O Ateneu

O Ateneu Raul Pompeia
Franco de Rosa




Resenhas - O Ateneu


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André 26/02/2022

Cansativo
Achei o livro um pouco cansativo, a história não me prendeu, tive dificuldades em chegar ao final, são poucos os momentos do livro que chamaram minha atenção, um deles foi a frase "A opinião é um adversário infernal que conta com a cumplicidade, enfim, da própria vítima.". No geral o livro conta a história de um colégio de elite chamado Ateneu e seus alunos, a história é contada por um dos alunos, então conhecemos as pessoas e o colégio a partir do ponto de vista dele.
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Amanda513 16/02/2022

se você tiver que ler, boa sorte
li pra prova e muitas vezes eu pensei em parar de ler, porque eu não tava entendendo nada
mas eu acabei e fui fazer as questões de vestibular que tem no próprio livro, acertei 9/10
então minha dica é: continua lendo q vai dar certo
Isa 02/03/2022minha estante
me deu esperanças !!!!




germy 09/02/2022

"Vais encontrar o mundo"
Raul Pompeia inicia o livro O Ateneu com a maior das verdades: Sérgio lá estava para encontrar o mundo. Não o mundo ideal, o mundo onde cabiam seus cachinhos, o mundo permissivo, empático e disposto a compreendê-lo; mas o mundo da ordem, do "manda quem pode, obedece quem tem juízo" e do poder.

Acompanhamos, n'O Ateneu, a passagem de um Sérgio empolgado e alvoroçado com o início das aulas para um Sérgio que murcha diante das atrocidades que o poder consegue assumir e da forma como ele se entranha nos algozes e torna tudo justificável às suas vistas.

A todo momento Pompeia fala sobre poder. O poder dos professores sobre os alunos; o poder do diretor, que de forma petulante se intitula "mestre" daqueles pupilos, sobre os estudantes; o poder do ativo sobre o passivo; do homem sobre a mulher; do pai sobre a mãe; da ordem sobre a possibilidade eminente caos. Lembrei-me, a todo momento, de Marx quando o alemão diz no Manifesto Comunista que "a história de todas as sociedades até hoje existentes é a história da luta de classes." Talvez não sejamos apresentados a uma luta de classe em si, mas somos sim introduzidos uma dialética entre tese e antítese que a todo momento insiste em se presentificar na trama.

Interessante que no início do livro, Sérgio é alertado pelo pai que ali conhecerá o mundo, e, mais adiante, se dá conta que conheceu sim parte dele. Em dado momento Sérgio se da conta de que os males que ali estão não são deslocados, soltos ou aleatórios, mas reflexos de uma sociedade que aquilo prega: "Não é o internato que faz a sociedade; o internato a reflete. A corrupção que ali viceja, vai de fora." Me pareceu uma conexão com a obra de William Golding, O senhor das moscas, ao nos mostrar a perversidade das crianças e como elas emulam, em vários pretextos, as dinâmicas sociais de poder e submissão.

O fim do Ateneu é quase como Sodoma e Gomorra: uma aposta de que só um cataclisma pode limpar os horrores daquele prédio e das dinâmicas que ali se encenavam. Em quase trezentas páginas somos convidados a reconhecer-nos como membros da sociedade refletida pelo internato e a nos darmos conta dos terrores que a pedagogia pautada na opressão consegue causar. Genial!
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anabypixies 09/02/2022

eu ja entendi que você gosta de falar bonito, raul pompeia
sendo honesta, eu estava empolgada para esse livro. era um clássico que realmente falava sobre homossexualidade, parece um prato cheio para análise e deturpação dos fatos em nome do meu próprio entretenimento. mas embora raul prometa tudo, ele entrega um aglomerado enfadonho de palavras supostamente chiques, mas que vão tão além da conta que você fica sem vontade de acompanhar. eu gosto de livros descritivos, mas ele EXAGERA no tanto de descrição. não consegui passar dos primeiros capítulos porque sempre que eu abria o livro queria me m.
caspaeletrica 15/02/2022minha estante
as palavras são difíceis por causa da época em que foi escrito. As palavras que você considera chiques hoje, eram as palavras consideradas normais naquela época.




