Resenhas - Capitães da Areia

Martynelly0 09/04/2024

Não é à toa que é um clássico da literatura nacional da segunda fase do modernismo e favorito de muitos.

Através de personagens que traduzem arquétipos específicos da natureza humana (fé, coragem, ódio, amor, medo), Jorge Amado consegue oferecer um olhar íntimo e empático sobre a vida marginalizada das crianças em situação de rua da década de 30 em Salvador.

Triste e comovente, o livre retrata a luta de classes e discute questões sociais sem dúvida ainda atuais.

eliza.strege 09/04/2024

Liberdade é como o sol, bem maior do mundo!
Impressionante, nao imaginava que ficaria tao envolvida nessa historia, esperava q fosse um livro chato cheio de un dialeto q n se usa mais com uma escrita dificil de ler, mas foi o contrario, incrivel, acho q todos os brasileiros deveriam ler esse livro que carrega mto da cultura do Brasil.

Pacífico 07/04/2024

VIVA AMADO!!!
Meus Deus, obrigado por me fazer nascer brasileiro e poder ler Capitães de Areia na língua nativa pra poder assimilar tanto. gente, que leitura necessária!!! apesar de ser um livro caminhando pro seu primeiro século de publicação e tendo algumas questões, hoje, espinhosas (digamos assim?) é um livro lindo, riquíssimo de detalhes sobre a nossa sociedade e com um trajeto narrativo muito sensível. VIVA VIVA VIVA!!!

angelalima 07/04/2024

Marcante!
Este livro marcou minha adolescência. Lembro até hoje a sensação/emoção que senti ao terminar. Tudo tão humano... Me faz refletir até hoje.

Milly 07/04/2024

Capitães de areia
Esse livro realmente me surpreendeu, não foi ND como eu esperava, me prendeu real.
Conta a história de um grupo de meninos órfãos que precisam lutar diariamente pra sobreviver, roubando e bolando planos, tendo apenas uns aos outros, conhecidos em sua pequena cidade como "Capitães da areia".

Pedro.Henrique 06/04/2024

Um livro para queimar
Sem dúvida é um livro que ataca as sensibilidades moralista médias e os poderes estabelecidos. Jorge Amado nos convida a observar crianças marginalizadas e marginais com um olhar verdadeiramente humanizado, que não reduz elas a vilões como os discursos das autoridades e nem a heróis idealizados. Isso acompanhado de um olhar crítico voltado para as instituições de poder e uma mensagem abertamente comunista. Tudo leva esse livro a ser uma obra para ser queimada, como de fato foi na ditadura de Vargas. O livro só não é melhor por causa de uma certa redução da complexidade do protagonista no final do livro. Sua incorporação à disciplina revolucionária do Partido Comunista não parece condizente com o desenvolvimento de sua história. Mas este final um tanto artificial do protagonista não reduz a força do livro como um todo. É um livro de amor, ódio, revolta e tristeza, para os personagens e para o leitor. Vale muito a pena.

Felipe 06/04/2024

Um clássico é um clássico.
Não tenho muito o que comentar. É um ótimo livro. Senti falta de mais desenvolvimento para alguns dos personagens (o mais bem desenvolvido é o Sem Pernas), mas a vida urbana em Salvador é muito bem construída e o livro é gostosinho de se ler.

agu3des 05/04/2024

Capitães de Areia
Um livro denso, complexo e político. Foi uma leitura que me trouxe diversos questionamentos, e que me fez pensar em diversas causas e problemáticas.

tarcila12 05/04/2024

Que livro ótimo. Adorei saber os lugares de qual ele estava falando. Quando eu li senti que Jorge amado era o meu avó me contando histórias da sua mocidade, e falando de lugares que eu conheço.
Quanta riqueza de detalhes e sensibilidade coube nesse livro. Adorei, adorei.

