Capitães da Areia

Capitães da Areia Jorge Amado




Resenhas - Capitães da Areia


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Francys 01/03/2024

Soco no estômago necessário
Queria começar apresentando minha indignação a respeito de Jorge Amado não entrar na lista dos cânones. GENTE, este livro é PERFEITO. Ele apresenta a história dos garotos na Bahia que são órfãos e precisam furtar para que sobrevivam. A obra mostra, de uma maneira nada romantizada, tudo o que essas crianças passam e o motivo de agirem assim. Ele nos faz sair da nossa zona de conforto totalmente.

Uma parte que me marcou muito foi quando o Sem-pernas, ao se sentir amado por uma família que o acolhe, precisa furtá-la, para ajudar o grupo dos Capitães de Areia, e sofre muito por isso, porque se vê divido sobre o que fazer. Neste trecho, é possível sentir o que o personagem está passando.
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brenda arabela 01/03/2024

Achei que a escrita seria maçante por ser um livro ?antigo?, mas a leitura foi extremamente fluidas a escrita me envolveu muito. O livro tem pautas de extrema importância que são abordadas de maneira que tocam e cativam o coração
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Rech_ 01/03/2024

"- Mas é a lei, filho... - Morrer?"
Jorge Amado narra no cotidiano dos Capitães de Areia as angústias que assolam o grupo de meninos, majoritariamente órfãos que são esmurrados pela complexidade da vida em meio a pobreza, sendo obrigados a se portarem como adultos sem a chance de ter direito ao que é uma infância.

Junto deles, com o Bala, Professor, João Grande, Volta-Seca, Gato, Sem-Pernas e com Dora, sofri, senti o peso da vida sem a mínima segurança, o ardor da fome, a sede de carinho, a dor das agressões e, especialmente, a revolta.


Me apeguei as personagens, me vi envolta a narrativa, mas acima disso, assim como os meninos, me revoltei. Porque a narrativa da pobreza brasileira continua atual, mesmo em um livro publicado em 1937 (salvo engano), e os gritos por uma revolução ainda não são o suficiente para alterar essa estrutura social a qual os países foram construídos e submetidos no sistema capitalista.
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Raysa 29/02/2024

Perfeito
Tem uma escrita tão fácil de ler, tão envolvente e ao mesmo tempo traz coisas tão profundas, tão sérias. Eu amei do começo ao fim. Devorei esse livro. Me apeguei aos personagens. Amei a escrita do Jorge Amado. Recomendo para todos. É ótimo!
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Júpiter.69 28/02/2024

MUITO BOM!!
Primeiro contato com uma obra de Jorge Amado. E esse contato não poderia ser feito da melhor forma se não, através de "Capitães da areia" uma obra rica em detalhes que busca contar a história de um grupo de meninos de rua em busca de sua sobrevivência, sem se importar com a forma de ela se dá.


Com amor, Júpiter.
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John 27/02/2024

Capitães da Areia, obra-prima de Jorge Amado, é um livro de extraordinária sensibilidade e perspicácia, que apresenta ao leitor o universo dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, na Bahia, na década de 1930.
Jorge Amado captura habilmente o espírito de luta e a resiliência desses jovens, proporcionando uma visão profunda e comovente de suas vidas, ao mesmo tempo em que retrata a desigualdade social do Brasil. Ao mesmo tempo que senti raiva das atitudes dos personagens do grupo de Capitães de Areia, consegui sentir empatia e compaixão, pois no fundo eles apenas queriam pertencer a um lugar, ao um lar, ter alguém que os amassem, que dessem carinho e amor à eles...
Ao lê Capitães de Areia é inevitável não pensar nos arrastões do Rio de Janeiro, uma vez que, assim como os Capitães da Areia, os jovens envolvidos nestes episódios violentos e controversos são muitas vezes vítimas das circunstâncias, crescendo em um ambiente de pobreza e exclusão. Ao longo do livro, Amado consegue ilustrar as dificuldades enfrentadas por esses personagens, bem como a importância da empatia e compreensão para lidar com a complexidade da realidade social brasileira.
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Mryd 26/02/2024