Hilton Neves 30/01/2022

Desgostei da estória em si. Muita viadag3m ali dentro do colégio, iconoclastia demais e umas indiretas jogadas à monarquia.
Mas apresenta bom vocabulário, o estilo de escrita do naturalismo e nos ensina um pouco da vida cultural da principal cidade do nosso país no fim do século XIX.
caspaeletrica 15/02/2022minha estante
E a tal dita "viadag3m" é um problema? Por que pra mim parece ser bem revolucionário


Hilton Neves 16/02/2022minha estante
Nesse objetivo que o autor possui, não.


caspaeletrica 16/02/2022minha estante
e por causa de pessoas como você que ele se m4tou depois de tanta crítica ao livro, pessoas como você hipócritas e retrógradas.


Hilton Neves 16/02/2022minha estante
Que lindo, justiceirinho! Agora pode cortar o cabelo e ir enxergar melhor o mundo!


caspaeletrica 16/02/2022minha estante
Que bom que você sabe que foi lindo o que eu disse. Pelo menos você reconhece.




Kakau 29/01/2022

O que determina a formação de um caráter?
Posso afirmar que experimentei um turbilhão de opiniões e impressões durante a leitura.
Expresso aqui a minha total surpresa pela linguagem altamente rebuscada de Raul Pompeia;ultrapassou todas as minhas expectativas.Fora um desafio a mais,e,sim,também foi o motivo principal para a minha lentidão e,ao mesmo tempo,para o meu estímulo em me manter cativa nas meditações intelectuais e confidenciais do narrador-protagonista.
Classificado como um romance de formação,o livro percorre,esplendidamente,o amadurecimento de Sérgio,cujo desenvolvimento é ambientado em um internato para meninos no Rio de Janeiro.A ideia do colégio é logo introduzida na primeira página,no seguinte fragmento:" 'Vais encontrar o mundo,disse-me meu pai,à porta do Ateneu.Coragem para a luta.'Bastante experimentei depois a verdade deste
aviso[...]".
Desconhecendo o gênero da obra,não estava me agradando muito a escassez de acontecimentos de forte tensão,a falta de um clímax.Queria ler qualquer coisa que não pertencesse ao campo psicológico e de estado meditativo.Passou pela minha cabeça abandonar o livro a fim de,em algum outro período que não este,retomar a leitura.Contudo,olhando o livro de uma outra perspectiva,que mais se aproxima da intencionalidade do autor?acho eu?,devorei as páginas com deleite e sem pressa alguma para finalizá-las.Ainda sim,a mudança de perspectiva não anula a dificuldade que tive para me adaptar ao léxico do escritor.
Há,em especial,uma série consecutiva de páginas (da página 88 até a página 95) que achei deslumbrantes,com uma voz poética sublime.Entre meus parágrafos favoritos,destacam-se:
"A Arte é primeiro espontânea,depois intencional.Manifesta-se primeiro grosseiramente,por erupções de sentimento,e faz o amor concreto,a interjeição,a eloquência rudimentar,a poesia primitiva,o primitivo canto.
Manifesta -se mais tarde,progressivamente,por efeitos de cálculo e meditação e dá o epos,a eloquência culta,a música desenvolvida,o desenho,a escultura,a arquitetura,a pintura,os sistemas religiosos,os sistemas morais,as ambições de síntese,as metafísicas,até as formas literárias modernas,o romance,feição atual do poema no mundo."
Aproveitando o ensejo,gostaria de encerrar a resenha com mais uma passagem extraída do livro,a saber:
"Com o predomínio insensato das religiões,o amor deixou de ser artístico,passou a ser sacramental;com o predomínio das modalidades,deixou de ser um fenômeno,e passou a ser um ridículo ou uma coisa obscena."
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Wacinom 29/01/2022

Um romance realista e profundamente crítico a sociedade burguesa o Ateneu, também é umas das principais obras que compõe o Realismo Brasileiro.
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Isabelle 26/01/2022

Eu sei que é um clássico e com certeza durante a leitura pude apreciar isso, mas sinceramente não gostei muito. A linguagem e metáforas do livro são lindas e a certa crítica que o autor faz foi interessante, porém eu pulei diversas páginas em pontos aleatórios do livro e não fez diferença nenhuma no entendimento da história.
Enfim, somos livres para não gostar de clássicos, apesar de que para alguns isso seja um crime lol
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Maria14000 23/01/2022

Vale a pena ler!
"Aqui suspendo a crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez, se ponderarmos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo - o funeral para sempre das horas." - O Ateneu, Raul Pompéia

- Profundo, né?!

