Heimat

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Resenhas - Heimat: Ponderações de uma alemã sobre sua terra e história


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Luan 22/06/2020

Encontrando o passado
Profundo e cheio de descobertas, Haimat nos proporciona um olhar reflexível sobre o passado. A alemã Nora Krug decide ir atrás de sua Heimat, palavra que significa “uma paisagem ou localidade real, imaginária ou construída, à qual uma pessoa associa uma sensação imediata de familiaridade”, mas para descobrir qual é o seu lugar é necessário saber sobre suas origens, revisitar e conhecer memórias, suas e de seus familiares, respectivamente.
Nascida algumas décadas após o nazismo, Krug é o retrato de uma geração reprimida e envergonhada pelos atos deploráveis que sua nação cometeu ao assassinar mais de 6 milhões de judeus. Não há espaço para patriotismo e orgulho em ser alemão. Morando nos Estados Unidos, suas viagens para a Alemanha são simbólicas, metafóricas e também físicas. Ela compartilha suas descobertas, aflições e temores numa espécie de diário que mistura texto com ilustrações, quadrinhos em sua forma inconfundível com requadros e balões e colagem de fotografias e documentos. Suas buscas são por respostas e autoafirmação sobre sua origem e seus antecessores: será ela fruto de pais, tios e avós nazistas? Sua família rebelou-se contra o regime ou apenas calou-se e foi conivente, de forma covarde, com todas as atrocidades cometidas por Adolf Hitler? Todas essas questões serão devidamente respondidas em sua saga atrás de informações, documentos oficiais e relatos de parentes e terceiros.
Sempre com um olhar crítico, Nora deixa claro que o intuito não é se vitimizar ou sentir pena daqueles que tiveram suas vidas atreladas ao Nazismo. “As únicas vítimas são os judeus”. O que nos cativa é seu desejo legítimo e humano em saber sobre a linhagem que carrega. O regaste histórico sobre o contexto no qual sua família viveu é produzido de forma honesta com fotos arquivos utilizados e conversas (nas páginas finais são disponibilizadas as fontes utilizadas pela autora).
Heimat é um exemplo de como a arte, sobretudo no século XXI, tornou-se simultânea e mais comunicativa do que nunca. É difícil dizer o que esse livro é, mas é fácil entender seu propósito e mensagem. Além do conteúdo, o design é totalmente despojado e inventivo com composições modernas e agradável. As artes visuais seguem o mesmo fluxo alternativo e leve, em alguns momentos mais sofisticada, mas na maioria das vezes um tanto caricata e singular, o que deu um contraste perfeito ao tema.
Fabrício 01/07/2020minha estante
Vale mesmo a pena ler?


Luan 06/07/2020minha estante
Vale sim! É uma obra muito versátil, dinâmica e plural. Trabalha com N formas diferentes de linguagem. Não é um quadrinho nada convencional, pode causar estranheza pela forma, mas o conteúdo é implacável. Uma das minhas melhores leituras do ano.


Fabrício 06/07/2020minha estante
Obrigado pela dica. ?




Jean Bernard 27/03/2020

Um tratado sobre a culpa
Convivendo com sentimentos de culpa pelas atrocidades cometidas pelo seu povo durante a segunda guerra, a autora parte em busca da história de seus antepassados. Uma busca incrível retratada aqui em formas de ilustrações e colagens. Difícil denominar essa obra que mistura livro ilustrado, quadrinho e reproduções reais de fotos e documentos.
Incrível! Sensível! Belo!
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Paulo 26/04/2020

Toda vez que lemos alguma coisa sobre os campos de concentração ou sobre a violência nazista durante a Segunda Guerra, nosso sentimento é de estarrecimento. Como um indivíduo foi capaz de causar tamanho mal a outra pessoa? As imagens muitas vezes falam por si só. Corpos jogados em valas coletivas, pessoas que perderam seus entes queridos, vidas destruídas. Essa narrativa acaba criando em nós um sentimento de repulsa em relação aos alemães. E quase sempre esse é um sentimento que acaba afetando nossa percepção até mesmo de alemães nos dias de hoje. Como se os descendentes ainda ficaram marcados pelos pecados de seus antepassados. Mesmo que neguemos isso, essa é quase uma associação inconsciente. Em frases pequenas como "isso é coisa de alemão" ou o ato de "judiar" alguém. Nora, sendo alemã, começou a ter também essa sensação de culpa. Se sentir responsável e responsabilizada pelos atos daqueles que estiveram ou participaram da ofensiva nazista. E, ao longo de Heimat, ela vai buscar um sentido para sua própria existência.

