Criação Imperfeita

Criação Imperfeita Marcelo Gleiser




Resenhas - Criação Imperfeita


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Arrieiro 07/04/2010

A fé não é somente para os TEÍSTAS
O livro demonstra como as crenças no improvável, na perfeição das próprias observações, nas simetrias das fórmulas matemática leva cientistas a tornar a ciência muito parecida com as religiões teístas e buscar os deuses da "Matéria Fundamental" ou da "Teoria Final" que conteriam a explicação de todos os fenômenos naturais.

Não estaria na hora de contemplar a verdade de que, não importa se é um TEÍSTA ou ATEÍSTA, o Universo é assimétrico e imperfeito e que, graças a essas imperfeições, existimos? Que a beleza está na imprevisibilidade, na raridade, na inviável vida que insiste em pulsar ao nosso redor?

Boa leitura.
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Julia.Miquelini 15/02/2023

Criação imperfeita
Uma viagem ao mundo da física, as nossas questões elementares: como surgiu a vida? Etc.. de maneira didática e muito divertida.
Um viva a todas as assimetrias que nos fizeram estar aqui!
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maria.e.sousa.7 15/04/2023

Humildade refrescante
?A noção de que podemos construir uma teoria que explica tudo, uma ?Teoria Final? não faz sentido. Visto que nosso conhecimento do mundo natural é essencialmente delimitado pelos nossos instrumentos de medida e observação, nunca seremos capazes de medir tudo que existe. Mesmo que nosso horizonte cresça com o tempo, estaremos sempre cercados pela escuridão da nossa ignorância. Consequentemente, teorias finais jamais poderão ser conclusivas: pode sempre haver algo que nos escapou. Aceitar os limites da ciência é aceitar os limites do conhecimento humano, um passo fundamental em direção a uma nova postura de humildade perante a natureza?.

Trago essa citação para dizer que foi uma grata surpresa ler Marcelo Gleiser e perceber a humildade na sua escrita, no seu pensamento, na sua ciência.

Quando penso em várias correntes científicas que vemos no mundo atual, os próprios cientistas, que se arvoram de ?deuses? - olha só que ironia! - e que destronam ou espinafram tudo que não merece o rótulo de ?ciência? como querem eles - como se não o fato de um saber não ser ciência o invalidasse completamente - é alentador ler Gleiser com sua postura tão humilde, reconhecendo os limites que a ciência - também - tem.

A ciência, obviamente, é importantíssima e necessária, indiscutivelmente essencial, porém, existem outros saberes não científicos que podem ser tão essenciais à vida, às relações e à existência quanto a ciência acadêmica. Marcelo Gleiser traz um sopro de frescor ao reconhecer esses limites e chamar a academia ?à Terra?, ao trazer essa humildade de um cientista que reconhece o seu papel e o seu lugar, alertando seus pares para a hubris potencial que paira entre nós quando nos achamos acima do bem e do mal, e mais importante do que tudo o mais ao redor.

Mesmo nas partes mais técnicas ele consegue traduzir conceitos complexos por meio de metáforas que tornam tudo mais claro e compreensível.

E o chamado à responsabilidade com a vida, frágil e rara, e com o planeta foi uma finalização perfeita!
Gostei demais!

Clube de leitura INEF/2023
5/5
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Thiago 04/02/2012

Um novo olhar para a ciência, a natureza e a humanidade.
Podemos conhecer tudo que existe? O universo é perfeito? Qual é o sentido da vida?

Em sua última jornada intelectual (2010), o renomado físico brasileiro Marcelo Gleiser passeia por esses temas analisando-os com um olhar tanto científico quanto filosófico.

O livro Criação Imperfeita é divido em cinco partes. Uma de suas características principais é ser bastante didático e cheio de exemplos que ilustram de maneira brilhante as ideias e teorias científicas abordadas.

Outro ponto importante é que em alguns momentos, na parte II e III principalmente, a leitura pode parecer densa devido ao seu caráter teórico, mas nada que uma leitura atenta possa ajudar. Mesmo que o leitor não possua conhecimentos específicos de física, matemática, química ou biologia não haverá dificuldade em sua leitura. A mensagem do livro é clara.

