MarcosQz 08/12/2020
A história me deixou com o coração na mão do começo ao fim, em primeiro lugar.
Maryse Condé, feminista, autora de mais de vinte livros e ganhadora de inúmeros prêmios, conseguiu recontar a história de Tituba de uma forma gloriosa. Eu, Tituba, é uma ficção documental, relatando a vida de Tituba até certo ponto, digamos assim, de forma verídica, depois de certo acontecimento a história já é pura ficção, já que o fim de Tituba é incerto na verdade.
Vale uma boa pesquisa sobre a história de Tituba para quem nunca ouviu falar da mesma.
O livro mostra do nascimento ao fim de Tituba, uma vida construída em cima de sofrimento, muito sofrimento, mas também amor e persistência. Tituba foi uma das primeiras acusadas de bruxaria em Salem, mas conseguiu se salvar da morte, o que não tirou o estigma de bruxa que ela carregou até o fim.
Apesar de todas as dores e sofrimentos que lhe foram impostos pelas mãos dos homens brancos, no fundo de todas as pessoas brancas, Tituba nunca usou de seu dom para o verdadeiro mal, nunca tirou a vida de ninguém, usando sua arte para a cura, para a vida.
O maior problema de Tituba, aqui na história, foi o amor, o amor que sentia pelas pessoas, o amor que sentia pelos homens.
Esse livro valeu cada segundo, cada página, cada respiro de agonia que dei durante a leitura.
Nota 10!