Heimat não é uma HQ comum. Está mais para um livro ilustrado que se debruça sobre um imenso projeto investigativo levado a cabo por Nora para buscar a participação de sua família naqueles anos de Segunda Guerra e de que lado eles se encontravam. O papel da editora foi organizar os relatos de Nora em uma narrativa concisa e que faça sentido para o leitor. E até fica um pouco de confusão porque em alguns momentos ela avança e retorna em seus relatos, revelando peças de quebra-cabeça que haviam sido juntos até então. Temos um corpus documental enorme seja com entrevistas orais levadas a cabo por Nora até documentos obtidos em arquivos públicos de Karlsruhe ou de Kurlsheim, duas cidades importantes para sua família. Então não esperem um quadrinho no sentido normal do termo, mas mais um relato investigativo. Eu adorei porque me permitiu me debruçar sobre essa questão da identidade de si e da culpabilidade a partir de outros olhos.

Toda a jornada da autora começa a partir do questionamento que ela faz sobre aonde se situa a sua Heimat. A palavra implica em uma sensação de pertencimento, algo mais psicológico do que geográfico. Se a gente puder fazer uma associação crua, seria o significado da palavra Lar. O que entendemos como o nosso Lar? É o lugar que nascemos? É onde nos sentimos acolhidos? É onde nossa infância foi identificada? Para os antigos gregos, Lar era um deus privado que protegia a casa. Esses deuses-lares se situavam no jardim de casa e tinham seus poderes advindos dos ancestrais que ali eram enterrados. Já a Heimat tem a ver com socialização. O dilema de Nora envolve o quanto outras pessoas associam o alemão a Hitler ou ao assassinato de judeus durante a Solução Final. Isso abala as estruturas emocionais dela, que se recusa até mesmo a se identificar como uma alemã. É nesse primeiro momento em que ela deseja ir até Kulsheim, lar da família de seu pai e entender se ela consegue entender a cidade como sua Heimat. Quem sabe assim, esse sentimento de culpabilidade esvanece um pouco.

Somos levados a Karlsruhe e a Kulsheim, lugar onde ela nasceu e lar ancestral da família Krug, respectivamente. É curioso a maneira como a autora quebra algumas de nossas noções pré-concebidas. Imaginamos que os judeus e ciganos passaram a ser perseguidos apenas durante o regime de Hitler, mas entender que Kulsheim tem uma história que vai desde a Idade Média como um lugar onde judeus eram mal vistos é chocante. Fica aqui a minha recomendação para a leitura de um livro chamado História Noturna, de Carlo Ginzburg em que o autor vai demonstrando a partir da análise de uma série de casos de bruxaria o ato de perseguir judeus inocentes de crimes. Isso é apenas a ponta do iceberg. Kulsheim tem uma longa história dessas perseguições e vemos que mesmo quando os judeus obtinham alguns direitos e liberdades, elas eram apenas efêmeras, desaparecendo quando bem convinha. O que aconteceu quando os campos de concentração foram descobertos foi um baque para a sociedade alemã. O que parece em muitos casos (e Nora deixa isso bem claro em sua narrativa) é que houve uma certa indiferença quando os judeus eram levados ou transportados para outros locais. Era preferível tocar a vida em frente. Havia sim muitos apoiadores do regime, mas houve também o "dar de ombros".

Assim que os americanos "libertaram" as cidades alemãs, uma de suas primeiras ações foi levar os alemães das cidades próximas aos campos de concentração para que eles vissem as covas coletivas e tivessem contato com os sobreviventes. Em áreas rurais, fazendeiros alemães eram obrigados a transportar os corpos presentes nas valas em seus carros de boi e enterrá-los de maneira digna. Foi um choque de realidade para muitos. Não que os americanos fossem pessoas íntegras, até porque houve violência, injustiças e saques durante a ofensiva aliada no front alemão. Mas, o Holocausto precisava ser reafirmado para que não caísse no esquecimento. Acho até que a Nora poderia ter tocado um pouco no tema do negacionismo e do revisionismo que anda tanto em voga nos últimos tempos. Mas, bem, perdoável, porque a narrativa se foca na história de sua cidade e na de sua família.

