Resenhas -

Ni 30/10/2023

Um lindo natal Britânico.
Senti que foi um dos livros mais completos e fechadinhos até aqui. Os personagens e suas relações foram mais construídos, o mistério melhor desenvolvido e finalizado e o cenário e os enredos secundários foram mais apresentados e inseridos até aqui.

Fiquei muito feliz que a relação entre a Georgie e Darcy foi mais explorada, o que foi aquele final? Nunca esperaria que o Darcy fizesse aquilo naquele momento. Falando nele, me irritou muito a descrença no que a Georgie estava falando, sempre fazendo pouco caso do que ela tinha para dizer. Eu amei que no final ele tremeu na base e valorizou ela.

Os outros personagens foram um divisor de águas. Nos que entraram, a quantidade deixou tudo muito confuso, tantos nomes e personalidades fez com que eu não conseguisse criar uma imagem clara de quase ninguém. Por outro lado, os personagens antigos conseguiram firmar o seus nomes na série. O vô e a vizinha, sempre doces e prestativos não há o que falar deles. Adorei que a "Claire" foi uma mãe mais presente, não tão amorosa quanto uma mãe normal, mas há uma evolução acontecendo aqui. E o que falar sobre a Quennie ?. Ela é um absurdo!. Eu não consigo mais ver a história sem ela. Amo quando ela fala mesmo, doa a quem doer, o momento em que ela chama a vaca da Fig de vaca é um deleite, a única que teve coragem!. É impossível não rir com as peripécias dela, e a forma como nem a Geogie aguenta é o que torna tudo melhor.

Nesta sequência, o mistério é muito mais chocante e bem construído. O fato de se passar em uma pequena vila no interior, durante o natal, contribui muito para a energia passada, sendo uma ambientação rica. Os costumes natalinos tradicionais britânicos casaram super com o enredo principal, sendo uma delicia de se acompanhar, ao final tudo se conectou muito bem. A autora realmente se empenhou para apresentar um grande mistério natalino.

O que eu mais gostei da fase de investigação é que dessa vez a Gergie não largou o osso e se empenhou até o fim, e no final, foi recompensada descobrindo tudo praticamente sozinha. Ainda que ela tenha sido capturada mais uma vez, eu amei a firmeza e a fibra moral de ser ela até o fim, nunca desistindo ou se deixando acovardar.

Mesmo que tenha algumas repetições aqui, assim como nos outros livros, não é realmente um problema. Eu sinto que por ter tantos livros em sequência, ela acaba caindo no tom de produções que possuem esse caráter de repetição, não sendo necessário evoluir ou desenvolver algumas coisas. Posso fazer uma comparação com o desenho Scooby-doo, em que os personagens possuem suas personalidades pré-definidas, sem haver realmente um desenvolvimento, ou até mesmo na narrativa, que acaba caindo em alguns vícios, como por exemplo, a Daphne sempre ser capturada.

Eu amei a leitura e com certeza é um dos meus preferidos. Me deixou super animada para continuar lendo os outros livros da série.