Capitães de Areia

Capitães de Areia Jorge Amado




Resenhas - Capitães da Areia


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lelety0 15/06/2024

Jorge amado ainda sendo bastante atual
Apesar do livro ser de 1937, a temática em si infelizmente não deixa de ser atual dentro de várias cidades do Brasil e não só da Bahia, local em que se passa todas as peripécias e aventuras dos capitães de areia. jorge amado sabe retratar com toque de verdade e dureza todos os sofrimentos e lamentações de crianças que vivem nas ruas, sem família, abrigo e amor.
acompanhar toda a trajetória do capitão pedro bala e todos os outros integrantes do grupo foi como conhecer diversas almas em busca incessante de amor e liberdade enquanto enfrentam a violência de viver num mundo que não os compreendem, de viver na pobreza sem fim e quase sem esperança de saída.
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Katia 15/06/2024

Encantador e sufocante
Eu, como mãe, talvez tenha sentido esse livro de uma forma diferente aos demais leitores.
Em momentos me senti sufocada, com vontade de pegar no colo aqueles meninos, fazer um afago, por outras de lhes dar uma bela bronca, rsrsrs...
Mas, que livro lindo, nós faz pensar, nos faz emocionar! Tenho certeza que jamais esquecerei essa leitura.
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Mandioca.24.25. 14/06/2024

Excelente para repertório
Uma das obras mais famosas da segunda fase do modernismo de Jorge Amado, excelente para utilizar como repertório e como base para vc que pretende ser escritor de literatura contemporânea.

É um livro que fala sobre várias aventuras dos garotos abandonado que vivem na Bahia num trapiche velho, onde mostra o duro cotidiano dos mesmos, vivendo numa sociedade julgadora e sem empatia e compaixão com os próximos. (Eles não ajudam mas eu passo pano para eles ?)

O livro mostra que podemos mudar mesmo que a situação não seja favorável, basta nós queremos e sonharmos altos. ?

Leia e tire as suas próprias conclusões ??
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Gabriel.Bhering 14/06/2024

O lado da verdade
Um presente para o candomblé. Um presente para os pobres. Um presente para os militantes. Um presente para a pátria. Um presente para o Brasil. Um presente para mim, também, que além de ler se inspirou e inspira em Jorge Amado como um autor que adotou um lado ao contar suas histórias. Dizem que não tem lado certo e errado, mas acho que eles estão enganados: pois o lado da verdade é o deles. Dos capitãs da areia!
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Nat 13/06/2024

História versátil e linda
Livro muito bom. Esse foi o primeiro livro que li de Jorge Amado, e adorei. Nunca pensei que uma história escrita oitenta e sete anos atrás iria conseguir representar o presente.
Ao mesmo tempo, é um livro lindo e pesado. Um grupo de meninos na Bahia, pobres e sem casa, por diversos motivos emocionantes, se unem, fazendo um grupo que furta e luta para sobreviver. Livro maravilhoso, profundo, cheio de críticas sociais e atemporal.
É insanamente fácil se cativar com os personagens e torcer pela vitória deles. Não recomendo o livro para quem tem mais sensibilidade com cenas tristes, esse livro está cheia delas. Eu achei que o autor fez com maestria as descrições, tanto com as cenas que chegam a cortar o coração, tanto com as cenas que te fazem chorar de felicidade. Jorge Amado mostra que os dois tipos de cena podem ter a mesma importância e serem lindas o mesmo tanto. Traz um ponto de vista único e completamente diferente de qualquer coisa que eu já vi.
Apesar de ser um livro lindo e único, ele também teve pontos ruins para mim. Não dei cinco estrelas, porque não achei a leitura muito fluida, fui um pouco devagar, mas talvez seja porque sempre me enrolo um pouco na linguagem e densidade dos livros mais antigos.
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Rosie 12/06/2024

"COMPANHEIROS"
Meu primeiro contato com Jorge Amado, ao mesmo tempo que foi uma boa leitura ainda me pergunto se deveria ter começado por essa obra... Me deixou com um gosto amargo na boca, acredito que foi essa a intenção do autor.