Foi o primeiro livro que tive que ler com ajuda de um áudio livro para não me perder e não vaguear muito kkkk, já que a linguagem era e é muito complicada/complexa para mim, por isso que dei 4 estrelas; mas é um livro muito interessante, profundo e que traz reflexões e curiosidades daquela época muito boas, vale muito a pena ler e quebrar um pouco da cabeça decifrando-o! kkkkk
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Miah.Kan-Po 23/01/2022

Meio bugado, mas muito bom...
O livro tem um enredo meio confuso, devido à relação oscilante entre narrador e protagonista. Há uma proximidade e uma distância ao mesmo tempo, e o livro é narrado em primeira pessoa, por isso o engodo para compreender alguns pontos.

A obra tem uma mistura de formas discursivas: é um livro de memórias que desliza para a ficção, uma narrativa com recursos poéticos, uma prosa que muitas vezes se confunde com a linguagem ensaísta.

O livro não se trata apenas de uma crítica aos internatos da época; a revolta contra o sistema educativo. O autor aborda a impotência afetiva, o drama da solidão e a homossexualidade.

Mário de Andrade chegou a dizer que esses temas poderiam ser entendidos como autobiográficos, e não é difícil imaginar a enorme dificuldade de Pompeia em seu tempo para tratar sobre homossexualidade, que toda a sociedade rotulava como vício, doença, desvio.

Essas relações afeto-sexuais são narradas de modo alusivo e discreto, sempre com insinuações, eufemismos e reticências. O leitor tem que ficar atento ao que o autor quer realmente dizer, ler nas entrelinhas...

P. S.: Algumas considerações foram parafraseadas de textos críticos sobre a obra, textos complementares que me ajudaram a compreender o cerne da obra, bem como a belíssima apresentação feita por Ivan Marques, grande prefessor de literatura brasileira ?
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Sampaioaninhaaa 21/01/2022

Não entendi nada
Eu não consegui entender muita coisa mas a culpa é unicamente minha por ser uma adolecente de 15 anos ignorante. Gostei da história mas em algumas partes eu fiquei meio "?????"
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Clara 13/01/2022

Escola como uma empresa e a educação machista
Um dos clássicos da literatura nacional, "O Ateneu" de Raul Pompéia é um livro dificil de ser tragado, tanto pelos excessos descritivos do Autor, quanto pelo relato de violência e opressão que domina o ar do internato.

Pela corrente majoritária de pesquisadores, ?O Ateneu? é visto como uma obra Realista, por apresentar características marcantes de estilo como: a) os excessos de descrições (dos espaços, das pessoas, dos gestos e dos pensamentos - principalmente); b) a representação do homem no seu cotidiano (a vivência diária no Ateneu) e c) a crítica social (evidenciada de forma unanime pela figura hipócrita de Aristarco). Entretanto, merece atenção a ponderação feita por Antônio Candido, que abriu a possibilidade de se enxergar a obra com elementos próprios do naturalismo: ?a busca de uma explicação materialista para os fenômenos da vida e do espírito, bem como a redução dos fatos sociais aos seus fatores externos, sobretudo os biológicos, segundo os padrões definidos pelas ciências naturais.").

Durante a leitura percebemos que a conduta de Sérgio se faz e se molda por conta do seu meio, exemplo disso é o espaço de violência em que está inserido e também quando o colega Rebelo no início da obra que já expõe as regras de sobrevivência ao internato.

Sobre a questão estética, ainda temos que a escrita muito rebuscada, beirando a um culto/veneração da língua portuguesa como outra característica do livro, que, somada as muitas descrições do entorno do personagem, criaram certa dificuldade para uma leitura fluida.