Importante
Acho um livro super importante e pertinente
É triste perceber q essa realidade do livro não é tão diferente da atual e q essas coisas realmente acontecem
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Carolvs 26/02/2024

Forte
Acredito que está entre os melhores livros que já li. Esse livro estava parado na minha estante há tanto tempo, nem sei como dizer o quanto estou arrependida de não ter pegado ele para ler antes. No entanto, entendo que se tivesse lido ele quando mais nova, teria um impacto muito diferente do que lendo dessa vez. Capitães da areia é um livro sensacional e ao mesmo tempo aterrorizante. Ele retrata uma realidade muito brasileira, que apesar de fictícia sabemos que é um retrato da vida real de muitas crianças até hoje. Jorge amado traz personagens únicos, marcantes, intensos e chocantes que vão fazer você os amar na mesma intensidade em que você vai odiá-los. Ele não inocenta os personagens mas tem o cuidado de narrar o lado mais humano de cada uma crianças enquanto ao mesmo tempo retrata o lado mais desumano da sociedade.
É um livro forte, com muita dose de cultura baiana. É preciso ter estômago e cabeça para algumas partes, mas é impossível se arrepender de ler Capitães da Areia.
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thaissa__ 26/02/2024

MAGISTRAL
Capitães da Areia é daqueles livros atemporais, que se mantém sempre atuais. A visão de mundo do Jorginho é absurdamente crítica. Não vi nenhum defeito na escrita que estava, aliás, impecável. Foi maravilhoso acompanhar a trajetória triste daqueles meninos naquele trapiche na Bahia, a minha vontade era dar um abraço em cada um deles...
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vyalmeida 26/02/2024

Sobre os Capitães da Areia
Essa é uma leitura muito envolvente, ela nos amarra a história dos meninos, explora bastante questões sociais, misérias e desgraças que vemos até hoje em Salvador, e no do Brasil inteiro. O descaso com as crianças abandonadas é a principal delas!
O livro conta a história de meninos de rua desamparados que vivem num trapiche abandonado no cais de Salvador. No início do livro há um conflito sobre a responsabilidade social relacionada a eles, neste início, temos cartas de personagens que dizem a respeito dos meninos, autoridades públicas e cidadãos que convivem de perto com o problema.
Cada um tem uma visão sobre eles: "Os capitães da Areia", para alguns, eles são marginais, para outros, apenas crianças. E assim se sucede a história.
No decorrer do livro ocorrem várias situações em que eles atuam em conjunto, e outras, que são mais individuais, focando em um personagem específico, assim podemos conhecer um pouco a personalidade de cada um.
Para além disso, o livro traz muitos aspectos regionalísticos interessantes, ideologias, culturas, que estão relacionados a cidade de Salvador e ao nordeste em geral.
Ademais, gostei bastante da história em si, e do desfecho das histórias (pois cada personagem tem o seu próprio desfecho, apesar das aventuras vividas em grupo).
O grande companheirismo dos garotos, para mim, é algo lindo. A união deles, selada pela dor e "alegria" do destino a eles imposto. São sim "como uma grande família" como diz no livro. A narrativa traz à tona muito fortemente o valor da amizade: a amizade verdadeira que é companhia, liberdade para ser quem se é, respeito, apoio, empatia e solidariedade. Só fiquei triste mesmo pelo Sem-Pernas, queria que ele tivesse se permitido ser amado. Era o meu personagem favorito, com ele ocorrem vários dilemas traumáticos que infelizmente não cuminam num desfecho feliz.

Segue algumas frases/trechos que gostei e me marcaram:

"Não era uma flor de estufa. Amava o sol, a rua, a liberdade."