O tempo todo, Nora fica tentando recuperar tradições e objetos tipicamente alemães como a cola-tudo, o band-aid, a bolsa térmica. De uma certa forma é uma maneira de entender como a Alemanha está dentro dela (se está). Outro recurso importante são as fotografias adquiridas por ela em sebos. É um trabalho fenomenal de juntar imagens e tentar buscar a história que está por trás delas. Na maior parte das vezes elas só servem mesmo para contextualizar um de seus argumentos já que Nora não conseguiu rastrear os donos das imagens. Entretanto, as imagens demonstram uma outra visão do alemão. Algo que vai se unir ao meu argumento que segue.

No fundo a história que Nora busca é apenas a de várias pessoas comuns que juntas fazem parte da sua árvore genealógica. Ela se foca em três personagens básicos: seu tio Franz Karl, seus avôs Willi e Annemarie. Franz Karl possui o mesmo nome de seu pai. Ele precisou combater no front russo da Segunda Guerra e acabou morrendo muito jovem, aos 18 anos. Orgulho de sua avó Annemarie, sua morte causou um impacto profundo em sua família. O que vai incomodar Nora é o quanto sua morte estava cercada de mistérios: onde ele morreu, quando morreu, e por que morreu. Através de uma minuciosa pesquisa, ela descobre que a data de falecimento de seu tio estava errada por alguns dias. Seu corpo esteve desaparecido por muitos anos até que eles o encontraram em um cemitério dedicado a soldados alemães na Itália. E esse encontro se deu muito mais porque ele tinha um nome igual ao de seu pai. Encontrá-lo e saber as causas de sua morte se tornou uma de suas obsessões. Nesse caso, não tinha a ver com seu propósito principal, mas trazê-lo de volta para casa. Dar um fechamento para seus familiares.

Já a narrativa de sua tia Annemarie mostra o quanto esses personagens são seres humanos, passíveis de erros e acertos. Por ser judia, sua avó tinha medo da perseguição provocada pela SS durante a década de 1930. Apenas por conta de seu casamento com Alois, que era um cristão, ela foi capaz de não ser tão alvejada. Contudo, em 1945, ela acaba sendo separada de sua família, enviada para a Áustria para uma espécie de casa onde ficavam o resto dos judeus que viviam em Kulsheim. Ao chegar lá, Annemarie precisou encontrar estratégias para sobreviver. Por exemplo, ela acabou se tornando testemunha de Jeová, para afastar os olhares daqueles que eram seus detratores. Isso fez com que sua imagem acabasse manchada com o final da guerra. A forma como ela criou seu filho Franz Karl (o pai de Nora) também é criticado. Por sua perda de seu primeiro filho, o segundo foi praticamente esquecido. Mesmo compartilhando do nome com o primogênito, sua existência não era sequer reconhecida. Isso criou a primeira cisão na família. O que vemos então é uma mulher lidando com a dor de sua perda. Da forma errada, mas lidando. O momento em que Nora finalmente consegue visitar Annemarie é emocionante e fecha muitas portas que estavam ainda entreabertas.

A história de Willi é mais complicada. Inicialmente ele era visto como um homem íntegro e que foi capaz de sobreviver mesmo diante de tamanhos problemas em que ele precisou lidar. Mas, a pesquisa de Nora revelou que ele foi nazista, apesar de ter votado no partido social-democrata. O mundo de Nora caiu por terra e ela precisou ir atrás da história de seu tio. Mesmo com todos os seus esforços, ela conseguiu apenas parte do relato a seu respeito. Não foi capaz de obter todas as resposta. Mas, caso é que seu tio tinha interesses por trás da afiliação à SS. Não era exatamente uma afiliação, mas algo que servia aos seus negócios. Outra ferida se relacionava ao fato de que Willi estava na loja que ficava em frente à sinagoga que foi incendiada inúmeras vezes. Mesmo tendo amigos judeus, Willi foi uma testemunha omissa e que nada fez para impedir ou para ajudar seus amigos. Ele fez parte de um grupo de milhares de alemães que buscaram tentar tocar a vida durante a guerra. Nem foram colaboracionista, nem foram rebeldes. Até onde podemos criticá-los? Será que se estivéssemos em seu lugar, teríamos feito diferente? Compreendo o raciocínio de Nora, mas existe muito por trás da decisão de uma pessoa. Principalmente quando esta decisão fere de alguma forma os seus princípios morais. O julgamento de Nora é um pouco duro em alguns momentos, porém compreensível, se entendermos que a visão que ela tinha de Willi era diferente antes de ela descobrir a verdade.

