhe que tanto a religião como a ciência e o tão aclamado "progresso" são usados como fulcro para inúmeras iniquidades. Fui um pouco mais adiante na leitura e cheguei ao limite do suportável. O "autor" usa tantos lugares-comuns para defender sua falta de fé que chega a ser pueril. Culpou Deus, num livro, por permitir a morte da sua mãe! Culpou Deus pelos desastres naturais! Ora, perfeito era o Eden, e de lá fomos corridos por nossa ambição, nossa arrogância.
Convém salientar que o autor dá especial ênfase, nos seus ataques, ao cristianismo. Disso, concluo que devo incluir esta obra na categoria da apologética anticristã.
A obra prossegue em cansativas minúcias científicas para demonstrar que a vida foi resultado de um fenômeno epicurista (uso o termo epicurista para não dizer simplesmente "fenômeno do acaso". Contudo, essas "provas" parecem, para alguém dotado do dom da Fé, contrárias à própria Fé, segundo a qual algo complexo como um cérebro pensante não surge do acaso, assim como uma TV, um carro, um prédio. Bem, isto sequer é questão de fé; é algo lógico.
Talvez muitos cristãos caiam na tentação de usar argumentos científicos tentando provar a existência de Deus. O cristão deve saber que Deus não se prova, Deus se crê. E fé é um dom que não é dado a todos. Deus endurece corações por motivos que somente Ele conhece.