A parte V (última) do livro é a mais emocionante, onde Marcelo se preocupa com o futuro da humanidade e nos propõe o “humanocentrismo”, uma nova forma de valorizar a humanidade baseando-se exatamente na raridade e fragilidade que é nossa existência. Nós, seres dotados da capacidade de pensar a sua própria existência, devemos olhar a natureza, nosso planeta e todo o universo exatamente como ele é. Em alguns momentos, seu discurso final lembra as mensagens de Carl Sagan.

Ao terminar o livro posso afirmar que o objetivo proposto pelo autor foi alcançado com sucesso, demonstrando o quanto somos limitados e o quanto a assimetria (e não a simetria) é fundamental para a existência do universo, o surgimento da vida e em várias leis da natureza.

Por fim, o livro é altamente recomendável para qualquer público que tenha interesse em saber mais das atuais teorias científicas e, principalmente, para estudantes e professores da área de exatas, pelo seu conteúdo que pode ser aproveitado em debates dentro de sala de aula, mantendo o conhecimento de ponta acessível a todos.
LidoLendo 11/05/2012minha estante
Gostei! Me indicaram o livro e vim aqui colher opiniões... vc me convenceu! Obrigada! ;)


Leandro 29/11/2013minha estante
ótima resenha!




Aguinaldo 16/02/2011

criação imperfeita
Bueno. "Criação imperfeita" é o tipo de livro que só serve na verdade para quem já saiba um tanto de física, um tanto de história da ciência. Por mais que Marcelo Gleiser se esforce por encontrar um tom didático e acessível os temas que ele aborda são naturalmente áridos para não se permitirem reduções tão elásticas como aquelas que ele faz. Paciência. Como um bom malabarista de paradoxos me parece que ele escreveu este livro mais para se desculpar do passado, de suas escolhas no passado, do que escrever algo realmente novo ou original (tudo parece muito improvisado e mal articulado). Com este livro aparentemente ele prepara terreno onde espera esgrimir seus argumentos (de divulgador científico) no futuro. Ele tenta agrupar toda a comunidade de físicos em um equívoco (a busca infrutífera por uma grande e final unificação) que nunca foi partilhado por toda a comunidade de físicos. Talvez ele devesse ser mais honesto intelectualmente e dizer que esta questão sempre foi um problema restrito a um grupo reduzido. A maioria dos físicos deste último século fez seu trabalho sem se preocupar com as implicações de uma eventual e mítica grande unificação. Ele vincula a busca por simetrias na ciência com o mito da grande unificação e, ao mesmo tempo, desqualifica as simetrias. Ora, no mundo real são muitos os fenômenos associados às simetrias e às quebras de simetrias. Não consigo entender sua aparente incapacidade de aceitar o fato das lei de Gauss para a eletricidade e para o magnetismo serem intrinsicamente distintas (existem cargas elétricas, porém não existem monopolos magnéticos). O livro é dividido em cinco seções. A primeira e a última são muito ruins, pois vagas, dispersivas, onde o tom, pessoal demais, personalista demais, chegaria a ser irritante se não fosse risível (ele pontua certas descobertas científicas com fatos de sua vida, como se o universo realmente girasse em seu redor). O epílogo é ainda mais pessoal e apocalíptico, como se as dúvidas e as questões entre ele e seus filhos importassem algo para o futuro da humanidade. Na segunda seção e na quarta, o tom é um tanto mais adequado, mas o tratamento dado aos temas continua frouxo demais. A seção central, onde ele descreve os fundamentos da física da matéria condensada e da física de partículas é bom, mas duvido que alguém não familiarizado com física possa aproveitá-lo plenamente. Tem um lacanismo besta no livro (uma brincadeira com "procura " ser "pró-cura") que não dá para aguentar. Gosto de dizer que "o mundo é assim" para sintetizar o quão surpreendente ele o é. Gleiser parece querer chamar para seu campo teórico aqueles que não compartilham exatamente os fundamentos da ciência. Neste temas compartilho o cetismo e o tom de Richard Dawkins ou Christopher Hitchens por exemplo, estes sim sujeitos que não têm medo em delimitar o quê é aceito cientificamente do que pertence a uma outra forma qualquer de conhecimento. Paciência. "Eppur si muove", já disse Galileu muitos anos atrás. [início 10/05/2o1o - fim 17/05/2010]
"Criação imperfeita", Marcelo Gleiser, editora Rocco, 1a. edição (2010), brochura 16x23 cm, 366 págs. ISBN: 978-85-01-08997-7