Nora encontrou sua Heimat? Possivelmente. Ela dá a entender que sim, e acredito que isso tenha muito mais a ver com uma paz de espírito, com a capacidade de perdoar e compreender a complexidade da vida das pessoas. Ela chegou a termos consigo mesmo, embora eu acredite que sua busca pela verdade seja mais uma jornada interior do que propriamente a obtenção dos fatos em si. Como o conceito tem a ver com o psicológico da pessoa, creio que ao conseguir alguns de seus objetivos, ela foi capaz de posicionar a si dentro do espaço em que ela vive. Até mesmo porque a identidade alemã dela sofreu uma metamorfose e passou a ser o que ela acredita que sejam suas memórias afetivas.

Falando dessa forma, a narrativa parece ser mais complexa do que aparenta ser. É que ela provoca uma série de reflexões interiores que nos fazem sacar uma ideia após a outra e encadeá-las em uma sequência que nem sempre é lógica. A maneira como eu refleti sobre esse romance se situa em um ponto quase semelhante à forma como Nora concebeu sua história. Como ela juntou suas peças e questionamentos e formou essa narrativa linda, terrível e melancólica ao mesmo tempo. Não me senti capaz de avaliar sua narrativa, portanto, apenas sentei em minha cadeira habitual e comecei a escrever uma série de ideias e opiniões sobre a história que eu li. Tenho certeza que cada um de vocês vai acabar conseguindo um significado diferente da leitura. E isso é o que torna a leitura desse quadrinho tão incrível.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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DaniBooks 18/05/2020

Heimat
Heimat foi uma grata surpresa. É umamistira de HQ com ilustrações e colagens, além de fotografias.

Esse livro é uma autobiografia. A autora nos conta como o Holocausto afetou o sentimento de nacionalismo nos alemães, a forma como eles passaram a ter dificuldade em se declarar alemães, a vergonha que o Nazismo deixou de herança no povo.

Nora Krug nos conta a busca por sua identidade, pela sensação de pertencimento. Ela vai atrás da história de sua família e descobre alguns envolvidos com o Nazismo. Porém, descobre tantas nuances, pois são seres humanos, que conhecê-los faz com que ela se reconcilie com o fato de ser alemã.

Um livro lindíssimo, que não nos deixa esquecer os horrores da Guerra. Uma história sobre preconceito, sobre ódio, sobre família, sobre reconciliações e sobre identidade. Adorei a leitura, a edição caprichada e a relevância da história.
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Jonas (@castelodepaginas) 05/06/2020

Heimat
Fiz resenha no meu blog dessa obra, por favor visitem e se inscrevam. Obrigado

site: resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/06/heimat-ponderacoes-de-uma-alema.html
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Paloma 01/11/2020

Novo Clássico.
Uma obra-prima! É a melhor palavra que encontrei para definir o trabalho da alemã Nora Krug. A HQ reúne um primoroso levantamento documental e uma arguta reflexão acerca do conceito "Heimat". O desconforto da autora diante da sua própria construção identitária proporciona o questionamento acerca da memória do Holocausto e o peso dessa "herança", sobretudo, para os alemães. Leitura indispensável, ao lado de "Maus", em tempos sombrios e atuais.
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Kaire 16/11/2020

"Heimat" é sobre a valorização das coisas que transformam um lugar em lar.
Ler HEIMAT, da Nora Krug, uma história sobre a culpa herdada por uma alemã, me trouxe ótimos questionamentos a respeito de pertencimento e consequência coletiva.

Entender a ilusão por trás do conceito de Nação não é difícil, mas se desapegar dos laços afetivos construídos a partir disso é quase impossível. Ao longos das histórias citada, dá para compreender a culpa por querer estar e se orgulhar do lugar onde nasceu, criou e foi feliz mas que agora é conhecido como sinônimo de maldade absoluta (a parte do grupo de judeus falando sobre a saudade mostra bem isso). A autora, de modo claro, mostra que não deseja que tudo seja esquecido ou ignorado, mas questiona a identidade coletiva que foi imposta como consequência e busca no passado a reconstrução familiar.

Por mais trabalho que eles tenham para fazer com que a História não se repita, ainda há um peso que parece tornar impossível o não retorno. Ao ler sobre a derrota que o Brasil sofreu na Copa de 2014, por exemplo, ela mostra como humildade dos alemãs foi exaltada por muitos, ao mesmo tempo que a mídia falava sobre como foram invencíveis e implacáveis, no sentido mais estereotipado, contribuindo, mais uma vez, para essa visão de excelência que faz com que o mundo tema uma segunda onda de extremos.