É um clássico sobre os problemas políticos e econômicos do Brasil, com sua crítica sobre esses temas. É um livro para sentir empatia a cima de tudo.

O autor deixa claro diversas vezes na narrativa a palavra "companheiros" e a expressão de que a culpa não é dos Capiães da Areia e sim da vida. O que obriga o leitor a ter um senso crítico sobre. É uma história linda, muitas partes chegam a ser doloridas e outras chegam a ter um pingo de esperança para tais crianças.

A escrita também é boa, sempre bom lembrar que temos um livro de 1937 e que essa edição é de 2008! É um a história que apesar de não parecer é difícil de ser compreendida, mas a editora conseguiu transmitir sem quaisquer dificuldades. Uma edição que qualquer leitor (sendo leitor de clássicos nacionais ou só um estudante, conseguirá entender perfeitamente). Além de ter um posfácil espetacular, com imagens, que auxiliam a compreender mais ainda. É aquele livro que você finaliza com vários pensamentos e começa a ver a vida de uma forma diferente. Aquele que muda o leitor por dentro.

Como é perceptível das minhas resenhas, não sou de analisar cada informação dos livros e julgo mais pelos meus sentimentos durante a leitura. Que aqui foram muitos.

Para finalizar, é notável que qualquer uma dessas crianças queriam apenas uma única coisa: o carinho de uma família e o calor de um lar.

"[...] Não compreendia. Por que eram odiados assim na cidade? Eram pobres crianças sem pai, nem mãe. Por que aqueles homens bem- vestidos tanto os odiavam? [...] Se faziam tudo aquilo é que não tinham casa, nem pai, nem mãe, a vida deles era uma vida sem comida certa e dormindo em um casarão quase sem teto. Se não fizessem tudo aquilo, morreriam de fome, porque eram raras as casas que davam o que comer a um, de vestir a outro. Mesmo porque eles não tinham culpa. A culpa era da vida..."
alberto03 12/06/2024minha estante
eu amo esse livro !!!!




Andreza 12/06/2024

Resenha difícil de se fazer, livro que precisa de tempo para digerir. A escrita é lindissima, coisa que valeria a pena ler qualquer história. Mas a história contada deixa tudo ainda mais primoroso, é um livro onde se junta a sutileza e grandeza. Os personagens são complexos e estão longe de serem santificados pela história, mas faz a gente pensar e repensar sobre a realidade do nosso país e pensar ?como poderia ter sido se não fosse assim??. E é difícil ter respostas concretas, porque a realidade do ?e se? possui vários caminhos, mas eram (são) crianças que nunca tiveram a oportunidade de viver a idade, e pensar que com mudanças elas poderiam ter a possibilidade, poderiam ter essa oportunidade, é de partir o coração. no mais é um livro pra ser lido de mente aberta, coração aberto. ?

?Mas desta vez estava sendo diferente. Desta vez não o deixaram na cozinha com seus molambos, não o puseram a dormir no quintal. Deram-lhe roupa, um quarto, comida na sala de jantar. Era como um hóspede, era como um hóspede querido. E fumando o seu cigarro escondido (o Sem-Pernas pergunta a si mesmo por que está se escondendo para fumar), o Sem-Pernas pensa sem compreen-der. Não compreende nada do que se passa. Sua cara está franzida.
Lembra os dias da cadeia, a surra que lhe deram, os sonhos que nunca deixaram de persegui-lo. E, de súbito, tem medo de que nesta casa sejam bons para ele. Sim, um grande medo de que sejam bons para ele. Não sabe mesmo por quê, mas tem medo. E levanta-se, sai do seu esconderijo e vai fumar bem por baixo da janela da senhora. Assim verão que ele é um menino perdido, que não merece um quarto, roupa nova, comida na sala de jantar. Assim o mandarão para a cozinha, ele poderá levar para diante sua obra de vingança, conservar o ódio no seu coração. Porque se esse ódio desaparecer, ele morrerá, não terá nenhum motivo para viver. E diante dos seus olhos passa a visão do homem de colete que vê os soldados a espancar o Sem-Pernas e ri numa gargalhada brutal. Isso há de impedir sempre o Sem-Pernas de ver o rosto bondoso de dona Ester, o gesto protetor das mãos do padre José Pedro, a solidariedade dos músculos grevistas do estivador João de Adão. Será sozinho e seu ódio alcança a todos, brancos e negros, homens e mulheres, ricos e pobres. Por isso teme que sejam bons para consigo.?
Esse trecho é ARTE!
Cecilia.Alcantara 14/06/2024minha estante
Esse está na tbr de julho!!! Agora você só me fez querer ler ainda mais!