Sabrina 03/04/2024

Super necessário
Todos deveriam ter acesso a esse livro, assunto extremamente importante, muda a nossa visão de mundo.

eutilao 03/04/2024

Por que demorei tanto tempo a dar uma chance a Jorge Amado?
Nassim Taleb já disse: “Escolha livros que resistam ao tempo”.
Como um livrete de 1934 pode ser tão bom e estimular nossa imaginação como Capitães de Areia?

São tantos personagens maravilhosos e icônicos que fica difícil eleger um preferido. Mas eu escolho o Gato, único, elegante e confiante, um malandro nato. Porém, não tem como não citar Pedro Bala e sua liderança particular, confiança e presença. A lealdade de João Grande. Sem Pernas e seu jeito arisco – a passagem que me marca “Se jogou de costas no espaço como um trapezista no circo”. Boa Vida, Volta Seca, O Padre José Pedro, Don’Aninha, João Adão, são tantos os personagens do livro. Foi um passeio essa leitura, realmente mágico!
Depois de tudo isso eu só me pergunto o porquê de ter demorado tanto tempo a dar uma chance para Jorge Amado.

mafezitcha 03/04/2024

Capitães da areia
Que livro, meu amigos.

Com uma escrita densa, com sentimentos e descrição bem visual, Jorge Amado desenvolve personagens que eu nunca havia lido algo igual antes. A forma como entendemos os personagens, como descreve as vivências e os sofrimentos, é fascinante.

É possível sentir a dor da falta do carinho, a dor da solidão e da exclusão, a dor da injustiça e da hipocrisia. Escrito a mais de 100 anos atrás, este livro é atual como nunca, por exemplo, um padre que ajuda e cuida de crianças abandonadas é considerado comunista.

Que linda e triste história. Nunca vou superar essa leitura. Lindo lindo lindo.

Nalaura 03/04/2024

Esse livro é avassalador, uma montanha russa de sentimentos. Fiquei muito apegada aos Capitães de Areia. Gostei muito de como Jorge Amado conduziu a história, mostrando os defeitos e as qualidades desses meninos.
Lindo e triste.

Denis136 02/04/2024

Capitães de Areia é um retrato riquíssimo de Salvador na década de 30, o livro apesar de antigo aborda diversos temas atuais como: Intolerância Religiosa, machismo, desigualdade social, violência, precariedade do Serviço público e corrupção.
A obra é um reflexo fiel de salvador, eu como soteropolitano ao ler o livro mais parecia um reflexo da situação da cidade, tão antigo, porém tem atual.

LadyVox 01/04/2024

Atemporal, poético e inescrupuloso
A obra deveria ser obrigatória para todos os brasileiros que se interessem o mínimo por leitura. Jorge Amado narra, de forma singular, a história de meninos, homens em situação de rua com toda a violência e visceridade possível. A sentimentalidade é presente em todo o livro, é possível entender a mente de personagens como Pedro Bala, Sem-Pernas e Pirulito. A evolução dos personagens, a conotação política e religiosa do livro o torna uma verdadeira obra-prima. Só um coração de pedra pra não se sensibilizar com a história dos meninos abandonados pelos pais, pelo governo, meninos estes que se multiplicam a cada dia e vemos na rua sem perspectiva de vida. É impossível olhar um menino de rua e não associar aos personagens do livro, por isso tal obra é violentíssima, isto é, descreve a realidade de jovens brasileiros de forma nua e crua. É triste pensar que um livro escrito a 86 anos atrás descreve tão bem a realidade do país, dito isso, retomo meu ponto de que deveria ser leitura obrigatória de todo brasileiro, não só pela leitura fluída, a forma como o baiano descreve cenários tão tristes com uma profundidade psicológica e sentimentalismo dignos de um verdadeiro destaque, como também pela importância que se dá essa questão negligenciada pelo governo e que não deve ser apagada também do imaginário social. É muito fácil julgar um garoto que assalta e dizer que o mesmo merece a morte, quando a carência que o acomete não pode ser contabilizada com números. É necessário o incentivo a leituras de obras como essa pra que não seja esquecido que o problema da desigualdade social e a falta de educação assola o Brasil por séculos e é uma chaga presente na nossa história.