Em seguida, nota-se que ?O Ateneu? passa a ideia de ser também um romance de formação, que nada mais é do que um obra que perpassa pelo processo de amadurecimento e evolução pessoal do indivíduo. Ainda que o período vivido por Sérgio no ateneu tenha se limitado a talvez 1 ano e meio/2 anos ? o que difere um pouco da regra de outros romances de aprendizagem -, são perceptíveis as mudanças em seu comportamento, que no início ainda era muito infantilizado, para no final, estar visivelmente modificado no seu interior. Grande parte de sua formação se deu pelo contato com os outros meninos do internato, alguns que destaco: a) Sanches e Bento Alves, são dois personagens que em passagens diferentes tocam na relação de Sérgio com a sua sexualidade ? a qual ele nem se põe a pensar tanto, por conta da masculinidade tóxica (além de estarmos falando de um romance escrito no Brasil de 1888 em que não existia qualquer tipo de abertura para falar sobre o tema, sem ser de modo caricato); sobre Bento Alves, ainda faço um adendo, já que no Capítulo 6, Sergio o descreve não apenas como uma espécie de protetor, mas um tipo de cavaleiro, e quando Bento vai preso, ele relata um sentimento de abandono, tal qual as "damas trovadoras"; pessoalmente me entristeceu o fato de ?sem mais nem menos? Bento Alves se virar contra Sérgio e o agredir; b) Barreto e Santa Rosália, por sua vez refletem o a relação de Sérgio com a religião, que culmina em uma completa descrença dos símbolos católicos ? a imagem de Santa Rosália, por exemplo, ele guardava apenas para se recordar de sua falecida prima; c) Franco, seria a representação da violência ? o episódio da piscina ? em que a moral de Sérgio ressoa e ele sente-se angustiado com a possibilidade da tragédia contra seus colegas; d) Por fim, tem-se ainda o único amigo verdadeiro tido por Sérgio, que era Egbert, que demonstra o companheirismo fraterno entre eles.

É inegável que essas experiências acabaram por moldar o personagem, ainda que pelo curto período.

Traçando um paralelo entre a obra e algumas das temáticas trabalhadas no início da disciplina como a ideia de nação, a criação do sentimento de nacionalismo, temos a figura de Aristarco: sujeito que se dizia representar o pilar da moralidade, anticorrupção, ?grande educador? que forma o futuro de um país ? médicos, engenheiros e advogados.
Um detalhe interessante é que quando se discutiu o a ideia e a força do nacionalismo, o que fora dito por Ernest Renan nunca fez tanto sentido: a perspectiva histórica é inimiga do nacionalismo, pois temos que esquecer algumas coisas, para a Nação prosperar e progredir. Nesse caso, Aristarco é um desenho fiel do nacionalista que nega o que aconteceu (ou o que acontece) debaixo do nariz dele, já que ele ignora por completo os casos de violência que tomam palco no internato, preocupando-se apenas quando diz respeito a manutenção e prosperidade financeira da sua empresa escolar. A fachada do Ateneu como uma instituição reformadora é tão falsa e artificial quanto a ideia de que existe uma nação brasileira. Por fim, ressalta-se que ainda em 2021 já cruzamos com muitos ?Aristarcos? durante a trajetória academica.

No mais, a forma como é escrita a narrativa, nos depois de ter estudado no internato, soam como um olhar no passado, não tão nostálgico, mas mais como uma análise fria daquele tempo, a qual encerra da seguinte forma: ?E aqui encerro a minha crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez se ponderarmos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo ? o funeral para sempre das horas.?. Do trecho final, extraímos que o termo ?crônicas de saudade? se encontra revestido de ironia, porque não há saudades daquele tempo, regado a violência, repressão e angústia.
Clara 13/01/2022minha estante
*Resenha com comentários feitos para a disciplina "A literatura Brasileira na construção da identidade nacional" (Leta21 - UFBa)




Artur 12/01/2022

Vim, vi e corri
Esse livro fez parte da lista de "leituras obrigatórias" da minha escola, no ensino médio. Caia no vestibular, coisa e tal (ainda cai? não sei. apostaria que não).

Não é de surpreender que o jovem em geral não tenha apego à literatura nacional, visto que o que lhe é colocado como leitura obrigatória sejam os clássicos. Existem clássicos mais acessíveis que este e que têm leitura mais flúida, com maior chance de capturar um jovem leitor. Machado de Assis, por exemplo, com sua trilogia (Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro) me foi encantador, mesmo tendo 15 anos apenas. Outros achei massacrantes à época, mas reli em outros períodos da vida e amei.

Na época do meu ensino médio não li O Ateneu (assim como alguns outros de outros autores). Achei que ia ser a maior chatice. Hoje, 20 anos depois, li e percebi que estava certo. É chato mesmo.
Wes 12/01/2022minha estante
Lendo esta resenha me sinto menos culpado por ter lido o primeiro capítulo e abandonado esse livro...




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