"A liberdade é como o sol, o bem maior do mundo."

"Aos poucos o trem abandona a estação. Depois é a estrada do sertão, Índia Nordestina. Nas casas de barro aparecem mulheres e meninas. Homens seminus lavram a terra. Na estrada de animais que corre paralela a estrada de ferro passam boiadas. Vaqueiros gritam tangendo os animais. Nas estações vendem doces de milho, mingau, mugunzá, pamonha e canjica. O sertão vai entrando pelo nariz e pelos olhos de Volta-Seca. Queijos e rapaduras passam em tabuleiros nas pequenas estações, as paisagens agrestes jamais esquecidas enchem novamente os olhos do sertanejo. Esses muitos anos na cidade não tinham arrancado seu amor ao sertão miserável e belo."

Espero que vocês degustem dessa leitura tanto quanto eu.
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Bruna 26/02/2024

Primeiro livro que leio do autor e eu só posso dizer que queria mais da história. Uma história cativante, que nos mostra um Brasil da década de 30, mas que pode muito bem ser comparado com a atualidade. Vemos como meninos que cresceram sem o carinho e a atenção de uma família podem se tornar amargurados e violentos (o que, infelizmente, acontece com muita frequência), para sobreviverem em uma sociedade tão desigual.
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Hellen.Lily 26/02/2024

Visão visceral
É fácil concordar que existe um apelo emocional na narrativa mas essa era a intenção, a visão visceral de uma realidade descrita em 1937 que permanece atual em partes.

É bonito ver a evolução dos meninos com relação ao meio em que vivem e como vivem. As mudanças ficam óbvias com o surgimento de uma personagem feminina que integra no grupo dos capitães, sendo assim a amiga e mãe. Não passo pano pelos crimes, pelas torturas psicológicas e violência a integridade física e sexual das vítimas mas é uma realidade!

Narração onisciente, leitura impactante e fluida. Jorge Amado trouxe vida aos personagens com personalidades marcantes e jornadas envolventes.

Gostaria de pontuar a beleza da insistência do Padre José que esteve durante anos se dedicando as crianças. Há uma falta paterna e principalmente materna dos capitães que são engatilhadas como quando Sem Pernas se integra na casa de uma mulher para cumprir um plano e é acolhido como filho e chora a dor de ser amado e não poder permanecer, chora pelo abandono, pelo carinho, pelo arrependimento.

Existe uma severa critica dos leitores e acadêmicos de direita a respeito da obra, na verdade, sempre foi sobre o autor. É que o olhar humano prevalece em dos grupos.
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christian.andriola 25/02/2024

"Por isso na beleza do dia Pirulito mira o céu com os olhos crescidos de medo e pede perdão a Deus tão bom (mas não tão justo também) pelos seus pecados e os dos Capitães de Areia. Mesmo porque eles não tinham culpa. A culpa era da vida..."
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clara :) 25/02/2024

Um homem nasce ruim, ou o mundo o torna ruim?
Acho que essa história além de contar sobre crianças ladronas nas ruas da Bahia, contam como crianças que ficam sem seus pais é não tem ninguém para as cuidar, acabam por forças externas tem que se tornar ruim, é ainda no final do livro mostram que mesmo sem querer ao início da vida adulta, muitas delas acabam por ter que se tornar nessa vida.

Além de tudo toda a discriminação das pessoas faz com que eles não consigam ajuda, mas eles no final nao são de todo ruim, eles são ladrões por que precisam sobreviver, mas como foi visto quando Dora chegou no trapiche eles a acolheram é a respeitaram, no final era tudo uma fachada, pra esconder a dor é o sofrimento deles

De início eram crianças boas, mas a maldade do mundo é do pensamento discriminatório da pessoas marcharam a imagem, é a vida deles
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Vitor.Romito 25/02/2024

