Miguel Freire 23/01/2022
O livro do Século!
O Senhor dos Anéis, publicado entre 1954 e 1955 é o melhor livro do século XX e a melhor obra de fantasia de todos os tempos. Da mesma forma como Shakespeare está para o teatro e Homero está para a poesia, Tolkien está para a Fantasia. É visível e palpável que a mitologia criada por ele alcançou um grau de complexidade e coerência que ninguém nunca atingiu e duvido que jamais atingirá. Assim como um poeta escreve um poema tendo como base Dante, Homero ou Virgílio, mas sabe que nunca irá alcançá-los, assim também um escritor de literatura fantástica compara suas obras com as do Mestre. O Senhor dos Anéis, sua obra magna, representa o que há de melhor na Fantasia, em todos os sentidos possíveis. Temos aqui a plena realização do que o próprio Tolkien desejou ao escrevê-lo, como ele mesmo disse no prefácio da segunda edição: "O motivo principal foi o desejo de um contador de histórias de experimentar escrever uma história realmente longa que cativasse a atenção dos leitores, os divertisse, os deleitasse e às vezes, os animasse ou comovesse profundamente." Longas e vivas descrições, tão precisas que fazem ter a impressão de que o autor realmente está descrevendo um lugar que ele viu com os próprios olhos; personagens variados e marcantes, com personalidades únicas; belos poemas, magia, guerras e batalhas épicas, lições e exemplos de bondade, beleza e amizade. O que mais alguém poderia querer? É notável também a amplitude imaginativa que o autor demonstra, criando culturas e crônicas inteiras, além de mapas, calendários, povos, linhas do tempo, línguas. O livro todo é um reflexo de um homem extremamente meticuloso e perfeccionista, mas acima de tudo de uma mente brilhante e criativa.