"Heimat" não é sobre soberania, mas sobre valorização das coisas que transformam o lugar em lar. É sobre a capacidade de entender e reconhecer a construção de cada um, seja esse o caminho de um um indivíduo ou de um povo. É sobre entender para não repetir; a constituição de uma nação se faz daí. Podem participar dessa jornada de reconstrução sem medo, pois vale muito a pena.
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Kamila Medeiros 27/04/2021

Sensacional
Uma das coisas mais delicadas e belas que li sobre a Segunda Guerra Mundial. Quando chegamos ao fim, queremos voltar ao começo.
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afonsojr 20/05/2021

Obra de arte
Recomendo demais a obra de Nora Krug sobre a relação de sua família alemã com a Segunda Guerra Mundial. O trabalho gráfico é impecável e a narrativa em primeira pessoa aproxima o leitor à angústia vivenciada pela autora, que busca no passado a presença ou não de relações fortes entre seus antepassados e o nazismo. Vale a pena percorrer o relato de Krug e se deslumbrar, ou ficar permanentemente intrigado, com as colagens e desenhos da autora. Como diria julgadores de escola de samba, a obra é "DEZ, NOTA DEZ".
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Cris 24/10/2021

24.10.2021
Gostei muito principalmente pela forma do livro que é em formato de gravuras, recortes, cartas, documentos transcritos, fotografias, como um diário. Sem deixar de ser angustiante em algumas passagens, quando a autora está em busca de sua Heimat, e a descoberta de, se seus antepassados eram ou não nazistas. Esse processo de descoberta, acaba trazendo à tona sentimentos que por muitos anos ficaram guardados pelos membros de sua família, tanto por parte de pai quanto de mãe.
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Vivi 18/11/2021

PERFEITA!
Umas das Hqs mais fantásticas da história. Rica não só pela temática mas, por arte gráfica, fotos, recortes, cartas, cópias de arquivos e textos .
Uma caça a sua história vida e uma busca onde acompanhamos uma geração inteira. E todo o seu conflito doloroso
sobre ser alemã e o papel de sua família desempenhou no Holocausto período que até hj dói em nossos corações toda a monstruosidades.
Inesquecível e maravilhosa!
Quem muito procura tb pode encontrar coisas pra lá de reveladora.
? Significado da palavra ?pertencer?.
?Uma paisagem ou localidade real, imaginária ou construída, à qual uma pessoa associa uma sensação imediata de familiaridade.? Esse é o significado da palavra alemã ?heimat? que neste livro se combina a uma pergunta-chave: ?Como saber quem você é sem entender de onde você veio??.
Nora Krug nasceu décadas após a queda do regime nazista, mas a sombra da Segunda Guerra Mundial parecia sempre à espreita durante sua juventude. Ela, no entanto, sabia pouco sobre o envolvimento de sua família na guerra, seus pais e avós nunca falavam sobre isso. Depois de doze anos vivendo nos Estados Unidos, decidiu que precisava olhar para trás e, principalmente, fazer as perguntas que nunca tinha feito. De volta à Alemanha, Krug visitou arquivos, realizou pesquisas e entrevistou familiares, descobrindo histórias como a de seu avô materno, que foi mecânico e motorista durante a guerra, e a do irmão de seu pai, Franz-Karl, que morreu ainda adolescente quando era soldado da SS.
O resultado é um livro único, que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto ao mesmo tempo que apaga as fronteiras entre diário, narrativa em quadrinhos e caderno de colagens e anotações. Enquanto Krug mergulha na hora mais escura do século XX e tenta entender o lugar de sua família nisso tudo, somos levados por um relato incisivo, perturbador, uma obra sem igual no universo das HQs.
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Tuyl 30/11/2021

Muito bom! Incrível a coragem de se expor em um tema muito sensível e, com isso, nos presentear com esse belo livro.
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Eduardo.Mathias 28/09/2022

HEIMAT é um registro jornalístico histórico importantíssimo
Eu usualmente não resenho quadrinhos, até pelo sistema skoob acabar classificando-os como livros quando há resenha deles, porém abro uma exceção pra HEIMAT
HEIMAT mistura um texto extremamente histórico jornalístico com um registro pessoal que faz com o que o leitor fique de olhos marejados
Junto a Maus, é um registro importantíssimo da segunda guerra sem as falácias Arendtianas que a mídia vende
É um livro pra tempos como esses
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