Excelente
Clássicos são atemporais e incríveis. Ao mesmo tempo que nos trás um pouco de como a vida era em uma determinada época, conseguem sobreviver ao tempo e continuam a dialogar com o leitor atual. “Capitães da areia” é um destes e mostra-se tão atual que até assusta, principalmente quando se nota que tem quase noventa anos de publicação.
A estória dos meninos que vivem em um trapiche na cidade de Salvador e precisam praticar atos questionáveis e imorais para sobreviver é tocante e intensa. A linguagem utilizada, mais coloquial, cheia de gírias e expressões do cotidiano (que misturam o religioso cristão com o de matrizes africanas) é genial, o que aproxima o leitor daqueles garotos. Isso ilustra o quanto Amado é habilidoso com as palavras, já que as atitudes dos Capitães e a natureza em que estão inseridos, sem a devida descrição da situação e um toque de leveza em algumas partes (vide a questão do carrossel), afastaria a empatia que teria caso as ações fossem colocadas de forma mais crua e bruta (principalmente quando descreve uma situação bem complicada envolvendo uma garota na praia e o líder dos Capitães de Areia).
Essa habilidade já salta a vista logo no início com as notícias de um jornal local sobre os grupo e tratamento distinto que este dá para cada membro da sociedade e a forma como cada um deles relatam a situação. A forma como o chefe de polícia, o juiz de menores e o diretor de reformatório empurra um para o outro me dá a sensação de “já vi isso aí”. Esses personagens ganham aditivos na figura da mulher que encontra o padre junto dos meninos, nos policiais em si e nas altas “patentes” da igreja. Já os representantes das camadas mais baixas, ao defenderem os Capitães, mesmo que não concordem com a ação em si, são relegados a segundo plano no âmbito da notícia ou desacreditados de forma mais contundente.
Os Capitães de areia é um grupo grande, mas Amado foca em apenas alguns, e destes os que mais me chamaram a atenção foram Pedro Bala (o líder), o Professor, o Gato, o Sem-Pernas. Claro que também tem o Boa-Vida, o Pirulito, o Barandão, o Vida-Seca, mas achei que estes eram mais coadjuvantes que agiam no entorno daqueles quatro. A personalidade deles condiz com as ações que ocorrem no decorrer do livro. Não há uma sensação de “acho que isso não condiz com o menino”. E dos quatro, a trajetória mais comovente, para mim, foi o do Sem-Pernas, um menino coxo. O seu desejo, ilustrado pelo cachorro que o acomponha, é comovente e o desenrolar de sua história foi, para mim, perturbadora, em que um sentimento crescente na consciência do menino traz melancolia.
Não dá para não escrever sobre Dora. Ela entra para o grupo e cria uma reviravolta grande neles. E aqui, novamente, demonstra a habilidade de Amado como contador de histórias, pois toda esta trajetória da guria, desde o início com o problema dos pais, encontro com o grupo, as aventuras que passam e o desfecho delas é muito real e impactou tanto nos garotos como em mim quanto leitor.
A única coisa que talvez tenha me desagradado na leitura foi o início quanto a forma que era desenvolvido, mesmo entendendo essa escolha, que foi uma forma para desenvolver melhor o grupo. A sensação era que havia microssituações para aproveitar um dos Capitães em ação, como se fossem pequenas “quests”. Mas no decorrer do livro, principalmente com depois do encontro do Professor com um senhor e da chegada do “alastrim”, vem a sensação de progresso.
Finalmente, o desfecho dos personagens é satisfatório, alguns um tanto óbvios quanto a sua trajetória e outros trágicos. Destes, o que achei com pouca probabilidade de ocorrer seria o do Professor, porém não afasta do satisfatório.
Assim, é um livro com uma história poderosa, muito bem escrita e que assusta por ser atual em seus diversos temas, como o abandono e descaso com os menores em situação de rua e a forma como as camadas da sociedade enxergam eles e suas ações. Um livro que vale muito tirar um tempo para ler e refletir sobre o que está escrito.
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