Amanda3913 12/06/2024

?[?] Quando outras crianças só se preocupavam com brincar, estudar livros para aprender a ler, eles se viam envolvidos em acontecimentos que só os homens sabiam resolver. Sempre tinham sido como homens, na sua vida de miséria e de aventura, nunca tinham sido perfeitamente crianças. Porque o que faz a criança é o ambiente de casa, pai, mãe, nenhuma responsabilidade. Nunca eles tiveram pai e mãe na vida da rua. E tiveram sempre que cuidar de si mesmos, foram sempre os responsáveis por si. Tinham sido sempre iguais a homens.?


Esse trecho resume bem a essência desse livro. No começo senti a leitura um pouco complexa, pela linguagem ser um tanto quanto antiga, mas logo o cérebro se adapta e me permitiu mergulhar nas histórias. Eu amei esse livro e me apaguei muito às crianças, vontade de abraçar cada uma delas.
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Ana 12/06/2024

Um soco no estômago?
Cara, eu nunca tinha lido Jorge Amado e fiquei com um pé atrás pra ler, mas ainda bem que eu li. Nossa que livro bom!! Gostei muito dos personagens, e mais ainda que não existe nenhum herói ali, são todos humanos, com defeitos e virtudes. A gente quer torcer pelos Capitães da Areia, mas tem coisas que eles fazem que nem a gente concorda. E mesmo assim chorei quando tudo deu errado e quando eles se separaram, eram uma família mesmo. Found Family no seu primor!! Foi difícil ler a realidade deles e perceber que mesmo após décadas, isso ainda acontece. É uma história muito real e atual e deixa um embrulho ruim no estômago; nos deixa desconfortáveis e impotentes. Mas também há pequenas alegrias e finais felizes. Eu simplesmente me apaixonei pelo livro e quero ler mais do autor, realmente tenho que ser mais justa com a literatura brasileira.
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thiago685 11/06/2024

Batuta. porreta mesmo
?O viva apertou o coração do menino. Olhou para o trapiche. Não era como um quadro sem moldura. Era como a moldura de inúmeros quadros. Como quadros de uma fita de cinema. Vidas de luta e de coragem. De miséria também. Uma vontade de ficar. Mas que adiantava ficar? Se fosse, poderia ser de melhor ajuda. Mostraria aquelas vidas? Apertam sua mão, o abraçam.?
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Jonathas 11/06/2024

O livro traz uma temática bastante conturbadora, mas real. Capitães da Areia é um grupo de meninos que salteia e vivem à margem da sociedade; Jorge Amado em cada ponto foi sagaz em trazer a realidade vivência dos personagens, a forma como cada um chegou ao trapiche e de como as crianças- os capitães da areia - são familiarizados com a vida adulta mesmo sendo meros jovens.
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Sirgubler 11/06/2024

Capitães da Areia
Apesar de ser uma ficção, Jorge Amado se baseia na realidade para escrever essa história que apresenta uma Salvador dura e cruel que exige de crianças o que não deveria exigir nem de adultos.
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Isabella2540 10/06/2024

A revolução chama Pedro Bala.
Eu simplesmente não tenho palavras pra descrever o quanto que me apaixonei na visceralidade do Jorge Amado, na empatia dele e na sensibilidade ao escrever o livro com um mar de detalhes sobre cada criança dos Capitães Da Areia. Demonstrou com tanta criticismo a situação dos meninos abandonados, negligenciados e submetidos à uma situação em que devem pecar para viver. Simplesmente sem palavras, Jorge Amado conseguiu me prender na história, na critica, me fez sentir a sensação ruim de pensar que é tão real tudo que se passa no livro. Incrível. ?
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