Pedróviz 19/11/2023

Criação Imperfeita
Criação Imperfeita
PARTE 1- A UNIDADE DE TODAS AS COISAS
1. Criação
O autor contrapõe a noção de criação perfeita da Bíblia e o universo imperfeito em que vivemos. Para mim não foi consistente, pois creio que nesta questão de perfeição do mundo quem decide é o coração e não os sentidos, muito menos a ciência. De qualquer modo, nenhuma religião afirma que o mundo fora de um paraíso é perfeito e é para que o crente atinja novamente esse paraíso que as religiões servem.
Qual é  a  Primeira Causa e  a Verdade Final? Os Campos Unificados ou Deus?
O autor acredita, talvez, que ciência e crença religiosa sejam antagônicos. Uma pena. Este primeiro capítulo foi tanto cientificista  e encerrou melodramático.

2. Medo das trevas.
Ué... o autor, quando criança, à noite na sua cama, REZAVA para as criaturas imaginárias das sombras irem embora? Ele usou o verbo REZAR. Ué.
O capítulo é uma assertiva contra todas as formas de crença. Aparentemente o autor somente acredita no mensurável...
Entretanto, um bonito capítulo que aborda o sentimento do autor pela perda da mãe.

3. Transição
O jovem abandona a vida de morbidez e, entre os novos hábitos, começa a ficar atento para os fatos científicos, o que o faz começar (começar ?) a desconfiar da religião.
Livro que culpa a religião por atrocidases que foram cometidas em nome da religião.  Esquece o detalhe que tanto a religião como a ciência e o tão aclamado "progresso" são usados como fulcro para inúmeras iniquidades. Fui um pouco mais adiante na leitura e cheguei ao limite do suportável. O "autor" usa tantos lugares-comuns para defender sua falta de fé que chega a ser pueril. Culpou Deus, num livro, por permitir a morte da sua mãe! Culpou Deus pelos desastres naturais! Ora, perfeito era o Eden, e de lá fomos corridos por nossa ambição, nossa arrogância.

Convém salientar que o autor dá especial ênfase, nos seus ataques, ao cristianismo. Disso, concluo que devo incluir esta obra na categoria da apologética anticristã.

A obra prossegue em cansativas minúcias científicas para demonstrar que a vida foi resultado de um fenômeno epicurista (uso o termo epicurista para não dizer simplesmente "fenômeno do acaso". Contudo, essas "provas" parecem, para alguém dotado do dom da Fé, contrárias à própria Fé, segundo a qual algo complexo como um cérebro pensante não surge do acaso, assim como uma TV, um carro, um prédio. Bem, isto sequer é questão de fé; é algo lógico.

Talvez muitos cristãos caiam na tentação de usar argumentos científicos tentando provar a existência de Deus. O cristão deve saber que Deus não se prova, Deus se crê. E fé é um dom que não é dado a todos. Deus endurece corações por motivos que somente Ele conhece.
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Izabella.Raposo 20/11/2022

O livro que me motivou à cursar física
Marcelo Gleiser mostra que a física é sim para todos através deste livro.

Com uma linguagem acessível, Marcelo explora diversos mistérios e teorias da física de forma quase poética. As premissas deste título são belíssimas: a ciência não prova a inexistência de Deus (seja lá qual for) e a natureza é regida pelas suas assimetrias.

Recomendo principalmente aos leigos que se interessam nos mistérios do universo.
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Felipe 30/08/2013

Universo consciente
Entre assimetrias e simetrias, do desequilíbrio das sub-partículas ao equilíbrio dos elementos químicos que compõem a matéria, o Universo tem a sua própria história contada através dos processos da evolução. Hoje, 13 bilhões de anos após a origem das origens, chegamos a um estágio consciente da existência, quando podemos refletir sobre todas as formas de energia que movem o cosmo, criando conceitos capazes de descrever o Universo a medida que damos um passo a frente nessa magnífica caminhada da evolução.
A única resposta para todas as perguntas é, que nós somos a raridade do Universo e o Universo está em nós.
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Cris.Aguiar 03/03/2023

Excelente
Apesar do tema estar ligado à astronomia e física, o pensamento por trás da ciência revela como pensamos nós, pessoas fora dos cálculos e experimentações.
E traz na descoberta das (possíveis) origens da vida, reflexões para nós e nossa futura geração.
O livro é instigante, cheio de bons conhecimentos, achei a escrita fácil e fluída.

RECOMENDO!

Clube de Leitura: INEF (isto não é filosofia) Fev/mar 2023
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Peterson Boll 12/04/2012

O estilo é muito parececido com os do Stephen Hawking: física para os leigos (aliás, nem tão leigos, o público realmente comum vai ficar completamente perdido entre bósons, neutrinos, força nuclear fraca e forte, entre outros atributos). O diferencial desta obra é que ela vai em busca também da origem da vida, além é claro, de tentar provar que é a assimetria que faz o Universo florescer e não a perfeição, refutando veementemente uma Teoria de Tudo.
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Samuel Santos 18/01/2024

Pensei que era uma coisa, mas...?
Comecei a ler o livro com muita expectativa pela ideia proposta, mas me decepcionei bastante ao longo da leitura. Penso que o autor se aventurou a afirmar algumas coisas além da sua área de conhecimento e se propôs a fazer um debate entre as ciências da natureza e a metafísica. O resultado deste embate foi muito desastroso, pois não houve espaço para o desenvolvimento dos argumentos de uma forma intelectualmente honesta e bem fundamentada.
Apesar da situação citada, é possível adquirir alguns conhecimentos de astronomia, física, indicações de biografias complementares, entre outras informações muito fascinantes para aqueles que têm curiosidade nesta área.
Por último, não pude deixar de comparar o livro com a outra obra do autor que já havia lido alguns anos atrás, Poeira das Estrelas, apesar de me esforçar para não fazer tal comparação, não consegui evitar a pergunta recorrente do que aconteceu com o desenvolvimento da ideia desta obra.
Fico bastante frustrado com o autor.
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Aurea25 17/01/2023

Muito bom
Gleiser como sempre didático e gentil. Ele aborda questões complexas de uma forma muito simples. Não concordo com todas as opiniões dele, mas ele explica todos os lados das questões antes de se posicionar. Muito gostoso de ler
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Willi 04/12/2011

Ótimo para uma introdução à física de partículas. Porém, naquilo a que se propõe, que é desmontar uma possível "Teoria Final" inicia com um estrondoso não, e termina com um vago "pode ser... não podemos medir". Boa leitura, mas em muitos pontos do livro o autor fala mais de sua vida pessoal que do tema do livro. Gostei e recomendo, mas não para qualquer um.
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Elton 08/01/2014

Da formação do universo, passando pelo mundo das partículas subatômicas, pela quiralidade das biomoléculas e as inconstâncias da evolução biológica, a assimetria impera. Ela gera desequilíbrio, desequilíbrio gera transformação, transformação gera realização, a emergência da estrutura.

De forma brilhante Marcelo Gleiser expõe a história da ciência e a busca por uma teoria bela e única, capaz de explicar tudo. Ele, argumenta que a busca por esta não passa de ilusão criada por mentes provindas de séculos de cultura monoteísta.

O belo não é simétrico, o universo não foi feito para nós. Nem ao menos a vida existe pelo fato do universo ser propicio a ela. Somos todos acidentes, o início do cosmos, a formação da vida e sua evolução.
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Pamylla.Souza 27/05/2021

Somos imperfeitos
Criação Imperfeita é uma obra instigante do Astrofísico Marcelo Gleiser, que permite ao leitor, mesmo que leigo, entender e apreciar alguns dos mistérios que cercam o surgimento do Universo, da Terra e da vida em nosso planeta. A discussão vai além do científico e adentra o espaço da filosofia e mesmo da poesia.
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